5 músicas épicas e bombásticas do Queen

O Queen deixou um rastro de canções inesquecíveis, o site português “Blitz Expresso” escolheu as cinco músicas, na opinião deles, mais épicas e bombásticas do Queen.

Vamos ver as escolhidas, com algumas surpresas.

1) SOMEBODY TO LOVE (1976)

A música Bohemian Rhapsody, gravada um ano antes, deixou o Queen em estado de graça. Aproveitando uma verve imparável, Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon (este, sempre silencioso no seu baixo) vão dos coros ao operísticos gospel em 12 meses, criando um monumento espiritual de apenas três vozes multiplicadas para uma centena com a ajuda das técnicas de estúdio que a banda inglesa ajudou a impor. Aretha Franklin era a inspiração de Mercury, autor da canção, em Somebody to Love. Era uma das canções preferidas de outro astro,  George Michael, que a interpretou lindamente no concerto de Tributo à Freddie Mercury, em 1992.

2) UNDER PRESSURE (1982)

Quis o destino que uma das mais celebradas colaborações de sempre do rock, um encontro de estrelas cintilantes em topo de forma, viesse a fazer parte do álbum menos querido pelos fãs do Queen, Hot Space onde os ritmos disco, funk e o apelo dançável deixaram Freddie Mercury e companheiros em maus lençóis numa América menos receptiva ao hedonismo do frontman. Sete meses antes, porém, o Queen chegava ao primeiro lugar do top britânico com um single que prenunciava, talvez, outros anos 80 para a banda. Uma canção poderosa que nasceu de uma jam session em Montreux, na Suíça, com os quatro membros do Queen e David Bowie em um casamento perfeito, e os dois cantores tentando suplantarem-se em luta de titãs. Uma curiosidade que mostra que, muitas vezes, são os acasos que geram os maiores milagres na música: atribuído a John Deacon, o riff de baixo proeminente na canção, foi no entanto esquecido pelo baixista do Queen e só a boa memória de David Bowie, durante um jantar na cidade suíça, o resgatou para a posteridade. “Why can’t we give love one more chance?”

3)BOHEMIAN RHAPSODY (1975)

É inevitável incluir Bohemian Rhapsody nesta lista. Saiu quase integralmente da cabeça de Freddie Mercury, que compôs praticamente todos os segmentos da canção e a letra. Muito já foi escrito sobre este monumento do rock de quase 6 minutos, burilado pelos quatro membros do Queen e o produtor Roy Thomas Baker, mas há algo que talvez ainda não tenha sido suficientemente sublinhado: Bohemian Rhapsody é uma canção sobre a solidão.

4) THE MARCH OF THE BLACK QUEEN (1974)

Imaginemos um mundo em que Bohemian Rhapsody nunca tivesse existido. Nessa realidade paralela, “Queen II” (1974), o segundo álbum da banda seria, muito provavelmente, a obra-prima incensada (em vez de A Night at the Opera, lançado um ano depois, com Sheer Heart Attack no meio) e os 6 minutos e 32 segundos de The March of the Black Queen, o monumento alojado no segundo lado do álbum, dariam forma à a canção mais definidora de Freddie Mercury e companhia até aí: diferentes andamentos, a guitarra de Brian May e o piano de Freddie Mercury nos extremos, rock e music hall na mesma sala de ensaios e no mesmo estúdio onde as fitas se tornaram quase transparentes, saturadas por tanto detalhe sobreposto. Há quem designe The March of the Black Queen como Bohemian Rhapsody antes de Bohemian Rhapsody. Percebe-se a ideia; mas no tal mundo paralelo esta ‘marcha’ teria chegado muito mais longe.

5) I’M GOING SLIGHTLY MAD (1991)

Essa música não aparece muito nas listas das maiores músicas do Queen, o que é uma pena. O álbum Innuendo onde esta faixa se encontra é um álbum subestimado também.

As músicas The Show Must Go On (composta por Brian May) e These Are the Days of Our Lives (composta por Roger Taylor) incluídas em Innuendo, são uma reflexão dos companheiros de banda sobre a noção da finitude física, um olhar para trás apaziguado, procurando extrair o chamado ‘pensamento positivo’ de uma situação-limite (a iminência da morte). I’m Going Slightly Mad é, por outro lado, a ‘real thing‘, Freddie falando sobre Freddie. Freddie deixando de ser Mercury e tendo consciência dessa pele que se despe, insanidade que o videoclip – surreal, em preto e branco – fortaleceu. Presos a slogans e anseios universais durante os anos 80 (I Want It All, I Want to Break Free, Who Wants to Live Forever, Friends Will Be Friends), o Queen (neste caso, Freddie) despediam-se falando só para o bom entendedor: “When the outside temperature rises (Quando a temperatura lá fora subir)/ And the meaning is, oh, so clear (E o significado é, oh, tão claro)/ One thousand and one yellow daffodils (Mil e um narcisos amarelos)/ Begin to dance in front of you, oh, dear(Comece a dançar na sua frente, oh, querida)”.

Adaptado de BLITZ – As 5 Melhores Canções (#1). Os épicos e bombásticos Queen

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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