O melhor e mais espetacular do Queen, segundo Brian May – Parte 4/5

Mais um trecho da entrevista de Brian May para a Vulture.

Nesta parte Brian fala da música que lembra Freddie e a canção mais influenciada pela física.

Boa leitura!

 

Música que sempre te lembra Freddie

The Miracle. Eu amo essa faixa porque é tão delicada e cheia de esperança e luz. Freddie o escreveu numa época em que já devia saber que o futuro  não seria tão bom para ele. Acho que ele tinha alguma ideia do que o futuro poderia trazer. É simplesmente lindo e tão inocente. Ele fala sobre inovações modernas no mundo de uma forma muito apreciativa. Isso evita todo o mal do mundo e todas as coisas terríveis que estavam acontecendo com ele e seus amigos. Eu simplesmente amo isso. É provavelmente a faixa mais leve que já fizemos, mas para mim tem um grande peso porque tem muito conteúdo espiritual. Eu gosto do que fiz com a guitarra também – mas minhas coisas são a cereja no topo do bolo. É Freddie, aquele pequeno teclado e sua voz. A letra é simplesmente sensacional. Ainda evoca lágrimas em mim.

 

Canção mais influenciada pela física

O que vem à mente é ‘39. Ele foi projetado para soar como uma música folclórica que seria cantada no futuro. É uma história sobre algumas pessoas que saem para tentar encontrar novos mundos para a humanidade existir. Eles andam perto da velocidade da luz. Por causa do efeito de dilatação do tempo einsteiniano, eles não envelhecem na mesma proporção que as pessoas na Terra envelhecem. Eu o projetei para que, quando voltassem, tivessem envelhecido apenas um ano, mas todos na Terra teriam envelhecido 100 anos. Então o astronauta volta e procura sua esposa e sua família. Eles se foram e ele vê seus descendentes em seu lugar. Esse é o tema da música – é cientificamente inspirado. Mas o que realmente me pegou foi o conteúdo emocional e o conteúdo humano, porque eu pensei que isso realmente poderia acontecer. Não é realmente ficção científica. Pode ser um fato científico. Isso pode acontecer no futuro. Como seria se todos os seus entes queridos se fossem e você estivesse olhando para seus netos ou bisnetos? Que coisa extraordinária isso seria. Então, acho que é tecnicamente uma história de ficção científica, mas algo que não está além das possibilidades.

Não conheço ninguém que tenha escrito letras de dilatação do tempo além de mim. Eu amo esse negócio de poder me sentar no limite entre arte e ciência. É o que eu sempre quis na minha vida porque me disseram quando criança que eu não poderia fazer isso.

As pessoas diziam: Você tem que escolher entre ser um artista e ser um cientista. E eu disse: Não quero escolher. Eu quero que minha vida seja cheia de tudo. Por que eu estaria me afastando da música se decidisse ser astrônomo? Claro, é um absurdo. Não sei por que as pessoas estavam nos dizendo isso. A maioria dos grandes astrônomos de Isaac Newton para baixo também eram músicos. Muitos músicos que você lembraria têm um fascínio pela astronomia como eu. Então, fui a todo vapor em ambos.

 

Veja as partes anteriores:

O melhor e mais espetacular do Queen, segundo Brian May – Parte 1/5

 

O melhor e mais espetacular do Queen, segundo Brian May – Parte 2/5

 

O melhor e mais espetacular do Queen, segundo Brian May – Parte 3/5

Continua….

 

Fonte: www.vulture.com

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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