Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 10/15 por Helenita dos Santos Melo

10° Álbum “HOT SPACE” – (1982)

Staying Power

– O arranjo de sopros foi adicionado por Arif Mardin (que também produziu Chaka Khan e adicionou sessões de sopros para o Bee Gees e Aretha Franklin).

– Essa música era tocada no “Hot Space Tour”, embora muito mais rápida e pesada, com baterias reais no lugar da eletrônica e com guitarras e teclados no lugar dos sopros (esse arranjo não possuía baixo, uma vez que John Deacon tocou uma guitarra junto com Brian May. O som do baixo foi feito por Freddie em um teclado Roland Jupiter .

– Ela também foi tocada na turnê de “The Works”, apesar de ser com menos frequência do que na turnê de “Hot Space”.

– No Japão, a canção foi lançada em julho de 1982, e nos Estados Unidos, em novembro do mesmo ano.

– Em ambos os países, a canção falhou nas paradas. A contribuição de Mardin foi gravada no Record Plant Studio, na cidade de Nova York.

 

Dancer

– O baixo dessa música foi tocado num sintetizador (Oberheim OB-Xa) por Brian May.

– A canção em si – uma mistura de rock e disco – é uma espécie de sucessor para Dragon Attack (do álbum The Game), em que há a fusão de elementos pesados com os dançantes, como fazia o Led Zeppelin.

– A mensagem de telefone no fim da canção é em alemão (“Guten Morgen, sie wünschten, geweckt zu werden.”) e foi gravada em um hotel em Munique.

– Ao pé da letra, essa mensagem pode ser traduzida como “Bom dia, essa é uma ligação para você acordar”.

– A letra da canção é notável por ser a única do Hot Space que faz referência ao nome do álbum: “Hot space let’s go!”.

 

Back Chat

– A música, escrita por John Deacon, está entre as faixas do álbum mais influenciadas pela “black music”.

– Deacon, que era o único membro do grupo a ter uma formação “soul” ao invés de “rock”, decidiu não incluir nenhum elemento de música “rock” nesta canção.

– Isto causou uma discussão acalorada dentro do grupo, particularmente com Brian May, que foi então resolvida inserindo, no entanto, um solo de guitarra.

– Brian usa uma Fender Telecaster no vídeo em vez da sua Red Special.

– Além de tocar o baixo, John toca guitarra rítmica, piano elétrico e sintetizador nessa canção.

 

Body Language

– O título completo da música, conforme impresso na capa do single e na lista de faixas na capa traseira do álbum é “Body Language ↑ ⬱”.

– O significado e a pronúncia das setas nunca foram explicados pelos membros da banda.

– A música, escrita por Freddie Mercury, mostrou aos fãs do grupo e críticos a mudança de direção dos sons do Queen, do hard rock ao dance pop eletrônico.

– “Body Language” quase não contém sons de guitarra elétrica; se não alguns acordes e um riff curto de duas notas no final.

– Essa música é abertamente sobre sexo, com muitos gemidos de Freddie Mercury e um vídeo que era tão atrevido que a MTV não quis reproduzi-lo.

 

Action This Day

– É uma das duas canções de Roger nesse álbum e foi claramente influenciada pelo movimento da “new wave” que acontecia nessa época.

– Essa faixa é guiada por uma bateria eletrônica e possui um solo de saxofone sintético, tocado pelo produtor Reinhold Mack em um Oberheim OB-Xa.

– O nome “Action This Day” veio de um slogan que Winston Churchill anexava para documentos urgentes, e recapitula o tema de consciência social que Roger defendeu em muitas de suas canções.

– A banda tocou essa canção na turnê deste álbum com um arranjo mais convencional, trocando a bateria eletrônica e o baixo sintético por um arranjo de rock.

– A canção é feita num dueto entre Roger e Freddie, e o refrão é cantado pelos dois juntos.

 

Put Out the Fire

– É uma canção anti-armas de fogo escrita por Brian May, que possui vocais principais de Freddie e Brian cantando em falsete no final de cada verso.

– Brian gravou essa canção sob o efeito de álcool (depois de muitas tentativas frustradas).

-A primeira estrofe teoricamente fala do assassinato de John Lennon, em versos como:

They called him a hero (‘eles o chamaram de herói’), falando de Lennon;

In the land of the free (‘na terra da liberdade’), se referindo à América;

But he wouldn’t shake my hand boy (‘mas ele não quis apertar minha mão, menino’), incerto, mas Lennon assinou uma gravação de Mark Chapman;

He disappointed me (‘ele me desapontou’), Chapman estava aparentemente desapontado com a rejeição de Lennon por Deus e/ou por sua última canção;

So I got my hand gun, and I blew him away (‘Então eu peguei minha arma e atirei nele)

– A morte de Lennon era recente e bruta para muitas pessoas e fãs, como os membros do Queen (os Beatles tiveram uma grande influência sobre a banda).

– O fato da canção “Life Is Real (Song For Lennon)” de Freddie vir imediatamente após essa faixa não é coincidência.

 

Life Is Real (Song for Lennon)

John Lennon morreu em 8 de dezembro de 1980. No dia seguinte, Freddie Mercury dedicou “Imagine”, durante um show do Queen, em Londres.

“Life is Real (Song for Lennon)” possui um arranjo esparso baseado no piano e um tom melancólico. Ela também é uma das poucas músicas do Queen cuja letra foi escrita antes da canção (como “Killer Queen”).

O título pode ser uma referência ao trecho “love is real” (amor é real), da canção “Love”, feita por Lennon em 1970, ou à frase “nothing is real” (‘nada é real’), da canção “Strawberry Fields Forever” dos Beatles.

Ela começa com quatro notas de piano que soam como sinos, lembrando os sinos iniciais de “(Just Like) Starting Over” e de “Beautiful Boy”, ambas de Lennon.

As duas primeiras palavras (“Guilt stains”) tem uma diferença entre as duas notas (apesar de serem em uma chave diferente) que é praticamente idêntica às duas primeiras notas da canção “Mother”.

 

Calling All Girls

– Roger Taylor compôs essa música na guitarra e tocou os sons de fundo durante a pausa da canção.

– É a primeira canção de Roger (apesar de possuir os vocais de Freddie) a ser lançada como single (embora apenas em alguns países como Estados Unidos e Austrália, mas não na Inglaterra).

– Ela não conseguiu criar um impacto muito grande nas paradas, ficando em #60 nos EUA e #33 no Canadá, apesar de seu videoclipe ter sido baseado no filme “THX 1138”, de George Lucas.

– Roger Taylor e Brian May expressaram abertamente desdém pelo vídeo em comentários, e Roger afirmou que a mensagem da música não tinha nada a ver com robôs (que fazem uma aparição de destaque).

– “É uma combinação de guitarra acústica e elétrica. Acho que Roger fez as faixas de feedback perto do final do intervalo. Você nunca sabe de onde as coisas vêm. Roger tocava muito violão. Ele está sempre pronto para tocar guitarra.”

(Brian May em uma entrevista para “On The Record”, em 1982)

 

Las Palabras de Amor (The Words of Love)

– A canção foi interpretada pelo compositor e cantor italiano Zucchero Fornaciari durante o Freddie Mercury Tribute Concert, o show em memória de Freddie Mercury realizado em 1992 no Estádio de Wembley, em Londres.

– A letra de Brian May para Las Palabras de Amor foram inspiradas pelo relacionamento próximo do Queen com seus fãs latino-americanos e foram interpretadas como uma alegoria à Guerra das Malvinas.

– Para a performance simulada do videoclipe, Brian é visto tocando um piano de cauda, ​​embora ele tenha tocado apenas sintetizadores na gravação.

– Ele também cantou os vocais principais para a linha harmonizada this night and evermore.

– Durante o “Queen + Paul Rodgers Rock The Cosmos Tour”, por ocasião da promoção de seu novo álbum de estúdio após a morte de Freddie Mercury, a música foi tocada e apresentada na Argentina, Chile e Espanha.

 

Cool Cat

– “Cool Cat” é uma composição de Freddie Mercury e John Deacon.

– Originalmente, a música apresentava David Bowie nos backing vocals e algumas linhas do texto falado. De acordo com Freddie em uma entrevista na TV em 1982, Bowie estava descontente com os resultados e solicitou que seus vocais fossem removidos dias antes do lançamento do álbum principal.

– Com exceção do piano elétrico (tocado por Freddie), todos os instrumentos são tocados por John, incluindo bateria, guitarra e sintetizadores.

– Na versão de estúdio, Freddie canta a música inteiramente em falsete, assim como em “Pain Is So Close to Pleasure”.

– A versão alternativa com os vocais de Bowie ainda intactos está amplamente disponível em várias gravações “bootleg” de um teste de “Hot Space” em vinil de 1982, prensado nos Estados Unidos.

 

Under Pressure

– David Bowie havia agendado um horário no “Mountain Studios” para gravar a faixa “Cat People (Putting Out the Fire)”. Ele chegou ao estúdio depois de ter ido ao pub e encontrou o Queen em plena sessão musical.

— Foi uma noite extremamente longa — afirmou Brian.

— Estávamos tocando músicas de outros artistas só por diversão — contou Roger.

Até que David disse: “Que tolice, por que a gente não compõe uma canção?”

O resultado foi a coprodução “Under Pressure”, inicialmente intitulada “People On The Streets”.

— Aconteceu por acaso, meus queridos, Freddie explicou mais tarde.

– Brian recorda a gravação de outra forma:

— Foi muito difícil, pois éramos quatro garotos precoces, além do David, que já era precoce por todos nós. Houve muita exaltação… Uma batalha feroz entre Freddie e David. Só uma ou outra sugestão minha foi acatada.

– “Reza a lenda” que o guitarrista do Queen também lembrou o momento em que David não gostou do baixo icônico que acompanhava a música e não teve escrúpulos em dizer isso a John Deacon.

Mas John respondeu: “Com licença? Eu sou o baixista, certo? Este é o meu modo!”

O videoclipe da música não tem a presença do Queen e nem mesmo de David Bowie devido aos compromissos em turnês dos artistas.

– Deacon criou o icônico riff de duas notas, embora tenha chegado muito perto de desaparecer! De acordo com Roger Taylor no documentário “Days of our Lives”, John criou o riff, depois a banda foi comer pizza antes de voltar para continuar os ensaios. Ao retornar, John havia esquecido completamente sua idéia! Felizmente, Roger finalmente se lembrou como era a linha do baixo!

– Reinhold Mack, que fez o trabalho de produção do álbum “Hot Space”, contou uma história divertida sobre a gravação vocal de “Under Pressure”, onde cada um dos dois cantores gravava seus vocais improvisados ​​em salas separadas para que eles não pudessem ouvir o que o outro estava fazendo.

Mack disse: “Freddie está fazendo todos os seus vocais e vejo pelo canto do meu olho David enfiando a cabeça e ouvindo. Então Freddie desceu e David subiu, e Freddie ficou bastante impressionado como David estava se contrapondo ao que ele (Freddie) tinha feito antes. Fred disse ‘O que você acha disso?’ e eu disse: ‘Bem… é meio fácil se você ficar escutando atrás da porta!’

E Freddie diz: ‘Que danado!’”

 

Postagens anteriores:

1 -Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 1/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

2 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 2/15 – Queen II – por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

3 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 3/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

4 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 4/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

5 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 5/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

6 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 6/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

7- Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 7/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

8 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 8/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

9 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 9/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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