Strange Frontier
Data de lançamento no Reino Unido: 25 de junho de 1984
Melhor posição no Reino Unido: 30ª. Posição
Melhor posição nos Estados Unidos: não alcançou a parada
– Músicos
Roger Taylor (vocal, bateria , percussão, guitarras, baixo, sintetizadores, programação)
David Richards (sintetizadores, programação)
Rick Parfitt (guitarras em It’s Na Illusion’)
John Deacon (baixo em ‘It’s Na Illusion’)
Freddie Mercury (backing vocais em Killing Time)
– Gravado: Mountain Studios, Montreux e Musicland Studios, Munique, março 1983-maio de 1984
– Produtores: Roger Taylor, Mack, David Richards
– Fun In Space não foi um grande sucesso, mas, mesmo assim, Roger gostou do processo de escrever e gravar todo o material de um álbum.
– Aproveitando o breve hiato do Queen no início de 1983, Roger e Chris ‘Crystal’ Taylor foram para a Suíça onde se encontraram com Rick Parfitt, do Status Quo.
– Ao mencionar para Rick Parfitt que gostaria de gravar um novo álbum, o guitarrista do Status Quo manifestou interesse em ajudá-lo.
– Roger então reservou um tempo no Mountain Studios, mas logo ficou evidente que várias das músicas propostas não estavam funcionando tão bem quanto ele esperava, então ele descartou a maior parte do que havia gravado e começou de novo.
Em uma entrevista à revista Modern Drummer em 1984 Roger comentou:
[Fun In Space] foi um trabalho meio apressado, na verdade. Achei que ficaria sem coragem se não seguisse em frente rapidamente. E eu fiz isso muito rápido. Passei a maior parte do ano passado quando não estávamos fazendo The Works, fazendo outro álbum solo. Está em uma classe muito diferente da primeira. É um disco muito, muito melhor… Levei um ano para fazê-lo. Eu me certifiquei de que as músicas fossem mais fortes e simplesmente melhores. Eu joguei fora um monte de músicas no processo. Também fiz duas versões cover de músicas de outras pessoas com as quais estou muito feliz.
– Com 14 músicas prontas, seis foram removidas e as sessões continuaram atualizando o álbum ao gosto de Roger, com uma inclinação mais sociopolítica desta vez do que nos sons futuristas e de ficção científica de Fun In Space.
– Um fato coisa inspirou Roger a repensar o material que havia escrito. No início da década de 1980, as relações internacionais estavam desmoronando, com armamentos nucleares caindo em mãos erradas e líderes mundiais incompetentes abrindo caminho no caos.
Roger comenta:
A ideia de Strange Frontier – todo o título na verdade – deveria ser um ponto no tempo que deveríamos ter alcançado, aquele que é um ponto de auto aniquilação que nunca fomos capazes antes. Essa é a ideia. É realmente uma parte da fronteira estranha.
Encarte do álbum com as músicas
– Roger foi uma das celebridades menos sinceras sobre a questão No Nukes (sem armas nucleares).
– Ele até usava uma camiseta No Nukes em todo a Turnê The Works em 1984 e 1985.
– Outros artistas estavam lançando discos com temas semelhantes, mas o tema só doi começar a ser notado com o mega-sucesso Born In The USA de Bruce Springsteen.
– Curiosamente, esse álbum foi lançado apenas três semanas antes de Strange Frontier de Roger, mas a mensagem é estranhamente semelhante.
– Mais entranho ainda foi o fato de que Roger gravou uma faixa cover de uma música de Bruce Springsteen de 1978, chamada Rancing in The Streets.
– Outra música cover que causou impacto foi Masters Of War de Bob Dylan condenando fortemente aqueles que defendiam o pós-guerra.
– Três das oito faixas restantes contaram com um co-escritor – Abandonfire e I Cry For You (Love, Hope & Confusion foram escritas com David Richards;
– It’s Na Illusion foi escrita com Rick Parfitt – deixando metade do faixas escritas exclusivamente por Roger.
Contracapa do álbum
– Strange Frontier estava repleta de mensagens cansadas do mundo – às vezes sombrias, ocasionalmente otimistas – repletas de sintetizadores e programação e desprovidas de humor.
– Na maioria dos casos, Roger estava se levando um pouco a sério demais, parecendo muito determinado a causar impacto e mudar o mundo.
Roger explicou a Ladd, que havia acabado de citar – e elogiar – um verso da faixa-título sobre lutadores da liberdade caídos.
Existem todas essas causas diferentes que realmente não significam nada. Porque se há um fanático religioso, há a terrível necessidade de se tornar fanático por alguma coisa… Há um grande novo conservadorismo entre os jovens que parece ser, e eu não consigo entender isso. Para onde foi toda a verdade e espíritos rebeldes? Parece que as pessoas, muitos adolescentes hoje são incrivelmente conservadores, e acho isso um pouco decepcionante.
– A maioria das músicas é forte e cada uma mostra as habilidades impressionantes de Roger como multi-instrumentista.
– Roger realmente avançou como compositor, e como um lançamento de segundo ano, é uma continuação decente de Fun In Space.
– A crítica especializada foi dura com o lançamento. A Sounds escreveu em sua resenha do álbum:
Ele pode escrever as músicas, mas não pode cantá-las como Freddie faz. É por isso que o Queen consegue os sucessos.
Vídeo da música Strange Frontier
Georg Purvis. Queen: Complete Works.