Brian Harold May – Músico ou Astrofísico?
Há uma polaridade interessante entre a vida de Brian May na música e sua vida na ciência …
Aquela sensação vertiginosa de insignificância que se tem ao olhar para o espaço, e a sensação de estar em um palco diante de milhares de pessoas.
Assim explica Brian em uma entrevista em 2006
Entrevistador – O que é mais emocionante ? Contemplar a luz zodiacal ou tocar para uma multidão lotada em Wembley ? ”
Brian – Hummm, é diferente, realmente. Tocar para esse público foi maravilhoso … há momentos de terror, aos quais você se acostuma e, de certa forma, você prospera, suponho.
Mas também há semelhanças. Acho que há uma espécie de pureza em ambos. Porque você pode mergulhar em pensamentos do universo, ou na música, e você está realmente absorto. Você está à um milhão de milhas de distância de todas as suas preocupações e problemas pessoais e da poeira e fumaça, de onde você está.
Você está neste mundo onde está na sua cabeça, mas está conectado à algo maravilhoso ao seu redor.
Ambas são experiências indescritíveis. Lembro-me de pensar, quando eu era muito jovem, se tudo o que existe na vida é apenas permanecer vivo, então por que nos incomodaríamos?
A vida tem que ser mais do que apenas ser. Tem que haver algo mais alto. E para mim, as coisas mais elevadas são exatamente essas – música e arte, belas imagens e pensamentos sobre como as coisas funcionam. Eu amo isso ! Esses momentos de descoberta!
– Quando Brian May tinha 07 anos, ele escreveu para a BBC pedindo informações sobre a música tema de The Sky At Night. Ele morava em Middlesex com seus pais e naquele ano, como ele se lembra – tudo aconteceu – eu entrei na guitarra, eu entrei na Astronomia, eu entrei na fotografia. E essas continuam sendo três coisas ardentes na minha vida!
Notas –
- The Sky At Night era um programa de Astronomia da BBC, de 1957.
- A música tema de abertura e encerramento do programa era At The Castle Gate, escrita em 1905 por Jean Sibelius, interpretada pela Royal Philharmonic Orchestra e dirigida por Sir Thomas Beecham.
Via Queen Online