Lazing On A Sunday Afternoon E Suas Particularidades – Por Sheila Pauka

LAZING ON A SUNDAY AFTERNOON

*Músicos

– Freddie Mercury: vocal principal, backing vocal, piano.

– Brian May: guitarra elétrica.

– John Deacon: baixo.

– Roger Taylor: bateria.

*Álbum – A Night At The Opera.

 

*Gravações

– Rockfield Studios, Monmouth, Wales: Agosto – início de Setembro de 1975.

– Sarm East Studios, Londres: Setembro – Novembro de 1975.

 

*Produtores – Queen e Roy Thomas Baker.

*Engenheiro de som – Mike Stone.

*Engenheiros de som assistentes – Gary Langan (Sarm), Gary Lyons (Sarm).

– Como uma continuação do poder bruto e da raiva que ricocheteiam na faixa de abertura do Álbum (Death On Two Legs), o Queen escolheu uma música menos perturbadora para o segundo lugar do disco.

– Pode-se imaginar prontamente a surpresa de um fã de heavy metal que correu para comprar A Night At The Opera em sua loja de discos favorita, colocando o vinil de 33⅓ rpm em seu toca-discos, apenas para descobrir a segunda música –

Lazing On A Sunday Afternoon !

– A música é uma clara descendente de Bring Back That Leroy Brown, que apareceu no 3° Álbum do grupo – Sheer Heart Attack. Essa justaposição de músicas é apenas mais um exemplo de como o Queen não é uma Banda de rock tradicional.

– Trata-se de um grupo que não impõe limitações artísticas à si próprio, e que recorre à múltiplas fontes de inspiração para criar um rico catálogo musical.

– A letra de Lazing On A Sunday Afternoon descreve uma semana  típica  na vida de um londrino tradicional – trabalhar na 2a, lua de mel na 3a e andar de bicicleta na 4a. O narrador, que dança uma valsa no zoológico na 5a feira, também afirma, não sem um toque de ironia –

Eu venho de Londres

Eu sou apenas um cara comum

Às 6as, eu vou pintar no Louvre

– Em sua forma fantástica, a faixa retrata uma fatia suave da vida, acompanhada pelo estilo de jazz que Mercury tanto amava.

 

*Produção

– Como grande admirador do som do music hall, essa faixa permite que Freddie Mercury mostre toda sua destreza no piano.

– Um piano Bechstein IV foi usado para as sessões de gravação de A Night At The Opera, pois era mais fácil para o cantor tocar e tinha um som mais flexível do que o famoso piano Hey Jude  do antigo Trident Studios, que havia sido usado para gravar as faixas dos três primeiros Álbuns do grupo.

    Piano Bechstein IV

– A música é uma das mais curtas do repertório do Queen, embora consiga deixar espaço para uma introdução de piano brilhante e saltitante e um majestoso solo de guitarra aos 0:59 segundos.

– Como é possível incorporar tantos elementos, com tanta precisão, em uma peça que dura apenas 67 segundos ?

– Aí reside a magia e o gênio por trás de tantas faixas do Queen

– Desde os primeiros segundos, o estranho efeito que cobre a voz de Freddie prende o ouvinte pelos ouvidos. Soa quase como se um megafone fosse usado na gravação dos vocais. O produtor desta faixa, juntamente com tantas outras, foi Roy Thomas Baker, que revelou que o efeito na voz de Freddie foi criado por ele cantando em um estúdio e depois transmitindo sua voz em um par de fones de ouvido, que foram então colocados em uma grande lata de geleia que também continha um microfone estático com um amplo espectro de captação de som.

– Essa improvisação DIY dá à voz de Freddie Mercury sua sonoridade lo-fi  ( low fidelity, ou seja, baixa fidelidade ), como se estivesse passando por um telefone antigo, com um som desprovido de todas as suas frequências graves.

Improvisação DIY em latas

– Aos 0:30 segundos é implantado um efeito sonoro que será usado novamente no Álbum Jazz em 1978. Este som é de um sino de bicicleta, que ecoa a frase andar de bicicleta todas as 4as feiras à noite.

 

 

 

 

Sino de bicicleta

 

 

Nota – Abaixo, a versão de estúdio e uma ao vivo, onde se é perceptível o truque de voz de Freddie no estúdio.

 

 

Making off de Lazing On A Sunday Afternoon

 

Lazing On A Sunday Afternoon (Live in Boston 30/01/1976)

Versão Oficial

( A 1a foto é de Shinko Music Japan. )

 

– Fonte –

Queen All The Songs

The Story Behind Every Track

Por Benoìt Clerc

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

Outras notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *