Peter Freestone e as memórias do DC10

Esta é a segunda parte de uma entrevista concedida a Mercury Roadrunner (Queen Chat) por Peter Freestone sobre Freddie Mercury.

 

Peter Freestone e as memórias do DC10

 P.S.: Suas memórias das histórias do DC10?

P.F.:  Aquela vez no Japão foi quando Freddie deveria ter pegado um voo bem cedo pela manhã. Era um DC10 e ele se recusou a viajar nele porque naquela época três DC10 se acidentaram e então ele disse que nunca viajaria em um DC10 e foi isso que aconteceu. Ele entrou no avião e foi conduzido ao seu assento e disse que parecia muito estranho. Eu nunca estive em um avião como este antes. Então olhamos no encosto do banco e haviam as instruções de segurança para o DC10 e ele diz bem, não vou fazer isso e ele pega sua mala e nós saímos do avião e tivemos que esperar no aeroporto pelo próximo voo que era um voo Pan Am para Nova York mas a primeira classe estava totalmente esgotada então ele teve que viajar na classe econômica. Então Freddie foi para o lado da janela e eu sentei ao lado dele de vez em quando ele se levantava porque naquela época você podia fumar em aviões, mas só na parte de trás da cabine, então de vez em quando ele se levantava e ia fumar e a maior parte da equipe estava naquele voo, então havia pelo menos algumas pessoas que ele conhecia lá e eles ficaram tão chocados ao vê-lo lá que simplesmente não acharam que ele confiaria na classe econômica.  

DC-10

 

P.S.: Quais técnicas Freddie usou para manter sua voz forte nos shows?

P.F.: Ele realmente não fez muito porque ele realmente não precisava. Se eles não estivessem em turnê, eles estavam gravando, então, ele estava usando sua voz, se não todos os dias, então em dias alternados. Nos primeiros shows da turnê ele fazia três shows seguidos, depois tinha alguns dias de folga, depois fazia dois shows, depois dois dias de folga, três shows, dois dias de folga, um dia de folga… Ele estava realmente usando a voz o tempo todo porque eles passavam de seis a oito meses gravando. Ele realmente não esquentava a voz para shows ao vivo, então ele tinha sua rotina, ele subia e descia a escala de tom para ver onde estava sua voz, se ele ia fazer as notas altas, e se a voz não estava à altura, então Roger cantava as notas altas e Freddie cantava uma oitava abaixo, mas mais do que qualquer outra coisa ele apenas confiava em Strepsils e a versão líquida de Strepsils era limão quente e mel.

 

Notas:

1)       DC10 – McDonnell Douglas DC-10 é um avião trijato comercial que foi desenvolvido e fabricado pela McDonnell Douglas como sucessor do McDonnell Douglas DC-8. Possuía um par de motores localizados nas asas e um terceiro na base da cauda. O DC-10 foi inicialmente planejado para voos transcontinentais. Na década de 1970, ocorreram três acidentes com o DC-10, vitimando alguns passageiros e tripulantes.

 

2)       Strepsils – é uma pastilha muito utilizada para aliviar os sintomas de inflamação na garganta.  

 

Fontes: QueenChat e Wikipedia

Agradecimentos especiais à Arnaldo Silveira pela grande ajuda com a revisão do texto e pelo compartilhamento de informações.

 

Perdeu a primeira matéria desta série? Veja abaixo.

 

Peter Freestone e o início do trabalho com o Queen

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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