O que fez o Queen se tornar um fenômeno do rock?

Muitas pessoas dizem que os Beatles são a segunda maior banda de rock do mundo, porque a primeira colocação estaria reservada à realeza, à sua majestade, o Queen. A banda de Freddie Mercury (1946-1991), Brian May, John Deacon e Roger Taylor revolucionou o rock e a música pop ao investir na inovação e naquilo que ninguém ainda havia feito. A sonoridade e o estilo do Queen fizeram (e ainda fazem) da banda britânica um ponto de transformação no mercado fonográfico e em produções musicais. 

Apesar da morte de Mercury, em 1991, a banda ainda manteve sua formação por alguns anos, mas John Deacon decidiu se aposentar em 1997. De lá para cá, Brian May e Roger Taylor já se apresentaram ao lado de Paul Rodgers e, desde 2012, o ex-American Idol Adam Lambert se apresenta à frente do grupo. Mesmo após 50 anos desde o início do grupo, o Queen ainda é relevante. Principalmente por ter inspirado tantos artistas gigantes que estão por aí até hoje.

Freddie Mercury podia rechaçar o título de líder do Queen, mas seu talento era algo que extrapolava os limites. Não só os dons artísticos e performáticos, mas sua atenção ao detalhe e sua coragem em mergulhar em águas profundas da música para trazer aos discos do Queen uma sonoridade única. A banda trouxe o erudito ao rock. As músicas do Queen eram constantemente feitas à base de experimentações e mistura de gêneros musicais.

A banda soube colocar o público para participar ativamente dos shows

Parte da mágica dos shows do Queen vinha também da interação da banda com o público. Fosse no bater de palmas de “We Will Rock You” ou no “ê ô” na introdução de “Under Pressure“. Sem esquecer da performance de “Radio Ga Ga” no emblemático show do LiveAid, no estádio de Wembley, em Londres, ou no coro arrepiante de “Love Of My Life“, no Rock in Rio de 1985.

Trabalhos inovadores levam tempo e experimentação

“Bohemian Rhapsody” não nasceu do dia para a noite. A música, a mais apoteótica da banda britânica, começou a ser pensada por Mercury ainda no fim dos anos 1960, quando o Queen ainda nem existia de fato. Brian May já revelou que, antes de ser gravada e finalizada, a música foi totalmente imaginada na cabeça de Freddie. Parte das experimentações feitas nela, foram testadas em faixas anteriores como “My Fair King” e “The March of the Black Queen”.

Por conta disso, o vocalista basicamente guiou todos os outros integrantes durante a gravação da faixa, que levou tempo e foi feita por partes usando até mesmo diferentes estúdios. Algumas sessões chegaram a durar até 12 horas e várias camadas de gravação nas fitas, que foram usadas até o limite.

O Queen soube unir a música erudita ao rock n’ roll. Era um show de pura qualidade na letra, melodia e execução de músicas. Não à toa estão aí até hoje, mesmo sem Freddie.

 

A magia do quarteto

Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon tinham, cada um, seu papel na  banda. É claro que Freddie exercia uma função de destaque por conta da personalidade única e da extensão vocal impressionante, mas os outros três integrantes do grupo também se destacavam. Era como se o Queen fosse um verdadeiro time, em que cada um desempenhava uma função.

Brian e seu talento quase sobrenatural na guitarra dava às músicas nuances que poucas vezes se observaram em outras bandas de rock. Roger Taylor, além do talento como baterista, sabia usar de agudos nos backing vocals que marcaram alguns dos maiores hits da banda, como “Bohemian Rhapsody”. Já Deacon sempre foi um compositor de mão cheia e deu ao Queen hits como “Another One Bites the Dust”, “You’re My Best Friend” e “I Want To Break Free“.

O trabalho em grupo era reconhecido por Freddie Mercury. “Eu não sou o líder da banda, eu sou o vocalista”, disse, certa vez.

 

Influência para todo tipo de artista

Astros do pop, do rock, da música indie e de tantos outros gêneros costumam citar o Queen como influência em suas carreira. De Marilyn Manson, passando por Nirvana até chegar em Lady Gaga. A Mother Monster costuma dizer que tirou seu nome artístico de um dos maiores hits da banda britânica, “Radio Ga Ga”.

Fonte: www.hypeness.com.br

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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