Data de lançamento: 22 de agosto de 1980

Álbum: The Game

Melhor posição nas paradas: 7° lugar na parada britânica; 1° lugar na parada americana

Lado A: Another One Bites The Dust (John Deacon)

Lado B: Dragon Attack (Brian May)

 

O Queen sempre gostou de experimentar e ultrapassar os limites não apenas do estúdio e de sua equipe criativa, mas de si mesmos como artistas e músicos, e geralmente era Freddie ou Brian quem instigava os momentos mais memoráveis.

No início de 1980, John – o calado que se contentava em escrever canções estritamente pop – abriu um novo caminho para o Queen ao introduzi-los ao funk com sucesso.

John explicou modestamente logo após o lançamento da música:

Eu ouvia muita música soul quando estava na escola, e sempre me interessei por esse tipo de música. Eu estava querendo fazer uma faixa como ‘Another One Bites The Dust’ por um tempo, mas originalmente tudo que eu tinha era a linha e o riff de baixo. Aos poucos, fui preenchendo e a banda acrescentou idéias, como uma música para dançar, mas não tinha ideia que se tornaria tão grande quanto era.  A música foi tirada do nosso álbum e algumas das estações de rádio negras dos EUA começaram a tocá-la, o que nunca tínhamos feito antes.

 

Another One Bites The Dust, porém, era puro funk, e continha pouquíssimos elementos do tipo Queen: não havia guitarra, solo, a bateria era nítida, firme e seca, e apresentava uma linha de baixo proeminente emprestada de Good Times do Chic.

 

As harmonias vocais eram limitadas a ocasionais double-tracking em alguns versos e refrões, e apenas a voz de Freddie distinguia a música como sendo do Queen.

Foi esse nível de anonimato que permitiu que vários disc jockeys americanos – especificamente, em Nova York, Filadélfia e Detroit – rotulassem a música como um single praticamente desconhecido de uma obscura banda negra de R&B (Rhythm and blues).

Uma vez que o sucesso da música começou a crescer, Elektra e EMI a lançaram como single em agosto de 1980 – apesar dos protestos de Roger – alcançando um modesto número 7 no Reino Unido, mas se tornando o segundo single número 1 do Queen nos EUA, solidificando a popularidade da banda e fazendo de 1980 um de seus anos mais lucrativos, tanto em termos de vendas de ingressos quanto de discos.

 

Esta música foi escrita porque eu sempre quis fazer algo na direção da música negra. Não é uma música típica do Queen e eu não sei se vamos fazer algo parecido novamente. Tivemos divergências sobre essa música. Nossa empresa queria essa música como um single porque foi muito bem-sucedida em estações de rádio negras. Roger tentou evitar isso, porque ele disse que é muito disco e isso não é bom para a reputação do Queen, disse John em uma entrevista.

 

Como Brian explicou em 1993,

John Deacon estando totalmente em seu próprio mundo, veio com essa coisa, que não era nada parecida com o que estávamos fazendo. Estávamos indo para o som de bateria grande: você sabe, bastante pomposo em nossa maneira usual. E Deaky diz: “Não, eu quero que isso seja totalmente diferente: vai ser um som de bateria muito apertado. Foi originalmente feito para um loop de bateria. Roger fez um loop, meio que sob protesto, porque ele não gostou do som da bateria gravado dessa maneira. E então Deaky colocou esse groove. Imediatamente Freddie ficou violentamente entusiasmado e disse: “Isso é grande! Isso é importante! Vou gastar muito tempo com isso. Foi o início de algo muito grande para nós, porque foi a primeira vez que um de nossos discos atravessou para a comunidade negra. Não tínhamos controle sobre isso; simplesmente aconteceu. De repente, fomos forçados a lançar este single porque muitas estações de Nova York estavam tocando. Isso mudou esse álbum de um milhão de vendas para três milhões de vendas em questão de três semanas ou mais.

A canção foi gravada na primavera de 1980 no Musicland Studios, durante as sessões principais de The Game, e apresentava John tocando baixo e guitarra rítmica, sintetizador e piano.

Mas a banda não tinha certeza do potencial comercial da música e inicialmente optou por mantê-la como faixa do álbum.

Apesar de várias histórias persistirem, a mais conhecida é a de que Michael Jackson, então logo após seu álbum Off The Wall de 1979 e construindo uma (breve) amizade com Freddie, sugeriu que a banda lançasse a música como um single.

Crystal Taylor, assistente pessoal de Roger, disse que não foi Michael quem sugeriu isso, mas a própria equipe.

Dirigido por Daniella Green, o vídeo mostra a banda tocando a música normalmente, com pouquíssimos enfeites; apenas durante a seção do meio, quando Freddie saltita pelo palco com vários bonés de beisebol multicoloridos com chifres de diabo colados neles, o vídeo realmente fica interessante.

 

Ao vivo, a música recebeu poucas exibições durante as primeiras apresentações em 1980. Somente após seu sucesso nas paradas é que finalmente se tornou um pilar no set list, sendo tocada em todas as turnês entre 1980 e 1986. A música permaneceu como um número de bis até 1982, mas foi adiantado no set list para a turnê Queen Works!, em 1984. Inexplicavelmente, um remix de Wyclef Jean foi lançado em 1999 no lançamento do álbum Greatest Hits III.

A música foi relançada neste formato em setembro de 1998 em apoio ao filme americano Small Soldiers (Pequenos Guerreiros), mas está completamente fora de lugar entre as outras músicas do álbum.

Em 2003, a banda lançou uma versão diferente da faixa, mixada pelo baterista Roger Taylor e com vocais de Annie Crummer.

Em julho do ano de 2021, o vídeo da música atingiu a marca de 500 milhões de visualizações no YouTube.

 

Dragon Attack

Foi escrita por Brian May e é uma canção de puro rock. A canção foi concebida após uma noite no clube Sugar Shack, em Munique, onde os músicos passavam as suas noites durante a gravação de The Game. Voltando ao estúdio no meio da noite, eles fizeram uma sessão de gravação que culminou com a música mais pesada do álbum. A letra se refere a Mack (Reinhold Mack, o produtor da música e do álbum), e quando Freddie canta Take me Back to The Shack, há pouca dúvida de que o local foi uma grande inspiração para Brian May.

Como o próprio diz:

Passávamos muito tempo no Sugar Shack, geralmente até o dia raiar , vivendo em um mundo de fantasia de vodca e garçonetes e muito rock. No começo foi saudável e estimulante, eu tenho que dizer, mas após uns meses, as coisas foram indo ladeira abaixo e ficávamos mais no clube do que no estúdio. Todos nós tínhamos dificuldades emocionais e espirituais, e a música Dragon Attack é um retrato figurativo de toda essa loucura. Munique era nosso estímulo, mas também a nossa queda.

 

Fontes:

Queen all The Songs: The Story Behind Every Track – Bernoît Clerc

Queen: Complete Works. George Purvis

Site: Queen Vault

 

KILLER QUEEN – Álbum Sheer Heart Attack 1974

Um possível erro na letra?

Ela mantém seu Moët et Chandon

She keeps her Moët et Chandon

Em seu lindo armário

In her pretty cabinet

Deixe-os comer bolo, diz ela

Let them eat cake, she says

Assim como Maria Antonieta

Just like Marie Antoinette …

 

Certamente, todos nós aqui conhecemos a canção Killer Queen, escrita por Freddie, em 1974.

Há nela uma frase marcante

Deixe-os comer bolo/brioche, diz ela.

Assim como Maria Antonieta.

Porém, a frase que eles comam brioche é erroneamente atribuída à Maria Antonieta. Não existem registros confiáveis de que essa frase tenha sido dita por ela.

Ela aparece pela primeira vez na obra – Confissões – autobiografia de Jean-Jacques Rousseau, cujos seis primeiros livros, embora publicados em 1782, foram escritos em 1765, quando Maria Antonieta tinha apenas 09 anos de idade.

Kirsten Dunst interpretando Maria Antonieta no filme de 2006.

 

Finalmente me lembrei do improviso de uma grande princesa, à quem foi dito que os camponeses não tinham pão e que respondeu – Então comam brioche …  – Jean-Jacques Rousseau.

 

Que comam brioche foi dita cem anos antes de Maria Antonieta, por Maria Teresa, a esposa de Luís XIV, uma frase insensível e ignorante, e Maria Antonieta não era nem uma coisa nem outra.

Rainha Maria Teresa

 

Um pouquinho da história

Na década de 1880, quando a França foi assolada pela crise financeira e pela fome, o povo de Paris mudou-se para a corte de Versalhes para protestar …

Pediram pão …

Maria Antonieta, surpresa ao saber o que as pessoas queriam, ouviu que não havia pão. Qu’ils mangent de la brioche foi a resposta.

Em inglês – Então eles deveriam comer bolo.

Mesmo a tradução não está totalmente correta. Um brioche é um tipo de bolo feito de massa de fermento, não um bolo delicioso. A citação ficou com Maria Antonieta. Caracteriza a mistura de ingenuidade e decadência, de corrupção e arrogância aristocrática.

Foi e é repetido em todos os lugares, inclusive pelos professores das escolas.

Na verdade, alguns anti-monarquistas estavam tão convencidos (ainda que incorretamente) que Maria Antonieta teria arruinado sozinha as finanças da França, que a apelidaram de sua Madame Déficit.

Portanto, com os fortes sentimentos de insatisfação e de raiva contra o Rei e a Rainha que estavam presentes nessa época, é bem possível que um descontente individual tenha fabricado o cenário e colocado as palavras na boca de Maria Antonieta.

Porém, Maria Antonieta atraiu a travessura para si mesma, ela não era inocente de tudo. Só em tribunal mostrou publicamente a dignidade que lhe é atribuída posteriormente. Ela não parecia nem jovem, nem frívola, nem imprudente. Suas últimas palavras em 16 de outubro de 1793, na guilhotina foram

Perdão, Monsieur.

 

Maria Antonieta

 

Maria Antonieta acidentalmente havia pisado no pé do seu carrasco. Ela encontra a morte na guilhotina, durante a Revolução Francesa.

 

 

Nota –

Maria Antônia Josefa Joana de Habsburgo-Lorena foi uma arquiduquesa da Áustria, a esposa do Rei Luís XVI e Rainha Consorte da França e Navarra de 1774 até a Revolução Francesa em 1792.

Freddie Mercury sabia sobre a frase?

Certamente que sim … ele já disse em entrevista que respeita muito a realeza, e gostaria de se encontrar com Maria Antonieta para falar sobre joias.

 

Fontes – www.welt.de

Wikipedia

Canção específica lançada em 1977 teria desempenhado papel importante nesse sentido, de acordo com o relato
Eddie Van Halen deu fama à técnica de tapping na guitarra — onde as duas mãos ficam no braço do instrumento. Apesar de ter aprimorado o recurso com suas próprias marcas, o saudoso músico não o criou do zero. Como atestou durante entrevista ao Museu Nacional de História Americana em 2015, passou a tocar de tal maneira após certas inspirações.
Uma delas, de acordo com Brian May — amigo pessoal do saudoso artista —, veio de uma música lançada pelo Queen em 1977. Conforme revelado pelo guitarrista britânico à revista Classic Rock, Eddie usou a canção “It’s Late”, parte do álbum “News of the World” (1977), como referência para a técnica:
“Ele me disse que pequenas partes dos arranjos do Van Halen tiveram inspirações em coisas que fizemos. Em relação ao tapping, Eddie me contou: ‘bem, você fez isso em It’s Late’. E eu respondi: ‘é, eu só brinquei com a ideia porque eu tinha visto um cara no Texas fazendo isso’. Eu tinha feito o tapping de forma mais rudimentar, depois passei a fazer outras coisas, enquanto Ed basicamente fez da guitarra um novo instrumento.”
Em um bate-papo anterior com a Guitar Player em 2021, o integrante do Queen também mencionou a influência de “It’s Late” no trabalho de Eddie. Na mesma ocasião, descreveu detalhes a respeito do tal “cara do Texas” – supostamente Rocky Athas:
“Entrei em um bar no Texas quando estávamos em turnê e vi esse cara tocando. E ele flexionava as cordas, como todos nós, mas depois colocava a mão direita em um traste e fazia um tipo de som cantado. Eu fui até ele depois do show e falei: ‘já estou te dizendo, vou copiar você’. E ele disse: ‘ótimo, vá em frente’. Eu perguntei como ele descobriu essa técnica e o cara me respondeu que a pegou de Billy Gibbons.”
Eddie Van Halen e tapping
Há quem diga que o tapping de Eddie Van Halen veio do guitarrista Harvey Mandel, mais conhecido como membro da Canned Heat. Já o próprio Eddie, à Guitar World, creditou apenas Jimmy Page nesse sentido:
“Acho que tive a ideia depois de ver Jimmy Page tocar seu solo de ‘Heartbreaker’, do Led Zeppelin, em 1971. Ele estava fazendo um pull-off sem colocar a mão nos trastes e eu pensei: ‘espere um minuto, eu consigo fazer isso, mas e se eu usar meu dedo como a pestana e movê-lo?’.”
Fonte: https://igormiranda.com.br

👑 “Queen Locations” 👑
Londres – Parte 1

🇬🇧 Foto 1 – Hammersmith Odeon
O Queen tocou algumas vezes aqui entre dezembro de 1973 e dezembro de 1979. Na foto que está sendo segurada é o concerto de 1975.

 

🇬🇧 Foto 2 – Buckingham Palace
A New Musical Express (NME), revista musical semanal britânica, fez uma reportagem com Freddie em abril/74 e as fotos foram feitas na frente do palácio.

 

🇬🇧 Foto 3- Wardour street
É muito perto dos estúdios Trident, então é provável que eles tiraram essa foto após uma sessão de gravação.

 

🇬🇧 Fotos 4 e 5 – A sessão de fotos na cabine telefônica
Este é o local exato em que as fotos da banda ao lado de uma cabine telefônica vermelha foram tiradas nos anos 70, em Pimlico. Infelizmente, o estande não está mais lá.

 

 

 

Fonte: blog Queen Locations, de Judith.

O cantor e compositor britânico Sam Ryder desfruta de uma onda de sucesso com a música Fought & Lost para a série da Apple TV+ Ted Lasso.

O vice-campeão do Eurovision 2022, de 34 anos, falou com a Reuters sobre como Fought & Lost ecoou sua própria jornada na indústria da música, a colaboração com seu herói Brian May e a rotina de cuidados com os cabelos.

P. Como foi trabalhar com Brian May, do Queen?

Ryder: A música é sobre nunca desistir e perseguir seus sonhos … Eu era uma criança correndo do ônibus escolar para subir as escadas, colocar meu violão e praticar canções do Queen. Quinze anos depois, estou recebendo um telefonema de Brian May, tocando guitarra em uma das minhas músicas para ser usada em uma série e agora indicada ao Emmy Award.

Ele é como meu herói, não apenas como guitarrista e compositor, mas como ser humano. Pelo que ele defende e quão gentil ele é.

P. Conte-me os segredos da sua rotina de cuidados com os cabelos?

Ryder: Minha rotina de cuidados com o cabelo vai ser bastante controversa. Eu lavo e vou para a cama com ele completamente úmido. Eu literalmente vou para a cama, coloco-o atrás do meu travesseiro e vou dormir.

P. O que há no camarim de Sam Ryder?

Ryder: Há muitas frutas e vegetais, muitas balas de gengibre e também muito chocolate vegano. Chocolate vegano não é ótimo, vou ser honesto com você.

Em todos os países para onde vamos, queremos experimentar o melhor chocolate vegano que pudermos encontrar. E temos uma pequena planilha de pontuação que mantemos entre os nossos favoritos.

 

Fonte: www.terra.com.br

Um dos maiores sucessos do grupo Queen foi retirado do disco ‘Greatest Hits’ (1981) para evitar a “cultura do cancelamento”. Os executivos do grupo Universal decidiram que a versão do álbum disponível na plataforma de streaming Yoto não terá a canção ‘Fat Bottomed Girls’. Uma tradução à brasileira do título da música poderia ser ‘Garotas com Popozão’.

Queen – Live At The Rainbow – Uma história…

31 de março de 1974, Londres, The Rainbow Theatre….

O Queen se apresenta e poucas pessoas que compareceram a essa apresentação icônica poderiam prever que eles se tornariam um dos melhores e mais bem-sucedidos grupos de rock do mundo, embora alguns na plateia possam ter suspeitado disso após esse show impressionante.

Colin Irwin era repórter da Melody Maker e estava presente no dia e fez sua crítica sobre o show…

Freddie Mercury brilha estrondosamente sob o facho dos holofotes. Raiva e hostilidade escorrem de sua boca. Ele bombeia o punho direito vigorosamente para o céu e grita Liar, Liar.

Centenas de punhos se erguem com ele enquanto as palavras voltam gritando da plateia como um eco. Mercury permite que um lampejo de sorriso apareça em seu rosto. É apenas momentâneo, mas é o símbolo de um homem desfrutando de sua hora mais triunfante.

A prova do triunfo é um recorde de sucesso nas paradas e uma audiência completa no último domingo no Rainbow Theatre de Londres clamando por mais.

Queen conseguiu. Ninguém está mais ciente disso do que Mercury, que se afasta, cabeça erguida, braços erguidos, parecendo mais do que satisfeito em concluir uma boa noite de trabalho.

Ele suou impiedosamente, apostou em sua reivindicação de se tornar uma estrela poderosa e dois dedos para qualquer um que ouse duvidar disso.

O Queen já parece ter conquistado seguidores formidáveis. Depois de uma razoável abertura de Nutz, a impaciência dos torcedores foi grande. Houve assobios, gritos, palmas lentas, cantos de We Want Queen. O lugar tinha atmosfera.

 

Por fim, as luzes se apagaram e uma onda de expectativa se espalhou pelo teatro. Mais palmas e assobios. Então, de repente, as luzes do palco se acenderam e eles estavam lá.

Um rugido da plateia e uma corrida esperançosa para a frente por alguns dos mais jovens que foram rapidamente despachados de volta para seus lugares. Os olhos imediatamente se fixam em Freddie Mercury. Uma figura alta vestida toda de branco em contraste com seus longos cabelos escuros. Ele está parado no centro do palco de frente para a bateria, de costas para o público, um holofote verde girando ao seu redor.

Seus braços estão esticados, abrindo sua capa de babados dando o efeito de um anjo. À medida que a banda explode em seu primeiro número, Mercury gira e desfila agressivamente até a beira do palco. Ele não é nenhum anjo.

Mercury domina o palco durante todo o show. O guitarrista Brian May ocasionalmente dá um passo à frente para dividir a atenção, mas Mercury continua sendo o ponto focal. Ele é o de branco enquanto o resto está de preto. Estou te chamando, estou te chamando, canta, acenando com o dedo para as garotas das dez primeiras filas e balançando a perna como se estivesse imitando Presley.

Ele ficará parado por vários segundos, então se moverá rapidamente com um senso de propósito definido entre Brian May e John Deacon, o baixista, e voltará para a frente. No meio da segunda música ele para e pergunta: O que você achou do show até agora? mas a resposta é perdida quando ele entra em erupção novamente. Ele é um artista fascinante, o tipo de coisa de que os ídolos são feitos, embora suas ações às vezes pareçam poses coreografadas, em vez de movimentos naturais instintivos inspirados pela música.

No meio do set, a banda toca Great King Rat de seu primeiro álbum. Aqui Mercury está em seu canto mais dominante. Mas sem avisar, ele deixa o microfone e sai propositalmente. Brian May irradia uma liderança violenta durante sua ausência, mas Mercury retorna depois de apenas um minuto ou mais, agora vestido inteiramente de preto. Uma camiseta com decote em V profundo e calças dolorosamente justas feitas de algo que parece cetim. O último quarto do ato fica cada vez mais frenético.

Seus dois números bem conhecidos, Keep Yourself Alive e Seven Seas of Rhye, naturalmente caem como uma tempestade e então eles lançam um medley baseado em Jailhouse Rock antes de terminar com Liar e Mercury lançando um pandeiro para a plateia. O barulho lembra o Kop em Liverpool. Muitas pessoas chegaram à frente agora e todos estão de pé. O Queen volta para fazer outro medley começando com Big Spender (sim, a música de Peggy Lee/Shirley Bassey) e sai apenas para voltar mais uma vez para fazer See What A Fool I’ve Been.

Mercury volta desta vez armado com um ramo de flores brancas que espalha entre as primeiras fileiras. Tem sido uma performance de energia e vitalidade. Pode haver poucos que não tenham ficado impressionados até certo ponto com o poder do desempenho de Mercury e o carisma que o cerca. No entanto, longe da excitação atmosférica de tudo isso, pode ser pertinente examinar um pouco mais de perto a força da banda.

Seu apelo é diversificado. Na plateia havia jovens de 14 e 15 anos, mas havia muitos em torno dos 20. Eles fazem um grande show de serem duros e pesados e, como tal, chegam ao adolescente mais jovem que gosta de pensar que é progressivo e moderno. Mas, pensando bem, eles provavelmente não são mais criativos do que Nazareth ou mesmo Geordie. Musicalmente eles não estão fazendo nada de especial.

Há momentos em que soam influenciados pelo The Who e momentos em que estão mais próximos do Zeppelin. Mas seu set é intercalado com coisas mais animadas como Great King Rat e Keep Yourself Alive para torná-lo palatável para aqueles que foram atraídos pelo sucesso do single. E os roqueiros também encontrarão muito para mantê-los felizes. Por mais limitados e sem originalidade que possam ser, eles parecem certos de torná-lo muito maior ainda.

Além de Mercury, a figura principal é Brian May, cujo talento como guitarrista da banda depende muito. Como a imagem da banda como um todo, sua forma de tocar é emaranhada com uma energia frenética, uma qualidade implacável e agressiva. Apenas uma música, White Queen, realmente se destaca além dos sucessos Seven Seas of Rhye e Keep Yourself Alive, e é White Queen que é a única música de que eles podem ter mais a oferecer.

 

É mais lento e Mercury toca piano, uma pausa bem-vinda de seus discursos exaustivos no palco. Talvez seja por isso que seu desempenho, embora empolgante, foi um pouco irritante. Sua concentração visual em Mercury e musicalmente em May tornou-se cansativa assim que o choque do primeiro flush passou.

Queen inspiram o tipo de adulação para fazer os meninos persuadirem suas mães a bordar a palavra Queen em suas jaquetas jeans. Para fazer as garotas gritarem e pularem de seus assentos para tentar alcançá-los. Para fazer as pessoas irem às suas lojas de discos aos milhares e pedirem uma cópia de Seven Seas of Rhye ou do álbum Queen 2.

É uma história de sucesso mais espetacular do que a maioria dos grupos tendo seus primeiros reconhecimentos nas paradas. Como tal, eles parecem estar por aí por muito mais tempo do que muitas das pessoas que encontram fama repentina. Com um vocalista chamado Freddie Mercury, como eles poderiam deixar de ser estrelas do rock?

Fonte: www.udiscovermusic.com e www.queenconcerts.com

21 de Novembro de 1970 – A Banda DEACON

 

▪️Em 1970, John Deacon formou um quarteto de R&B com um colega de quarto da Faculdade – o guitarrista Peter Stoddart – além de Don Carter na bateria e outro guitarrista lembrado apenas como Albert.

 

▪️Em 21 de Novembro de 1970, eles fazem seu único show documentado, como um grupo de apoio para as Bandas Hardin & York e The Idle Race no Chelsea College.

Chelsea College

 

▪️Por não terem composto nenhuma canção original, eles tocaram principalmente covers de blues e sucessos contemporâneos.

The Idle Race

 

▪️A Banda foi chamada somente de DEACON, não porque John fosse o líder do grupo, mas sim pelo fato de não terem tido tempo de pensar em um nome original.

Banda Hardin & York

▪️Depois deste seu único show em 1970, John se desligou da Banda Deacon e começou à responder à anúncios em jornais locais antes de encontrar Brian e Roger, que o convidaram para se juntar ao Queen.

 

Fonte –

Queen: Complete Works

De Georg Purvis

Lugares do Queen na Espanha

Fotos 1 e 2 – Hotel Ritz (Barcelona)

 

Freddie Mercury e Montserrat Caballé se conheceram neste hotel em 1987.

Atualmente, o hotel se chama El Palace, mas todos o conhecemos como Ritz.

Esta é a sala onde eles tiveram sua primeira reunião. A cortina é exatamente a mesma! Havia um piano de cauda lá.

 

Foto 3 – Suíte de um hotel de luxo localizado no centro da cidade (Barcelona)

Freddie visitou a cidade muitas vezes. Esta foto foi tirada em 1988, quando ele veio a Barcelona para cantar no Festival La Nit.

 

Foto 4 – La Nit Festival in Montjuïc fountains (Barcelona)

O festival La Nit aconteceu em outubro de 1988 e fez parte da abertura das olimpíadas culturais.  Freddie e Montserrat cantaram as músicas Barcelona,  How Can I Go On e The Golden Boy.

Barcelona  se tornou o hino olímpico dos Jogos de 1992.

 

Fonte: blog Queen Locations, de Judith

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💢 Qual o conceito do nome QUEEN para a Banda ?

O mundo conhece o Queen por seu dinamismo e capacidade de abraçar o heavy metal, o glam rock e a teatralidade.

▪️Mas, como essa Banda duradoura e influente ganhou seu nome ?
▪️Por que é simples e ao mesmo tempo tão complexo ?

Seja você fã ou não do Queen, todos estão cientes da personalidade sedutora e da presença de palco de Freddie Mercury. A sua aparência grandiosa se traduziu em ele escolher o nome da Banda – QUEEN.

Embora os outros membros não tivessem certeza de seu nome, Mercury insistiu no título maior que a vida.

Freddie observou em uma entrevista que escolheu o nome porque “ é muito real, obviamente, e soa esplêndido. É um nome forte, muito universal e imediato. Eu certamente estava ciente das conotações gays, mas essa era apenas uma faceta disso. ”

▪️E Freddie tinha uma idéia muito específica para a Banda …

O nome multifacetado reflete o próprio Mercury, pois era provocativo e pomposo, além de fornecer especulações, bem como seu estilo andrógino e sua sexualidade.

Em suma, o nome é grandioso, grande e complicado como o seu eu interior, a habilidade musical e a aparência de Mercury.

Contudo, supõe-se (através de diversas pistas deixadas por eles mesmos) que os motivos sejam os seguintes –

● Muitas Bandas tinham um nome relativo à palavra ” King ” ( Rei ) e talvez, por motivos de inovação, eles tenham resolvido se denominar ” Queen ” ( Rainha ).

● Também é fato comprovado que Freddie tinha um respeito e uma admiração muito grande pela realeza e, em algumas canções e entrevistas, ele chegou à se denominar uma Rainha.

● Queen é um nome de fácil pronúncia, soa bem e seu significado é conhecido em diversos países, como o próprio Roger Taylor afirmou.

Alguns afirmam que o nome Queen se deve à homossexualidade de Freddie Mercury (algo como ” Drag Queen “), contudo nem os próprios membros da Banda se dispuseram a comentar este boato.

➡️ “ Foi uma reação química completamente nova e por isso tinha que ter um novo significado e um novo título, para que nos sentíssemos frescos ”.
– John Deacon.

Freddie disse que a Banda queria que o público tivesse uma opinião imediata sobre eles e determinasse se eles gostaram ou não.

E ele preferiu não ver o nome ‘ Queen ‘ como referência à sua sexualidade. Freddie afirma que a implicação gay era outra faceta, mas que a Banda “ preferiu pensar no Queen no sentido real, em vez de no sentido queer ”.

Ele pensou no nome “ Rainha ” por uma razão muito específica – ‘ Eu pensei no nome Queen desde cedo. Não poderia ser Rei, não tem o mesmo anel ou aura da Rainha. Era um nome muito real e soava esplêndido. É forte, muito universal e imediato. Tinha muito potencial visual e estava aberto à todos os tipos de interpretações. ‘

Ele acrescentou – ‘ Sinto que o nome Queen realmente se encaixava naquela época. Ele se prestava à muitas coisas, como o teatro, e era grandioso. Foi muito pomposo, com todos os tipos de conotações. ‘

 

A Banda estava confiante de que sua música e a reação do público à eles funcionaria.

▪️O Queen estava levando o mundo para outro nível !

Fontes –

– Whiplash
– Americansongwriter

Já se passaram quase 32 anos desde que Freddie Mercury morreu no quarto do andar de cima de sua casa – Garden Lodge – em uma rua tranquila de Kensington.

Mas fãs de todo o mundo ainda tocam a campainha da robusta porta embutida no alto muro de tijolos, que esconde a propriedade da rua.

 

Podemos ver a casa?

Há 32 anos que é assim – conta Mary Austin – a mulher que foi parceira de Mercury durante seis anos, e que se manteve como sua melhor amiga e confidente até à sua morte, a quem deixou a casa e todo o seu conteúdo em testamento.

É onde ela continuou a viver, cercada pela extraordinária coleção de arte, antiguidades e objetos pessoais que ele acumulou ao longo de sua vida.

Mas não mais …

 

No próximo mês, todo o conteúdo da casa será leiloado na Sotheby’s em Londres – cerca de 35.000 itens em 1.500 lotes que serão vendidos em seis leilões separados. É uma das maiores vendas de um único proprietário em anos, superada apenas pelas vendas das coleções de Elton John e Andy Warhol (ambos em 1988) e Duque e Duquesa de Windsor (1997).

Impressionante em seu tamanho e alcance, lança uma nova e fascinante luz sobre Mercury não apenas como colecionador, mas também como um conhecedor das artes, refletindo suas várias paixões por retratos do século XIX e móveis franceses e italianos, arte japonesa, cerâmica e têxteis, objetos art déco e nouveau, para Erté e Goya, Picasso e Miró, Fabergé, Tiffany e Daum.

O destaque será o Leilão Noturno em 06 de Setembro, onde os itens incluem o piano de cauda Yamaha no qual Mercury escreveu Bohemian Rhapsody e outros sucessos, a letra de trabalho dessa música, escrita em um calendário da British Midlands Airways de 1974, uma coleção de seus mais figurinos de palco famosos e a porta verde original de Garden Lodge, cobertos de pichações e dedicatórias deixadas pelos fãs após sua morte.

 

 

Mary e Freddie se conheceram em 1969. Eles viveram juntos por seis anos até que Mercury disse à ela que achava que era bissexual. Não, Austin disse à ele: Acho que você é gay.

 

Era o fim do relacionamento romântico, mas não da amizade.

Foi Austin quem visitou Garden Lodge pela primeira vez com Mercury em 1980, quando procurava um novo lar.

A propriedade foi construída em 1908 para o pintor Cecil Rea e sua esposa, a escultora Constance Halford. Ao longo dos anos, foi propriedade de Peter Wilson, presidente da Sotheby’s, e do agente de inteligência britânico Tomás Harris.

Quando Freddie comprou a casa, ela pertencia à um membro da família de banqueiros Hoare.

 

se lembra de passar pela porta verde e entrar no jardim, e era tão pacífico, tão tranquilo … haviam crianças brincando e esta casa no final do caminho. E a casa era um espelho do jardim, muito calma e tranquila e cheia de luz. Uma casa muito feliz, pensei, muito mais uma casa de artista. Tirou meu fôlego. Eu só posso imaginar que isso também o deixou sem fôlego.

Freddie fez uma oferta pelo preço pedido com a condição de que fosse removido do mercado imediatamente.

Garden Lodge, Austin diz, tornou-se seu santuário, um lugar para se afastar dos holofotes, e onde a harmonia entre sua coleção e seu ambiente se tornou uma espécie de obra de arte em si, cada objeto cuidadosamente selecionado para refletir seu caráter, seu gosto e sensibilidade.

Alguns meses atrás, visitei Garden Lodge, antes de tudo ser removido para ser descrito, catalogado e armazenado em prontidão para o leilão, e fui mostrado por Austin e David Macdonald, diretor sênior da Sotheby’s e chefe de vendas de um único proprietário.

Ao passar pela porta para o corredor, parei no meio do caminho. Nos anos em que Austin viveu aqui, ela não mudou nada.

É como era, disse ela, apontando para o corredor onde estávamos.

Quando ele se mudou, mudamos os móveis de lugar e eles ficaram no melhor lugar. Portanto, movê-lo novamente nunca teria funcionado. Cada peça está exatamente onde ele a colocou.

Parecia que Mercury tinha acabado de sair um momento antes de eu chegar.

A requintada mesa de mármore florentino do século XIX, incrustada com lápis-lazúli, malaquita e jade, que ficava no hall, os românticos retratos do século XIX pendurados na parede. Na sala de estar, a luz entrava pela enorme janela panorâmica. Lá estava a joia da coroa da coleção de arte de Mercury, uma pintura de James Tissot, Type of Beauty: Portrait of Mrs Kathleen Newton, que Mercury comprou pouco antes de sua morte, ao lado de miniaturas indianas que datam do século 16, e um Armário art nouveau francês do século XIX, exibindo um serviço de jantar Meissen, delicadamente pintado com espécimes botânicos.

 

 

Em um canto estava o piano Yamaha, comprado por cerca de £ 1.000 em 1975, quando a estrela do Queen estava subindo e as ambições musicais de Mercury superavam seu antigo piano vertical. Quando não estava compondo alguns de seus maiores sucessos no instrumento, ele entretinha Austin tocando números de Winifred Atwell, a pianista de Trinidad que estava na moda na década de 1950.

Foi apenas quando ela se preparava para a venda que Austin abriu o banquinho do piano, encontrando uma variedade de desenhos e letras que permaneceram intactos por 30 anos, incluindo um esboço da Banda com a legenda ‘Dearie me!’, e uma de Jimi Hendrix. “Ele estava sempre desenhando Hendrix”, disse Austin. ‘Ele o adorava.’

Ao fundo da sala fica uma galeria de menestrel, com vista privilegiada para o jardim, e onde Mercury instalou um bar, feito de bordo e mármore rosa, para entreter os amigos. Uma cigarreira de laca japonesa e um cinzeiro Lalique – Mercury era um fumante incorrigível – estavam sobre o balcão.

Ao lado dele, uma figura art déco de madeira de um garçom de bigode em um colete vermelho – parecendo estranhamente com Mercúrio, em posição de sentido, a bandeja estendida.

Subimos a escada principal, passando por uma série de pinturas lúdicas de nus de William Russell Flint, até o patamar, as paredes penduradas com desenhos de Goya. Uma porta se abriu para o camarim de Mercury, luxuosamente acarpetado, cercado por armários espelhados.

Em uma escrivaninha de madeira dourada no estilo Luís XV do século XVIII, havia uma estatueta de porcelana de um arlequim e um relógio Cartier.

As portas do armário se abriram para revelar um tesouro de figurinos de Mercury.

Catsuits usados na turnê do Queen em 1977, incluindo um com asas de deus de Mercúrio; a jaqueta de couro usada no vídeo We Will Rock You, a fantasia de drag do vídeo do Great Pretender; a túnica militar preta que Mercury usou no evento beneficente Fashion Aid no Royal Albert Hall em 1985. Pares de sapatilhas de balé, tamanho 8.

Em uma caixa estava o manto de veludo vermelho, enfeitado com arminho falso, e a pasta, strass e coroa de pele falsa – uma réplica da coroa da coroação – usada por Mercury em sua última apresentação com o Queen, em Knebworth em 1986.

Quando Austin herdou a casa em 1991, não havia pensamento de que ela faria algo além de preservá-la como era.

É muito difícil explicar por que eu guardaria tudo, porque as pessoas nunca vão entender”, diz ela. ‘Mas porque ele confiou em mim, eu me senti tão protetor de tudo. Estou em um lugar de amor, então por que mudar isso?

Mas o tempo muda tudo …

Algumas semanas depois, encontrei Austin novamente, em uma sala de conferências na sala de leilões da Sotheby’s Bond Street. É uma mulher de constituição esguia, de jeito sereno e pensativo, que fala com voz baixa e hesitante.

Além de seus aposentos privados, Garden Lodge estava agora quase vazio, as paredes nuas. Tenho uma mesa de cavalete, emprestada da Sotheby’s, cadeiras, e não há nada. Está vazio e ainda lindo.

Ela sorriu …

Tenho 72 anos e no próximo aniversário não terei 50. Estou caminhando para, espero, ser um octogenária e senti que isso tinha que ser feito durante minha vida.

Eu olhei para tudo e pensei, nós tivemos nossa jornada. Freddie era um romântico com certeza, e eu também sou. Todos esses artefatos, a maioria deles antigos; eles viajaram ao longo dos anos, desde 1800 até hoje, tiveram vários proprietários, foram amados e queridos – é por isso que estão em tão boas condições. E agora é a jornada deles para seu novo dono.

Antes de tudo ser retirado de casa, eu andei por aí e revivi um momento com cada um deles, e os imaginei em sua nova vida. E nenhum deles lamentou partir. E eu apenas desejei a eles muito amor e boa sorte em seus novos lares. E com alguns foi, uau, não te vejo há um tempo. Tchau!” Ela ri. ‘Eu não sou a Srta. Havisham.

 

Entre os itens em leilão está o livro de visitas que Mercury guardava para seus jantares no Garden Lodge, listando os menus (salada de frango desfiado, camarão tailandês com coco, potstickers de frutos do mar ao molho de limão), vinho e flores – e a colocação.

Entre a reunião de amigos e celebridades, Mary, nota-se, estava sempre sentada à sua direita. Isso nunca me ocorreu. Ela faz uma pausa. Sempre pensei que era porque eu era útil – ficava mais perto da cozinha.

Parece significar mais do que isso …

Provavelmente mais do que eu gostaria de admitir. Ela faz uma pausa. Passei um tempo vivendo com ele, um tempo refletindo, um tempo me encontrando e não me inserindo realmente na dinâmica daqueles anos que passamos. É só agora que tudo está girando e se movendo que me encontro em 1969 e apenas revivendo, realmente, repetindo a vida como se faz.

Eles se conheceram através de amigos. Ela era uma assistente de vendas de 18 anos na Biba, a elegante butique de Kensington. Ele tinha 23 anos, era formado em arte – Freddie Bulsara na época – comandava uma barraca de roupas e tecidos em Kensington Market, prestes a se reinventar como vocalista de um grupo chamado Smile, que mais tarde tornou-se conhecida como QUEEN.

Era comum naquela época, ela diz, passar no bar depois do trabalho. ‘Você se perguntaria, tem alguém aí esta noite? Assim como alguém fez nos anos 60. Eu realmente não conhecia Freddie muito bem.’

E então ele a convidou para sair …

Ela se lembra da data. Cinquenta e quatro anos atrás, no dia 06 de Setembro. Fomos ao Marquee. Tenho uma sensação horrível de que Mott the Hoople estava tocando. E ele era muito mais aberto do que na multidão. Ele foi muito aberto, muito caloroso e engraçado – e nós nos demos bem. O que não é o que eu pensei… Eu pensei que era apenas uma noite fora com alguém da multidão. Nunca me ocorreu que fosse algo mais do que isso.

 ‘Então as semanas se desenrolavam e nos encontrávamos na hora do almoço. Ele não tinha muito dinheiro, então era meio lager ou algo assim, aí eu voltava para a Biba, ele voltava para o mercado.’

Então, um dia, ela lembra, eles estavam passando pela Barkers, a loja de departamentos.

Havia um florista do lado de fora e ele disse: “Espere aí, não demoro um minuto.” Eu estava pensando, preciso voltar ao trabalho… E ele voltou com uma única rosa vermelha. Ele me deu, e eu voltei para o Biba, pensando, o que é isso? Ele nunca poderia articular…

Nesse ponto, ela diz, ela não estava apaixonada por ele. Mas quanto mais nos encontramos pessoalmente no pub, e quanto mais eu o conhecia, de alguma forma encontrei o ser humano e assim que encontrei o ser humano fui vendida.

Eles viveram juntos em uma série de apartamentos em Kensington pelos seis anos seguintes. Mas em 1975 as coisas começaram a mudar na vida de Mercury. O Queen havia se tornado um grande fenômeno e estava em turnê pelo mundo – e ele estava lutando com questões sobre sua identidade e sexualidade. E então veio o reconhecimento de que ele era gay.

Foi um período difícil, sim, com certeza. Ela faz uma pausa. “Chegamos ao ponto em que ele me presenteou com um anel de noivado. Percebo agora que era dia de Natal, então foi um presente e meu para guardar.

 Mas acho que ele descobriu, enquanto explorava sua carreira e a amplitude de vida a que estava sendo exposto, que havia chegado a esse período de transição para ele. Eu podia ver que ele era um homem muito confuso. Mas olhando para trás, lendo as letras de certas músicas – principalmente Bohemian Rhapsody – você pode ver onde a mudança de tom começou.

Não posso dizer o que ele estava pensando, porque eu estaria presumindo. Mas sei que ele achou difícil reconhecer dentro de si mesmo, e pude ver que isso o estava confundindo e machucando.

Isso pôs fim ao relacionamento romântico deles.

Depois que a vida de Freddie mudou, percebi que tinha que mudar, e o que estava no passado, eu tinha que manter muito no passado. Um novo capítulo estava começando e eu estava pronta para começar esse novo capítulo.

Mary teve dois filhos, o mais velho dos quais Mercury foi padrinho, embora sua saúde debilitada o impedisse de comparecer à cerimônia. Enquanto Mercury teve inúmeras amantes, passando os últimos sete anos de sua vida com Jim Hutton, pode-se dizer que Mary foi até o fim a única pessoa que ele realmente amou – a pessoa a quem dedicou sua canção Love of My Life. (?)

Todos os meus amantes me perguntaram por que não podiam substituir Mary, disse ele em uma entrevista de 1985, mas é simplesmente impossível. A única amiga que tenho é Mary, e não quero mais ninguém. Para mim, ela era minha esposa em união estável. Para mim, foi um casamento. Acreditamos um no outro, isso é o suficiente para mim.

Antes de morrer, ele disse: ‘Deixei a casa para você porque você seria a mulher com quem eu teria me casado e, por direito, tudo isso seria seu de qualquer maneira‘ diz Austin.

‘ O que você diz? Bem ok…’

 É uma medida de quanto ele te amava.

Sim. E suponho que foi isso que achei mais difícil do que qualquer coisa morando na casa – o que poderia ter sido e o que foi são tão diferentes. Como você carrega essa bagagem pela vida? Você não carrega. Você coloca no armário, guarda e deixa em paz, porque aqui estava um homem que poderia te amar de uma forma convencional. Você realmente quer vasculhar isso? Não. É o que é. Era o que era.

Por mais de 30 anos, diz ela, a casa tem sido a caixa de memórias mais gloriosa, porque tem muito amor e calor.

Tudo o que Freddie comprou, ele comprou com um espaço em mente. “Ah – esse é o tamanho perfeito! É aqui que quero colocá-lo. Meça a parede – ela se ajustará perfeitamente.” E onde não aconteceu, acabou no sótão.

Mercury era um colecionador meticuloso e conhecedor. As estantes do Garden Lodge estavam repletas de livros sobre todos os aspectos das artes e ofícios, juntamente com catálogos e revistas de leilões. Ele fazia visitas particulares a casas de leilões, mas preferia não dar lances. Em vez disso, ele enviaria Austin ou seu assistente pessoal, Peter Freestone, para licitar em seu nome, com um cheque em branco assinado em mãos.

‘Eu voltava de um leilão, e a expectativa em seu rosto…’ Austin sorri com a memória.

‘ Você entendeu?” Sim. E depois seria: “Quanto?” Por que ele confiaria em meu julgamento, eu não sei. Haviam um ou dois itens que me chocaram.’

Ela se lembra de ter sido instruída a dar lances em um determinado item em um leilão de relógios. ‘Apareceu, e eu pensei: “Por quê?” Parecia bastante dilapidado; a cor carecia de brilho. Aí eu lancei, peguei de volta, dei pra ele, e falei, eram tantos relógios lindos… E ele falou: “Ah, espera aí que eu termino”. E voltou, douradinho, o esmalte, tudo – ficou simplesmente deslumbrante. E então eu percebi o quão talentoso ele era. Ele viu isso e pensou: “Sim, eu sei exatamente o que vou fazer com você”.

O relógio estava sobre a lareira no que Mercury chamava de Sala Japonesa. Ele desenvolveu uma obsessão particular com o país na primeira turnê do Queen lá em 1975, e em suas viagens seguintes ele acumulou uma coleção de antiguidades, tecidos, pinturas e quimonos – muitos e muitos quimonos.

Entre as peças mais requintadas do leilão está uma impressão em xilogravura de talvez a obra mais famosa do artista ukiyo-e Utagawa Hiroshige, Sudden Shower over Shin-Ōhashi Bridge and Atake, 1857.

Quando uma impressão foi colocada à venda na Sotheby’s em 1977, Mary foi enviada para comprá-la. ‘Mas havia um grande contingente japonês no leilão e estava ficando muito caro. Eu pensei, eu realmente não acho que deveria apostar muito mais, ele vai me matar, então parei. Quando eu disse a ele, ele não gostou. Então, em sua última viagem ao Japão, ele voltou e disse: “Olha o que eu comprei, você nunca vai adivinhar”. E era a mesma impressão, e ele pagou exatamente o preço de martelo na Sotheby’s.’

Ela ri. ‘Eu me senti realmente tola.’

Tudo o que ele colecionava tinha um propósito, diz ela, “e um romance”. E ele era um professor tão bom. Por exemplo, quando ele começou a colecionar gravuras japonesas, ele explicava como o artista abordaria a xilogravura; , as cores, a técnica. Isso o espelhava.’

“Não tenho esperança com dinheiro”, admitiu certa vez Mercury. ‘Eu simplesmente gasto o que tenho.’

Ele colecionava de forma prolífica, extravagante, diz Austin – mas não obsessivamente. ‘Embora eu ache que ele percebeu que poderia se tornar obsessivo, e então ele parou.

A Sala Japonesa estava lotada!

Não havia um pedaço de espaço na parede onde ele pudesse colocar mais gravuras.’ Separando os itens para o leilão, ela se deparou com várias caixas com números de lote, ‘com essas lindas estampas dentro; que nunca havia sido pendurada na parede”.

Mercury nunca discutiu sua coleção publicamente e nunca concordou em fotografá-la, ou Garden Lodge, em revistas de artes, design ou arquitetura. ‘Era a diferença entre sua persona pública e privada. Garden Lodge, e toda a coleção dentro dele, era privado para ele. Ele foi muito discreto.’

O público veria o extrovertido extravagante.

“Mas havia um lado dele que era muito quieto, pensativo, meditativo”, diz Austin. ‘E aquela pessoa reflexiva e meditativa precisava de “Mercúrio” para realizar sua ambição.’

Era o seu alter ego.

‘Sim, e tenho observado pessoas ao longo dos anos que evocam um alter ego e o alter ego assume o controle. Mas Freddie sempre administrou o alter ego, e Garden Lodge, e mantendo esse lado de sua vida privado, era o espaço meditativo de Freddie, onde ele voltaria a ser Freddie, não “Mercury”.’

No último apartamento onde moraram juntos, lembra ela, os discos de ouro dele estavam pendurados na parede. Quando ele se mudou para Garden Lodge, eles foram colocados no sótão.

“Ele era um ser humano tão caloroso e especial, realmente. Ele se preocupava com todos que trabalhavam para ele e saía comprando coisas – “ele ou ela adoraria isso…”

Mas sempre foi um presente significativo. Nunca foi uma questão de, eu preciso bajular aqui. Era sempre para mostrar apreço.

‘Ele era um perfeccionista sobre tudo na vida. A maioria dos perfeccionistas é exigente – muitas vezes mais exigente consigo mesmo do que com os outros – e a única pessoa que ele perseguia com seu perfeccionismo era ele mesmo. E ele ficaria magoado com as coisas, mas ninguém veria esse lado dele.

O que me tornou mais protetor com ele.’

Ao longo dos anos, ela tem sido, de certa forma, a guardiã do relacionamento deles, recusando entrevistas, nunca falando sobre isso até agora.

Ela recebeu o roteiro do filme Bohemian Rhapsody de 2018, estrelado por Rami Malek como Freddie, e perguntou se ela queria conhecer Lucy Boynton, que estrelou como Austin. Mas, tendo guardado sua privacidade por tanto tempo, ela optou por não fazê-lo e nunca assistiu ao filme.

‘Eu vi os trailers, com Rami Malek cantando no Live Aid, e pensei, uau, que edição incrível. Mas então pensei, não, não posso assistir isso. Não porque seja um filme ruim; mas não é Freddie, então não é minha vida. A justaposição está muito distante. Eu não conseguia me relacionar com isso.’

Agora, abrir mão dos objetos – os quadros, o piano, os enfeites, tudo que enchia a casa – não é abrir mão das lembranças, nem do amor que ela compartilhou com ele.

Ela guardou apenas uma coisa de sua vida juntos, uma cadeira de fuso, comprada em uma expedição de compras a uma casa de leilões na King’s Road, no início de seu relacionamento.

‘Tínhamos muito pouco dinheiro, mas precisávamos de móveis. Ele encontrou esta cadeira e negociou – nós a compramos por £ 5 – e não estava em ordem. Então, colamos de volta. Desde então, mandei consertá-lo e renová-lo e pensei em mantê-lo por motivos sentimentais.

Agora que a casa está vazia, ela diz, é como se ela tivesse sido transportada de volta para o dia em que a viu pela primeira vez, “e Freddie fazendo planos”.

É uma casa tão quentinha, uma casa de família mesmo.” Ela ainda não decidiu se vai vender ou ficar com ela.

Não há nada que se foi que ela sinta falta. ‘Eu ainda posso ver tudo em minha mente. Atravessando a casa, substituo a parede branca pelo Tissot. Ao longo dos anos, tudo se tornou tão familiar. Através dos objetos ainda posso ver, sentir e relembrar momentos felizes. Os fantasmas que estavam aqui antes se foram.

Demorou um pouco para eles irem embora, mas então todas as boas lembranças se encaixam.’

Quais eram os fantasmas?

“Assistir Freddie ficar frágil, vê-lo falecer…” Ela faz uma pausa.

‘Como você explica que esse ser humano individual mereceu minha total e absoluta apreciação e amor? E esse amor mudou, teve sua jornada.

‘Acho que Shakespeare colocou isso melhor nos sonetos: “O amor não é amor, Que se altera quando encontra alteração.”

E isso é absolutamente verdade. É essa jornada. Não é algo que eu tenha entendido bem no começo, mas quando você lê os sonetos e reflete, você pensa, sim, isso é amor. É uma emoção maravilhosa de se sentir e uma emoção maravilhosa de aceitar de outro ser humano.

Mas demorei muito para entender isso.’

Ela pensa sobre isso …

‘A morte de Freddie foi a coisa mais difícil de lidar. Mas o resto foi só alegria. Tudo o que ele comprava tinha uma conotação alegre e passou a significar muito para ele. Há muito amor passando por todos os artefatos e pela casa.

Realmente, seu último presente foi o amor … ”

 

Por Mick Brown, The Telegraph, 12 de Agosto de 2023.

 

Agradecimentos à Maria Videla do grupo Dear Queen pelo envio da matéria e fotos (grupo Queenpassion), e Página Universo Queen !

Queen Locations  – Munique
🇩🇪 Fotos – Haus der Kunst
Nesta galeria de arte, uma famosa sessão de fotos da banda ocorreu em 1984.
      
             
                
Fonte: blog Queen Locations, de Judith
Steve Lillywhite acredita que Fab Four não tinha o mesmo apelo da banda de Freddie Mercury em um tipo específico de composição
“Eu nunca diria que alguém é maior do que os Beatles. Mas há um argumento agora de que o Queen, por causa de sua capacidade de transcender estádios, é mais relevante hoje do que os Beatles.”

No mesmo bate-papo, o produtor ainda destacou o talento do guitarrista Brian May e a sua capacidade de moldar sons – o comparando com Eric Clapton:

“Para mim, os grandes guitarristas são ótimos músicos e escultores sonoros. Clapton é ótimo, mas unidimensional, porque ele é apenas um músico. Já Brian May é capaz de tudo. Ele tem tudo isso, é um escultor sonoro.”

Steve Lillywhite e Queen

Durante entrevista ao site Waves em 2017, Steve Lillywhite elegeu suas seis músicas favoritas. “Bohemian Rhapsody”, clássico lançado pelo Queen em 1975, figurou entre as escolhas. Descrevendo o amor pela faixa, o produtor comparou novamente a banda com o Fab Four.

“Para mim, o Queen é a segunda melhor banda do mundo depois dos Beatles, com um guitarrista que eu acho que não recebe metade do reconhecido merecido. Esqueça Eric Clapton, Jeff Beck e todos os outros. Brian May não apenas toca, mas pensa no som, algo que deve ser considerado para analisar os melhores guitarristas da história.”

Fonte: https://igormiranda.com.br

 

Como o uso de Don’t Stop Me Now pelo filme Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead) de revitalizou a música para você?

É uma cena deliciosa, não é? Estou sendo honesto aqui; esse tipo de coisa acontece à distância. Principalmente quando alguém quer colocar nossa música no filme, eu penso, Oh, ótimo. Se você realmente odeia o conceito do filme, pode dizer não. O que às vezes fazemos se for abusivo. Algumas das coisas que nos pedem para colocar música do Queen realmente não gostamos e rejeitamos. Temos a capacidade de dizer não. Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead) obviamente passou no processo de seleção. O Queen é conhecido por sua generosidade com os direitos musicais. De acordo com o IMDb, eles fizeram 511 participações em trilhas sonoras. usando nossa música, o que foi ótimo. Não é algo que considero garantido. Mas não mudou minha vida porque as músicas estão por aí, suponho. Quando chega a esse ponto, é como se você tivesse dito adeus ao seu filho. Esta criança está lá fora, de pé sobre suas próprias pernas. Não me sinto particularmente paternal sobre Don’t Stop Me Now.

 

Há algumas músicas às quais me sinto um pouco mais apegado. Sempre me interessei muito pela forma como We Will Rock You é usada porque não quero que seja banalizado ou desvalorizado. Isso não significa que eu não goste de comédia. Eu amo comédia. Tudo bem para mim. Mas se isso se tornar comum, acho que seria perturbador para mim. Eu gostaria que We Will Rock You fosse sempre algum tipo de chamada que te atinge visceralmente. De tempos em tempos, eu dizia: Não, não quero que isso aconteça. Se alguém colocar novas palavras em Vamos fazer algo para você, torna-se, ugh. Isso é um não sempre. É algo com o qual suponho que todo mundo luta. Temos sorte de poder lutar contra isso. Que problema legal de se ter.

Por exemplo, minha música Flash é muito parecida com um desenho animado. Escrevi para o filme do Flash Gordon. Alguns anos atrás, essas pessoas vieram até nós e disseram: Podemos usar ‘Flash’ para limpar o chão? Existe um limpador de chão chamado Flash. Não sei se você tem nos Estados Unidos, mas do outro lado do oceano, é um produto bastante comum. No começo eu pensei, eu não quero isso. Isso só vai banalizá-lo. Está zombando da minha música. E então pensei: Espera aí, Brian. Você está sendo muito autoconsciente sobre isso. A música tem um senso de humor. É deliberadamente caricatural. Eu vi o roteiro e pensei: isso é humor de verdade. Isso faz as pessoas rirem, então por que não? E eles vão nos dar dinheiro para fazer isso. Eu gosto de dinheiro. Eu faço coisas boas com dinheiro. Então eu disse sim. Algumas pessoas diziam: “Como você pode ter feito isso?” E eu digo, Quer saber? É um pouco divertido e está fazendo bem por aí.

Mas há uma linha tênue. Recebemos algumas coisas que são difíceis, principalmente no domínio do rap. Eu amo um bom rap. Eu amo Eminem. Mas algumas das coisas que samplearam e incorporaram nossa música me deixaram arrepiado. Eu senti que era tão abusivo. Não sou só eu – todo o grupo sente o mesmo. Nós falamos sobre isso. Não queremos a música do Queen associada a esse tipo de mentalidade. Talvez eles achem engraçado. Talvez eles pensem que é uma sensação de poder. Não sei. Mas parece abusivo para nós, então dizemos não a essas coisas.

Este é o meu jeito de dizer, sim, eu pensei que Shaun of the Dead era engraçado. Estou um pouco à beira, no entanto. Há muito espaço hoje em dia glorificando a violência. Eu sou um pouco equívoco sobre isso. Há um momento em que me sinto desconfortável, embora eu não ache que Shaun of the Dead tenha me deixado desconfortável. Mas está no limite.

 

 

Álbum que lhe deu mais confiança

Provavelmente Sheer Heart Attack, porque estamos tentando achar um caminho para onde ir. Fizemos nosso primeiro álbum em uma situação difícil. Muito pouco tempo e dinheiro foram gastos nisso. É muito bruto e pronto, mas soa como um álbum de rock. Tivemos um bom tempo de estúdio para fazer o segundo álbum e nos envolvemos bastante. Há muitos arranjos nesse álbum. Nunca vou esquecer as críticas que diziam: ‘Isso não é mais rock. O Queen decidiu abandonar o rock. Isso foi perturbador. Nós pensamos, bem, talvez tenhamos que ser um pouco diretos com as pessoas. Em vez de dar a eles muita complexidade, que amamos e estamos morrendo de vontade de divulgar, talvez não devêssemos fazer algo em que tudo seja cristalino e você possa obtê-lo sem precisar ser intelectual. Então, Sheer Heart Attack era muito brilhante e brilhante. Tudo era óbvio.

Isso não significa que foi grosseiro. Significa que foi calculado. Foi organizado para ter um impacto em todos os pontos de maneiras diferentes. Talvez eu não esteja expressando isso muito bem. Mas suponho que era algo conscientemente que você poderia colocar e deixar cair a agulha em qualquer lugar – era uma agulha naquela época – e levar um chute. Assim que lançamos o Sheer Heart Attack, ele foi muito bem recebido, especialmente pela clientela do Queen. Foi bem comercialmente. Isso reforçou nossa sensação de que estávamos chegando a algum lugar e nos estabelecendo como uma banda de rock. E, claro, Killer Queen nos deu nosso primeiro single de sucesso. Now I’m Here também conseguiu se tornar um sucesso, o que era incomum. Era mais voltado para a música pop. Isso me fez sentir que tínhamos uma boa trajetória e sabíamos para onde estávamos indo.

 

Fonte: www.vulture.com

Fim…

 

O melhor e mais espetacular do Queen, segundo Brian May – Parte 1/5

 

O melhor e mais espetacular do Queen, segundo Brian May – Parte 2/5

 

O melhor e mais espetacular do Queen, segundo Brian May – Parte 3/5

 

O melhor e mais espetacular do Queen, segundo Brian May – Parte 4/5

Entrevista de Brian à Guitar World em Março de 2021.

–  A canção Bohemian Rhapsody estava evoluindo há um tempo. Era muito o produto da testa febril de Freddie. Sabíamos que era algo muito especial. Foi gravada em pedaços, como acho que todos sabem.

– Freddie colocou um vocal guia, e então começamos à fazer todas as harmonias vocais com várias faixas.

– E em algum lugar durante esse processo, conversamos sobre onde haveria um solo de guitarra, e essa parte Freddie não havia mapeado.

– Ele disse que queria um solo lá, e eu disse que gostaria de efetivamente cantar um verso na guitarra. Eu gostaria de levá-lo para outro lugar. Eu injetaria uma melodia diferente.

 

– Eu podia ouvir algo na minha cabeça naquele ponto – muito antes de entrar lá e tocar, e não tinha ideia de onde ela vinha. Essa melodia não está em nenhum outro lugar da música.

– E, claro, o trabalho do solo de guitarra é trazer aquela voz extra, o que todos agora chamam de seção operística . Você sabe que está em algo muito diferente.

– E não existiram muitas tomadas. Saiu muito facilmente. Era uma daquelas ocasiões em que você faz algumas tomadas e depois volta e escuta a primeira, e a primeira é quase exatamente o que você quer. Você só precisa aparar um pouco e polir.

– E a cena em Bohemian Rhapsody é muito similar ao que aconteceu, na verdade. Freddie amou, mas sempre queria ajeitar um pouco mais, sugerindo idéias rápidas.

 

– Fizemos isso ao vivo no estúdio.

 

Nota –

– Em Janeiro de 2021, o solo de guitarra de Bohemian Rhapsody de Brian May foi eleito o melhor de todos os tempos pelos leitores da Total Guitar.

– Brian venceu nomes como Eruption do Van Halen, Jimmy Page do Led Zeppelin, em Stairway to Heaven e Joe Walsh dos Eagles, no Hotel California.

 

Fonte – http://rockandrollgarage.combria

 

Informação para os músicos do grupo –

Em que tom está o solo de Bohemian Rhapsody ?

– Mib maior ( Eb )

– O solo é baseado na tonalidade Mib maior e usa uma combinação da escala pentatônica Mib maior, bem como a escala diatônica Mib maior.

Vocalista falecido em 1991 se consagrou como um dos gigantes da história junto ao Queen

Não restam dúvidas de que Freddie Mercury é um dos maiores vocalistas de todos os tempos. Mesmo décadas após sua morte, em 1991, após uma dura luta contra o vírus HIV, o cantor do Queen segue lembrado por seu talento inegável e sua capacidade de performance tão desenvolvida a ponto de dominar palcos de todos os tamanhos, em qualquer lugar do mundo.

As apresentações no Brasil, sobretudo na primeira edição do Rock in Rio, em 1985, são prova disso. Uma combinação perfeita de potência, técnica e carisma.

O reconhecimento vem, inclusive, de outros talentosos vocalistas. É o caso de Amy Lee, cantora do Evanescence, que se rendeu aos méritos de Freddie mesmo com sua banda não soando tão influenciada pelo Queen.

Em entrevista à Revolver Magazine (via site Igor Miranda),a artista foi convidada a selecionar os 11 melhores vocalistas de todos os tempos em sua opinião. Não surpreendeu que Mercury fosse justamente o primeiro lembrado por ela.

Ao comentar sua escolha, Lee não poupou elogios ao gigante do hard rock. Inicialmente, desfilou adjetivos ao falar sobre seu poderio.

“Um dos mais incríveis de todos os tempos. Como vocalista de rock, simplesmente incrível, perfeito. Sua voz tinha força e poder, estava tudo lá.”

Em seguida, porém, a frontwoman do Evanescence destacou aquele que acredita ser o grande diferencial do finado colega de profissão. Segundo ela, o background na ópera fazia com que o astro se destacasse em relação aos demais no rock.

“O que é interessante e único sobre Freddie Mercury é que ele tinha a habilidade de ser como um cantor de ópera se quisesse e ele sabia disso.”

Freddie Mercury e a ópera

O comentário feito por Amy Lee certamente não considera apenas o trabalho de Freddie Mercury com o Queen. O saudoso vocalista chegou a gravar um álbum fortemente influenciado por ópera, Barcelona (1988), ao lado da cantora lírica espanhola Montserrat Caballé.

A parceria era um sonho de Mercury, grande apreciador do trabalho de Caballé. Na época das gravações, ele já sabia que estava com HIV e sua banda havia decidido parar de fazer shows – o último aconteceu em 1986. Por isso, o astro se preocupou em trabalhar o máximo possível em estúdio e concretizar alguns de seus objetivos artísticos.

A colaboração foi iniciada após a definição de que os Jogos Olímpicos de 1992 seriam em Barcelona. Começou com os dois gravando uma música que serviria de tema para a competição esportiva. Porém, o processo evoluiu a ponto de gerar um disco de oito faixas, com Mercury assumindo as composições ao lado de Mike Moran. Infelizmente, porém, o gigante cantor não viveu o suficiente para ver a faixa original ser usada na Olimpíada, já que ele faleceu no ano anterior.

Fonte: https://rollingstone.uol.com.br

 

Queen The Greatest Live – Episódio 29 – Um momento inesquecível

Com reviravoltas e prazeres inesperados, a experiência ao vivo do Queen foi construída para surpreender o público. E não pode haver melhor exemplo disso do que este momento unificador na Hungria em 1986, quando a banda se desviou de seu próprio catálogo para executar uma canção folclórica tradicional para criar um momento histórico e verdadeiramente inesquecível.

Como uma das primeiras bandas verdadeiramente internacionais do rock, o Queen nunca deixou a barreira do idioma atrapalhar. Já tendo aberto caminho para a América do Sul no início dos anos 80, a formação abriu novos caminhos novamente na Magic Tour daquela década, viajando para a Hungria para um show esgotado no Népstadion de Budapeste.

Antes mesmo de uma nota ser tocada, o show em 27 de julho de 1986 foi carregado de significado, representando o primeiro show realizado por uma banda de rock da Europa Ocidental atrás da Cortina de Ferro. Gostamos de ir a lugares onde é um desafio,  observou Brian May – e isso certamente se aplica a um país onde o homem forte comunista György Lázár ainda dominava.

Como visto no lançamento do filme do ano seguinte, Queen: Live In Budapest (posteriormente reembalado como Rapsódia Húngara), o público do Népstadion foi perfeito enquanto a banda lançava os sucessos (a restrição branda do governo sobre o comportamento do público permitia cantar e bater palmas, se não fumar e beber).

O episódio desta semana de Queen The Greatest Live captura o momento eletrizante quando Freddie Mercury e Brian May pausaram seu habitual mini-set acústico para uma versão surpresa da tradicional canção folclórica húngara, ‘Tavaszi Szél Vizet Áraszt’ (seu título traduzido aproximadamente como Spring Wind Água de Enchentes).

 

Observe atentamente e você poderá ver Freddie discretamente abanar os dedos para ler a letra escrita foneticamente na palma da mão. Ele lidou de forma admirável, e o desempenho sincero da dupla – assistido por 80.000 torcedores e ouvido por mais 45.000 fora do Népstadion – provou ser um grande momento unificador entre o Oriente e o Ocidente.

A reação naquele momento relembrou Brian ,foi ensurdecedora pra caralho.  Ele continuou: Aquela noite foi incrível, com a música folclórica húngara e toda a atmosfera. Pode parecer exagero, mas foi como se tivéssemos dado um passo para o infinito naquela noite.

Próxima semana: Queen The Greatest Live – Os Fãs

 

Foto © Queen Productions

 

Fonte: www.quuenonline.com

O ouvido absoluto e o ouvido perfeito!

▪️Entre os músicos existe uma habilidade rara apelidado de ouvido absoluto ou ouvido perfeito.

▪️Com esta capacidade, podem identificar e nomear uma mesma nota em vários instrumentos sem errar uma única vez, reproduzi-la sem notas de referência, e tocar uma melodia sem precisar de partituras, apenas ouvindo uma vez.

 

▪️Mozart ou Bach possuíam-na, mas também Frank Sinatra, Freddie Mercury e Michael Jackson.

 

▪️Estudado desde o início do século XX, ainda hoje existem debates sobre se nasce com esta habilidade, ou se pode aprender com a prática, mas um estudo recente aponta que seria mais de uma condição genética do que uma habilidade aprendida.

▪️Um artigo publicado ano passado na revista Journal of Neuroscience afirma que estas pessoas – que representam apenas 1 em cada 10.000 no mundo – possuem uma variação nos seus cérebros – possuem o córtex auditivo – região responsável pelo processamento de informações acústicas – significativamente maior do que as outras.

 

▪️Para chegar à esta conclusão, a equipe liderada por Keith Schneider da Universidade de Delaware (EUA), estudou um grupo de 20 pessoas entre as quais voluntários com treino musical mínimo, músicos sem a habilidade do ouvido perfeito e músicos que possuíam essa característica.

Executamos testes comportamentais para medir a habilidade do ouvido absoluto. Pessoas com ouvido absoluto tinham áreas corticais maiores, com um aumento que respondia principalmente à frequências inferiores e também com sintonização de frequências mais amplas.

Isto sugere que estas pessoas utilizam uma rede mais ampla de neurônios para representar o tom musical.

– explica Schneider à ABC.

 

Ouvido perfeito – nasce ou se faz ?

▪️O debate sobre esta habilidade musical tem vindo a planear na comunidade científica há anos. Há investigações como a de Schneider que apontam para uma explicação genética do ouvido perfeito, mas também há estudos que sugerem que se trata de uma capacidade que se pode aprender, sobretudo na fase crítica do desenvolvimento que ocorre entre os 2 e os 5 anos, o que é uma habilidade impressionante. No entanto, precisam de um primeiro tom de referência do instrumento com o qual vão tocar a melodia para saber começar.

▪️As pessoas que possuem o ouvido perfeito não precisam dessa primeira nota e podem tocar a música diretamente depois de a ouvirem.

▪️Essa habilidade não é exclusiva do ser humano. Também é possuída por alguns animais, como pássaros e lobos.

 

Os contras do ouvido perfeito –

▪️Embora possa parecer um super poder, ter o ouvido absoluto, para muitos músicos, é uma espécie de maldição. Tendo o senso de tom tão desenvolvido, a mínima desafinação pode distraí-los, o que torna muito difícil que eles toquem em orquestras ou grupos.

▪️E possuir essa capacidade não dá o conhecimento imediato. Para poder aproveitá-lo na linguagem musical regulada, como os outros mortais, os detentores do ouvido absoluto devem aprender os nomes das notas para poder rotular.

▪️O especialista esclarece que os resultados deste estudo ainda estão longe da compreensão total dessa habilidade.

Não determinamos, por exemplo, se as pessoas com ouvido absoluto tinham um cortex auditivo maior desde o início, ou se foi ampliado devido ao seu treino musical.

Ainda estamos numa era de descoberta fundamental em neurociência …

 

 

Créditos –

Queen Factory

Para mais detalhes, leia abaixo:

https://www.abc.es/ciencia/abci-anomalia-cerebral-comparten-mozart-freddie-mercury-y-torroja-201902112132_noticia.html

 

 Tive aulas de piano até o nível 4, clássico, tanto nas aulas práticas quanto teóricas, depois parei e toquei de ouvido e simplesmente não consigo ler música. Toda a minha arte de tocar está aqui, minha querida … de ouvido ...

Freddie Mercury (entrevista de 1976 com Kenny Everett)

 

 

Freddie Mercury será introduzido postumamente no Hall da Fama Asiático de 2023.

O lendário vocalista do Queen, nasceu Farrokh Bulsara em Zanzibar (atual Tanzânia) de pais parsi-indianos em 1946 e viveu no país até que sua família fugiu para a Inglaterra para escapar da revolução em 1964.

Agora, 32 anos depois de sua trágica morte, em 1991, o ícone que criou a música Bohemian Rhapsody faz parte de uma coleção eclética de músicos a serem homenageados na cerimônia de premiação, que reconhece figuras notáveis de todo o continente.

A rapper tailandesa e estrela do BLACKPINK Lisa – cujo nome verdadeiro era Lalisa Manoban – também deve ser introduzida no Hall da Fama Asiático por ser um ícone cultural, juntando-se a artistas e produtores coreano-americanos de segunda geração TOKiMONSTA, cujo nome verdadeiro é Jennifer Lee.

A única banda a ser introduzida no Hall da Fama Asiático de 2023 é o Far East Movement, que é mais conhecido por seu hit número um da Billboard Top 100, Like a G6.

Em outros lugares, a gigante japonesa de jogos Nintendo está sendo reconhecida como uma empresa convidada, enquanto Johnny Cash, que não era descendente de asiáticos, está sendo introduzido como embaixador de artistas.

A cerimônia de posse do Hall da Fama Asiático deste ano acontecerá no dia 21 de outubro no Biltmore Hotel, em Los Angeles.

A notícia chega quando uma coleção de bens valiosos de Freddie Mercury foi colocada em exibição na Sotheby’s antes de seu leilão.

Entre os itens que devem passar por baixo do martelo estão o icônico manto e a coroa de Mercúrio, estimados entre £ 60.000 e £ 80.000.

 

Também está em disputa o colete favorito do astro do rock – visto pela última vez no vídeo final que gravou com a banda em These Are The Days Of Our Lives de 1991 – que deve render entre £ 5000 mil e £ 7000 mil.

 

Em outros lugares, as letras manuscritas de Killer Queen e We Are The Champions também devem arrecadou entre £ 50.000 – £ 70.000 e £ 200.000 – £ 300.000, respectivamente.

 

 

O calendário de leilões será composto por seis eventos temáticos: três vendas ao vivo em Londres, seguidas por três vendas online.

A coleção completa, bem como um livro de coleção está disponível no site da Sotherby.

 

Livro do leilão

Dica de Sheila Pauka.

Fonte: www.radiox.co.uk

Adeus, Zanzibar

Um pouco de história dos Bulsara

▪Em 1964, Freddie (então Bulsara) e sua família fugiram de sua casa na ilha de Zanzibar devido à uma mudança política, e foram para Feltham, perto de Londres.

▪Os Bulsaras ainda moravam em seu apartamento em Stone Town na época, e sabiam muito bem que Okello e seus revolucionários assassinavam e saqueavam Zanzibar.

➡ Nota – John Gideon Okello foi um revolucionário de Uganda e líder da Revolução de Zanzibar em 1964. Esta revolução derrubou o sultão Jamshid Bin Abdullah e levou à proclamação de Zanzibar como uma república.

▪Parecia que nenhum árabe ou asiático estava seguro. Jer Bulsara lembra desse período – ” Foi realmente assustador. E todo mundo estava correndo e não sabia o que fazer exatamente. E como tínhamos filhos pequenos, tivemos que decidir também, tivemos que sair do país … ”

▪Colocando todos os pertences que pudessem carregar em duas malas, a família fugiu de Zanzibar. Eles poderiam ter viajado para a Índia, mas como o pai de Freddie  – Bomi Bulsara -.tinha passaporte britânico, e havia trabalhado para o governo britânico em Zanzibar, eles optaram por voar para a Inglaterra.

Em 1964, Bomi, Jer, Freddie e sua irmã mais nova, Kashmira, chegaram ao aeroporto de Heathrow

 

▪Eles se estabeleceram em Feltham – uma cidade suburbana no oeste de Londres Borough of Hounslow, logo abaixo da rota de vôo de Heathrow.

▪Freddie estava extremamente animado por finalmente ter chegado à Londres, mas para seus pais a vida era difícil. Eles estavam acostumados à uma vida privilegiada em Zanzibar com empregados domésticos, sem falar no clima tropical. Agora eles viviam sob os céus pardos e cinzentos de Londres com o barulho incessante de aeronaves voando acima.

▪E a própria Grã-Bretanha não era o lugar mais acolhedor para os imigrantes no início dos anos 60.

▪Embora ainda não estivesse onde queria, Freddie Bulsara havia chegado à Londres … E na hora certa … Era a era dos Beatles, The Kinks ( Banda britânica formada em 1964 ), e The Rolling Stones, dos Mods e Rockers se enfrentando em resorts à beira-mar, da Radio Caroline ( uma estação de rádio britânica ), e o Top of the Pops tinha acabado de começar na BBC TV.

➡Nota – Mods e Rockers foram duas subculturas juvenis britânicas conflitantes das décadas de 50 e 60, violentos e desordeiros indisciplinados.

▪Pela primeira vez, Freddie sentiu que pertencia e estava determinado a aproveitar ao máximo a oportunidade que o destino lhe deu.

 

© Somebody to Love – The Life, Death and Legacy of Freddie Mercury por Matt Richards, Mark Langthorne.

©️ Freddie Mercury – The Persian Popinjay