RADIO  GA  GA

(1ª música do 11º álbum)

– Roger Taylor compõe uma homenagem a este objeto emblemático do pós-guerra, em torno do qual as famílias se reuniam: o rádio.

– Com estas palavras cheias de melancolia, o baterista, que sua cultura musical lhe deve, o elogia pelos momentos de fuga e sonho que ele lhe oferece:

I’d sit alone and watch your light/My only friend through teenage nights

(Eu me sentava sozinho e observava tua luz/Meu único amigo em minhas noites de adolescente)

– Para além da simples nostalgia – já que o gosto de Roger pela modernidade e pelas últimas tendências é bem conhecido – o que emana de Radio Ga Ga é o mal-estar de ver desaparecer este precioso aliado em benefício da televisão e, sobretudo, do próspero canal de música MTV, que faz e desfaz a carreira dos artistas.

A canção é uma mistura de várias ideias – explicaria o baterista em 1984 -. Fala do importante papel que teve o rádio desde um ponto de vista histórico, anterior à televisão, e o lugar que ocupava na minha vida durante a infância. Graças a ele descobri o rock’n’roll. Emitiam muito Doris Day, porém várias vezes durante o dia escutava também um disco de Bill Haley ou alguma canção de Elvis Presley. Na minha opinião, hoje em dia, no rock’n’roll, devido ao vídeo, a imagem se converteu em mais importante que a música por si mesma. Cada vez adquire mais importância. O que quero dizer é que a música deveria considerar-se uma experiência mais para o ouvido do que para os olhos.

– O enigmático título da canção de Roger foi inspirado por seu filho Felix. A mãe do menino, Dominique Beyrand, a quem Taylor conheceu durante o concerto em Hyde Park em setembro de 1976 (ela era a assistente pessoal do empresário Richard Branson, quem ajudou o Queen a conseguir as autorizações necessárias para o concerto), era francesa, e o pequeno Felix Taylor, que então tinha três anos, falava habitualmente a língua da mãe.

– Roger relata a cena:

Um domingo à tarde, meu filho Felix veio até mim murmurando ‘radio caca’ (a metade em francês). Disse à mim mesmo que soava muito bem!

– O baterista se encerra com todo o tipo de sintetizadores durante três dias no estúdio e propõe sua demo a Freddie, a quem de imediato a canção convence, cujo título de trabalho ainda é Radio caca.

– Uma vez trabalhada e gravada, continuam a ser adicionadas as linhas vocais. A letra se modifica então em Radio Ga Ga nos estribilhos.

– Mas apenas parcialmente… porque ao aguçar o ouvido, se escuta outra coisa, como confirmaria Brian May em 2017:

All we hear is Radio Ca Ca!’” (Tudo o que ouvimos é Radio Ca Ca!) é na verdade o que cantamos no disco!.

– Paradoxalmente jogando o jogo da MTV e videoclipes com grandes orçamentos, o grupo acompanha sua música com um vídeo dirigido por David Mallet, o cineasta que imortalizou a corrida de modelos nuas em bicicletas para o videoclipe de Bicycle Race em setembro de 1978.

– O videoclipe é filmado em dois dias no Shepperton Studios de Londres.

– No primeiro dia, gravam a banda a bordo de um veículo futurista: Roger Taylor está com as duas mãos no joystick [controle de video game], Freddie está a seu lado, John e Brian são os passageiros ligeiramente perdidos no assento traseiro (haviam escondido uma garrafa de vodka no veículo para incutir veracidade aos atores amadores).

– Estas imagens se misturam com numerosos extratos do filme Metropolis de Fritz Lang, cujo universo inspira o set da próxima turnê The Works Tour.

– No segundo dia é filmada a cena mais lendária do videoclipe:

Seria um momento inesquecível para todas as pessoas presentes nesse dia, declararia Brian May.

– Convidam ao estúdio quinhentos membros do fã clube oficial da banda, totalmente vestidos de branco, para aclamar os quatro músicos.

– Os críticos de rock britânicos – que detestam o Queen desde o início e para quem a medida não parece ser a palavra-chave – não hesitam em comparar a cena com um congresso do partido nazista em 1936.

– Para Freddie Mercury, as pessoas agrupadas ao redor da banda se assemelha à uma celebração olímpica, uma imagem muito mais lisonjeira.

– Desses dois dias sairia um vídeo emblemático da década de 1980, no qual se executa uma coreografia simples, com ambos os braços no ar, e que conclui com duas palmas, um sinal de adesão a Freddie e seus amigos.

– A imagem de todos os espectadores batendo palmas com as mãos durante o Live Aid em julho de 1985, além de provocar uma emoção imediata, fixaria para sempre a imagem do Queen no inconsciente coletivo.

– Quando aos vinte anos a jovem Stefani Joanne Angelina Germanotta começa sua carreira como cantora, seu noivo, o produtor Rob Fusari, não deixa de chama-la de Gaga, porque o timbre da sua voz recorda a canção do Queen. Nada mais foi necessário para a jovem adicionar o título de Lady ao seu nome artístico, e assim nasceu Lady Gaga.

Freddie no centro do set para o videoclipe de Radio Ga Ga, inspirado no filme Metropolis, de Fritz Lang, e dirigido por David Mallet.

 

Vídeo oficial de Radio Ga Ga

 

 

Radio Ga Ga, no Live Aid

 

Metropolis (1927) – filme completo

https://youtu.be/Sx-vMdGqL3A

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Sim, o Queen raramente falava de suas inspirações para as suas músicas

A música tem a ver com uma série de experiências pessoais dos últimos anos. Prefiro não falar sobre o que em detalhes, porque não gosto de explicar músicas. As pessoas deveriam descobrir por si mesmas, eu acho ! 

– John, em 1978, sobre Spread Your Wings.

 

 Nós não fazíamos muitas perguntas sobre o significado das músicas. 

– Brian.

Meu processo de composição não envolve muito planejamento. Eu não acordo de manhã e penso – ‘ vou escrever uma música pro Queen hoje’ , ou ‘ vou escrever uma música para o novo Álbum solo ‘.

Eu não costumo pensar sobre onde uma música vai acabar. 

– Roger.

 

 Se você vê, então está lá, querida !

– Freddie

Alegorias, analogias, citações eruditas, símbolos, fantasia, metáforas …

– As canções do Queen, aparentemente simples, revelam uma certa complexidade. Basta pensar no texto de Bohemian Rhapsody, que também tem referências místicas, e 39 que fala sobre viagens interestelares e remete às teorias de Einstein.

– Por outro lado, os 4 magníficos também eram graduados e muito inteligentes. Muitas vezes a imprensa pedia explicações sobre seus textos enigmáticos, mas eles diziam o mínimo e davam de ombros.

– Ainda hoje, os jornalistas tentam roubar de Brian e Roger os segredos por trás de suas músicas.

– Mas, como eram todos compositores e se conheciam bem, pergunta-se – conversavam sobre isso entre si ?

Estávamos muito, muito próximos “, revela Brian em uma entrevista, ” mas haviam tópicos que não abordávamos … Uma coisa sobre a qual geralmente não conversávamos é o significado das músicas.

Nós nunca dissemos – ‘ eu escrevi essa música sobre isso ou aquilo ‘. Mas sim – ‘ aqui está a música, aqui estão as palavras, aqui está a melodia. Ouçam e vamos tentar fazer ‘.

Nós não nos perguntávamos – ‘o que é isso ? O que estamos tentando dizer aqui ?’

Era tudo escondido, não dito … Era como se a arte ficasse por conta própria e não quisesse ser discutida – ela só queria ser feita.

Tínhamos pincéis na mão, estávamos pintando a tela …”

 

Fontes –

Revista Classic Rock, em 27/11/21.

Queen Universe

Foto da Internet.

Assista: Vídeo Scandal remasterizado em HD

They’ll see the heartache, they’ll see our love break…

(Eles vão ver a mágoa, eles vão ver o nosso amor quebrar…)

O vídeo foi remasterizado em HD a partir dos masters originais de fita de vídeo de 1 polegada por Oli Maingay em Vanderquest, Reino Unido.

Veja o vídeo

Fonte: www.queenonline.com

– A Festa de Aniversário Oficial Freddie Mercury 2023

A festa de 2023, o 77º aniversário de Freddie, acontecerá em ajuda ao The Mercury Phoenix Trust no sábado, 2 de setembro, no Casino Barriere, em Montreux.

Será celebrado os 50 anos e as bodas de ouro do álbum de estreia autointitulado do Queen de 1973.

O tema de cores para a festa e convidados será roxo, rosa escuro e dourado.

Ingressos, camisetas e cartazes estarão disponíveis para compra no ano novo. Mais informações do partido também serão anunciadas neste momento.

www.mercuryphoenixtrust.com

 

Em torno da estátua de Freddie Mercury e sob o mercado coberto, a associação Montreux Celebration organizará eventos de 31 de agosto a 3 de setembro de 2023.

O programa será anunciado em 2023, e todas as informações estarão aqui: www.montreuxcelebration.com

Equipe MPT e Montreux Celebration

 

Fonte: www.queenonline.com

Olá amigos do Queen Net,

Na última segunda feira, tive a felicidade de receber o meu exemplar do Box The Miracle Edição de Colecionador.

Para dividir a minha alegria com vocês, fiz três pequenos vídeos mostrando detalhes da minha aquisição.

O Box é de altíssima qualidade. Muito bem elaborado e feito com material de primeira.

Então vamos deixar de conversa, porque vocês devem estar ansiosos para ver o vídeo.

Espero que gostem!

 

UNDER PRESSURE

(11ª música do 10° álbum)

 

– Quando, durante o verão de 1981, os músicos do Queen retornam ao Mountain Studios de Montreux (que então pertence a eles), recebem a visita do seu compatriota e amigo David Bowie, disposto a gravar o tema Cat People (Putting Out Fire), composto pelo produtor do momento Giorgio Moroder.

– Então improvisam uma jam-session con o Duke antes de celebrar o encontro com um jantar.

Passamos um bom momento improvisando com as músicas que todos conhecíamos – recorda Brian May -. Porém rapidamente decidimos que seria divertido criar algo novo. Todos nós pesamos as ideias, e minha contribuição foi um ótimo riff em re, que eu tinha em mente há muito tempo. Porém o que mais nos emocionou foi um riff interpretado pelo Deaky […]. Algo assim como Ding-Dind-Ding-Diddle-Ing-Ding. Porém depois do jantar, o baixista foi incapaz de recordar o riff.

 

Tinha saído completamente da mente – recorda Roger Taylor divertido no documentário ‘Days Of Our Lives’ -. […] Porém, eu o recordei.

– A banda e Bowie se dedicaram a tocar em torno deste riff de baixo, e a sessão, que se estenderia ao longo das seguintes vinte e quatro horas, daria lugar a Under Pressure, cujo título de trabalho era People On Streets.

– O instrumento utilizado por John na introdução mundialmente conhecida de Under Pressure é uma Fender Precision Special 1981. Este baixo propõe uma novidade com relação aos modelos anteriores: está equipado com três potenciômetros (volume, baixo e agudo), enquanto que as Precision tradicionais contam com somente dois botões (volume e tonalidade).

– John pôde, então, cruzar as frequências sonoras de seu instrumento até encontrar o som ideal mais adequado para a introdução do tema.

– Brian contribui com alguns arpejos de guitarra para a partitura de John, que ele dobraria na pós-produção.

– Ele lembra:

David era categórico sobre o fato de que devia ser interpretado com doze cordas!.

– Ao ser perguntado sobre a versão de Under Pressure do rapper Vanilla Ice no seu sucesso Ice Ice Baby em 1989, Roger Taylor declara, de um modo um pouco astuto:

Ele não a escreveu, nos roubou de um dos nossos álbuns […]. Não gosto da sua canção. É um rapper branco da Flórida. Genial…! Com um corte de cabelo bastante divertido!.

O duo Mercury-Bowie nunca interpretou Under Pressure no palco. Na imagem, o Thin White Duke, David Bowie, junto a Brian, John e Roger no The Freddie Mercury Tribute Concert, em abril de 1992.

 

Vídeo oficial de Under Pressure

 

David Bowie e Annie Lennox cantam Under Pressure no The Freddie Mercury Tribute Concert

 

Ice Ice Baby, com Vanilla Ice

 

David Bowie e sua baixista Gail Ann Dorsey interpretam Under Pressure:

https://youtu.be/0liLtMtzs-k

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

O documentário Freddie Mercury: The Final Act ganhou o Prêmio Rose d’Or.

Poucos dias depois de vencer o Emmy Internacional de Programação Artística, Freddie Mercury: The Final Act conquistou mais um prêmio, desta vez o prêmio Rose d’Or de Melhor Documentário Artístico.

Muitos parabéns à Rogan Productions, BBC2 e Simon Lupton.

Sobre o Rose d’Or

O prestigiado Rose d’Or Awards define o padrão ouro para excelência e realização na produção de programas internacionais de TV e áudio.

O Rose d’Or começou em 1961, quando foi criado pela Swiss Television na cidade de Montreux, à beira do lago, e tem sido um evento emblemático para a União Europeia de Radiodifusão e a indústria internacional de TV desde então.

Freddie Mercury: The Final Act está disponível no Brasil na plataforma de streaming Star+.

 

Fontes: www.queenonline.com e www.rosedor.com

Freddie Mercury – O Dostoiévski do Rock

Quando eu estiver morto, quero ser lembrado como um músico de algum valor e substância. Freddie Mercury

– Quando Freddie emergiu na indústria do Rock, ela não era multicultural e os gigantes da mídia anglo-americana a controlavam predominantemente. No início dos anos 60 e 70, a indústria do Rock era altamente exclusiva.

– Freddie foi o primeiro grande astro do Rock de origem asiática. Independentemente de sua origem, ele conquistou o mundo da música e se tornou o melhor dos melhores. Sua habilidade vocal e performances extravagantes eram incompreensíveis. Freddie será lembrado como um vocalista talentoso de qualquer geração.

– As canções de Freddie transmitiram mensagens filosóficas e psicológicas profundas. Ele cantou sobre sua solidão interior e às vezes sua individualidade dual e as divergências emocionais.

– Ele pensou que sua origem indiana o impediria de se tornar uma grande estrela e ele mudou seu nome verdadeiro Farrokh Bulsara para um pseudônimo impactante.

– Como Salman Rushdie (nota abaixo) afirmou uma vez, Freddie Mercury deliberadamente escondeu sua identidade e se tornou um homem de lugar nenhum.

– Ele lutou uma vida inteira para estabelecer sua identidade. Tinha um elenco de milhares e um homem com mil faces. Descrevendo-se em uma entrevista, Freddie declarou –

 No fundo, sou uma pessoa muito emocional, uma pessoa de extremos reais, e muitas vezes isso é destrutivo para mim e para os outros.

– Para superar sua autoimagem negativa com sua sobremordida, Freddie se apresentou como um príncipe ou rei, às vezes usando uma coroa no palco. Seu vício em sexo poderia ter uma ligação com essa autoimagem negativa.

– Suas canções carregavam significados alusivos à sua própria vida controversa. Freddie era seguidor de uma religião chamada Zoroastrismo, uma das religiões mais antigas e exclusivas do mundo, fundada pelo profeta Zoroastro em 600 a.C. Suas canções tocaram o misticismo da religião com a magia e alguns termos teológicos do Zoroastrismo.

– Elas tinham os mais diversos tipos de letras e eram uma mistura de músicas, ideias e filosofias de René Descartes, Jean-Jacques Rousseau, Goethe, Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre, Albert Camus, Wolfgang Amadeus Mozart, Little Richard e Jimi Hendrix. A maioria de suas canções foi inspirada em magia e fantasia. Mas ele falou de filosofia profunda por meio de sua música.

– Na música – My Fairy King – Freddie vem com uma prosa clássica e poesia que narra uma terra de fantasia. Embora a situação imaginada não corresponda com a realidade, expressa o desejo e os objetivos dele de se desligar do realismo.

– Em 1984, ele fez seu videoclipe I Want to Break Free, que foi um clamor e uma catarse emocional. Neste vídeo, Freddie se veste de mulher, mas mantém seu bigode, que simboliza sua situação de identidade, isolamento e ostracismo, apesar da preservação da masculinidade.

Ele sempre manteve uma mística sobre sua imagem.

Quando estou me apresentando, sou extrovertido, mas por dentro sou um homem completamente diferente.

– A emoção de Freddie Mercury pode ser notificada no hit The Show Must Go On, onde ele relata seus sentimentos íntimos.

Minha alma é pintada como as asas de borboletas ..

Os contos de fadas de ontem crescerão, mas nunca morrerão ..

Eu posso voar, meus amigos !

– Sua dupla personalidade foi capturada na música Great Pretender. Esta é uma forma de explicação de Carl Jung (psiquiatra e psicanalista) da persona – As Relações entre o Ego e o Inconsciente – de 1928. Jung descreve a persona como um sistema complicado de relações entre a consciência individual e a sociedade, apropriadamente uma espécie de máscara, projetada por um lado para causar uma impressão definitiva sobre os outros e, por outro, para ocultar a verdadeira natureza do indivíduo. Freddie Mercury resumiu as palavras junguianas assim.

Oh sim, eu sou o grande fingidor ..

Apenas rindo e alegre como um palhaço ..

Eu pareço ser o que eu não sou, você vê ..

Estou usando meu coração como uma coroa ..

Fingir que você ainda está por aí … 

 

– A música incomparável de Freddie – Living On My Own – dá uma imagem de um desesperado se opondo à sociedade. Freddie sempre se tornou um personagem controverso que agia de acordo com suas fantasias e instintos. Além disso, ele desafiou abertamente a hipocrisia da sociedade.

– Ele foi o Oscar Wilde dos dias modernos, que enfrentou duras críticas nos tabloides. Ele descreveu sua paixão e dor emocional em letras graciosas. Sua música Living On My Own é um testemunho vivo da pontada emocional de Freddie.

 Às vezes eu sinto que vou desabar e chorar ..

Nenhum lugar para ir nada a ver com meu tempo ..

Eu fico sozinho tão sozinho vivendo sozinho ..

Às vezes sinto que estou sempre andando rápido demais ..

E tudo está caindo em mim, caindo em mim ..

Eu fico louco oh tão louco vivendo sozinho … 

– Freddie Mercury e o Queen foram revolucionários. Em 1984, eles se apresentaram na África do Sul, ignorando o boicote cultural das Nações Unidas. Embora tenham sido amplamente criticados, eles podem ter contribuído com algo positivo para que o sistema de apartheid sul-africano mudasse.

– Da mesma forma, em 1986, eles se apresentaram em Budapeste. Foi o período em que o bloco comunista estava prestes à se desintegrar e os europeus orientais estavam abraçando o tipo ocidental de democracia.

– Freddie Mercury pode ser considerado o Fyodor Dostoiévski da Música Rock, que pintou o Rock com filosofia, fantasia e psicologia. Ele cantou sobre a psique humana interior e a liberdade humana.

     Fyodor Dostoiévski

– O talentoso artista, talentoso músico e lendário showman Freddie Mercury morreu no dia 24 de Novembro de 1991 com a idade de 45 anos. Ele viveu uma vida relativamente curta, mas teve um profundo impacto na música e na cultura.

 

Por Dr. Ruwan M Jayatunge MD

Colombo Telegraph

 

Nota – Sir Ahmed Salman Rushdie, nascido em 19 de Junho de 1947 é um romancista e ensaísta britânico-americano nascido na Índia. Seu trabalho, combinando realismo mágico com ficção histórica, está principalmente preocupado com as muitas conexões, interrupções e migrações entre as civilizações oriental e ocidental, com grande parte de sua ficção sendo ambientada no subcontinente indiano.

Sir Ahmed Salman Rushdie

 

COOL CAT

(10ª música do 10° álbum)

Cool Cat é uma das primeiras canções que se trabalharam em Munique em junho de 1981.

– Fruto da colaboração entre John Deacon e Freddie Mercury, é um dos poucos temas compostos por duas pessoas em um álbum do Queen.

– Pela primeira vez, ambos músicos colaboram de maneira estreita, apesar dessa época não terem uma relação mais íntima, como reconheceria o baixista:

– Nós não nos víamos muito fora das sessões de trabalho. Cada um tinha seus próprios amigos. Por exemplo, eu não passaria nunca pela casa de Freddie, e ele não viria jamais à minha. Somos os opostos um do outro.

– Porém, a união faz a força, e desta colaboração artística surge a melhor joia do álbum Hot Space: um tema com uma sensualidade incrível, com estribilhos dotados de uma melodia incomparável.

– O destino de Cool Cat deveria ter sido similar ao de Under Pressure, já que a primeira versão gravada pelo grupo incluía coros interpretados por David Bowie.

– Poucos dias antes do seu lançamento, alguém adverte ao Duke de que esta é a versão que aparecerá no álbum. Porém o cantor, que não estava satisfeito com sua atuação, se opõe a ela. Brian recorda:

David unicamente havia feito algumas gravações de apoio. Isto fazia um pouco mais atraente a canção, porém ninguém pensou nisso com cuidado.

– Como resultado, a EMI teve que voltar a prensar o disco, sem Bowie, e adiar a publicação do álbum.

– Brian May diria ainda:

Somos pessoas realmente teimosas no Queen e muitas vezes tomamos nossa posição. O Sr. Bowie também. Na verdade, ele provavelmente é tão teimoso quanto nós quatro juntos.

– É possível escutar esta versão na internet para formar-se uma própria opinião.

– O título de trabalho da canção era Wooley Hat, porém foi mudada para Cool Cat quando Freddie escreveu a letra com John.

– A talentosa cantora e pianista Juliette Armanet, propõe em 2018, no bônus do seu álbum Petite Amie Live, uma versão de Cool Cat com sua própria letra em francês.

Mais uma vez, John Deacon atinge a marca com a quente e doce Cool Cat, em que a voz extremamente aguda de Freddie faz maravilhas.

 

Vídeo oficial de Cool Cat

 

Cool Cat com David Bowie

 

Cool Cat, com Juliette Armanet

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

The Miracle (música)

Data de lançamento: 27 de novembro de 1989

Melhor posição nas paradas: 21° lugar na parada britânica. Não foi lançado nos Estados Unidos.

Lado A: The Miracle

Lado B: Stone Cold Crazy – Live At The Rainbow Theatre 1974

– A letra da música The Miracle fala sobre um mundo melhor sem guerras, os milagres da natureza e as criações do homem. Cita Jimy Hendrix, os Jardins Suspensos da Babilônia e o explorador inglês James Cook.

– Brian recorda que nas sessões de gravação o grupo estava unido como nunca esteve e diz:

Eu lembro a alegria que tínhamos no estúdio: era um daqueles momentos que nos realmente trabalhamos juntos, todos nós quatro, nas ideias, sendo construídas, pintando o quadro, como de todos nós tivéssemos pincéis nas nossas mãos em cores diferentes.

– A banda foi criticada por apresentar uma música com uma mensagem ingênua. Sobre este episódio, Brian comenta:

Nos fomos colocados contra a parede na Inglaterra. Todos odiaram, por alguma razão. Não é legal ser idealista na Grã-Bretanha suponho, no momento e eles disseram ‘Como eles podem falar em paz’? Então é claro, aconteceu aquilo tudo na China (O massacre nos protestos da Praça da Paz Celestial, ocorrido em 4 de junho de 1989) e tudo mais. Parecia muito relevante para nós.

– O vídeo foi filmado nos Estúdios Elstree em Londres em 23 de novembro de 1989. Foi produzido pelos Torpedo Twins (Rudi Dolezal e Hannes Rossacher) que já haviam produzido os vídeos de One Vision e Friends will be Friends.

– O vídeo retrata a banda ao vivo, com 4 crianças caracterizadas como cada um dos integrantes e com roupas usadas em diferentes fases da banda ao longo da carreira. A habilidade das crianças em imitar os membros foi impressionante.

– Houve uma procura pelo país de crianças parecidas com os integrantes.
No vídeo, Freddie Mercury foi representado por Ross McCall (que em 2011 apareceu na série de tv do canal HBO Band of Brothers), Brian May por Paul Howard, John Deacon  por James Curie e Roger Taylor por Adam Gladdish.

Recentemente, Ross McCall participou de um jogo de perguntas e respostas no Reedit e falou sobre a sua participação no clipe.

Veja a matéria aqui

 

Letra da música:

Every drop of rain that falls in Sahara Desert says it all
It’s a miracle
All God’s creations great and small
The Golden Gate and the Taj Mahal
That’s a miracle
Test tube babies being born
Mothers,fathers dead and gone
It’s a miracle

We’re having a miracle on earth
Mother nature does it all for us
The wonders of this world go on
The hanging Gardens of Babylon
Captain Cook and Cain and Able
Jimi Hendrix to the Tower of Babel
It’s a miracle it’s a miracle it’s a miracle
It’s a miracle

The one thing we’re all waiting for is peace on earth – an end to war
It’s a miracle we need – the miracle
The miracle we’re all waiting for today

If every leaf on every tree could tell a story that would be a miracle
If every child on every street had clothes to wear and food to eat
That’s a miracle
If all God’s people could be free to live in perfect harmony
It’s a miracle

We’re having a miracle on earth
Mother nature does it all for us
Open hearts and surgery
(wonders of this world go on)
Sunday mornings with a cup of tea
Super powers always fighting
But Mona Lisa just keeps on smiling
It’s a miracle it’s a miracle it’s a miracle

(wonders of this world go on)
It’s a miracle it’s a miracle it’s a miracle
It’s a miracle

The one thing (the one thing) we’re all waiting for (we’re all waiting for)
Is peace on earth (peace on earth) and an end to war (an end to war)
It’s a miracle we need – the miracle
The miracle peace on earth and end to war today

That time will come one day you’ll see when we can all be friends
That time will come one day you’ll see when we can all be friends
That time will come one day you’ll see when we can all be friends
That time will come one day you’ll see when we can all be friends

 

Tradução

Cada gota de chuva que cai no deserto do Saara diz tudo
É um milagre
Todas as criações de Deus grandes e pequenas
A Golden Gate e o Taj Mahal
Isso é um milagre
Bebês de proveta nascendo
Mães, pais mortos e enterrados
É um milagre

Estamos tendo um milagre na terra
A mãe natureza faz tudo por nós
As maravilhas deste mundo continuam
Os Jardins Suspensos da Babilônia
Capitão Cook e Caim e Abel
Jimi Hendrix à Torre de Babel
É um milagre é um milagre é um milagre
É um milagre

A única coisa que todos esperamos é a paz na terra – o fim da guerra
É de um milagre que precisamos – o milagre
O milagre que todos esperamos hoje

Se cada folha de cada árvore pudesse contar uma história, isso seria um milagre
Se cada criança em cada rua tivesse roupas para vestir e comida para comer
isso é um milagre
Se todo o povo de Deus pudesse ser livre para viver em perfeita harmonia
É um milagre

Estamos tendo um milagre na terra
A mãe natureza faz tudo por nós
Corações abertos e cirurgia
(as maravilhas deste mundo continuam)
Manhãs de domingo com uma xícara de chá
Super poderes sempre lutando
Mas Mona Lisa continua sorrindo
é um milagre é um milagre é um milagre

(as maravilhas deste mundo continuam)
é um milagre é um milagre é um milagre
É um milagre

A única coisa (a única coisa) que todos esperamos (todos esperamos)
É a paz na terra (paz na terra) e o fim da guerra (o fim da guerra)
É de um milagre que precisamos – o milagre
O milagre da paz na terra e o fim da guerra hoje

Essa hora chegará um dia você verá quando todos poderemos ser amigos
Essa hora chegará um dia você verá quando todos poderemos ser amigos
Essa hora chegará um dia você verá quando todos poderemos ser amigos
Essa hora chegará um dia você verá quando todos poderemos ser amigos

 

Stone Cold Crazy – Live At The Rainbow Theatre 1974

Stone Cold Crazy foi lançada originalmente no álbum Sheer Heart Attack, de 1974.

Tem sido descrita como uma canção rápida, com riffs de guitarra que aceleram como uma locomotora fora de controle.

Sobre seu gênero musical, a revista britânica de música Q afirmou que é “thrash metal antes de que o termo tenha sido inventado”. 

https://youtu.be/T8Rfb1Jtmic

 

Fontes:

Queen: Complete Works: (edição revisada e atualizada) por Georg Purvis

Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc

www.queenvault.com

www.queenpedia.com

 

Thank God It’s Christmas    

Data de lançamento: 26 de novembro de 1984

Melhor posição nas paradas: 21° lugar na parada britânica e não chegou nas paradas americanas

Lado A: Thank God It’s Christmas (Brian May e Roger Taylor)

Lado B: Keep Passing The Open Windows (Freddie Mercury)

Man on the prowl (Freddie Mercury)

 

Em meados de 1984, Brian e Roger resolveram escrever uma canção de Natal e cada um propôs uma música, como ele mesmo explicou:

Roger e eu tivemos a ideia de uma canção de Natal em julho de 1984. Cada um de nós apareceu com uma fita demo e nos decidimos que a de Roger era a melhor

I Dream of Christmas, música de Brian, não foi a escolhida e terminou fazendo parte do álbum de Anita Dobson chamado Talking of Love.

A música de Roger tinha uma melodia mais apropriada para o Natal.

 

Thank God It’s Christmas não foi bem recebida e acabou completamente esquecida pelo sucesso Do They Know It’s Christmas do Band Aid (músicos liderados por Bob Geldolf para arrecadar fundos para a Etiópia).

O Queen não participou do projeto por ter tocado em Sun City, na África do Sul, em pleno apartheid.

A música foi produzida em julho de 1984, antes da turnê Works, com vocais de Freddie em overdub.

Sobre ter gravado a música no verão, Brian explicou:

Bem, a parte engraçada é que você tem que gravar músicas de Natal no verão (meio do ano), porque se você começar a fazer a música no Natal, claro que o Natal já terá acabado antes que você termine a música.

 

Produção

A bateria eletrônica  LinnDrum de Taylor lidera o ritmo com a voz perfeita de Mercury se encaixando perfeitamente.

As camadas de sintetizadores são muito mais fortes que as guitarras, conferindo a faixa um aspecto frio, mas que é compensado por uma adaptação ao período natalino, incluindo os sinos característicos de Natal.

 

Keep Passing The Open Windows

É uma composição de Freddie e foi inspirada no texto do romancista canadense John Irving chamado The Hotel New Hampshire.

A banda foi sondada para fazer a trilha sonora da adaptação do romance para o cinema, mas o projeto acabou não se concretizando.

No romance, uma das personagens repete o termo Keep passing the open windows (Continue passando pelas janelas abertas ) como um mantra.

Em uma entrevista, Irving disse o que a expressão significava que Você tem que continuar passando pelas janelas abertas, ou seja, não se mate, continue. É uma frase anti-suicida.

A música composta por Mercury é também uma música de esperança:

– You keep telling yourself it’s gonna be the end (Você fica dizendo a si mesmo que vai ser o fim)

– Get yourself together (Prepare-se)

– Things are looking better everyday. (As coisas estão melhorando a cada dia).

 

Man on the Prowl

Em mais uma incursão no estilo rockabilly, Man on The Prowl não obteve o mesmo sucesso que Crazy Little Thing Called love de 1980 devido a um forte sentimento de déjà vi.

A música foi percebida como o estilo eternizado pelos Stray Cats, muito comum na época, mas o próprio Queen já havia se utilizado do gênero muito antes da banda americana.

 

Fontes:

Queen: Complete Works: (edição revisada e atualizada) por Georg Purvis

Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc

www.queenvault.com


Man On The Prowl

Álbum The Works – 1984

Escrita por Freddie Mercury

Produção: Queen e Reinhold Mack

Músicos –

Freddie – vocal principal e backing vocals.

Brian – guitarra

John – baixo

Roger – bateria

Fred Mandel – piano no final

Duração: 3:28 min.

– Lançamento 26 de Novembro de 1984 – 38 anos hoje .

– Man On The Prowl faz parte do Álbum The Works, de 1984, como quarta faixa. Foi criada por Freddie, trabalhando com as gravadoras EMI, Capitol e Parlophone, no estilo Rockabilly.

– O solo de guitarra de Brian nesta música é tocado usando uma Fender Telecaster, a primeira guitarra elétrica produzida em massa do mundo, e que foi um sucesso comercial.

 

– Inicialmente, Man On The Prowl foi planejada para ser o quinto e último single do Álbum, com uma data de lançamento provisória de 19 de Novembro de 1984, mas a Banda optou pelo single de Natal – Thank God It’s Christmas -, no qual a música aparece como lado B, mas o lançamento aconteceu no dia 26 de novembro de 1984.

 

– Depois de Crazy Little Thing Called Love, temos aqui o mesmo estilo de Elvis Presley!

– Muito Rock ‘N’ Roll dos anos 50. A linha de baixo reflete isso de forma excelente.

– Essa canção é outra que você poderia facilmente imaginar Elvis cantando.

– Freddie era um grande fã de Elvis e cantou muitas de suas músicas com sua Banda – The Hectics – aos doze anos de idade, durante seus anos de escola, na Índia.

Man On The Prowl – Video de Lepa26

Letra

Man On The Prowl

Oh yeah

I’m gonna take a little walk on the wild side

I’m gonna loosen up and get me some gas

I’m gonna get me some action

Go crazy, driving in the fast lane

My baby left me alone

She done me dirty and I’m feeling so lonely

So come home, come home

If you don’t you’re gonna break my heart

Man on the prowl

You better watch out

I’m on the loose and I’m looking for trouble

So look out (yeah yeah) – look out (yeah yeah)

I’m a man on the prowl

I don’t wanna be a rock ‘n’ roll steady

I just wanna be low down trash

I wanna go to the movies

All I wanna do is sit on my ass – ooh

So honey come home (come home come home)

Don’t leave me when I’m feeling so lonely

Come home (yeah yeah) – come home (yeah yeah)

If you don’t you’re gonna break my heart

Man on the prowl

You better watch out

I’m on the loose and I’m looking for trouble

So look out (yeah yeah) – look out (yeah yeah)

‘Cause I’m a man on the prowl

Well I keep dreaming about my baby

But it ain’t gonna get me nowhere

(Bap bap) hey

I gonna teach my baby dancin’

(Bap bap)

But I ain’t no Fred Astaire

So baby look out – I’m a man on the prowl

Look out – man on the prowl – yeah

Yeah – baby, baby, baby look out, yeah – man on the prowl

Baby come home

I’m on the loose and I’m looking for trouble

Baby come home – oh yeah

‘Cause I’m a man on the prowl

So honey come home – come home

‘Cause I’m a man on the prowl – yeah

Man on the prowl – yeah

Hey, stay with it

Loosen up

Wooh yep ha wooh ha

Yeah

 

Tradução

 

Homem À Espreita

Eu vou dar uma voltinha no lado selvagem

Vou me soltar me e tomar algum gás

Eu vou me arrumar alguma ação

Enlouquecer, dirigindo na pista rápida

Meu amor me deixou sozinho

Ela fez-me sujo e eu estou me sentindo tão sozinho

Então venha para casa, venha para casa

Se você não vir você vai quebrar meu coração

Homem à espreita

É melhor tomar cuidado

Eu estou à solta e eu estou à procura de problemas

Então, tenha cuidado, tenha cuidado

Eu sou um homem à espreita

Eu não quero ser um rock ‘n’ roll constante

Eu só quero estar para baixo como lixo

Eu quero ir ao cinema

Tudo que eu quero fazer é sentar na minha bunda

Então, querida, venha para casa

Não me deixe quando eu estou me sentindo tão sozinho

Venha para casa, venha para casa

Se você não vir você vai quebrar meu coração

Homem à espreita

É melhor tomar cuidado

Eu estou à solta e eu estou à procura de problemas

Então, tenha cuidado, tenha cuidado

Eu sou um homem à espreita

Bem eu continuo sonhando com o meu amor

Mas isso não vai me levar em nenhum lugar

Quero ensinar meu amor dançando

Mas eu não sou nenhum Fred Astaire

Então, amor, tenha cuidado, eu sou um homem à espreita

Tenha cuidado, o homem à espreita, sim

Amor, amor, amor, tenha cuidado, homem à espreita

Amor, venha para casa

Eu estou à solta e eu estou à procura de problemas

Amor, venha para casa, oh, sim

Porque eu sou um homem à espreita

Então, querida venha para casa, venha para casa

Porque eu sou um homem à espreita, sim

Homem à espreita

Fonte – Queenpedia

 

A bem recebida série de 50 partes do Queen, Queen The Great, que atraiu impressionantes 15,6 milhões de visualizações, retorna com dois episódios especiais de The Miracle.

Continuando a celebração do lançamento da edição de colecionador do álbum de sucesso do Queen de 1989, The Miracle, este segundo especial Queen The Greatest apresenta fascinantes entrevistas de arquivo com Roger Taylor, Brian May e John Deacon, revelando como este álbum diferia de seus anteriores.

 

Fonte: www.queenonline.com

LAS PALABRAS DE AMOR (THE WORDS OF LOVE)

(9ª música do 10° álbum)

 

– Assim como havia feito em 1976 para o público japonês com a esplêndida Teo Torriatte (Let Us Cling Together), Brian May escreve esta balada em homenagem a todos os seus fãs sul-americanos, que lhes deram as boas-vindas durante o primeiro tour do Queen na Argentina e Brasil em 1981, onde a acolhida resultou excepcional:

Eles sabiam todas as músicas de cor – lembra o guitarrista -. Essas pessoas não falavam inglês e, no entanto, foram capazes de cantar todas as músicas do Queen em coro. Eles eram verdadeiros fãs, completamente dedicados.

– Las Palabras de Amor (The Words of Love) é uma autêntica canção do Queen, com uma melodia atraente cantada em espanhol e com alguns coros harmonizados nos estribilhos.

 

– Brian diria:

Não creio que minhas letras tenham mudado, como ocorreu com os outros membros do grupo. Eu prefiro ter uma tendência a escrever tópicos como os que o Queen compunha no passado […]. Gosto das melodias próximas ao rock, que é o que o grupo sabe fazer melhor.

 

– Para promover a canção, o grupo utiliza sua atuação no Top Of The Pops, emitida em 17 de junho de 1982 (a primeira em cinco anos), já que não filmam nenhum vídeo.

– Descobrimos um Freddie longe da sua exuberância habitual, vestido com um elegante smoking, com uma gravata borboleta no pescoço, cantando o tema com um ar solene, em total oposição com o universo que desejava desenvolver originalmente no álbum Hot Space.

 

Os membros do Queen antes de um dos concertos no estádio José-Amalfitani de Buenos Aires, em 1981.

 

Vídeo Las Palabras de Amor (The Words of Love), no programa Top Of The Pops, 1982

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Imagine a cena.

Freddie Mercury está na Alemanha, gravando o que seria o álbum The Game. Um dia, durante o banho em seu quarto no hotel Hilton, em Munique, aparece a inspiração e Freddie tem a ideia para uma música nova! Sai do banho enrolado na toalha, pega o violão e, em menos de 10 minutos, coloca no papel sua nova composição.

No dia seguinte, de volta ao estúdio, e depois de elaborar melhor a música, Freddie diz aos demais membros da banda:

– Ontem compus uma música nova no violão, estilo Elvis.

E Brian, John e Roger, em uníssono, reagem:

– No violão?????

E começam a rir.

Freddie, com cara de deboche, diz:

– Tá, vai sacaneando. Querem ouvir a música ou não?

Os demais, então, dão uma trégua e concordam:

– Claro! Toca aí.

Freddie, então, pega o violão e diz:

– Essa guitarra boba nunca toca os acordes que eu quero que ela toque. Mas são só três acordes. Vamos ver o que acontece.

E começa a tocar…

Brian, Roger e John, então, batem palmas e dizem:

– Excelente! Tem que entrar no disco!

E assim, mais um clássico foi criado por esse gênio Freddie Mercury!

Nota explicativa: mais uma vez, faço um post em homenagem ao único Freddie Mercury, hoje, quando se completam 31 anos de sua partida. A história é baseada em fatos reais. Mas, os diálogos, claro, foram criados por mim. O áudio foi editado por mim, a partir das faixas originais da música lançada, tudo feito pelo Freddie, da forma mais próxima possível do que seria ele realmente apresentando a música sozinho para os demais membros da banda.

Espero que gostem e celebrem a genialidade de Freddie!

Fonte: Piano Branco | Um blog sobre música e sentimento. (wordpress.com)

Kiko Imamura é baterista, fã do Queen e autor do blog sobre música Piano Branco.

️Estava escrito nas estrelas que o século passado nos traria uma estrela …

Sua fama o precedeu … Por sua popularidade, ele sempre esteve no centro das atenções. Sempre aclamado pela multidão, criticado pelos jornais e perseguido pelos paparazzi até o fim.

️Quando ele estava no palco, brilhava como uma estrela, exuberante, flagrante, camaleônico.

As suas atuações foram espetaculares, quer pela sua voz, quer pelo seu carisma e sim, até a sua simpatia fez a sua parte, e conseguiu enviar ao público de cada país um sorriso, e por isso também o adoravam … Porque o público era o mais importante para Freddie do que o próprio Freddie Mercury.

 

️É fácil subir no palco, cantar por 2 horas e chegar em casa dizendo que estava tudo bem. Para Freddie não era assim, ele tinha que entreter seu público, fazer com que participassem do show em si, dirigi-los como um mestre de orquestra faz enquanto todos cantam juntos, em um único coro – Love Of My Life, We Will Rock You ou Radio Ga Ga, para citar alguns.

À esse respeito, as declarações de Freddie –

Minha responsabilidade com o público é fazer um show de qualidade e garantir que o Queen ofereça grande entretenimento, caso contrário não será um show de sucesso, só isso.

Todos os públicos, durante suas apresentações, fossem parques, estádios ou arenas, foram cativados por seu dinamismo perturbador.

Concerto Hyde Park, 1976

Terminava os concertos exausto, mas satisfeito porque pela enésima vez os guardou na palma da mão.

Eu amo que as pessoas saíam de nossos shows se sentindo completamente satisfeitas depois de se divertirem. Eu sei que é um clichê dizer ‘ Oh, você realmente os teve ‘, mas eu sinto que quanto mais cedo eu fizer isso, melhor, porque eu quero estar no controle. Naquele ponto eu sei que tudo ficará bem e eu não estaria nesta indústria se não gostasse …

️Todos nós conhecemos o Queen (especialmente Freddie) … não gostamos e não concordamos com a imprensa. O frontman foi ultrajante, mas de forma cenográfico; afinal ele nunca machucou ninguém e era a sua vida. No dia à dia era uma pessoa reservada, não gostava de falar de si, nem dava entrevistas ao primeiro jornalista que o abordava …

Durante os últimos meses de sua vida, a imprensa não deu uma folga para Freddie, jornalistas e paparazzi estavam estacionados do lado de fora do Garden Lodge para tirar uma foto dele. A notícia sobre uma doença grave que atingiu o líder do Queen se espalhou como um incêndio, rumores também confirmados pela aparência emaciada de Freddie nas raras ocasiões em que aparecia em público.

 

️Grande parte da imprensa, após sua morte dedicou longos artigos à ele e prestou homenagem ao seu talento. Mesmo assim, mesmo nessa ocasião, os tabloides o apedrejavam …

               

Eles tentaram manchar seu nome com artigos e histórias vulgares sobre seu estilo de vida, mas duraram pouco, porque nem os leitores, nem os fãs ouviram todo aquele absurdo.

️Por outro lado, aqueles que ele considerava amigos cuidavam de exibir sua vida privada … Disseram tudo e mais, escreveram páginas de livros enriquecendo-se com o seu nome, tudo pela ganância do dinheiro …

Concluo com esta frase de Freddie divulgada em uma entrevista –

Não penso em nada sobre o que vai acontecer quando eu estiver morto … Eu simplesmente não penso sobre isso … isso diz respeito à eles. Quando eu morrer, quem vai se importar ? Certamente, eu não … 

 

Por Laura Menin -14 de Julho de 2021

 

 

No dia 23 de novembro de 1989, o Queen filmou o videoclipe da música The Miracle. Ross McCall interpretou Freddie Mercury jovem no videoclipe.

Atualmente, ele é um ator, escritor, diretor e produtor.

Ele participou recentemente de uma sessão AMA (Ask Me Anything – me pergunte qualquer coisa) no Reddit, na qual ele, claro, fala sobre sua participação no vídeo The Miracle e sobre ter que interpretar Freddie.

 

Sou Ross McCall, ator, escritor, diretor e produtor.

Um dos meus primeiros papéis como ator foi interpretar um jovem Freddie Mercury no videoclipe de Queen The Miracle.

Estou aqui para responder às suas perguntas sobre como trabalhar com o Queen, Freddie Mercury, estar no set de The Miracle ou qualquer outra coisa que você possa imaginar, então me pergunte qualquer coisa!

Também produzi quatro filmes, incluindo o premiado, About Us e A Violent man na Netflix. Sou conhecido nos Estados Unidos por meu trabalho como Cpl. Joseph Liebgott em Band of Brothers. Meus créditos na TV incluem, Suspicion, The Offer, CSI: NY, Bones, Ghost Whisperer, Crash, Luther, Castle, 24, Lucifer, Fear the Walking Dead e interpretou Matthew Keller em White Collar. Também conhecido por Dave em Green Street, The Beautiful Ones, In Embryo, Polar Express etc.

    Ross McCall

 

Separamos aqui 5 perguntas recebidas por Ross:

 

Pergunta:  Como era Freddie? Você diria que eles o retrataram com precisão no filme Bohemian Rhapsody?

Ross: Ele era um homem muito gentil e despretensioso, na verdade. Mas ele também era o vocalista de uma das maiores bandas do mundo. Quando filmamos o vídeo, foi na época em que ele tinha acabado de ser diagnosticado também, então sua energia era menor. A filmagem foi muito privada, o que foi ótimo, então tivemos tempo para sair e beber chá. O filme foi finalmente dirigido por um amigo meu, Dexter Fletcher, e eu pensei que ele lidou com isso lindamente. Rami ia também um amigo meu e eu pensei que ele quebrou.

 

Pergunta: Houve alguma coisa que Freddie disse / fez que ficou com você depois de trabalhar com ele?

Ross: Ele mencionou que deveríamos ir e fazer sua próxima turnê com eles. Não é brincadeira. Não se materializou devido à sua condição, mas o pensamento foi plantado. Também foi relatado na imprensa que ele achava que eu fazia um Freddie melhor do que ele. Brincadeira, é claro, mas um grande elogio.

 

Pergunta: Olá Ross! Qual foi a ideia por trás do vídeo? Onde eles filmaram?

Ross: A ideia, pelo que me disseram, era ter quatro filhos tocando a banda. Simples assim. Não como crianças, mas como a própria banda, daí o bigode. Para Freddie, eles levaram quatro looks icônicos e foi aí que fomos com ele. Lembro-me de cavar os casacos Live Aid e Yellow, mas odiava os de leotard e couro. Eu tinha 13 anos, então faz sentido. Ha!

 

Pergunta: Oi Ross, você fez um excelente trabalho nesse vídeo. Vocês todos realmente pregaram a paixão da banda.

Gostaria de saber se as pessoas reconhecem que é você no vídeo quando veem seu nome

Qual é a sua música favorita do Queen?

Você conheceu a banda depois nos últimos anos?

Resposta: Muito obrigado. Ha! Eu não sou reconhecido por isso nunca. Talvez seja o bigode. Ha! No entanto, em todos os sets em que estou, sempre ouvirei a música, pois alguém da equipe a terá encontrado e ela passará. Estou realmente muito honrado. E ver as reações das pessoas a isso agora é divertido de testemunhar. Todo mundo adora esse vídeo. Minhas músicas favoritas seriam Show Must Go On, Bohemian, Love of My Life, Killer Queen & Innuendo. Não vejo o mal há anos. Eu acho que Brian e eu estivemos em alguns eventos ao longo dos anos, mas não conseguimos dizer oi. Tenho certeza que vamos.

 

Pergunta: Olá Ross!
Qual foi a sua coisa favorita sobre a sua experiência de trabalhar com o Queen?

Resposta: Eu era fã. Puro e simples. Então eu sabia quem eu estava jogando e seu status icônico. Eu amei ensaiar com a banda. Lembro-me de pensar que Brian era o mais extrovertido conosco, e eu queria ser tão legal quanto Roger. Ele usava óculos escuros dentro de casa. É assim que você sabe 😉

Mas, no geral, nos divertimos muito. Os diretores tornaram a coisa toda divertida para as crianças.

 

Assista o vídeo de The Miracle

 

Fontes: www.queenonline.com

I’m actor, writer, director and producer Ross McCall, but more importantly, I played a young Freddie Mercury in Queen’s ‘The Miracle’ music video. AMA!
byu/Mcqueenwannabe1 inMusic

 

 

 

CALLING ALL GIRLS

(8ª música do 10° álbum)

 

– Esta canção foi composta por Roger Taylor.

– Freddie Mercury que concentra toda a sua energia na sua interpretação, defende sua leveza, do mesmo modo que a do repertório do Queen, nas colunas da revista Melody Maker, em 1981:

Ao meu ver, as canções do Queen oferecem um momento de fuga, assim como faz um bom filme. Meu objetivo não é o de mudar o mundo com nossa música […]. As pessoas podem jogá-las fora como um lenço usado depois de consumi-las. Você as ouve, gosta delas, joga-as fora e passa para a próxima. Trata-se de um pop descartável, isso é tudo.

 

– O videoclipe de Calling All Girls é uma curiosidade por si mesmo. Descreve uma sociedade imaginária, controlada por robôs policiais decididos a impedir o romance que Freddie parece viver com uma jovem.

– Satisfazendo seu gosto pela ficção científica, Roger interpreta o tema, junto a seus companheiros, o que liberta Freddie de personagens autoritários.

– Brian diria:

É verdade que todo o grupo gosta de ficção científica. Acho que todos nos divertimos muito gravando o videoclipe!

 

– A acústica de doze cordas da introdução deixa rapidamente certo espaço à uma rítmica executada com uma guitarra Scherer, ambas interpretadas pelo mesmo Roger Taylor:

É uma mistura de guitarras elétricas e acústicas – confirma Brian May -. […] Roger gravou inúmeras partes de guitarra. Ele estava morrendo de vontade!.

– Os estribilhos, muito melodiosos, são eficazes e menos furiosos que as composições anteriores de Taylor.

 

O grupo se inspira no filme THX 1138 de George Lucas (1971) para imaginar o universo e o cenário do videoclipe de Calling All Girls.

 

Vídeo oficial de Calling All Girls

 

Trailer oficial do filme THX 1138

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

 

O documentário Freddie Mercury: The Final Act,  produzido pela Rogan Productions, ganhou o Emmy Internacional de Programação Artística.

Confira o anúncio e o discurso de aceitação.

Sobre o The Final Act

A história do extraordinário capítulo final da vida de Freddie Mercury e como, após sua morte por Aids, o Queen realizou um dos maiores shows da história, o Freddie Mercury Tribute Concert no Estádio de Wembley, para celebrar sua vida e desafiar os preconceitos em torno do HIV/ AUXILIA.

O filme ouve aqueles que se apresentaram no show épico, incluindo Gary Cherone (Extreme), Roger Daltrey (The Who), Joe Elliott (Def Leppard), Lisa Stansfield e Paul Young, bem como o promotor do show, Harvey Goldsmith.

Pela primeira vez, a história de Freddie é contada ao lado das experiências daqueles que testaram positivo para HIV e perderam entes queridos durante o mesmo período.

Médicos, sobreviventes e defensores dos direitos humanos, incluindo Peter Tatchell, relatam a intensidade de viver durante a pandemia de AIDS e o pânico moral que ela provocou.

Freddie Mercury: The Final Act está disponível no Brasil, na plataforma de streaming Star +

Fonte: www.queenoline.com

09 de Março de 1973 –
– A EMI inicia negociações com a Trident sobre um novo contrato de gravação para o Queen, e tudo acabou rapidamente e sem muito alarde.
Mas de repente o Queen se viu com um contrato cobrindo o Reino Unido e a Europa.
– Eles estavam empolgados, parecia que finalmente estavam chegando à algum lugar e todo aquele trabalho duro estava prestes à valer a pena.
– Brian e Roger estavam um pouco mais apreensivos, pois eles viram tudo ir tão mal com Smile, depois que chegou tão longe também.
– A EMI estava ansiosa para lançar o Álbum de estreia do Queen rapidamente, mas, devido à problemas dentro da empresa na finalização dos planos para o novo selo, o lançamento agora seria adiado.
– E em 09 de Abril de 1973, em Londres, no The Marquee Club acontece o primeiro show do Queen como uma Banda assinada, especificamente como uma vitrine para o pessoal da EMI Records.
Nas próximas fotos vemos Mary com um vestido Biba comprado para ela por Freddie.
         
▪️Nota – A primeira peça de vinil (não acetato) com o primeiro trabalho do Queen é o que na linguagem dos colecionadores é chamado de Pop Conference  Test Press LP.
Abaixo, o LP Queen EMI Pop Conference.
A EMI organizou um em 1973 para promover três novos artistas. Um deles era o Queen.
Fonte – Queenpedia