The March Of The Black Queen – Por Helenita dos Santos Melo

THE MARCH OF THE BLACK QUEEN

(9ª música do 2º álbum)

 

– Freddie Mercury, na entrevista que concede a Caroline Coon, da Melody Maker, em Dezembro de 1974, afirma:

 

The March Of The Black Queen? Eu precisei de séculos de trabalho.

 

– É uma das canções mais misteriosas da banda e talvez uma das mais pessoais para Freddie, que já estava trabalhando nela antes de conhecer Brian e Roger. No mesmo padrão de The Fairy Feller’s Master-Stroke e Ogre Battle, The March Of The Black Queen é povoada por personagens imaginários que evoluem em um cenário nascido do espírito do grande cantor.

 

– Como de costume, Freddie não especifica o significado da letra. No entanto, na descrição da rainha negra, há um vislumbre da superestrela que ele logo se tornaria:

I reign with my left hand/I rule with my right/

I’m lord of all darkness/I’m queen of the night

(Eu governo com minha mão esquerda/Eu governo com minha direita/

Eu sou o senhor de todas as trevas/Eu sou a rainha da noite).

 

– Em breve encontraremos, como neste último verso, cada vez mais alusões a um novo Freddie, cuja sexualidade é ambígua. Aliás, ele já tinha sido implicitamente questionado na escolha do nome da banda, uma vez que a palavra Queen, com o seu duplo sentido, também significa gay.

 

– Na mesma entrevista para a Melody Maker, quando a jornalista lhe pergunta como seu personagem andrógino ganha vida quando ele entra em cena, Freddie responde:

 

Eu jogo com a bissexualidade por diversão. Ninguém está me forçando a fazer o show, e a última coisa que eu quero é que as pessoas me vejam como eu realmente sou. Eu quero que elas tenham a sua própria ideia sobre mim.

 

– Na gravação vale destacar a presença de Roy Thomas Baker nas castanholas aos 2:30 e Brian May nos sinos tubulares aos 2:39.

 

– A editora japonesa Quest Corporation lançou, em 1993, uma série de videogames chamados Ogre Battle, cujo primeiro volume se chamava Ogre Battle: The March Of The Black Queen, em homenagem ao grupo, reverenciado na terra do sol nascente.

Freddie em Londres, em fevereiro de 1974.

 

 

Vídeo oficial de The March Of The Black Queen

 

 

Videogame Ogre Battle: The March Of The Black Queen

 

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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