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Fonte: www.queenonline.com

TEAR IT UP

(2ª música do 11º álbum)

 

– Brian May volta ao trabalho com este tema mordaz!

– A canção anuncia a sua cor: o Queen abandonou o som das discotecas de Munique para voltar a deixar que a bela Red Special se expresse da melhor maneira, depois de um tempo um pouco abandonada.

– Em 12 de maio de 1984, o grupo participa no festival Rose d’Or em Montreux. Criado em 1961 pelo fundador do festival Eurovision, Marcel Bezençon.

– O ano de 1984 tratava-se de um acontecimento importante, seguido pelas televisões do mundo inteiro e, o Queen interpreta quatro temas, entre eles o furioso Tear It Up (também cantam Radio Ga Ga, It’s A Hard Life e I Want To Break Free).

– Porém o curioso do dia é que o grupo usa o playback em todo o concerto. Freddie parece perdido, esquece algumas palavras e não canta na frente do microfone. A única razão pela qual a banda aceita participar nesta farsa imposta pelos organizadores é a transmissão em massa do concerto para quarenta países, uma oportunidade que o grupo não pode deixar passar, já que ia perdendo impulso na primavera de 1984.

– O vídeo do concerto oferece um belo momento televisivo ao gosto da década de 1980, onde os artistas montam um espetáculo sejam quais forem as condições.

O Queen no palco do festival La Rose d’Or em Montreux em 12 de maio de 1984, prestando-se ao jogo do playback em frente às câmeras do mundo inteiro.

 

Vídeo oficial de Tear It Up

 

O Queen no festival Rose d’Or em Montreux, 1984

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Entrevista com Barry Mitchell

2° baixista do Queen, de Agosto de 70 à Janeiro de 71.

– Em 31 de Janeiro de 2014 – Entrevista n° 8995

Por Queen Heaven

1) Introdução 

▪️Barry Mitchell foi por alguns meses o baixista do Queen. Um membro, embora brevemente, do Queen.

Ele nos contou, em detalhes, às vezes inéditos, através de uma série de perguntas preparadas pelos caras do Fórum e através de sua história autobiográfica, sua versão dos acontecimentos, sua vida com o Queen, o que lembra aqueles meses distantes de 1970.

2) A reunião e a audiência 

▪️No verão de 1970 eu estava saindo com Bandas, tendo passado os três anos anteriores tentando ganhar a vida tocando baixo e com muita experiência agora.

Eu havia gravado um Álbum, no que era conhecido como – Ronnie Scotts Jazz Club – um refúgio para a música Blues.

Eu estava pronto para um novo capítulo na minha carreira como músico.

Era Agosto de 1970 e um amigo meu havia retornado de um verão hippie no West Country, tendo conhecido um baterista chamado Roger Meddows – Taylor, cuja Banda precisava de um baixista experiente.

Então chamei o Roger para uma conversa e combinamos de fazer um teste para a vaga de baixista disponível.

▪️Meu primeiro encontro com os meninos aconteceu no apartamento de Roger em Kensington.

Brian estava trabalhando em algumas de suas músicas e nos preparamos para tocar juntos.

Este primeiro encontro não revelou planos de batalha para a conquista do mundo, já que a maior parte do nosso material consistia em covers, com algumas músicas originais no meio.

Nos dirigimos para a sala de ensaio em cinco minutos, que descobri ser uma sala de aula no Imperial College. Naquela época, o luxo de qualquer sala de ensaio não tinha preço.

Mas esses caras tinham o equipamento ideal.

Toda a parafernália da Banda estava guardada em uma sala ao lado do corredor. Só tínhamos que dar uma volta e levar o material para fora da sala.

Essa Banda não precisava assumir o fardo de mover material para dentro e para fora das vans e depois subir as escadas.

O fato de poderem usufruir dessa comodidade, sem nenhum gasto, deveu-se à estima de Brian, que ali estudava.

▪️Vamos à música – acho que tocamos alguns blues clássicos e algumas músicas de Hendrix primeiro, depois tentamos Doing Alright. Nós imediatamente nos encontramos afinados como músicos e achamos a bateria de Roger fácil para eu acompanhar.

Então a audição terminou – eu fui escolhido!

 

3) Preparativos para as primeiras apresentações 

▪️Nos encontramos no apartamento de Roger para discutir nossos planos imediatos.

Eles queriam organizar uma apresentação privada, para convidados, em nossa sala de ensaio.

Era um ótimo lugar para isso, com assentos confortáveis ​​e ótima acústica.

O que não era o ideal, no entanto, era o fato de tudo acontecer em apenas duas semanas e sem muito tempo para ensaiar, pois cada um de nós tinha trabalhos diários para fazer ou aulas da Faculdade para assistir.

Assim, os ensaios tiveram que ser limitados às noites.

Lembro que fizemos três ou quatro sessões para poder refinar nosso desempenho.

Haviam poucas dicas do grande talento de composição, que surgiriam mais tarde.

A maioria das músicas originais eram do período Smile e eram obra de Brian.

▪️Freddie não era tão extravagante e extrovertido como se tornaria mais tarde. Na verdade, ele era tímido … e muito tímido. Roger era o extrovertido, como um baterista de verdade. Brian surgiu inicialmente como a força motriz. Ele era obviamente um guitarrista incrível, e também um cara legal em todos os aspectos.

Fiquei intrigado com a guitarra de Brian, nunca tinha visto uma igual antes, nem nunca tinha ouvido um som parecido.

Esta, é claro, era a agora famosa Red Special. Brian explicou como ele mesmo a construiu, com a madeira que cobria a lareira de seus pais.

Eu já tinha visto outras guitarras feitas à mão antes, a maioria com o núcleo feito em casa, e comprados braços, trastes e partes elétricas.

Mas isso era diferente! Brian tinha feito o bumbo, braço, trastes, captadores … tudo ! Fiquei impressionado.

 

4️) Os primeiros concertos e as ideias de Freddie Mercury 

▪️As reuniões com a Banda se limitavam à ensaios apenas nessas primeiras semanas.

Todos os meninos moravam perto de Kensington, enquanto eu morava em Kingsbury, no norte de Londres. Longe dos subúrbios, então socializar não estava na agenda. Tínhamos trabalho à fazer !

Logo refinamos nosso desempenho o suficiente para nos apresentarmos diante de uma plateia.

▪️O primeiro show do Queen foi no auditório do Imperial College que usamos para os ensaios. Era início de Setembro de 1970 e eu havia entrado apenas algumas semanas antes. Então tivemos que trabalhar duro para estarmos prontos.

Nosso público eram convidados, amigos e familiares. Tudo muito Rock`n´Roll !

Eu me lembro de Freddie sendo muito particular sobre sua aparência, ele levou uma eternidade para fazer o cabelo. Todos nós vestimos roupas pretas e nos arrumamos no apartamento deles ao virar da esquina.

No dia do primeiro show nos encontramos na casa do Roger. Alguém teve a ideia, acho que foi o Brian, de preparar um pequeno refresco, um suco de laranja e um pouco de pipoca. Eu estava destinado à produção de pipoca. Acho que o baterista tinha a insidiosa missão de preparar o suco de laranja.

Todos concordamos que iríamos nos vestir de preto. Calças largas de veludo, botas de salto cubano e camisas de renda estavam na ordem do dia.

▪️O concerto correu bem, o nosso público ficou impressionado. Então, encorajados por um bom começo, colocamos nossas energias em aumentar nosso repertório o suficiente para podermos começar à fazer shows sérios.

Uma série de apresentações se seguiram, principalmente na área de Londres, mas com algumas viagens à Liverpool.

Isto foi memorável para mim, devido à um concerto no famoso Cavern Club. Lembro que estávamos todos com um pouco de medo de tocar no mesmo palco onde os Beatles começaram sua incrível aventura. Eles dominaram o mundo por um tempo, enquanto nós éramos pouco mais que uma Banda cover na época.

Era realmente um lugar excitante, com tetos baixos e paredes de tijolos pingando de condensação. Exalava atmosfera !

Como nota pessoal, gostaria de pedir desculpas ao dono do amplificador que acabei usando. Durante nossa passagem de som meu amplificador quebrou. Então eu usei um amplificador que já estava no palco e quebrei ele também ! Peço desculpas …

▪️Acho que ensaiamos duas noites por semana ao longo de um mês, antes de nos sentirmos prontos para entrar no palco.

Durante esses ensaios ficou claro que Freddie estava se tornando a força dominante no grupo, porque a Banda que eu entrei era uma espécie de Smile, Versão 2, e em dois meses nos tornamos Queen, Versão 1.

Freddie estava exercitando seu talento como autor, mas havia poucas pistas do que estava por vir.

A evidência deu origem à longas discussões entre nós e Freddie sobre suas ideias.

Muitas vezes era como se estivéssemos andando em círculos, indo à lugar nenhum, causando a exaustão de John, nosso assistente, que tentou com todas as suas forças mediar, sem sucesso.

▪️Freddie estava determinado à seguir seu próprio caminho. Agora reconheço que este foi um sinal revelador de onde esse fenômeno foi direcionado.

Freddie teve uma visão de onde ele queria ir !

 

5️) Kensington Market e meu adeus 

▪️Apesar disso, pouco material novo foi desenvolvido, pois estávamos comprometidos em obter uma performance tecnicamente limpa para que pudéssemos fazer shows.

Nosso repertório agora incluía mais músicas originais, abrangendo muito do que se tornaria o primeiro Álbum do Queen.

Freddie também tinha uma paixão por clássicos do Rock ‘N’ Roll e adorava  Big Spender, um cavalo de batalha de Shirley Bassey. Ela era o tipo de artista extravagante que Freddie acabou sendo. Foram, penso eu, os primeiros sinais do desenvolvimento da sua forma de estar no palco.

▪️Nós nos reuníamos para planejar nossos shows no Kensington Market, onde Roger tinha um pequeno estande vendendo roupas vintage e estilo hippie. Acho que ele nunca fez muitos negócios. Não era muito mais do que um simples ponto de encontro. Sempre havia muitas garotas bonitas por perto.

A maioria de nossas oportunidades de socialização ocorreu enquanto estávamos fora de casa para shows. Particularmente durante nossas duas visitas à Liverpool. Parece que me lembro que todos nós nos encontramos desmaiando na casa de alguém …

No final de uma tarde selvagem de Sábado, todos nós decidimos ir à um cinema para ver o que estava sendo transmitido como um filme sexy naqueles dias. Foi tão ruim que não conseguíamos parar de rir. E como estávamos obviamente incomodando as poucas pessoas que talvez estivessem gostando do filme, eles nos pediram para sair.

▪️E assim, depois de estar com essa Banda por cerca de sete meses, decidi seguir em frente.

Assim que minha decisão foi comunicada aos meninos, lembro-me de Mary Austin tentando fazer com que eu mudasse de ideia. Mas enquanto eu concordava que o grupo sempre soava melhor em cada show, eu não tinha intenção de mudar de ideia.

▪️Estou honrado por ter desempenhado meu pequeno papel no nascimento da Rainha.

®️ Complementos

6️) A música Polar Bear 

▪️Não sou eu quem está tocando nesta demo do Polar Bear. Eu nunca ouvi essa música, então deve ter surgido depois da minha saída da Banda. Infelizmente, nós nunca gravamos nada juntos, então a menos que haja algum bootleg por aí, nosso som está perdido para sempre.

https://youtu.be/6f7lxpEhB8o

 

7️) Amigos

▪️No primeiro mês ou dois, nós nos encontramos apenas para os ensaios, então as amizades ficaram em segundo plano.

Mas uma vez que começamos a tour em uma van emprestada da Transit Studios, começamos à nos conhecer um pouco melhor.

Todos os três caras eram fáceis de lidar, embora eu provavelmente fosse mais próximo de Roger.

 

8️) Paul Rodgers

▪️O Free era popular entre todos nós em 1970, a voz de Paul sempre foi impressionante.

Não sei se Freddie realmente conhecia Paul naquela época. Freddie não era amigo pessoal de Paul quando eu tocava na Banda.

Eu não diria que Paul Rodgers teve uma grande influência na Banda naquela época. Nunca houve qualquer sensação de blues em qualquer música que tocávamos naqueles dias. Neste ponto Freddie foi influenciado principalmente pelo Rock and Roll (A Velha Escola).

 

9️) Entrada 

▪️O material em que trabalhamos quando entrei, era principalmente músicas dos dias do Smile, além de satisfazer as necessidades de Freddie.

No entanto, logo começamos com um novo material, como eu diria, uma divisão equilibrada de grandes contribuições de Brian e Freddie.

 

1️0) Meu equipamento 

▪️Toquei um baixo Gibson EB-O (preto re-pulverizado) através de um amplificador valvulado Simms-Watt de 100 watts e alto-falante Sound-City 4×12.

 

11) Barry, você ainda está tocando ?

▪️Desisti de tocar baixo talvez no final de 72, e pensei que era tudo para mim. Até 92, quando comprei um baixo e um amp set-up, e me juntei à uma Banda local. Eu tenho praticamente tocando em pubs e clubes locais desde então.

 

12) O que achava da voz de Freddie ?

▪️Na minha opinião, a voz de Freddie ainda não tinha amadurecido naqueles dias. O poder e o alcance, eu acho, ainda precisavam se desenvolver.

 

13) Ocasionalmente encontra a Banda, após sua saída ?

▪️Eu costumava parar no Kensington Market para dizer oi para Fred, onde ele tinha uma barraca vendendo botas de salto cubano. Devo tê-lo visto talvez três vezes lá e, de fato, essa foi a última vez que falamos um com o outro.

Perdi contato com todos eles depois disso, concentrando-me em construir minha vida, sabe … esposa, trabalho, filhos e responsabilidades …

Em meados dos anos 90, Roger estava em turnê com The Cross em Cambridge, então deixei meu nome com os seguranças e fui convidado para os bastidores depois do show.

▪️Foi ótimo ver Roger de novo, e apesar da minha cabeleira ter desaparecido há muito tempo, ele ainda me reconheceu.

Brian e eu trocamos e-mails ocasionais.

14) O que eu fiz depois que deixei o Queen ?

▪️Entrei para uma Banda chamada Crushed Butler. Fomos talvez um precursor do movimento Punk e criamos um pouco de agitação com uma apresentação no Lyceum em Londres. Tanto que nos ofereceram alguns bons shows de suporte para alguns grandes nomes, mas infelizmente desmoronou.

Neste ponto eu decidi desligar meu baixo e sossegar.

Alguns meses depois dessa decisão, um baterista com quem eu já havia tocado, me pediu para entrar em uma nova Banda que ele tinha acabado de entrar. Esta acabou por ser The Gary Glitter Band.

Acho que foi uma decisão sábia.

 

15) O que estou fazendo agora ?

▪️Eu comprei um baixo novamente por volta de 1992, e depois de alguns meses tocando em casa, eu me juntei à uma Banda local e comecei à tocar em bares e clubes locais. Eu tenho feito isso praticamente desde então.

Eu não achava que iria me apresentar novamente, mas desde então percebi que isso faz parte de mim. Eu estive em ensaios com uma nova Banda até recentemente, porém o baterista decidiu sair e o projeto estagnou. Tenho certeza que não vai demorar muito para eu estar tocando novamente.

▪️Obrigado, Barry, e boa sorte !

O site oficial do Queen anunciou que a banda atingiu 2,3 bilhões de streams na plataforma Spotify.

E eles agradeceram o apoio dos fãs!

 

Fonte: www.queenonline.com

 

RADIO  GA  GA

(1ª música do 11º álbum)

– Roger Taylor compõe uma homenagem a este objeto emblemático do pós-guerra, em torno do qual as famílias se reuniam: o rádio.

– Com estas palavras cheias de melancolia, o baterista, que sua cultura musical lhe deve, o elogia pelos momentos de fuga e sonho que ele lhe oferece:

I’d sit alone and watch your light/My only friend through teenage nights

(Eu me sentava sozinho e observava tua luz/Meu único amigo em minhas noites de adolescente)

– Para além da simples nostalgia – já que o gosto de Roger pela modernidade e pelas últimas tendências é bem conhecido – o que emana de Radio Ga Ga é o mal-estar de ver desaparecer este precioso aliado em benefício da televisão e, sobretudo, do próspero canal de música MTV, que faz e desfaz a carreira dos artistas.

A canção é uma mistura de várias ideias – explicaria o baterista em 1984 -. Fala do importante papel que teve o rádio desde um ponto de vista histórico, anterior à televisão, e o lugar que ocupava na minha vida durante a infância. Graças a ele descobri o rock’n’roll. Emitiam muito Doris Day, porém várias vezes durante o dia escutava também um disco de Bill Haley ou alguma canção de Elvis Presley. Na minha opinião, hoje em dia, no rock’n’roll, devido ao vídeo, a imagem se converteu em mais importante que a música por si mesma. Cada vez adquire mais importância. O que quero dizer é que a música deveria considerar-se uma experiência mais para o ouvido do que para os olhos.

– O enigmático título da canção de Roger foi inspirado por seu filho Felix. A mãe do menino, Dominique Beyrand, a quem Taylor conheceu durante o concerto em Hyde Park em setembro de 1976 (ela era a assistente pessoal do empresário Richard Branson, quem ajudou o Queen a conseguir as autorizações necessárias para o concerto), era francesa, e o pequeno Felix Taylor, que então tinha três anos, falava habitualmente a língua da mãe.

– Roger relata a cena:

Um domingo à tarde, meu filho Felix veio até mim murmurando ‘radio caca’ (a metade em francês). Disse à mim mesmo que soava muito bem!

– O baterista se encerra com todo o tipo de sintetizadores durante três dias no estúdio e propõe sua demo a Freddie, a quem de imediato a canção convence, cujo título de trabalho ainda é Radio caca.

– Uma vez trabalhada e gravada, continuam a ser adicionadas as linhas vocais. A letra se modifica então em Radio Ga Ga nos estribilhos.

– Mas apenas parcialmente… porque ao aguçar o ouvido, se escuta outra coisa, como confirmaria Brian May em 2017:

All we hear is Radio Ca Ca!’” (Tudo o que ouvimos é Radio Ca Ca!) é na verdade o que cantamos no disco!.

– Paradoxalmente jogando o jogo da MTV e videoclipes com grandes orçamentos, o grupo acompanha sua música com um vídeo dirigido por David Mallet, o cineasta que imortalizou a corrida de modelos nuas em bicicletas para o videoclipe de Bicycle Race em setembro de 1978.

– O videoclipe é filmado em dois dias no Shepperton Studios de Londres.

– No primeiro dia, gravam a banda a bordo de um veículo futurista: Roger Taylor está com as duas mãos no joystick [controle de video game], Freddie está a seu lado, John e Brian são os passageiros ligeiramente perdidos no assento traseiro (haviam escondido uma garrafa de vodka no veículo para incutir veracidade aos atores amadores).

– Estas imagens se misturam com numerosos extratos do filme Metropolis de Fritz Lang, cujo universo inspira o set da próxima turnê The Works Tour.

– No segundo dia é filmada a cena mais lendária do videoclipe:

Seria um momento inesquecível para todas as pessoas presentes nesse dia, declararia Brian May.

– Convidam ao estúdio quinhentos membros do fã clube oficial da banda, totalmente vestidos de branco, para aclamar os quatro músicos.

– Os críticos de rock britânicos – que detestam o Queen desde o início e para quem a medida não parece ser a palavra-chave – não hesitam em comparar a cena com um congresso do partido nazista em 1936.

– Para Freddie Mercury, as pessoas agrupadas ao redor da banda se assemelha à uma celebração olímpica, uma imagem muito mais lisonjeira.

– Desses dois dias sairia um vídeo emblemático da década de 1980, no qual se executa uma coreografia simples, com ambos os braços no ar, e que conclui com duas palmas, um sinal de adesão a Freddie e seus amigos.

– A imagem de todos os espectadores batendo palmas com as mãos durante o Live Aid em julho de 1985, além de provocar uma emoção imediata, fixaria para sempre a imagem do Queen no inconsciente coletivo.

– Quando aos vinte anos a jovem Stefani Joanne Angelina Germanotta começa sua carreira como cantora, seu noivo, o produtor Rob Fusari, não deixa de chama-la de Gaga, porque o timbre da sua voz recorda a canção do Queen. Nada mais foi necessário para a jovem adicionar o título de Lady ao seu nome artístico, e assim nasceu Lady Gaga.

Freddie no centro do set para o videoclipe de Radio Ga Ga, inspirado no filme Metropolis, de Fritz Lang, e dirigido por David Mallet.

 

Vídeo oficial de Radio Ga Ga

 

 

Radio Ga Ga, no Live Aid

 

Metropolis (1927) – filme completo

https://youtu.be/Sx-vMdGqL3A

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Sim, o Queen raramente falava de suas inspirações para as suas músicas

A música tem a ver com uma série de experiências pessoais dos últimos anos. Prefiro não falar sobre o que em detalhes, porque não gosto de explicar músicas. As pessoas deveriam descobrir por si mesmas, eu acho ! 

– John, em 1978, sobre Spread Your Wings.

 

 Nós não fazíamos muitas perguntas sobre o significado das músicas. 

– Brian.

Meu processo de composição não envolve muito planejamento. Eu não acordo de manhã e penso – ‘ vou escrever uma música pro Queen hoje’ , ou ‘ vou escrever uma música para o novo Álbum solo ‘.

Eu não costumo pensar sobre onde uma música vai acabar. 

– Roger.

 

 Se você vê, então está lá, querida !

– Freddie

Alegorias, analogias, citações eruditas, símbolos, fantasia, metáforas …

– As canções do Queen, aparentemente simples, revelam uma certa complexidade. Basta pensar no texto de Bohemian Rhapsody, que também tem referências místicas, e 39 que fala sobre viagens interestelares e remete às teorias de Einstein.

– Por outro lado, os 4 magníficos também eram graduados e muito inteligentes. Muitas vezes a imprensa pedia explicações sobre seus textos enigmáticos, mas eles diziam o mínimo e davam de ombros.

– Ainda hoje, os jornalistas tentam roubar de Brian e Roger os segredos por trás de suas músicas.

– Mas, como eram todos compositores e se conheciam bem, pergunta-se – conversavam sobre isso entre si ?

Estávamos muito, muito próximos “, revela Brian em uma entrevista, ” mas haviam tópicos que não abordávamos … Uma coisa sobre a qual geralmente não conversávamos é o significado das músicas.

Nós nunca dissemos – ‘ eu escrevi essa música sobre isso ou aquilo ‘. Mas sim – ‘ aqui está a música, aqui estão as palavras, aqui está a melodia. Ouçam e vamos tentar fazer ‘.

Nós não nos perguntávamos – ‘o que é isso ? O que estamos tentando dizer aqui ?’

Era tudo escondido, não dito … Era como se a arte ficasse por conta própria e não quisesse ser discutida – ela só queria ser feita.

Tínhamos pincéis na mão, estávamos pintando a tela …”

 

Fontes –

Revista Classic Rock, em 27/11/21.

Queen Universe

Foto da Internet.

Assista: Vídeo Scandal remasterizado em HD

They’ll see the heartache, they’ll see our love break…

(Eles vão ver a mágoa, eles vão ver o nosso amor quebrar…)

O vídeo foi remasterizado em HD a partir dos masters originais de fita de vídeo de 1 polegada por Oli Maingay em Vanderquest, Reino Unido.

Veja o vídeo

Fonte: www.queenonline.com

– A Festa de Aniversário Oficial Freddie Mercury 2023

A festa de 2023, o 77º aniversário de Freddie, acontecerá em ajuda ao The Mercury Phoenix Trust no sábado, 2 de setembro, no Casino Barriere, em Montreux.

Será celebrado os 50 anos e as bodas de ouro do álbum de estreia autointitulado do Queen de 1973.

O tema de cores para a festa e convidados será roxo, rosa escuro e dourado.

Ingressos, camisetas e cartazes estarão disponíveis para compra no ano novo. Mais informações do partido também serão anunciadas neste momento.

www.mercuryphoenixtrust.com

 

Em torno da estátua de Freddie Mercury e sob o mercado coberto, a associação Montreux Celebration organizará eventos de 31 de agosto a 3 de setembro de 2023.

O programa será anunciado em 2023, e todas as informações estarão aqui: www.montreuxcelebration.com

Equipe MPT e Montreux Celebration

 

Fonte: www.queenonline.com

Olá amigos do Queen Net,

Na última segunda feira, tive a felicidade de receber o meu exemplar do Box The Miracle Edição de Colecionador.

Para dividir a minha alegria com vocês, fiz três pequenos vídeos mostrando detalhes da minha aquisição.

O Box é de altíssima qualidade. Muito bem elaborado e feito com material de primeira.

Então vamos deixar de conversa, porque vocês devem estar ansiosos para ver o vídeo.

Espero que gostem!

 

UNDER PRESSURE

(11ª música do 10° álbum)

 

– Quando, durante o verão de 1981, os músicos do Queen retornam ao Mountain Studios de Montreux (que então pertence a eles), recebem a visita do seu compatriota e amigo David Bowie, disposto a gravar o tema Cat People (Putting Out Fire), composto pelo produtor do momento Giorgio Moroder.

– Então improvisam uma jam-session con o Duke antes de celebrar o encontro com um jantar.

Passamos um bom momento improvisando com as músicas que todos conhecíamos – recorda Brian May -. Porém rapidamente decidimos que seria divertido criar algo novo. Todos nós pesamos as ideias, e minha contribuição foi um ótimo riff em re, que eu tinha em mente há muito tempo. Porém o que mais nos emocionou foi um riff interpretado pelo Deaky […]. Algo assim como Ding-Dind-Ding-Diddle-Ing-Ding. Porém depois do jantar, o baixista foi incapaz de recordar o riff.

 

Tinha saído completamente da mente – recorda Roger Taylor divertido no documentário ‘Days Of Our Lives’ -. […] Porém, eu o recordei.

– A banda e Bowie se dedicaram a tocar em torno deste riff de baixo, e a sessão, que se estenderia ao longo das seguintes vinte e quatro horas, daria lugar a Under Pressure, cujo título de trabalho era People On Streets.

– O instrumento utilizado por John na introdução mundialmente conhecida de Under Pressure é uma Fender Precision Special 1981. Este baixo propõe uma novidade com relação aos modelos anteriores: está equipado com três potenciômetros (volume, baixo e agudo), enquanto que as Precision tradicionais contam com somente dois botões (volume e tonalidade).

– John pôde, então, cruzar as frequências sonoras de seu instrumento até encontrar o som ideal mais adequado para a introdução do tema.

– Brian contribui com alguns arpejos de guitarra para a partitura de John, que ele dobraria na pós-produção.

– Ele lembra:

David era categórico sobre o fato de que devia ser interpretado com doze cordas!.

– Ao ser perguntado sobre a versão de Under Pressure do rapper Vanilla Ice no seu sucesso Ice Ice Baby em 1989, Roger Taylor declara, de um modo um pouco astuto:

Ele não a escreveu, nos roubou de um dos nossos álbuns […]. Não gosto da sua canção. É um rapper branco da Flórida. Genial…! Com um corte de cabelo bastante divertido!.

O duo Mercury-Bowie nunca interpretou Under Pressure no palco. Na imagem, o Thin White Duke, David Bowie, junto a Brian, John e Roger no The Freddie Mercury Tribute Concert, em abril de 1992.

 

Vídeo oficial de Under Pressure

 

David Bowie e Annie Lennox cantam Under Pressure no The Freddie Mercury Tribute Concert

 

Ice Ice Baby, com Vanilla Ice

 

David Bowie e sua baixista Gail Ann Dorsey interpretam Under Pressure:

https://youtu.be/0liLtMtzs-k

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

O documentário Freddie Mercury: The Final Act ganhou o Prêmio Rose d’Or.

Poucos dias depois de vencer o Emmy Internacional de Programação Artística, Freddie Mercury: The Final Act conquistou mais um prêmio, desta vez o prêmio Rose d’Or de Melhor Documentário Artístico.

Muitos parabéns à Rogan Productions, BBC2 e Simon Lupton.

Sobre o Rose d’Or

O prestigiado Rose d’Or Awards define o padrão ouro para excelência e realização na produção de programas internacionais de TV e áudio.

O Rose d’Or começou em 1961, quando foi criado pela Swiss Television na cidade de Montreux, à beira do lago, e tem sido um evento emblemático para a União Europeia de Radiodifusão e a indústria internacional de TV desde então.

Freddie Mercury: The Final Act está disponível no Brasil na plataforma de streaming Star+.

 

Fontes: www.queenonline.com e www.rosedor.com

Freddie Mercury – O Dostoiévski do Rock

Quando eu estiver morto, quero ser lembrado como um músico de algum valor e substância. Freddie Mercury

– Quando Freddie emergiu na indústria do Rock, ela não era multicultural e os gigantes da mídia anglo-americana a controlavam predominantemente. No início dos anos 60 e 70, a indústria do Rock era altamente exclusiva.

– Freddie foi o primeiro grande astro do Rock de origem asiática. Independentemente de sua origem, ele conquistou o mundo da música e se tornou o melhor dos melhores. Sua habilidade vocal e performances extravagantes eram incompreensíveis. Freddie será lembrado como um vocalista talentoso de qualquer geração.

– As canções de Freddie transmitiram mensagens filosóficas e psicológicas profundas. Ele cantou sobre sua solidão interior e às vezes sua individualidade dual e as divergências emocionais.

– Ele pensou que sua origem indiana o impediria de se tornar uma grande estrela e ele mudou seu nome verdadeiro Farrokh Bulsara para um pseudônimo impactante.

– Como Salman Rushdie (nota abaixo) afirmou uma vez, Freddie Mercury deliberadamente escondeu sua identidade e se tornou um homem de lugar nenhum.

– Ele lutou uma vida inteira para estabelecer sua identidade. Tinha um elenco de milhares e um homem com mil faces. Descrevendo-se em uma entrevista, Freddie declarou –

 No fundo, sou uma pessoa muito emocional, uma pessoa de extremos reais, e muitas vezes isso é destrutivo para mim e para os outros.

– Para superar sua autoimagem negativa com sua sobremordida, Freddie se apresentou como um príncipe ou rei, às vezes usando uma coroa no palco. Seu vício em sexo poderia ter uma ligação com essa autoimagem negativa.

– Suas canções carregavam significados alusivos à sua própria vida controversa. Freddie era seguidor de uma religião chamada Zoroastrismo, uma das religiões mais antigas e exclusivas do mundo, fundada pelo profeta Zoroastro em 600 a.C. Suas canções tocaram o misticismo da religião com a magia e alguns termos teológicos do Zoroastrismo.

– Elas tinham os mais diversos tipos de letras e eram uma mistura de músicas, ideias e filosofias de René Descartes, Jean-Jacques Rousseau, Goethe, Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre, Albert Camus, Wolfgang Amadeus Mozart, Little Richard e Jimi Hendrix. A maioria de suas canções foi inspirada em magia e fantasia. Mas ele falou de filosofia profunda por meio de sua música.

– Na música – My Fairy King – Freddie vem com uma prosa clássica e poesia que narra uma terra de fantasia. Embora a situação imaginada não corresponda com a realidade, expressa o desejo e os objetivos dele de se desligar do realismo.

– Em 1984, ele fez seu videoclipe I Want to Break Free, que foi um clamor e uma catarse emocional. Neste vídeo, Freddie se veste de mulher, mas mantém seu bigode, que simboliza sua situação de identidade, isolamento e ostracismo, apesar da preservação da masculinidade.

Ele sempre manteve uma mística sobre sua imagem.

Quando estou me apresentando, sou extrovertido, mas por dentro sou um homem completamente diferente.

– A emoção de Freddie Mercury pode ser notificada no hit The Show Must Go On, onde ele relata seus sentimentos íntimos.

Minha alma é pintada como as asas de borboletas ..

Os contos de fadas de ontem crescerão, mas nunca morrerão ..

Eu posso voar, meus amigos !

– Sua dupla personalidade foi capturada na música Great Pretender. Esta é uma forma de explicação de Carl Jung (psiquiatra e psicanalista) da persona – As Relações entre o Ego e o Inconsciente – de 1928. Jung descreve a persona como um sistema complicado de relações entre a consciência individual e a sociedade, apropriadamente uma espécie de máscara, projetada por um lado para causar uma impressão definitiva sobre os outros e, por outro, para ocultar a verdadeira natureza do indivíduo. Freddie Mercury resumiu as palavras junguianas assim.

Oh sim, eu sou o grande fingidor ..

Apenas rindo e alegre como um palhaço ..

Eu pareço ser o que eu não sou, você vê ..

Estou usando meu coração como uma coroa ..

Fingir que você ainda está por aí … 

 

– A música incomparável de Freddie – Living On My Own – dá uma imagem de um desesperado se opondo à sociedade. Freddie sempre se tornou um personagem controverso que agia de acordo com suas fantasias e instintos. Além disso, ele desafiou abertamente a hipocrisia da sociedade.

– Ele foi o Oscar Wilde dos dias modernos, que enfrentou duras críticas nos tabloides. Ele descreveu sua paixão e dor emocional em letras graciosas. Sua música Living On My Own é um testemunho vivo da pontada emocional de Freddie.

 Às vezes eu sinto que vou desabar e chorar ..

Nenhum lugar para ir nada a ver com meu tempo ..

Eu fico sozinho tão sozinho vivendo sozinho ..

Às vezes sinto que estou sempre andando rápido demais ..

E tudo está caindo em mim, caindo em mim ..

Eu fico louco oh tão louco vivendo sozinho … 

– Freddie Mercury e o Queen foram revolucionários. Em 1984, eles se apresentaram na África do Sul, ignorando o boicote cultural das Nações Unidas. Embora tenham sido amplamente criticados, eles podem ter contribuído com algo positivo para que o sistema de apartheid sul-africano mudasse.

– Da mesma forma, em 1986, eles se apresentaram em Budapeste. Foi o período em que o bloco comunista estava prestes à se desintegrar e os europeus orientais estavam abraçando o tipo ocidental de democracia.

– Freddie Mercury pode ser considerado o Fyodor Dostoiévski da Música Rock, que pintou o Rock com filosofia, fantasia e psicologia. Ele cantou sobre a psique humana interior e a liberdade humana.

     Fyodor Dostoiévski

– O talentoso artista, talentoso músico e lendário showman Freddie Mercury morreu no dia 24 de Novembro de 1991 com a idade de 45 anos. Ele viveu uma vida relativamente curta, mas teve um profundo impacto na música e na cultura.

 

Por Dr. Ruwan M Jayatunge MD

Colombo Telegraph

 

Nota – Sir Ahmed Salman Rushdie, nascido em 19 de Junho de 1947 é um romancista e ensaísta britânico-americano nascido na Índia. Seu trabalho, combinando realismo mágico com ficção histórica, está principalmente preocupado com as muitas conexões, interrupções e migrações entre as civilizações oriental e ocidental, com grande parte de sua ficção sendo ambientada no subcontinente indiano.

Sir Ahmed Salman Rushdie

 

COOL CAT

(10ª música do 10° álbum)

Cool Cat é uma das primeiras canções que se trabalharam em Munique em junho de 1981.

– Fruto da colaboração entre John Deacon e Freddie Mercury, é um dos poucos temas compostos por duas pessoas em um álbum do Queen.

– Pela primeira vez, ambos músicos colaboram de maneira estreita, apesar dessa época não terem uma relação mais íntima, como reconheceria o baixista:

– Nós não nos víamos muito fora das sessões de trabalho. Cada um tinha seus próprios amigos. Por exemplo, eu não passaria nunca pela casa de Freddie, e ele não viria jamais à minha. Somos os opostos um do outro.

– Porém, a união faz a força, e desta colaboração artística surge a melhor joia do álbum Hot Space: um tema com uma sensualidade incrível, com estribilhos dotados de uma melodia incomparável.

– O destino de Cool Cat deveria ter sido similar ao de Under Pressure, já que a primeira versão gravada pelo grupo incluía coros interpretados por David Bowie.

– Poucos dias antes do seu lançamento, alguém adverte ao Duke de que esta é a versão que aparecerá no álbum. Porém o cantor, que não estava satisfeito com sua atuação, se opõe a ela. Brian recorda:

David unicamente havia feito algumas gravações de apoio. Isto fazia um pouco mais atraente a canção, porém ninguém pensou nisso com cuidado.

– Como resultado, a EMI teve que voltar a prensar o disco, sem Bowie, e adiar a publicação do álbum.

– Brian May diria ainda:

Somos pessoas realmente teimosas no Queen e muitas vezes tomamos nossa posição. O Sr. Bowie também. Na verdade, ele provavelmente é tão teimoso quanto nós quatro juntos.

– É possível escutar esta versão na internet para formar-se uma própria opinião.

– O título de trabalho da canção era Wooley Hat, porém foi mudada para Cool Cat quando Freddie escreveu a letra com John.

– A talentosa cantora e pianista Juliette Armanet, propõe em 2018, no bônus do seu álbum Petite Amie Live, uma versão de Cool Cat com sua própria letra em francês.

Mais uma vez, John Deacon atinge a marca com a quente e doce Cool Cat, em que a voz extremamente aguda de Freddie faz maravilhas.

 

Vídeo oficial de Cool Cat

 

Cool Cat com David Bowie

 

Cool Cat, com Juliette Armanet

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

The Miracle (música)

Data de lançamento: 27 de novembro de 1989

Melhor posição nas paradas: 21° lugar na parada britânica. Não foi lançado nos Estados Unidos.

Lado A: The Miracle

Lado B: Stone Cold Crazy – Live At The Rainbow Theatre 1974

– A letra da música The Miracle fala sobre um mundo melhor sem guerras, os milagres da natureza e as criações do homem. Cita Jimy Hendrix, os Jardins Suspensos da Babilônia e o explorador inglês James Cook.

– Brian recorda que nas sessões de gravação o grupo estava unido como nunca esteve e diz:

Eu lembro a alegria que tínhamos no estúdio: era um daqueles momentos que nos realmente trabalhamos juntos, todos nós quatro, nas ideias, sendo construídas, pintando o quadro, como de todos nós tivéssemos pincéis nas nossas mãos em cores diferentes.

– A banda foi criticada por apresentar uma música com uma mensagem ingênua. Sobre este episódio, Brian comenta:

Nos fomos colocados contra a parede na Inglaterra. Todos odiaram, por alguma razão. Não é legal ser idealista na Grã-Bretanha suponho, no momento e eles disseram ‘Como eles podem falar em paz’? Então é claro, aconteceu aquilo tudo na China (O massacre nos protestos da Praça da Paz Celestial, ocorrido em 4 de junho de 1989) e tudo mais. Parecia muito relevante para nós.

– O vídeo foi filmado nos Estúdios Elstree em Londres em 23 de novembro de 1989. Foi produzido pelos Torpedo Twins (Rudi Dolezal e Hannes Rossacher) que já haviam produzido os vídeos de One Vision e Friends will be Friends.

– O vídeo retrata a banda ao vivo, com 4 crianças caracterizadas como cada um dos integrantes e com roupas usadas em diferentes fases da banda ao longo da carreira. A habilidade das crianças em imitar os membros foi impressionante.

– Houve uma procura pelo país de crianças parecidas com os integrantes.
No vídeo, Freddie Mercury foi representado por Ross McCall (que em 2011 apareceu na série de tv do canal HBO Band of Brothers), Brian May por Paul Howard, John Deacon  por James Curie e Roger Taylor por Adam Gladdish.

Recentemente, Ross McCall participou de um jogo de perguntas e respostas no Reedit e falou sobre a sua participação no clipe.

Veja a matéria aqui

 

Letra da música:

Every drop of rain that falls in Sahara Desert says it all
It’s a miracle
All God’s creations great and small
The Golden Gate and the Taj Mahal
That’s a miracle
Test tube babies being born
Mothers,fathers dead and gone
It’s a miracle

We’re having a miracle on earth
Mother nature does it all for us
The wonders of this world go on
The hanging Gardens of Babylon
Captain Cook and Cain and Able
Jimi Hendrix to the Tower of Babel
It’s a miracle it’s a miracle it’s a miracle
It’s a miracle

The one thing we’re all waiting for is peace on earth – an end to war
It’s a miracle we need – the miracle
The miracle we’re all waiting for today

If every leaf on every tree could tell a story that would be a miracle
If every child on every street had clothes to wear and food to eat
That’s a miracle
If all God’s people could be free to live in perfect harmony
It’s a miracle

We’re having a miracle on earth
Mother nature does it all for us
Open hearts and surgery
(wonders of this world go on)
Sunday mornings with a cup of tea
Super powers always fighting
But Mona Lisa just keeps on smiling
It’s a miracle it’s a miracle it’s a miracle

(wonders of this world go on)
It’s a miracle it’s a miracle it’s a miracle
It’s a miracle

The one thing (the one thing) we’re all waiting for (we’re all waiting for)
Is peace on earth (peace on earth) and an end to war (an end to war)
It’s a miracle we need – the miracle
The miracle peace on earth and end to war today

That time will come one day you’ll see when we can all be friends
That time will come one day you’ll see when we can all be friends
That time will come one day you’ll see when we can all be friends
That time will come one day you’ll see when we can all be friends

 

Tradução

Cada gota de chuva que cai no deserto do Saara diz tudo
É um milagre
Todas as criações de Deus grandes e pequenas
A Golden Gate e o Taj Mahal
Isso é um milagre
Bebês de proveta nascendo
Mães, pais mortos e enterrados
É um milagre

Estamos tendo um milagre na terra
A mãe natureza faz tudo por nós
As maravilhas deste mundo continuam
Os Jardins Suspensos da Babilônia
Capitão Cook e Caim e Abel
Jimi Hendrix à Torre de Babel
É um milagre é um milagre é um milagre
É um milagre

A única coisa que todos esperamos é a paz na terra – o fim da guerra
É de um milagre que precisamos – o milagre
O milagre que todos esperamos hoje

Se cada folha de cada árvore pudesse contar uma história, isso seria um milagre
Se cada criança em cada rua tivesse roupas para vestir e comida para comer
isso é um milagre
Se todo o povo de Deus pudesse ser livre para viver em perfeita harmonia
É um milagre

Estamos tendo um milagre na terra
A mãe natureza faz tudo por nós
Corações abertos e cirurgia
(as maravilhas deste mundo continuam)
Manhãs de domingo com uma xícara de chá
Super poderes sempre lutando
Mas Mona Lisa continua sorrindo
é um milagre é um milagre é um milagre

(as maravilhas deste mundo continuam)
é um milagre é um milagre é um milagre
É um milagre

A única coisa (a única coisa) que todos esperamos (todos esperamos)
É a paz na terra (paz na terra) e o fim da guerra (o fim da guerra)
É de um milagre que precisamos – o milagre
O milagre da paz na terra e o fim da guerra hoje

Essa hora chegará um dia você verá quando todos poderemos ser amigos
Essa hora chegará um dia você verá quando todos poderemos ser amigos
Essa hora chegará um dia você verá quando todos poderemos ser amigos
Essa hora chegará um dia você verá quando todos poderemos ser amigos

 

Stone Cold Crazy – Live At The Rainbow Theatre 1974

Stone Cold Crazy foi lançada originalmente no álbum Sheer Heart Attack, de 1974.

Tem sido descrita como uma canção rápida, com riffs de guitarra que aceleram como uma locomotora fora de controle.

Sobre seu gênero musical, a revista britânica de música Q afirmou que é “thrash metal antes de que o termo tenha sido inventado”. 

https://youtu.be/T8Rfb1Jtmic

 

Fontes:

Queen: Complete Works: (edição revisada e atualizada) por Georg Purvis

Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc

www.queenvault.com

www.queenpedia.com

 

Thank God It’s Christmas    

Data de lançamento: 26 de novembro de 1984

Melhor posição nas paradas: 21° lugar na parada britânica e não chegou nas paradas americanas

Lado A: Thank God It’s Christmas (Brian May e Roger Taylor)

Lado B: Keep Passing The Open Windows (Freddie Mercury)

Man on the prowl (Freddie Mercury)

 

Em meados de 1984, Brian e Roger resolveram escrever uma canção de Natal e cada um propôs uma música, como ele mesmo explicou:

Roger e eu tivemos a ideia de uma canção de Natal em julho de 1984. Cada um de nós apareceu com uma fita demo e nos decidimos que a de Roger era a melhor

I Dream of Christmas, música de Brian, não foi a escolhida e terminou fazendo parte do álbum de Anita Dobson chamado Talking of Love.

A música de Roger tinha uma melodia mais apropriada para o Natal.

 

Thank God It’s Christmas não foi bem recebida e acabou completamente esquecida pelo sucesso Do They Know It’s Christmas do Band Aid (músicos liderados por Bob Geldolf para arrecadar fundos para a Etiópia).

O Queen não participou do projeto por ter tocado em Sun City, na África do Sul, em pleno apartheid.

A música foi produzida em julho de 1984, antes da turnê Works, com vocais de Freddie em overdub.

Sobre ter gravado a música no verão, Brian explicou:

Bem, a parte engraçada é que você tem que gravar músicas de Natal no verão (meio do ano), porque se você começar a fazer a música no Natal, claro que o Natal já terá acabado antes que você termine a música.

 

Produção

A bateria eletrônica  LinnDrum de Taylor lidera o ritmo com a voz perfeita de Mercury se encaixando perfeitamente.

As camadas de sintetizadores são muito mais fortes que as guitarras, conferindo a faixa um aspecto frio, mas que é compensado por uma adaptação ao período natalino, incluindo os sinos característicos de Natal.

 

Keep Passing The Open Windows

É uma composição de Freddie e foi inspirada no texto do romancista canadense John Irving chamado The Hotel New Hampshire.

A banda foi sondada para fazer a trilha sonora da adaptação do romance para o cinema, mas o projeto acabou não se concretizando.

No romance, uma das personagens repete o termo Keep passing the open windows (Continue passando pelas janelas abertas ) como um mantra.

Em uma entrevista, Irving disse o que a expressão significava que Você tem que continuar passando pelas janelas abertas, ou seja, não se mate, continue. É uma frase anti-suicida.

A música composta por Mercury é também uma música de esperança:

– You keep telling yourself it’s gonna be the end (Você fica dizendo a si mesmo que vai ser o fim)

– Get yourself together (Prepare-se)

– Things are looking better everyday. (As coisas estão melhorando a cada dia).

 

Man on the Prowl

Em mais uma incursão no estilo rockabilly, Man on The Prowl não obteve o mesmo sucesso que Crazy Little Thing Called love de 1980 devido a um forte sentimento de déjà vi.

A música foi percebida como o estilo eternizado pelos Stray Cats, muito comum na época, mas o próprio Queen já havia se utilizado do gênero muito antes da banda americana.

 

Fontes:

Queen: Complete Works: (edição revisada e atualizada) por Georg Purvis

Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc

www.queenvault.com


Man On The Prowl

Álbum The Works – 1984

Escrita por Freddie Mercury

Produção: Queen e Reinhold Mack

Músicos –

Freddie – vocal principal e backing vocals.

Brian – guitarra

John – baixo

Roger – bateria

Fred Mandel – piano no final

Duração: 3:28 min.

– Lançamento 26 de Novembro de 1984 – 38 anos hoje .

– Man On The Prowl faz parte do Álbum The Works, de 1984, como quarta faixa. Foi criada por Freddie, trabalhando com as gravadoras EMI, Capitol e Parlophone, no estilo Rockabilly.

– O solo de guitarra de Brian nesta música é tocado usando uma Fender Telecaster, a primeira guitarra elétrica produzida em massa do mundo, e que foi um sucesso comercial.

 

– Inicialmente, Man On The Prowl foi planejada para ser o quinto e último single do Álbum, com uma data de lançamento provisória de 19 de Novembro de 1984, mas a Banda optou pelo single de Natal – Thank God It’s Christmas -, no qual a música aparece como lado B, mas o lançamento aconteceu no dia 26 de novembro de 1984.

 

– Depois de Crazy Little Thing Called Love, temos aqui o mesmo estilo de Elvis Presley!

– Muito Rock ‘N’ Roll dos anos 50. A linha de baixo reflete isso de forma excelente.

– Essa canção é outra que você poderia facilmente imaginar Elvis cantando.

– Freddie era um grande fã de Elvis e cantou muitas de suas músicas com sua Banda – The Hectics – aos doze anos de idade, durante seus anos de escola, na Índia.

Man On The Prowl – Video de Lepa26

Letra

Man On The Prowl

Oh yeah

I’m gonna take a little walk on the wild side

I’m gonna loosen up and get me some gas

I’m gonna get me some action

Go crazy, driving in the fast lane

My baby left me alone

She done me dirty and I’m feeling so lonely

So come home, come home

If you don’t you’re gonna break my heart

Man on the prowl

You better watch out

I’m on the loose and I’m looking for trouble

So look out (yeah yeah) – look out (yeah yeah)

I’m a man on the prowl

I don’t wanna be a rock ‘n’ roll steady

I just wanna be low down trash

I wanna go to the movies

All I wanna do is sit on my ass – ooh

So honey come home (come home come home)

Don’t leave me when I’m feeling so lonely

Come home (yeah yeah) – come home (yeah yeah)

If you don’t you’re gonna break my heart

Man on the prowl

You better watch out

I’m on the loose and I’m looking for trouble

So look out (yeah yeah) – look out (yeah yeah)

‘Cause I’m a man on the prowl

Well I keep dreaming about my baby

But it ain’t gonna get me nowhere

(Bap bap) hey

I gonna teach my baby dancin’

(Bap bap)

But I ain’t no Fred Astaire

So baby look out – I’m a man on the prowl

Look out – man on the prowl – yeah

Yeah – baby, baby, baby look out, yeah – man on the prowl

Baby come home

I’m on the loose and I’m looking for trouble

Baby come home – oh yeah

‘Cause I’m a man on the prowl

So honey come home – come home

‘Cause I’m a man on the prowl – yeah

Man on the prowl – yeah

Hey, stay with it

Loosen up

Wooh yep ha wooh ha

Yeah

 

Tradução

 

Homem À Espreita

Eu vou dar uma voltinha no lado selvagem

Vou me soltar me e tomar algum gás

Eu vou me arrumar alguma ação

Enlouquecer, dirigindo na pista rápida

Meu amor me deixou sozinho

Ela fez-me sujo e eu estou me sentindo tão sozinho

Então venha para casa, venha para casa

Se você não vir você vai quebrar meu coração

Homem à espreita

É melhor tomar cuidado

Eu estou à solta e eu estou à procura de problemas

Então, tenha cuidado, tenha cuidado

Eu sou um homem à espreita

Eu não quero ser um rock ‘n’ roll constante

Eu só quero estar para baixo como lixo

Eu quero ir ao cinema

Tudo que eu quero fazer é sentar na minha bunda

Então, querida, venha para casa

Não me deixe quando eu estou me sentindo tão sozinho

Venha para casa, venha para casa

Se você não vir você vai quebrar meu coração

Homem à espreita

É melhor tomar cuidado

Eu estou à solta e eu estou à procura de problemas

Então, tenha cuidado, tenha cuidado

Eu sou um homem à espreita

Bem eu continuo sonhando com o meu amor

Mas isso não vai me levar em nenhum lugar

Quero ensinar meu amor dançando

Mas eu não sou nenhum Fred Astaire

Então, amor, tenha cuidado, eu sou um homem à espreita

Tenha cuidado, o homem à espreita, sim

Amor, amor, amor, tenha cuidado, homem à espreita

Amor, venha para casa

Eu estou à solta e eu estou à procura de problemas

Amor, venha para casa, oh, sim

Porque eu sou um homem à espreita

Então, querida venha para casa, venha para casa

Porque eu sou um homem à espreita, sim

Homem à espreita

Fonte – Queenpedia

 

A bem recebida série de 50 partes do Queen, Queen The Great, que atraiu impressionantes 15,6 milhões de visualizações, retorna com dois episódios especiais de The Miracle.

Continuando a celebração do lançamento da edição de colecionador do álbum de sucesso do Queen de 1989, The Miracle, este segundo especial Queen The Greatest apresenta fascinantes entrevistas de arquivo com Roger Taylor, Brian May e John Deacon, revelando como este álbum diferia de seus anteriores.

 

Fonte: www.queenonline.com

LAS PALABRAS DE AMOR (THE WORDS OF LOVE)

(9ª música do 10° álbum)

 

– Assim como havia feito em 1976 para o público japonês com a esplêndida Teo Torriatte (Let Us Cling Together), Brian May escreve esta balada em homenagem a todos os seus fãs sul-americanos, que lhes deram as boas-vindas durante o primeiro tour do Queen na Argentina e Brasil em 1981, onde a acolhida resultou excepcional:

Eles sabiam todas as músicas de cor – lembra o guitarrista -. Essas pessoas não falavam inglês e, no entanto, foram capazes de cantar todas as músicas do Queen em coro. Eles eram verdadeiros fãs, completamente dedicados.

– Las Palabras de Amor (The Words of Love) é uma autêntica canção do Queen, com uma melodia atraente cantada em espanhol e com alguns coros harmonizados nos estribilhos.

 

– Brian diria:

Não creio que minhas letras tenham mudado, como ocorreu com os outros membros do grupo. Eu prefiro ter uma tendência a escrever tópicos como os que o Queen compunha no passado […]. Gosto das melodias próximas ao rock, que é o que o grupo sabe fazer melhor.

 

– Para promover a canção, o grupo utiliza sua atuação no Top Of The Pops, emitida em 17 de junho de 1982 (a primeira em cinco anos), já que não filmam nenhum vídeo.

– Descobrimos um Freddie longe da sua exuberância habitual, vestido com um elegante smoking, com uma gravata borboleta no pescoço, cantando o tema com um ar solene, em total oposição com o universo que desejava desenvolver originalmente no álbum Hot Space.

 

Os membros do Queen antes de um dos concertos no estádio José-Amalfitani de Buenos Aires, em 1981.

 

Vídeo Las Palabras de Amor (The Words of Love), no programa Top Of The Pops, 1982

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Imagine a cena.

Freddie Mercury está na Alemanha, gravando o que seria o álbum The Game. Um dia, durante o banho em seu quarto no hotel Hilton, em Munique, aparece a inspiração e Freddie tem a ideia para uma música nova! Sai do banho enrolado na toalha, pega o violão e, em menos de 10 minutos, coloca no papel sua nova composição.

No dia seguinte, de volta ao estúdio, e depois de elaborar melhor a música, Freddie diz aos demais membros da banda:

– Ontem compus uma música nova no violão, estilo Elvis.

E Brian, John e Roger, em uníssono, reagem:

– No violão?????

E começam a rir.

Freddie, com cara de deboche, diz:

– Tá, vai sacaneando. Querem ouvir a música ou não?

Os demais, então, dão uma trégua e concordam:

– Claro! Toca aí.

Freddie, então, pega o violão e diz:

– Essa guitarra boba nunca toca os acordes que eu quero que ela toque. Mas são só três acordes. Vamos ver o que acontece.

E começa a tocar…

Brian, Roger e John, então, batem palmas e dizem:

– Excelente! Tem que entrar no disco!

E assim, mais um clássico foi criado por esse gênio Freddie Mercury!

Nota explicativa: mais uma vez, faço um post em homenagem ao único Freddie Mercury, hoje, quando se completam 31 anos de sua partida. A história é baseada em fatos reais. Mas, os diálogos, claro, foram criados por mim. O áudio foi editado por mim, a partir das faixas originais da música lançada, tudo feito pelo Freddie, da forma mais próxima possível do que seria ele realmente apresentando a música sozinho para os demais membros da banda.

Espero que gostem e celebrem a genialidade de Freddie!

Fonte: Piano Branco | Um blog sobre música e sentimento. (wordpress.com)

Kiko Imamura é baterista, fã do Queen e autor do blog sobre música Piano Branco.

️Estava escrito nas estrelas que o século passado nos traria uma estrela …

Sua fama o precedeu … Por sua popularidade, ele sempre esteve no centro das atenções. Sempre aclamado pela multidão, criticado pelos jornais e perseguido pelos paparazzi até o fim.

️Quando ele estava no palco, brilhava como uma estrela, exuberante, flagrante, camaleônico.

As suas atuações foram espetaculares, quer pela sua voz, quer pelo seu carisma e sim, até a sua simpatia fez a sua parte, e conseguiu enviar ao público de cada país um sorriso, e por isso também o adoravam … Porque o público era o mais importante para Freddie do que o próprio Freddie Mercury.

 

️É fácil subir no palco, cantar por 2 horas e chegar em casa dizendo que estava tudo bem. Para Freddie não era assim, ele tinha que entreter seu público, fazer com que participassem do show em si, dirigi-los como um mestre de orquestra faz enquanto todos cantam juntos, em um único coro – Love Of My Life, We Will Rock You ou Radio Ga Ga, para citar alguns.

À esse respeito, as declarações de Freddie –

Minha responsabilidade com o público é fazer um show de qualidade e garantir que o Queen ofereça grande entretenimento, caso contrário não será um show de sucesso, só isso.

Todos os públicos, durante suas apresentações, fossem parques, estádios ou arenas, foram cativados por seu dinamismo perturbador.

Concerto Hyde Park, 1976

Terminava os concertos exausto, mas satisfeito porque pela enésima vez os guardou na palma da mão.

Eu amo que as pessoas saíam de nossos shows se sentindo completamente satisfeitas depois de se divertirem. Eu sei que é um clichê dizer ‘ Oh, você realmente os teve ‘, mas eu sinto que quanto mais cedo eu fizer isso, melhor, porque eu quero estar no controle. Naquele ponto eu sei que tudo ficará bem e eu não estaria nesta indústria se não gostasse …

️Todos nós conhecemos o Queen (especialmente Freddie) … não gostamos e não concordamos com a imprensa. O frontman foi ultrajante, mas de forma cenográfico; afinal ele nunca machucou ninguém e era a sua vida. No dia à dia era uma pessoa reservada, não gostava de falar de si, nem dava entrevistas ao primeiro jornalista que o abordava …

Durante os últimos meses de sua vida, a imprensa não deu uma folga para Freddie, jornalistas e paparazzi estavam estacionados do lado de fora do Garden Lodge para tirar uma foto dele. A notícia sobre uma doença grave que atingiu o líder do Queen se espalhou como um incêndio, rumores também confirmados pela aparência emaciada de Freddie nas raras ocasiões em que aparecia em público.

 

️Grande parte da imprensa, após sua morte dedicou longos artigos à ele e prestou homenagem ao seu talento. Mesmo assim, mesmo nessa ocasião, os tabloides o apedrejavam …

               

Eles tentaram manchar seu nome com artigos e histórias vulgares sobre seu estilo de vida, mas duraram pouco, porque nem os leitores, nem os fãs ouviram todo aquele absurdo.

️Por outro lado, aqueles que ele considerava amigos cuidavam de exibir sua vida privada … Disseram tudo e mais, escreveram páginas de livros enriquecendo-se com o seu nome, tudo pela ganância do dinheiro …

Concluo com esta frase de Freddie divulgada em uma entrevista –

Não penso em nada sobre o que vai acontecer quando eu estiver morto … Eu simplesmente não penso sobre isso … isso diz respeito à eles. Quando eu morrer, quem vai se importar ? Certamente, eu não … 

 

Por Laura Menin -14 de Julho de 2021