The Prophet’s Song – Por Helenita dos Santos Melo

THE PROPHET’S SONG

(8ª música do 4º álbum)

 

– Muitas vezes considerada a Bohemian Rhapsody de Brian May, The Prophet’s Song foi, por um tempo, candidata a se tornar o primeiro single do álbum antes de ser ofuscada pela obra-prima de Freddie Mercury. É, portanto, um título antológico em que o guitarrista trabalha durante duas semanas no seu confinamento no Sarm East Studios enquanto os outros três músicos lançam as bases para várias canções em Rockfield.

– Como em ’39, Brian May se inspira em um sonho em que o mundo chega ao fim, devastado pela dissolução das relações humanas:

 

No meu sonho, as pessoas estavam andando na rua, tentando desesperadamente apertar as mãos […]. Acho que o problema decorre do fato (é uma das minhas obsessões, admito) que as pessoas não se comunicam o suficiente […]. Estou preocupado com esta questão. Sinto-me culpado por não fazer nada para mudar as coisas, enquanto a situação parece piorar a cada dia.

 

– De acordo com uma anedota famosa, a música ainda estava no meio da mixagem quando Kenny Everett, amigo do grupo e apresentador da Capital Radio, pega emprestado um premix de The Prophet’s Song de Roy Thomas Baker e transmite alguns trechos em exclusivo no seu programa. Brian, nos estúdios de gravação dia e noite, acabava adormecendo de madrugada, exausto, e certa vez acordou ouvindo sua própria música no rádio!

– A música, com duração final de 8:21, é um dos momentos mais intensos do álbum.

– Seria interpretada pela primeira vez em concerto no Empire em Liverpool em 15 de novembro de 1975, e é muito apreciada pelas improvisações vocais de Freddie Mercury.

– Desde a introdução, presta homenagem ao Japão. Os quatro músicos, que desde então se tornaram semideuses na Terra do Sol Nascente, não deixariam de prestar homenagem a este país, que lhes abre os braços quando a imprensa britânica lhes dá as costas.

The Prophet’s Song destaca-se pelo break, que dura 2:28, durante o qual Freddie fica sozinho para improvisar as harmonias vocais. A voz do cantor passa por um delay, que a repete na frequência escolhida por Roy Thomas Baker.

– Basta ter Freddie cantando abaixo da primeira faixa gravada para harmonizar as tomadas ao vivo.

– Graças a este truque, pode improvisar todos os tipos de overdubs até 5:50, quando os instrumentos tomam seu lugar novamente, apoiados por uma guitarra forte e muito pesada.

– Um ouvido treinado consegue discernir, na linha vocal de Freddie, certa semelhança entre a subida harmônica da ponte de The Prophet’s Song aos 6:50 e o verso de Flash’s Theme aos 1:55, que será o single tema da trilha sonora do filme Flash Gordon (1980).

– O título de trabalho de The Prophet’s Song era People Of The Earth, o primeiro verso da música.

Embora a dupla May/Mercury seja imparável, Freddie está sozinho no palco durante a passagem a cappella de The Prophet’s Song durante a turnê A Night At The Opera.

 

Vídeo oficial de The Prophet’s Song

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de  Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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