Lançamento do dia: Now I´m Here e Lily Of the Valley

Now I’m Here

Data de lançamento: 17 de janeiro de 1975
Álbum: Sheer Heart Attack
Melhor posição nas paradas: 11° lugar na parada britânica. O single não foi lançado nos Estados Unidos

Lado A: Now I’m Here (Brian May)
Lado B: Lily Of The Valley (Freddie Mercury)

Na primavera de 1974, o Queen participou de uma turnê com o Mott The Hoople (março-maio de 1974), e descobriu os Estados Unidos. Now I´m Here fala sobre essa turnê e sobre os encontros que aconteceram nessa época.

Brian declarou:

A turnê americana […] me surpreendeu. Fiquei impressionado com a incrível aura que a música rock tem na América.

Na música, May faz uma clara referência ao Mott the Hoople quando diz: Down in the city just Hoople and me (Na cidade apenas Hoople e eu).

Outra referência à viagem aos Estados Unidos está na frase: Down in the dungeon just Peaches and me (Lá embaixo na masmorra apenas Peaches e eu). Supõe-se que Peaches, era uma referência a uma garota americana por quem Brian se apaixonou e posteriormente cobiçaria.

Este foi um ano muito ruim para Brian porque ele ficou doente (gangrena, hepatite e úlcera duodenal), e caiu em depressão porque achava que a banda o substituiria. Mas aconteceu exatamente o contrário, o apoio que ele recebeu da banda permitiu que ele escrevesse músicas quando se sentia bem o suficiente.
A inspiração rítmica e lírica de Now I´m Here é extraída dos Estados Unidos:

Nós fizemos algumas coisas antes de eu ficar doente, disse Brian sobre as sessões, mas quando voltei eles fizeram muito mais, incluindo algumas de backing tracks de músicas de Freddie que eu não tinha ouvido, como Flick Of The Wrist, que me empolgou e me deu muita inspiração para voltar lá e escrever um pouco – Now I’m Here foi feito nesse período. Essa música é sobre experiências na turnê americana, o que realmente me surpreendeu. Fiquei impressionado com a incrível aura que a música rock tem na América.

Nesta música, Brian, que não apenas encontrou sua voz como compositor, mas também cresceu muito nos arranjos de guitarra. A música começa com um riff de guitarra cru sobre os vocais carregados de eco de Freddie.

Ela está repleta de harmonias vocais, guitarras triturantes e uma seção rítmica constante. O uso sutil de piano e órgão, tocados por Brian e Freddie respectivamente, adiciona textura à música e conduz bem ao solo de guitarra. Este é o segundo e último single de Sheer Heart Attack.

 

A música sempre foi tocada ao vivo desde a sua estreia e 31 de outubro de 1974 até 9 de agosto de 1986, exceção de Hyde Park em 1976 e Live Aid em 1985. A partir de 1978, a música assumiu uma forma diferente porque Freddie fazia uma improvisação que incorporava o público.

 

Ela foi tocada no Concert for Life (Tributo à Freddie Mercury) pelo Def Leppard, mas com Brian na guitarra; ele também apareceu em um show do Def Leppard em 9 de setembro de 1987, onde ele tocou a música com a banda.

 

Vídeo Tributo à Freddie Mercury

 

Def Leppard & Brian May

 

O guitarrista também incorporou a música em suas turnês Back To The Light de 1992 e 1993, mas não a incluiu em suas turnês Another World de 1998.

Durante o Expo ’92 Guitar Festival em Sevilha, a música foi tocada com Gary Cherone e Paul Rodgers nos vocais, e com guitarra adicional de Joe Satriani, Steve Vai, Nuno Bettencourt e Joe Walsh.

Também foi tocada em 25 de novembro de 1999 com o Foo Fighters, durante um show em que Brian e Roger foram convidados.

 

Um dia antes da música ser lançada, a banda se apresentou no No Top of the Pops (16 de janeiro de 1975) e Brian May ao invés de tocar com sua Red Special, apareceu com uma Gibson Les Paul.

 

Produção
Nesta faixa, Roy Thomas Baker fez experiências sonoras e usou um atraso na voz de Mercury para repetir suas palavras e harmonizar os finais das frases. Nas versões ao vivo, May faz o efeito graças às suas caixas Echoplex. O riff de guitarra principal em Now I’m Here é uma homenagem ao rock ‘n’ roll dos anos 1950, especialmente na longa parte instrumental no final da música, onde a guitarra nos leva de volta a grande era de Chuck Berry e Carl Perkins. As improvisações de guitarra de May adicionam um toque rockabilly à última sequência da música, que geralmente era estendida durante as apresentações ao vivo e era muito apreciada pelo público por sua sensação nostálgica. Como uma última piscadela para esse estilo musical que o Queen tanto amava, Freddie Mercury canta Go, Go, Go Little Queenie às 3:50, homenageando Chuck Berry ao retomar o refrão de seu hit Little Queenie, lançado em 1959.

 

Lily Of The Valley

É uma música de autoria de Freddie e encerra o medley do álbum Sheer Heart Attack. Com apoio de um piano e bateria, baixo e guitarra usados com moderação, Lily Of The Valley é um apelo de amor sincero.

A linda conclusão de Freddie para o medley de Sheer Heart Attack é Lily Of The Valley, um apelo sombrio para o amor com um apoio de piano doce, com bateria, baixo e guitarra usados com moderação.

Brian comentou sobre a música na revista Mojo em 1999:

As coisas de Freddie eram tão fortemente camufladas, liricamente. Não muito acessível. Lily Of The Valley foi totalmente sincero. Trata-se de olhar para sua namorada e perceber que seu corpo precisava estar em outro lugar. É uma grande obra de arte, mas é a última música que seria um sucesso.

A música também foi lançada na reedição americana de Keep Yourself Alive.

 

 

Fontes:

Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc

Complete Works. George Purvis
Queen em discos e canções – Marcelo Facundo Severo

Site: Queen Vault

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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