A Maystar e a moeda de 6 pence na Red Special

𝐀 𝐌𝐚𝐲𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐞 𝐚 𝐦𝐨𝐞𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝟔 𝐩𝐞𝐧𝐜𝐞 𝐧𝐚 𝐑𝐞𝐝 𝐒𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥.

No outono de 1964, uma vez que a guitarra estava terminada, Brian recuperou o circuito eletrônico de um pedal Vox Fuzz Box para encaixar na sua Red Special, deslizando-o sob a placa de proteção.

Ele havia feito um pequeno furo próximo às fileiras de botões brancos para passar o botão liga/desliga do efeito que deveria dar ao instrumento um som fuzz, mordaz e crocante, próximo ao de Jimi Hendrix, ídolo do jovem guitarrista.

Mas depois de alguns meses, Brian teve que voltar atrás e remover o sistema, deixando um grande buraco no lugar do interruptor, que às vezes ele preenchia com adesivo preto e às vezes com um autoadesivo.

Para cobrir esse buraco, Greg Fryer (o luthier australiano que reformou a guitarra em 1998) cria uma pequena estrela em madrepérola, inspirada no logotipo que aparece na capa do primeiro álbum solo de Brian May, Back To The Light, lançado em 1992.

Essa estrela sempre presente é a assinatura do luthier na guitarra do mestre.

Greg Fryer relata:

𝘗𝘦𝘤̧𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘦𝘹𝘦𝘳𝘤𝘪𝘵𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘦𝘮𝘣𝘶𝘵𝘪𝘳 𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 𝘥𝘦 𝘮𝘢𝘥𝘳𝘦𝘱𝘦́𝘳𝘰𝘭𝘢 ‘𝘔𝘢𝘺𝘴𝘵𝘢𝘳’: 𝘢𝘤𝘪𝘮𝘢 𝘫𝘢𝘤𝘢𝘳𝘢𝘯𝘥𝘢́ 𝘣𝘳𝘢𝘴𝘪𝘭𝘦𝘪𝘳𝘰, 𝘴𝘦́𝘳𝘪𝘦 𝘥𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘷𝘢𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦𝘭𝘢 𝘥𝘦 𝘱𝘦́𝘳𝘰𝘭𝘢 𝘥𝘰𝘶𝘳𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘎𝘦𝘰𝘳𝘨𝘦 𝘉𝘶𝘳𝘯𝘴; 𝘦 𝘢𝘣𝘢𝘪𝘹𝘰 𝘶𝘮 𝘱𝘦𝘥𝘢𝘤̧𝘰 𝘥𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘴𝘱𝘦𝘹/𝘢𝘤𝘳𝘪́𝘭𝘪𝘤𝘰 𝘱𝘳𝘦𝘵𝘰 𝘴𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘷𝘢́𝘳𝘪𝘢𝘴 𝘱𝘳𝘰𝘷𝘢𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘪𝘯𝘤𝘳𝘶𝘴𝘵𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦𝘭𝘢 𝘥𝘦 𝘱𝘦́𝘳𝘰𝘭𝘢 𝘣𝘳𝘢𝘯𝘤𝘢 𝘯𝘢 ‘𝘙𝘦𝘥 𝘚𝘱𝘦𝘤𝘪𝘢𝘭’. 𝘐𝘴𝘴𝘰 𝘮𝘰𝘴𝘵𝘳𝘢 𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘭𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘦𝘤𝘪𝘥𝘪 𝘯𝘢̃𝘰 𝘶𝘴𝘢𝘳 𝘱𝘰𝘳 𝘤𝘢𝘶𝘴𝘢 𝘥𝘰𝘴 𝘷𝘢𝘻𝘪𝘰𝘴 𝘦𝘴𝘣𝘳𝘢𝘯𝘲𝘶𝘪𝘤̧𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘪𝘢𝘮 𝘱𝘳𝘪𝘯𝘤𝘪𝘱𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘢𝘰 𝘳𝘦𝘥𝘰𝘳 𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘰𝘯𝘵𝘢𝘴 𝘥𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦𝘭𝘢. 𝘕𝘰𝘷𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘭𝘢𝘴 𝟥𝘔 𝘥𝘦 𝘈𝘭𝘢𝘯 𝘉𝘰𝘵𝘵𝘭𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘶𝘴𝘢𝘥𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘤𝘰𝘭𝘢𝘳 𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦𝘭𝘢 𝘥𝘦 𝘉𝘳𝘪𝘢𝘯.

 

A última modificação conhecida da Red Special é a adição, pelo mesmo Brian May, no cabeçote da guitarra, da moeda de 6 pence emitida em 1993 por ocasião da turnê que começou após o lançamento de seu primeiro álbum. Nela aparece o perfil do guitarrista e a inscrição Brian May – Back to the Light.

 

O nome Red Special deriva da cor avermelhada do mogno e da singularidade do instrumento.

Ela é também chamada de Old Lady.

Alguns amigos de Brian a chamavam de The Fireplace, pois o braço da guitarra foi construído usando a moldura de mogno de uma antiga lareira.

A escala é em carvalho (os May não podiam comprar uma escala em ébano) pintado de preto com marcadores de madrepérola branca (feitos de botões retirados do cesto de costura da mãe de Brian) e foram moldados à mão dando-lhe uma circunferência de 6 mm.

 

Neste vídeo Brian fala sobre a construção e reforma da Red Special 

 

Créditos a quem de direito.

Fontes: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc e Fryer Guitars

Tradução: Helenita dos Santos Melo.

Helenita Melo

Me chamo Helenita dos Santos Melo, sou gaúcha de Cachoeira do Sul e nasci em 25 de janeiro de 1964. Sempre gostei de música, e possuo gosto musical bastante variado. Iniciei minha trajetoria no coral da Igreja Adventista de minha cidade natal e mais tarde me tornei cantora em grupos amadores e profissionais. Eu era fã “normal” do Queen há muitos anos… até o lançamento do filme “Bohemian Rhapsody” (2018), onde a minha paixão reascendeu de maneira muito forte e intensa. Eu me defino como “uma dona-de-casa curiosa” e estou sempre pesquisando, aprendendo e compartilhando o que sei sobre a banda, e me tornei uma pessoa bastante conhecida nas redes sociais. Desde 2004 resido em Bolzano (Itália) e sou casada com o Dr. Nicola Ciardi, fundador do festival de jazz daquela cidade em 1982.

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