Queen – Discografia comentada – anos 70

Vamos fazer um passeio pela discografia da banda, mostrando um pouco da história de cada álbum. Começaremos com os álbuns lançados nos anos 70, no início da carreira da banda.

Anos 70

O embrião do Queen foi uma banda chamada Smile que foi formada na faculdade por Brian May, Tim Staffel e Roger Taylor. No ano de 1970, Tim abandonou o Smile e em seu lugar Freddie Bulsara, que já acompanhava a banda, se ofereceu para cantar no seu lugar. Freddie propôs mudar o nome da banda para Queen, e vendo que os outros integrantes estranharam, ele se justificou: “É um nome que tem a ver com realeza, é universal, vigoroso, musical, imediato e, principalmente, soa esplêndido”. Nessa época, Freddie muda seu sobrenome para Mercury. O show realizado no dia 27 de junho de 1970 ficou marcado como o dia em que a história do Queen começou a ser contada. Precisou de mais um ano para que a banda mudasse oficialmente de nome e para que o baixista John Deacon entrasse definitivamente na banda.

Queen I – 1973

Demorou dois anos até que eles conseguiram gravar o seu primeiro álbum, intitulado Queen I. Este álbum contém referências ao som do Deep Purple e Black Sabbath, mas também encontramos sons que caracterizariam a banda para sempre, como a guitarra de Brian May e a bateria de Roger Taylor. O som é um pouco mais pesado e nem todos os fãs gostem dele. Encontramos músicas que ficariam marcadas na trajetória do Queen como Keep Yourself Alive, Liar e Seven Seas of Rhye. Após o lançamento desse álbum, a banda saiu em turnê, abrindo para o Mott the Hoople, mas logo roubaram a cena por conta da irreverência de Freddie.

Músicas deste álbum: Keep Yourself Alive, Doing All Right, Great King Rat, My Fairy King, Liar, The Night Comes Down, Modern Times Rock ‘n’ roll, Son and Daughter, Jesus e Seven Seas of Rhye.

 

Queen II – Março 1974

Lançado em março de 1974, chamando atenção pela sua enigmática capa. Conquistou o quinto lugar entre os discos mais ouvidos, e a banda conseguiu sua primeira turnê como atração principal. Infelizmente, Brian contraiu hepatite e a excursão teve que ser cancelada. Conquistaram facilidades de gravação que não ocorreram no Queen I: horários de gravação no estúdio e um considerável orçamento para a produção. Com isso, eles tiveram pela primeira vez liberdade para fazer o que bem entendessem e a sua música começou a se diferenciar das outras bandas. O álbum é uma fusão de hard rock com heavy metal criando um som inigualável e que se tornou marca da banda nos anos seguintes. A afinação singular da guitarra de Brian May (uma oitava acima ou abaixo do que era esperado para a música) e a utilização da técnica de overdub (técnica que possibilita gravar um novo material, ao mesmo tempo em que se ouve – sem apagar – o material já gravado) nos vocais e na guitarra, também se tornaram marcas registradas da banda. Podemos destacar as músicas  Nevermore e The March of the Black Queen.

Músicas deste álbum: Procession, Father to Son, White Queen, Some Day One Day, The Loser in the End, Ogre Battle, The Fairy Feller´s Master-Stroke, Nevermore, The March of the Black Queen, Funny How Love Is, Seven Seas of Rhye.

 

Sheer Heart Attack – Novembro de 1974

O disco seguinte – Sheer Heart Attack – foi lançado em novembro de 1974 e se tornou um sucesso mundial. A turnê mundial que se seguiu teve de ser estendida e a banda chegou a se apresentar em lugares diferentes em um mesmo dia. Pela primeira vez o Queen teve uma música nas paradas de sucesso: Killer Queen, que é uma música que conseguiu mostrar ao mundo quem era o Queen. O rock clássico é apresentado em Brighton Rock, Stone Cold Crazy, Misfire e Bring Back That Leroy Brown.  As faixas Flick Of The Wrist e as duas versões de In The Lap Of The Gods representam o rock clássico característico da banda. Destacam-se também a balada Tenement Funster com vocal do Roger e uma música que virou hit do grupo, obrigatória em qualquer show: Now I´m Here. Temos também as lindas Dear Friends, Lily of the Valley cantadas por Freddie e She Makes Me (Stormtrooper In Stilettos), cantada por May.

Músicas deste album: Brighton Rock, Killer Queen, Tenement Funster, Flick Of The Wrist, Lily of the Valley, Now I´m here, In The Lap Of The Gods, Stone Cold Crazy, Dear Friends, Misfire, Bring Back that Leroy Brown, She Makes Me (Stormtrooper In Stilettos), In The Lap Of The Gods… revisited.

 

A Night at the Opera – 1975

O álbum recebeu este nome após os integrantes terem assistido juntos o filme de mesmo nome  de 1935 dos irmãos Marx. Este álbum de 1975 consolidou o reconhecimento mundial da banda. Neste trabalho a fusão do rock com a música clássica chegou ao seu ponto mais alto com o clássico Bohemian Rhapsody. A partir dessa época, o grupo ganhou o apoio da EMI-Odeon. Os executivos da gravadora queriam que Bohemian Rhapsody fosse editada para ficar menor, porque eles não acreditavam que as rádios tocariam uma música de mais de 6 minutos. Mas a banda se manteve firme e ela foi lançada assim mesmo. E até hoje, mais de 40 anos depois, é uma música tocada em várias rádios o redor do mundo. Destacam-se também neste álbum I´m in Love With My Car, cantada por Roger, onde ele demonstra a sua paixão por carros, e a balada de Deacon, You´re My Best Friend, que se tornou um hit mundial. Podem ser destacadas também The Phopset´s Song e a versão de estúdio de um clássico da banda em shows: Love of my Life.

Músicas desse álbum: Death on two legs, Lazing on a Sunday Afternoon, I´m in love with my car, You´re My Best Friend, ’39, Sweet Lady, Seaside Rendezvous, The Phopset´s Song, Love of my life, Good Company, Bohemian Rhapsody, God Save The Queen.

 

A Day at the Races – 1976

O título deste álbum também é uma referência a outro filme de mesmo nome dos irmãos Marx.

Após o sucesso do seu antecessor, este álbum não obteve o mesmo sucesso, mas ainda assim é um álbum que impressiona, pois possui um material eclético e de qualidade.

A primeira faixa do álbum, Tie Your Mother Down, virou um clássico da banda e é tocada em todos os shows.  A seguir, temos duas lindas baladas: You Take My Breath Away de Freddie e Long Away de May, que mostram o talento dos integrantes da banda para fazerem músicas de vários estilos em um mesmo disco. Em The Millionaire Waltz vemos um retorno a um estilo de música que a banda sabe fazer muito bem: a junção do rock com música clássica. Outros destaques do disco e que se tornaram presenças obrigatórias em shows foram  Somebody to Love e Good Old-Fashioned Lover Boy. Teo Torriate (Let us Cling Together) é uma balada que tem dois refrões cantados em japonês. Por fim temos o ótimo rock White Man e a balada Drowse, escrita e cantada por Roger Taylor. Esse álbum pode não ser melhor do que seu antecessor, mas demonstra o quanto a banda pode ser eclética em um mesmo álbum.

Músicas deste álbum: Tie Your Mother Down, You Take My Breath Away, Long Away, The Millionaire Waltz, You And I, Somebody to Love, White Man, Good Old-Fashioned Lover Boy, Drowse  e Teo Torriatte (Let Us Cling Together).

 

News of the World – 1977  

Este álbum revelou os dois maiores hits da história da música: We Will Rock You e We are The Champions, sendo que este último virou hino em competições ao redor do mundo. Mesmo quem não gosta de rock, uma vez na vida já ouviu falar de uma dessas duas músicas. Outra música que se destaca é a linda balada de Deacon, Spread Your Wings. Taylor contribui com duas faixas, Sheer Heart Attack e Fight From The Inside. May contribuiu com a balada All Dead, All Dead, o blues Sleeping On The Sidewalk e rock It’s Late que nos faz lembrar um pouco os dois primeiros álbuns da banda. Deacon também contribuiu com Who Needs You,uma baladinha leve com influências latinas. Mercury contribuiu também com Get Down, Make Love, uma faixa sexualmente explícita e My Melancholy Blues que é boa, mas não empolga.

Músicas deste álbum: We Will Rock You, Sheer Heart Attack, All Dead, All Dead, Spread Your Wings, Fight From The Inside, Get Down, Make Love, Sleeping On The Sidewalk, Who Needs You, It’s Late e My Melancholy Blues.

 

             Jazz (1978)                   

É uma festa do começo ao fim, que combina diferentes tipos de música como blues, rock e vaudeville.  Os destaques desse álbum são: a famosa Fat Bottomed Girls composta por Brian, Bicycle Race composta por Mercuy e o hino Don´t Stop Me Now, também composta pelo vocalista e que se tornou mais uma música obrigatória nos shows. Podemos destacar também as baladas Jealousy e In Only Seven Days.     

Músicas deste álbum: Mustapha, Fat Bottomed Girls, Jealousy, Bicycle Race, If You Can’t Beat Them, Let Me Entertain You e Dead On Time, In Only Seven Days, Dreamers Ball, Fun It , Leaving Home Ain’t Easy, Don’t Stop Me Now e More Of That Jazz.

Continua….

Fontes:  

https://www.queennet.com.br

https://80minutos.com.br

https://www.rollingstone.mx

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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