Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 5/15 por Helenita dos Santos Melo

5º Álbum “A DAY AT THE RACES” – (1976)

 

Tie Your Mother Down

– Brian começou a escrever essa música em Tenerife, enquanto trabalhava para seu Ph.D. como astrofísico. Ele compôs o riff em um violão espanhol: acordou uma manhã e tocou enquanto cantava “amarre sua mãe”, uma frase que ele considerou uma piada.

– Freddie gostou, e incentivou Brian a completar a faixa. A música esteve durante todas as turnês subsequentes do grupo.

– O vídeo foi gravado em Miami quando o grupo estava em turnê pelos Estados Unidos no início de 1977. A gravação teve um incidente: eles tinham o hábito de começar a música com uma explosão controlada no palco. Naquela ocasião, Roger Taylor foi jogado do banco de seu instrumento, mas não sofreu ferimentos.

– A música aparece na trilha sonora do filme “Super Mario Bros”.

– A pose icônica de Freddie Mercury com o punho em alto, vestindo a jaqueta amarela e calças brancas com listras vermelhas, foi feita em 11/07/1986, no concerto de Wembley e foi no final da música “Tie Your Mother Down”.

 

You Take My Breath Away

– Foi escrita por Freddie Mercury.

– Todos os vocais e piano foram feitos por ele. Freddie tocou sozinho no “Hyde Park” antes de gravá-la.

– Há um interlúdio vocal nesta música, que começa com uma “limpeza” de vocais (repetindo as palavras “take my breath”), criada por ecos de um Freddie cantando várias vezes.

– Esta música reintegra-se na próxima faixa chamada “Long Away”.

– Em 2011 essa belíssima e inesquecível canção foi incluída na edição remasterizada do álbum “A Day At The Races”.

 

Long Away

– A música não é cantada por Freddie Mercury, mas por Brian May, que também escreveu o texto.

– Brian gravou a música tocando uma Burns Double Six, uma guitarra elétrica de 12 cordas (embora ele tenha usado a Red Special para o solo no meio da faixa).

– Seu desejo era utilizar uma Rickenbacker, a mesma que John Lennon usava, mas Brian não se deu bem com o braço fino da guitarra.

– O single foi lançado nos Estados Unidos, Canadá e Nova Zelândia, mas não ficou nas paradas.

– É a única música do Queen a ser lançada como single nos Estados Unidos na qual a voz principal era Brian May enquanto Freddie Mercury ainda estava vivo. Freddie colocou backing vocals no refrão.

 

The Millionaire Waltz

– Essa é outra composição de Freddie Mercury onde é possível observar o quanto ele era bravo ao tocar piano. Após os dois primeiros minutos, a música deixa de ser uma valsa 3/4 e se torna um hard rock 4/4 por meio minuto, e volta de novo ao compasso 3/4 e há um solo de guitarra.

– Como havia acontecido com “Bohemian Rhapsody”, Freddie uniu o rock ao erudito e, mais uma vez, o resultado foi fantástico.

– Esta composição foi escrita por Freddie em alusão a John Reid (produtor do Queen e Elton John à época).

– Brian faz coros de guitarra com várias gravações sobrepostas. Ele usa diferentes tipos de acordes que mudam de acordo com o andamento da música.

– Notável execução de John, que pode ser ouvida com destaque durante os dois primeiros minutos da música em que apenas ele e Freddie tocam (baixo e piano, respectivamente).

 

You and I

– É a única contribuição de John Deacon para o álbum.

– A música tem o tom Re Maior e é basicamente levada no piano, por Freddie.

– John toca o violão acústico nela.

– A faixa nunca foi tocada ao vivo.

– Foi utilizada como lado B de “Tie Your Mother Down”.

 

Somebody to Love

– Composta por Freddie, essa música é cantada no estilo gospel, com as vozes de Freddie, Brian e Roger com gravações “multitrack” para soar como um coral.

– A admiração de Freddie por Aretha Franklin foi uma das principais influências na gênese da música.

– O Queen foi capaz de criar sonoridade “soul” como se fosse um coro de 100 vozes, tudo com apenas três vozes.

– Freddie Mercury a escreveu. A letra reflete um homem clamando a Deus, perguntando por que ele trabalha tanto, mas não consegue encontrar amor. No final da música, ele encontra esperança e decide que não aceitará a derrota.

– A voz predominante é a de Roger Taylor para os registros mais altos, depois a de Freddie Mercury e, finalmente, a de Brian May para as notas mais baixas. O resultado é um gospel “in crescendo” que culmina com um “Somebody to Love” de partir o coração, no qual Freddie percorre várias notas, escalas e até se escuta quando ele respira para terminar as últimas notas!

 

 

White Man

– Foi escrita por Brian May e fala do sofrimento dos ameríndios sob a mão dos colonizadores europeus, pelo ponto de vista dos nativos.

– Essa música era o ponto alto de um solo de vocais de Freddie durante a turnê do álbum.

– Ela também servia para introduzir um solo de guitarra de Brian durante a turnê de 1977-78 do álbum “News of the World”.

– Essa é uma das faixas mais pesadas do Queen, tanto pela temática quando pela sonoridade.

– Durante as turnês de 2005 e 2008 com Paul Rodgers, o riff de “White Man” era usado como introdução para “Fat Bottomed Girls”, faixa do álbum “Jazz”.

 

 

Good Old-Fashioned Lover Boy

– O texto descreve um amante à moda antiga. No início, ele menciona o tango, um gênero musical rio-platense: “I can dim the lights and sing you songs full of sad things, We can do the tango just for two”.

– Essa música, escrita por Freddie Mercury, apresenta o engenheiro de som e co-produtor Mike Stone assumindo os vocais principais de uma linha: “Hey, boy, where’d you get it from? Hey, boy, where did you go?”

Na versão “single” a frase é cantada por Roger Taylor.

– Discutindo a música em uma entrevista com Kenny Everett em seu programa de rádio, Freddie Mercury descreveu a música da seguinte maneira: “É no meu humor “ragtime” que eu tenho a chance de fazer isso [risos] em todos os álbuns!”

– Na música, você pode ouvir a contribuição técnica e estilística de John Deacon, que cria o som típico que tornou a banda famosa com seu estilo glamouroso.

– A canção é apoiada pelo piano, tocado pelo próprio Freddie Mercury, e é influenciada pelo estilo do “music hall”.

 

Drowse

– É a única faixa de Roger Taylor no álbum. Ela tem compasso 6/8, assim como “I’m in Love with My Car” (álbum “A Night at the Opera”).

– Roger toca guitarra rítmica e tímpanos, além de ser o vocalista dela. É a única música além de “Tie Your Mother Down” a contar com o slide guitar de Brian May.

– Ele canta oitavas no vocal principal durante os versos, exceto no terceiro verso e no final. O compasso dela é, na verdade, 12/8.

– Nessa música, o baterista reflete sobre sua infância.

– A canção nunca foi tocada ao vivo, mas foi ensaiada pelo Queen + Adam Lambert antes do show Rock Big Ben Live. A música também fez uma aparição nas edições standard e deluxe do “Queen Forever”.

 

 

Teo Torriatte (Let Us Cling Together)

– Foi inteiramente escrita por Brian May, em tributo aos fãs japoneses.

– Essa é uma das únicas quatro músicas da banda em que há um verso não inglês (as outras são “Bohemian Rhapsody”, “Mustapha” e “Las Palabras de Amor”).

De fato, na música há dois refrões em japonês:

“Teo torriatte konomama iko

Aisuruhito yo

Shizukana yoi ni

Hikario tomoshi

Itoshiki oshieo idaki”

– Ela foi tocada ao vivo em Tóquio nas turnês do “Jazz” (1979), “The Game” (1981), “Hot Space” (1982) e “The Works” (1984).

– A melodia de encerramento da faixa é igual à melodia de abertura do álbum, e portanto ligada ao começo de “Tie Your Mother Down”.

A música será também cantada em shows ao vivo na Terra do Sol Nascente, e também está incluída no último DVD com Paul Rodgers: “Super Live In Japan”, de 2005.

 

Fontes:

– Comunità Queeniana

– Queen Unread – Le Traduzioni Inedite

– Queenpedia

– Songfacts

– QueenZone

– Queen Archives

– Queen Concerts

– Queenlive.ca

– Queen Vinyls

 

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1 -Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 1/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

2 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 2/15 – Queen II – por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

3 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 3/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

4 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 4/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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