ALL DEAD, ALL DEAD

(4ª música do 6º álbum)

 

– Às vezes, as canções servem para afugentar as tristezas da infância.

– Então, quando o apresentador Redbeard apresenta Brian May em seu programa In the studio with Redbeard em 2017, ele pergunta como Brian criou a letra de All dead, all dead, uma doce balada cheia de nostalgia e melancolia.

– A pergunta provoca no guitarrista um certo desconforto tingido de emoção:

É hora de confissões […]. Acho que nunca falei dessa música […]. Ninguém nunca me perguntou [sobre ela]. […] É constrangedor falar sobre isso… Bom. Acho que tudo começou com o meu gato, com a perda do meu gato. Ele morreu quando eu era criança e nunca o esqueci.

– O gatinho chamava-se Pixie.

– O texto é implícito e evoca a ausência e a saudade de um ente querido. A partir daí, sabemos a quem essa doce balada é dedicada.

É o próprio Brian May quem toca essa música no piano; também é ele quem a canta, com o apoio dos coros de Freddie Mercury nos refrões.

– Na edição de aniversário do álbum publicado em 2017, uma versão inédita deste tema está incluída: é interpretada por Freddie Mercury, que acrescenta algumas palavras à introdução, como que para sublinhar o tema que o amigo está abordando:

Memories, memories, how long can you stay, to haunt my days?

(Memórias, memórias, quanto tempo você vai ficar atormentando meus dias?)

 

– Embora esta gravação mostre a colaboração de Freddie na composição do amigo, ela não tem a intensidade emocional da versão original. Mas é impossível repreender o cantor com alguma coisa, pois o assunto das músicas era tabu entre os membros do Queen. Brian May confirmaria:

Naquela época, nunca tínhamos falado sobre isso no grupo. Nós não falávamos sobre o tema das músicas. Nunca.

Ritual antes do concerto: Brian afina pessoalmente sua Red Special,

e pratica na frente de um pequeno amplificador Fender.

 

Vídeo oficial de All Dead, All Dead

 

All Dead, All Dead, com Freddie Mercury

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Queen no Live Aid – Bastidores do evento  – Recordando o melhor momento de Freddie Mercury!

– 13 de Julho de 1985 foi o Live Aid – O dia em que a música mudou o mundo – The Global Jukebox.

– O grande plano de Bob Geldof.

– O conceito estava longe de ser simples – dois shows, em Londres e Filadélfia, com todas as grandes estrelas pop do planeta, diante dos olhos do mundo, para reunir as doações de milhões, tudo para o povo da Etiópia.

– Mais de trinta e sete anos depois, vários shows de line up, eventos em vários continentes e maratonas globais não são novidade, mas em 1985, o mundo nunca tinha visto nada parecido.

– E, de todos os momentos memoráveis ​​que o dia criou – Bono saltando para o público, Phil Collins fazendo os dois shows com a ajuda do Concorde e o empolgante showstopper de Tina Turner e Mick Jagger – o momento mais icônico de todos foi, sem dúvida, entregue pelo Queen, e um desempenho magistral de definição de carreira de Freddie Mercury.

– Quando se tratou de organizar o Live Aid, o Queen estava no topo da lista de alvos de Bob Geldof, mas a Banda não foi imediatamente conquistada. Freddie teve que ser convidado com muito carinho por Geldof para se apresentar no Live Aid.

– Por fim, Bob ligou para o empresário do Queen e disse

Olha, o que há com a velha Rainha? É o palco perfeito para ele. É o mundo inteiro.

– Quando foi colocado para ele dessa forma, Freddie simplesmente entendeu e disse OK, porque isso não poderia acontecer sem ele.

        E foi exatamente o dia de Freddie!

– A Banda era conhecida por suas apresentações ao vivo – tendo acabado de se apresentar para 325.000 pessoas no Rock In Rio no início daquele ano – mas eles ainda estavam prestes à superar isso.

– Ninguém sabia na época, mas o Queen estava em declínio nesse ponto. As coisas não estavam indo muito bem.

– O Álbum de 1984 –  The Works – não tinha sido um grande sucesso, e Freddie tinha acabado de lançar sua estreia solo em Abril de 1985 – Mr. Bad Guy – uma implicação de que a Banda estava em uma espécie de pausa.

– No entanto, eles tinham a garantia de entregar o tipo de espetáculo que Geldof estava determinado à oferecer. Paul Gambaccini foi um dos grandes rebatedores da BBC, designado para fazer a cobertura do Live Aid do Estádio de Wembley.

Fui à Wembley entrevistar os artistas nos bastidores da televisão e do rádio. Freddie não deu uma entrevista no dia porque tinha problemas vocais. Seu médico disse à ele para não fazer o show, mas é claro que ele estava determinado a fazê-lo de qualquer maneira.

– Na época, você pensava – ‘ Quem vai ser o melhor ? Obviamente, o U2, e Phil Collins eram muito bons. E é claro que Paul McCartney estaria no show, então não acho que ninguém viu que o número um seria o Queen. Todo mundo sabia que o Queen faria um ótimo show e seria muito bom. 

– Semanas de empolgação, estresse e incerteza chegaram à um grande clímax quando o Live Aid começou ao meio-dia naquele Sábado de Julho escaldante.

– Com uma fanfarra de metais dos Guardas Coldstream e a chegada do Príncipe Charles e da Princesa Diana, o conceito de Geldof veio junto de forma espetacular para um público global em 150 países.

                             

– No entanto, os bastidores estavam caóticos. Uma placa dizia às estrelas para deixarem seus egos na porta, e os camarins tinham que ser compartilhados – assim como apenas três passes de imprensa, que foram trocados entre dezenas de jornalistas que esperavam pacientemente do lado de fora.

– Freddie Mercury não chegou antes das 17h, com seu namorado irlandês Jim Hutton. Ele estava nervoso, mas agindo como sempre, e foi visto tomando um par de vodca tônica.

– Eram 18h41 em Londres quando o Queen entrou no palco …

– Freddie socando o ar, incitando a multidão antes mesmo da primeira nota da música ser tocada. Eles foram o último ato à se apresentar à luz do dia, o que Roger Taylor disse ser muito estranho para eles.

Luzes são tudo, mas não fazem nada durante o dia. Nunca tocamos durante o dia. Mas não queríamos nos atrasar porque sabíamos que seria um dia muito longo. Só tínhamos sido incluídos no projeto bem tarde, e o público não era um público do Queen, então estávamos nervosos … Sabíamos que seria um grande negócio no contexto do dia, porque sabíamos que seria algo especial, mas não tínhamos grandes expectativas de nosso desempenho, conclui Taylor.

– Sentando-se ao piano, Freddie provocou a multidão com alguns acordes batidos no piano de cauda preto antes de entregar o segmento de abertura da balada de Bohemian Rhapsody, imediatamente estabelecendo o tom.

– Pouco antes de entrar na seção operística, a Banda fervia de fogo brando e Freddie levantou-se do piano, com o punho no ar, antes de receber seu famoso microfone sem pedestal.

– Com uma virada teatral, ele começou à andar pelo palco enquanto os riffs da abertura de Radio Ga Ga começaram. Em segundos, o microfone estava sendo usado como um cetro, uma guitarra, uma extensão fálica.

– Olhando para trás, fica claro à partir deste momento que ele tem o público comendo na sua mão, e ele sabe disso. Enquanto ele canta ” as meninas e meninos / que simplesmente não sabem e simplesmente não se importam “, as meninas e meninos do público – suando e encharcados das mangueiras dos administradores – socam o ar em total uníssono com ele.

– Paul Gambaccini estava nos bastidores com os outros artistas na sala verde, e sua lembrança mais clara do dia são as reações deles.

Todos olharam para o monitor e você podia ver o que estava acontecendo … o Queen estava roubando o show.

– Sem nem mesmo instruí-los à fazê-lo, a forte multidão de 72.000 pessoas espontaneamente executou a agora famosa batida de palmas ao longo do refrão de Radio Ga Ga – vista pela primeira vez no videoclipe da música no ano anterior.

– A visão gerou uma imagem icônica – um mar de pessoas, completamente engajadas, totalmente encantadas por um homem – Freddie Mercury.

– Curiosamente, para alguém com tanta presença de palco, Freddie era uma pessoa muito diferente na vida real.

Ele tinha um jeito de se animar. Ele se tornou uma pessoa diferente quando subia no palco e, de repente, ficou magnético e o público adorou. Ele realmente foi espetacular naquele dia. – Roger Taylor

– Lesley Ann-Jones descreve a transformação que ela o viu realizar –

Quando ele estava fora do palco, ele era um cara muito discreto. Ele nunca chamou atenção para si mesmo, ele tinha uma voz tranquila. Ele não era uma Rainha picante ou extravagante. No minuto em que subia ao palco, ele parecia dobrar de tamanho e, de repente, ele se tornava um gigantesco astro do Rock.

– Justamente quando parecia que não poderia ficar melhor, Freddie subiu um nível. De pé no centro do palco, agora super inflado, ele se lançou em sua chamada e resposta de Ay-oh ! .

– O público o imitou (com o melhor de suas habilidades) e o momento novamente refletiu o clima interativo do dia.

– Ao contrário de muitos dos outros artistas, que estavam ocupados fingindo que não haviam tantas pessoas assistindo, Freddie estava determinado à alcançar cada pessoa que estivesse assistindo.

– Durante Hammer To Fall, ele pegou um camera man da BBC pela cintura e dançou com ele, enquanto olhava diretamente para baixo de sua câmera, para uma audiência global que estava em qualquer lugar entre 1 e 2 bilhões de pessoas, sintonizada em cerca de 95% da televisão mundial.

– Sonoramente, o Queen soava muito melhor do que todos os outros artistas.

– Freddie agarrou uma guitarra para Crazy Little Thing Called Love, e falou suas únicas palavras de todo o set.

 Essa próxima música é dedicada à todas as pessoas bonitas aqui esta noite. Significa todos vocês, ele sorriu,  obrigado por virem e fazerem desta uma grande ocasião.

– Quando Roger Taylor largou o famoso riff de bateria de We Will Rock You, as coisas atingiram um nível febril e, para encerrar, Freddie conduziu o público, balançando em massa, por um emocionante We Are The Champions.

– No momento em que ele soprou um beijo de despedida para a multidão, eles estavam gritando em uma espécie de êxtase de Rock, e ele estava encharcado de suor.

– Quando os outros membros do Queen fizeram reverências modestas e deixaram o palco, um pôr do sol foi lançado no Estádio de Wembley, mas não refletiu qualquer tipo de diminuição para a Banda. Em vez disso, implicava que a luz deixaria Freddie, e um pouco de sorte extra foi necessária para as apresentações seguintes brilharem – embora isso incluísse David Bowie, The Who, Elton John e Paul McCartney.

O Queen tinha passado um pouco de seu auge quando começaram, conclui Paul Gambaccini – Quando eles saíram, estavam em um novo patamar.  

– Quer o Queen percebesse ou não, eles não apenas entregaram a performance do dia, não apenas a performance de suas carreiras, mas possivelmente a maior performance ao vivo de todos os tempos.

– Certamente esse foi o consenso alcançado por uma pesquisa da BBC de 2005 com 60 jornalistas e especialistas da indústria musical.

– Roger Taylor foi muito modesto …

Oh, pare! Quem decide isso?  Eles viram todos os shows? !

Ele sente que a atmosfera do dia contribuiu enormemente para a eletricidade do momento.

Você não poderia falhar, diz ele, mas você poderia falhar em fazê-lo espetacularmente !

– Sobre Freddie, Roger não tem uma palavra ruim à dizer (Bem, nunca brigamos, ele encolhe os ombros) e afirma que o resto da Banda o adorava tanto quanto o resto do mundo.

 

– Olhando para trás, porém, ele admite

Não apreciamos totalmente o quão incrível Freddie era até que o perdemos …

– Freddie tinha 38 anos quando divertiu o mundo no Live Aid e, embora tenha sido sem dúvida o auge de sua carreira, também marcou o início do fim de sua curta vida.

– Notoriamente privado, Freddie nunca admitiu publicamente sua sexualidade, e a maioria das pessoas não sabia disso. Curiosamente, a imagem de clone de Castro que ele apresentou ao mundo era extremamente popular na cena gay underground, mas ainda totalmente desconhecida do público em geral.

– Seu físico e bigode eram vistos por muitos como fortes indicadores de seu sangue vermelho, hetero masculinidade, e sua teatralidade era simplesmente isso, afinal, ele era um artista.

– A homossexualidade não é permitida em sua religião. Freddie foi forçado à esconder sua verdadeira identidade e esconder seu verdadeiro eu para o bem dos sentimentos de outras pessoas.

– Se ele tivesse vivido, Freddie teria quase 76 anos hoje, mas nossa lembrança é a imortalidade que Freddie desfruta.

– Obviamente, ele merecia uma vida mais longa, mas mesmo assim, por causa da história, ele tem uma vida longa.

– Phil Collins se apresentou tanto no Wembley quanto no JFK, utilizando um Concorde para viajar de Londres à Filadélfia.

– Ele tinha um grupo de componentes de Banda em cada país, o esperando. Além de seu próprio set, ele também se apresentou como baterista de Eric Clapton e do Led Zeppelin no JFK.

– Durante o voo, Phil se encontrou com a cantora Cher, que não estava sabendo sobre os shows. Ela pode ser vista se apresentando nos EUA com o USA For Africa na conclusão do concerto na Filadélfia. Apenas apareça disse Phil.

– É bom ser Cher!

– Paul McCartney enfrentou algumas dificuldades técnicas. Seu microfone não funcionou nos primeiros dois minutos de sua performance ao piano em Let It Be, mal sendo ouvido pelos telespectadores e o público geral no estádio.

– Ele foi convencido a participar do Love Aid pelos seus filhos.

– Pepsi, Chevrolet, AT&T e Eastman Kodak patrocinaram o show. Eles também abriram suas carteiras consideravelmente, já que a equipe Geldof solicitou US $ 750.000, juntamente com os prováveis ​​bens e serviços para fazer parte da história da música.

– Bono diz que recebeu uma recepção interessante de Freddie Mercury nos bastidores. O vocalista do U2 lembra que Freddie conversou com ele como se fosse um pássaro, sem perceber a orientação sexual da lenda do Queen.

– Elton John também vestiu o chapéu de chef e cuidou do churrasco no trailer de Winnebago RV escondido atrás do estacionamento de caminhões, três dias antes.

– Financeiramente, o sucesso do Live Aid tem sido contestado, com muitos alegando que não foram suficientes os £ 150 milhões de euros arrecadados para as pessoas que precisavam.

– No entanto, revigorou o conceito de músicos usando seu talento e perfil para destacar causas beneficentes.

– Porém, tecnologicamente, o Live Aid foi um triunfo inacreditável.

– Acontecendo em um mundo sem Internet ou telefone celular, as mensagens eram enviadas em aparelhos de fax, cada doação telefônica tinha que ser atendida por um ser humano real, a TV era analógica e haviam apenas 4 canais.

– Entre os sets, os artistas tiveram apenas alguns minutos para trocar seus equipamentos em um palco giratório coberto de fios serpenteantes, várias extensões e câmeras de TV BBC volumosas.

– Foi um pesadelo de saúde e segurança, e uma loucura total para qualquer um por trás de uma das dezenas de painéis de controle. O fato de o programa ter durado 16 horas sem que a tela inteira ficasse preta em nenhum momento é quase um milagre.

– De qualquer forma, nunca mais um artista poderia esperar receber uma plataforma global como esta, muito menos a oportunidade de aproveitá-la como Freddie fez.

– Nunca houve um evento com tantos espectadores, evocando tanta emoção intensificada, todos envolvidos em One Vision (uma música que o Queen escreveu sobre o evento), e – devido ao modo como agora consumimos televisão na era digital – nunca haverá novamente.

– O Live Aid uniu o mundo e todos compartilharam o momento.

– Aconteceu de ser o melhor momento de Freddie também – um momento na história quando um dos nossos maiores heróis nos representou em nosso melhor absoluto.

– Assistindo no YouTube, a energia e o espírito de Freddie aparecem como um símbolo da comunidade gay. Diante da adversidade, ele estufou o peito e continuou lutando – não apenas para entreter as pessoas, mas para eletrizá-las totalmente !

– O Queen em Wembley foi, posteriormente, aclamado como a maior performance de rock ao vivo de todos os tempos !

 

Concerto do Queen no Live Aid (clique em “assistir no YouTube” para ver o vídeo)

 

Fonte para base e composição de texto – attitude.co.uk – Por Ben Kelly

SHEER HEART ATTACK

(3ª música do 6º álbum)

 

– Não é por acaso que esta música tem o nome do terceiro álbum do Queen, lançado em 1974. Roger Taylor a havia escrito para Sheer Heart Attack mas não se adequava ao tom pretendido para o álbum.

– No verão de 1977, quando cada um propôs suas músicas para o sucessor de A Day At The Races, o tema parecia uma resposta perfeita aos detratores do Queen, acusando-os de emular o estilo da música punk, então muito em voga. A música, escrita quando esse movimento ainda não existia, soa, de fato, como muito furiosa e incendiária.

Roger foi muito mais aberto do que nós. Ele estava sempre à procura de novidades. Lembro-me de ouvir sobre os Sex Pistols muito cedo,  explica Brian May.

– Roger Taylor não está satisfeito em tocar bateria neste tema. Ele também é responsável pelo baixo e guitarra. Ele é um colecionador experiente de guitarras, a maioria delas muito raras, então ele usa a sua Esquire aqui.

– A grande curiosidade da música é a voz principal. Freddie é creditado como o cantor, mas pode-se jurar que se reconhece a voz de Roger. Em 2003, Brian May esclareceria essa discussão, às vezes discórdia entre fãs, em seu site:

Bom, é uma mistura […]. Roger tinha feito a demo, e nossa maneira usual de trabalhar era usar a demo como base para a versão final da música. Roger a cantou na íntegra, mas tomamos a decisão de deixar Freddie fazer essa parte no álbum. Roger foi educado e reconheceu que a performance de Freddie ressaltava melhor a atmosfera (punk?) da demo. Certamente é Freddie quem é ouvido cantando nos versos (em duas faixas). No entanto, a voz de Roger está bem presente como reforço, juntando-se a Freddie no ‘hey hey hey’ e no ‘ticulate’. Acho que todos cantávamos os refrões, com a voz do Roger à frente […]. Na verdade, agora que eu escuto de novo, eu diria que é APENAS o Roger quem canta os refrões.

 

– Em 24 de agosto de 2017, para promover seu livro Queen in 3-D, Brian May se presta (sem rancor!) ao jogo de entrevistas no programa de rádio Jonesy’s Jukebox, apresentado pelo co-fundador e guitarrista do Sex Pistols, Steve Jones!

Roger nos bastidores da turnê News Of The World nos EUA, posando entre os instrumentos de Brian e John.

 

Vídeo oficial de Sheer Heart Attack

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

“Floating In Heaven” – Graham Gouldman & Brian May

Brian May se junta ao fundador da 10cc Graham Gouldman para marcar as primeiras imagens históricas a serem entregues do Telescópio Espacial James Webb com a nova faixa musical Floating In Heaven

JWST agora tem sua própria trilha sonora.

Disponível agora em serviços digitais e de streaming –  https://brianmay.lnk.to/FloatingInHeaven/

O telescópio mais poderoso já lançado ao espaço, o Telescópio Espacial James Webb – lançado em dezembro de 2021 e que entrou em órbita em janeiro de 2022 – finalmente entra em operação esta semana.

Com a intenção de suceder o Hubble como a principal missão da NASA em astrofísica, a agência espacial da NASA agendou o primeiro evento oficial de divulgação de imagens científicas JWST para terça-feira, 12 de julho.

Com uma paixão bem reconhecida pela Astronomia, tendo obtido um PhD em astrofísica pelo Imperial College, em Londres, em 2007 e um colaborador da equipe científica com a missão New Horizons Pluto da NASA – Maio notavelmente lançou sua faixa New Horizons da sede da NASA no Dia de Ano Novo em 2019 para marcar o sobrevoo do objeto distante Ultima Thule – May se jubtou agora  com entusiastas da ciência espacial, O vocalista da 10cc, Graham Gouldman, reconhece este momento de descoberta com música nova.

Escrito por Gouldman, ele e May criaram uma nova faixa especial para marcar as imagens históricas do JWST reveladas.

Floating In Heaven, escrito e executado por Gouldman e com May na guitarra e vocais, terá um lançamento especial digital & streaming em 12 de julho para coincidir com o tão esperado lançamento das primeiras imagens trazidas à Terra pelo JWST.

Falando de seu fascínio pela exploração espacial, May diz:

Não há nada mais emocionante em um mundo de exploração do que ir a um lugar sobre o qual você não sabe nada. O céu é o limite para o que poderíamos descobrir.

A canção mais reconhecida de May no espaço, claro, remonta aos seus primeiros dias com o Queen: sua canção, ‘39, a história de um grupo de exploradores espaciais que voltam para casa para descobrir que, durante seu um ano de viagem, um século tinha passado na Terra. A música apareceu pela primeira vez no álbum A Night At The Opera do Queen em 1975. May continua a tocar a música rotineiramente nos shows ao vivo da banda.

Flutuando no Céu

Interpretado por: Graham Gouldman – Brian May

Escrito por Graham Gouldman

Graham Gouldman: Vocal e Backing Vocals , Baixo, Guitarra Acústica, Guitarra Slide, Programação de Bateria, Gizmotron

Brian May: Guitarras, Backing Vocals

Graeme Pleeth: Hammond Organ, Piano. Synth

Produzido por: Graham Gouldman, Graeme Pleeth e Brian May
Engineered and Mixed por:- Graeme Pleeth e Justin Shirley-Smith

Engenharia adicional por Kris Fredriksson

Dominado por: Bob Ludwig

 

Fonte: Queen Online

  I’m In Love With My Car – O lado B mais caro do mundo

 

®️  O dinheiro pode ser vulgar, mas é maravilhoso !

Freddie Mercury.

 

▪️Poucas músicas do Queen ilustram isso melhor do que I’m In Love With My Car. A canção fez seu compositor – Roger Taylor – ficar muito rico, e o resto do Queen nunca o deixou esquecer !

▪️Roger apresentou a música para A Night At The Opera, de 1975. A reação inicial de Brian May foi:

você está brincando, não está ? Estou apaixonado pelo meu carro ? 

 

▪️Roger insistiu que não estava brincando, mas disse que havia escrito a música sobre o homem de som do Queen, o piloto John Harris e a sua amada Triumph TR4.

John Harris

 Roger vai dizer que foi escrito sobre outra pessoa, mas nós dois sabemos a verdade … O título e a arrogância se encaixavam na imagem de playboy de Roger e era ‘seu’  Alfa Romeo que podia ser ouvido arrotando gases de escape no grande final da música. – insistiu Brian em 2008.

Triumph TR4

▪️I’m In Love With My Car foi aceito para o Álbum, mas alguns afirmam que Roger fez um esforço extraordinário para tê-la como o lado B de Bohemian Rhapsody.

Ele se trancou no armário de fitas do SARM [Studios] e disse que não sairia até que eles concordassem em colocá-la, disse Roy Thomas Baker.

▪️Nem Roger nem Brian confirmaram ou negaram isso. Mas uma discussão sobre a música foi incluída no filme Bohemian Rhapsody.

Quando minhas mãos estão na sua pistola de lubrificação ? zomba Brian de Gwilym Lee, citando a letra. É uma metáfora !  protesta Roger de Ben Hardy, que então ameaça jogar uma cafeteira em seus companheiros de Banda sorridentes.

▪️Os lados B dos 04 primeiros singles do Queen foram divididos entre Freddie e Brian. Talvez, e somente talvez, Roger tenha visto Freddie chegando ao estúdio carregado de sacolas de compras – outra blitz de gastos na King’s Road – e ficou com ciúmes. Se ele se trancou em um armário de fitas ou não, a música do automóvel de Roger (como Brian mais tarde à chamou) tornou-se o outro lado de Bohemian Rhapsody.

John Harris e Freddie Mercury

▪️Isso significou que Roger ganhou os mesmos royalties que Freddie ganhou pelo lado A. O resto do Queen havia aceitado que Bohemian Rhapsody era criação de Freddie e que ele ganharia de acordo, mas o sucesso do baterista veio por trás do disco, e distorceu a dinâmica do grupo.

▪️Roger ficou subitamente mais rico do que Brian e John, e comprou uma bela casa em Fulham e outro belo carro para comemorar.

Roger e seu Alfa Romeo

O lado financeiro das coisas pode ficar terrivelmente divisivo, admitiu Roger.

 

Houveram disputas por anos . Muitas injustiças terríveis acontecem sobre as composições, especialmente os lados B, concordou Brian

▪️Quaisquer que fossem as dúvidas que o resto do Queen tivesse sobre a música, eles jogaram tudo o que podiam nela. Guitarras e vocais harmônicos empilhados uns sobre os outros, enquanto seu baterista roucamente sibilava uma máquina dos sonhos  ao longo de uma valsa 6/8.

▪️ Quando minhas mãos estão na sua pistola de lubrificação não é a maior letra do cânone do Queen. Mas a fanfarronice de I’m In Love With My Car sinalizou o caminho para canções como We Will Rock You, We Are the Champions e I Want It All.

 

▪️Seu título, por si só, é garantido para provocar desprezo ou admiração, mas sempre uma reação.

 

 

▪️Vídeo Queen – I’m In Love With My Car – Compilação de 77 à 81

https://youtu.be/DV0g44PzauA

 

▪️Tradução da canção –

Estou Apaixonado Pelo Meu Carro

 

Uma máquina dos sonhos

Uma máquina tão limpa

Com seus pistões bombando

E as calotas todas com brilho

Quando estou segurando seu volante

Tudo que ouço é sua marcha

Quando minhas mãos estão na sua pistola de lubrificação

Oh, é como uma doença, filho

Estou apaixonado pelo meu carro

Tenho uma sensação com meu automóvel

Segure firme no meu santo Antônio piloto mirim de corridas

Que sensação quando seus radiais guincham

Disse a minha garota que terei que esquece-la

Prefiro comprar um novo carburador

Então ela saiu dizendo que isso já era o fim

Carros não respondem de volta, eles são apenas amigos de quatro rodas agora

Quando estou segurando seu volante

Tudo que ouço é sua marcha

Quando estou cruzando a toda

Não preciso ficar ouvindo nenhuma conversa mole

Estou apaixonado pelo meu carro

Tenho um sentimento pelo meu automóvel

Estou apaixonado pelo meu carro

Luvas com zipper em meu automóvel do amor

 

I’m In Love With My Car

 

Fonte – Magnífico ! The A To Z Of Queen

Mark Blake

Nos dias 11 e 12 de julho de 1986, o Queen subiu ao palco do estádio de Wembley, na Inglaterra, para apresentar o álbum A Kind of Magic, lançado no mês anterior.

Esta foi uma das últimas grandes apresentações da banda em sua formação clássica e até hoje é apontada como um dos melhores shows da história do rock. Antes apenas Beatles e Rolling Stones haviam emendado dois dias no antológico estádio.

Programa do Show

O resultado pode ser conferido na íntegra no YouTube. E também em CDs e DVDs repletos de extras, mas daí é preciso ter certa sorte para conseguir, pois tornaram-se relíquias de colecionadores.

O formato criado por eles nos anos 80 era inovador e único. Do show foi feito um verdadeiro espetáculo, em locais que nunca fizeram shows (estádio de futebol). Aliado a isso, a banda e seu staff criou um projeto de iluminação que era exclusivo dela, com suas estruturas sendo móveis e coordenadas de forma coreografada para cada música tocada, garante Bruno Cavalcante Oliveira, administrador do site e das páginas nas redes sociais do fã clube Queen Net.

Ingresso do Show

A iluminação era a maior já construída para um show, com mais de 10 toneladas de equipamento, para o maior palco, com 50 metros de largura e mais de 15 de altura.

Ali foram apresentados clássicos até hoje imbatíveis como Under Pressure, I Want To Break Free, Who Wants To Live Forever, Love of My Life, Bohemian Rhapsody, Radio Ga Ga, We Will Rock You e We Are The Champion. O final coube a God Save The Queen, com arranjos de Brian May.

E também uma sequencia de covers: (You’re So Square) Baby I Don’t Care, Hello Mary Lou (Goodbye Heart), Tutti Frutti e Gimme Some Lovin’.

A banda parecia estar no melhor de sua forma e Freddie Mercury confirmava mais uma vez não apenas a estupenda qualidade vocal, mas também o grande performer e animador de plateia que era.

Uma curiosidade sobre este show é que originalmente, apenas a apresentação de 12 de julho, um sábado, estava programada, mas, como os ingressos se esgotaram em poucas horas e os fãs sem ingressos não abandonavam os pontos de venda, resolveu-se criar um show extra para o dia anterior.

Os ingressos custavam cerca de quinze libras (em torno de 63 reais). O resultado foi a quebra de recorde de público na Europa, com estimativa de 200 mil pessoas, que foram atingidas por um sistema de som com mais de 500 mil watts de potência….

O espetáculo teve início ao meio dia, com a abertura das bandas INXS e Status Quo, bastante badaladas na época. Foi também a primeira vez que uma tela Starvision foi utilizada para que quem estava no fundo do estádio não perdesse nada. Porém, em função do peso do telão, um reservatório de água teve que ser instalado atrás do palco para equilibrar o peso.

O resultado foi imbatível e não é à toa que, em função da tecnologia envolvida e, claro, da apresentação dos músicos da que até hoje é considerada uma das maiores bandas de rock da história, este show está no rol dos melhores espetáculos de todos os tempos.

Tantos superlativos não soam exagerados quando se trata de uma banda que fazia espetáculos de quase duas horas de duração sem deixar a animação cair, graças a performance de todos os integrantes, com direito a solos de guitarra de Brian May e ousadias vocais de Freddie Mercury.

O último show aconteceria em agosto em Knebworth Park, também na Inglaterra. Em seguida, se havia boatos de que a banda se separaria, eles não se confirmaram.

Pôster do show

O que os rapazes fizeram a partir dali foi se dedicar apenas aos álbuns de estúdio. Foram dois – The Miracle (1989) e Innuendo (1991) – até a morte do vocalista em Londres, em 24 de novembro de 1991.

A importância foi o marco histórico. Que se tem notícia, o Queen foi a primeira banda a realizar shows em estádios, com uma grandiosidade invejável. Após isso, todas as demais bandas copiaram o modelo, frisando que o antigo estádio de Wembley, após ser utilizado pelo Queen, o foi por várias bandas. Hoje em dia, com o novo Wembley, continua sendo usado em shows, assim como em todo o mundo a maioria dos shows de grande porte são realizados em estádios de futebol,  completa Bruno Cavalcante Oliveira.

https://youtu.be/5UPdos1iHsM

 

Fontes:

Há 30 anos, Queen se despedia com um dos maiores shows da história – 12/07/2016 – UOL Entretenimento

– Queen Concerts

– Queenlive.ca

 

 

WE ARE THE CHAMPIONS

(2ª música do 6º álbum)

 

– Imediatamente reconhecível por sua introdução ao piano, a música adota a mesma estrutura usada anteriormente em In The Lap Of The Gods… Revisited: a fórmula de compasso de três tempos.

– Esse pequeno truque faz maravilhas porque Freddie quer escrever uma música voltada para o público (e, em troca, eles o apoiam). É uma valsa, e é uma música cativante que seduz todos os públicos.

– Hino desportivo por excelência, We Are The Champions é inseparável de We Will Rock You.

– Esta famosa balada de Freddie Mercury é inspirada nas sensações que a banda experimentou durante a turnê da primavera de 1977. A cada show, os espectadores se levantam e repetem em coro os refrões de Killer Queen ou Bohemian Rhapsody.

 

Em Birmingham, eles estavam cantando tão alto que tivemos que parar o show para deixá-los cantar a música para nós. Então Freddie e eu dissemos um ao outro que seria uma experiência interessante conceber músicas que incluíssem, desde o momento de sua composição, a participação do público,  lembra Brian May.

 

– A letra, que é uma homenagem do cantor ao seu público, proclama a vitória do Queen sobre seus detratores, principalmente a imprensa britânica. O grupo se defende, argumentando que o nó da música é coletivo e que não se refere a eles próprios.

– Mas quando você lê a letra, você entende, sem dúvida, que não há ironia:

You brought me fame, and fortune, and everything that goes with it/I thank you all

(Vocês me deram fama e fortuna, e tudo o que vem com isso/agradeço a todos).

– O videoclipe é filmado em 6 de outubro de 1977 no New London Theatre, no bairro de Camden, em Londres. A pedido dos músicos, eles convidam mais de 1000 membros do fã-clube como público.

– Desde sua publicação nos Estados Unidos, a música foi adotada pelo New York Yankees como hino de seu time de beisebol.

– Os jogadores de basquete do Philadelphia 76ers a usam para encorajar o público antes de entrar no campo de jogo.

– Durante os concertos do Queen, a música conclui os bis finais, e podemos dizer sem dúvida que Mercury e May alcançaram seu objetivo.

Freddie Mercury, campeão mundial, durante a última turnê da banda, em 1986.

 

– O canal de Lewis Akkas no YouTube postou We Are The Champions (versão Top Of The Pops) em cores. A qualidade é absolutamente perfeita. Lewis disse que este era um presente de Natal para todos os fãs, em 2021. (Começa aos 36”)

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Glam Rock ®️

.O que foi e o que significou esse movimento em Freddie Mercury e no Queen  !

▪️Glam rock é um estilo de música Rock que se desenvolveu no Reino Unido no início dos anos 1970, interpretado por músicos que usavam trajes, maquiagem e penteados extravagantes, principalmente sapatos de plataforma e glitter.

▪️As roupas extravagantes e estilos visuais dos performers eram frequentemente camp ou andróginos, e foram descritos como desempenhando outros papéis de gênero.

 

           

 

                       

 

▪️As paradas do Reino Unido foram inundadas com Bandas de Glam Rock de 1971 à 1975, incluindo David Bowie, Mott the Hoople, Gary Glitter, Elton John, Rod Stewart e claro ….

Freddie Mercury !

▪️Seu início na moda começou com um uniforme de colégio interno britânico-indiano projetado para imitar os uniformes britânicos, mas adequado para o clima quente.

▪️Quando seus pais se mudaram para o oeste de Londres, eles decidiram que queriam viver o estilo de vida tradicional da classe média britânica. Freddie decidiu que queria estudar arte, mas não tinha nenhuma das qualificações para se candidatar, então ele estudou moda em vez disso.

▪️Freddie foi altamente influenciado pelo estilo mod da década de 60 e seguiu a regra de seus pais de se encaixar, bem como a regra de seus professores de arte de sempre estar um passo à frente na moda (embora nos pareça que ele estava pelo menos quatro passos à frente).

▪️Um pouco depois que Freddie começou a estudar, ele realmente se interessou pelo artista Jimi Hendrix. Hendrix estava se tornando extremamente popular na época e tinha um estilo ostentoso e exagerado, que Freddie começou a espelhar.

▪️Esta também foi a época em que Freddie conheceu seus futuros companheiros de Banda do Queen, Brian May e Roger Taylor.

▪️Durante esse tempo, Freddie entrou realmente no cenário da moda de Kensington. Ele fez pós-graduação e deixou para trás a ideia de se misturar e percebeu que realmente nasceu para se destacar.

▪️Assim que a Banda começou a marcar mais shows, Freddie começou a usar suas roupas extravagantes e exageradas. Esses looks no palco iam muito além da média das roupas dos anos 70.

▪️Um artigo escrito pelo The Guardian de 1974 descreveu o visual de Freddie na entrevista como calças justas de cetim cinza ostra, uma blusa de cetim creme do mercado de antiguidades e uma jaqueta de cama vitoriana vermelha escarlate.

Me parece glorioso !!

▪️Os looks que Freddie usou no palco vieram de uma infinidade de lugares, e principalmente da sua barraca de roupas no mercado local.

▪️Eventualmente, ele começou a trabalhar com designers, uma delas sendo Zhandra Rhodes, que desenhou roupas para todos os quatro companheiros de Banda. As roupas eram inspiradas na natureza e definitivamente se destacavam, o que era exatamente o que Freddie queria.

▪️Freddie usou seu conhecimento de moda e confecção para melhorar suas performances por ser muito particular com os tecidos, flexibilidade e apelo.

▪️Uma de suas maiores inspirações foi o poeta e dramaturgo William Shakespeare. Shakespeare viveu durante a era elisabetana, onde as meias eram comuns e os homens vestindo roupas muito femininas também era algo que era feito muito no palco.

▪️Freddie também era obcecado por Ballet, onde era comum que os dançarinos usassem collants, meias e sapatilhas para se apresentar por causa da elasticidade dos tecidos. Na realidade, as escolhas de moda de Freddie não eram ultrajantes ou malucas, eram apenas um golpe de brilho de um homem que já estava dezessete passos à frente de todos os outros.

▪️Isso também nos faz perceber que a moda de Freddie também poderia ter sido uma forma de ele atrair um público diferente.

 

▪️Uma de suas viagens mais interessantes foi para o Japão, porque houve uma grande variedade de fotos tiradas que mostraram uma variedade de looks dos anos 70 de todos os membros da Banda. Haviam calças flare, botas go-go e conjuntos completos de jeans.

▪️Freddie, por ser aventureiro, também gostou muito dos Kimonos. Várias imagens nos mostra ele vestindo um quimono complexo extremamente longo. E Freddie realmente atuou e não permitiu que as roupas o impedissem de fazer seu trabalho.

▪️Apesar do alto preço da roupa, ele estava disposto à investir nisso, para dar ao seu público o show que eles queriam.

 

▪️O momento Glam Rock diminuiu após meados dos anos 1970, mas influenciou outros gêneros musicais, incluindo punk rock, glam metal, New Romantic, deathrock e rock gótico.

 

Fonte para base e composição de texto –

glamandrock.com

WE WILL ROCK YOU
(1ª música do 6º álbum)

– Sempre em busca do efeito de palco que os aproxime ainda mais de seus fãs e, ao mesmo tempo, aumente seu público, os músicos se propõem a criar um tema unificador e atemporal, como um hino nacional que todos possam aprender de memória:

O público será parte integrante do espetáculo a partir de agora e deve ser incluído no espetáculo. Mas o que os espectadores podem fazer? O que podemos pedir a eles? Eles estão apertados, eles não podem fazer muito. Eles podem pisar forte, bater palmas e cantar. Eles poderiam repetir a música em coro com o cantor!, explicaria Brian May.

– Quando o guitarrista apresenta a música para Freddie Mercury, ele imediatamente aprova a direção.

Brian May explica a estrutura e o significado das letras da seguinte forma:

Na minha opinião, a música relaciona as três fases da vida de um homem. O primeiro é o menino que pensa que pode mudar o mundo. O segundo é o homem que acredita que muda o mundo. E o terceiro é o velho que capitula diante de seus próprios limites.

– Para a gravação do famoso pum pum chac que serve de base rítmica para a música, não são utilizados nenhuma amplificação de tambores. Imortalizada no Wessex Sound Studios, a batida é feita à mão por Brian May e pelo engenheiro-chefe de som do álbum, Mike Stone. A cadência é intencionalmente simplista, como uma marcha militar, para que o público possa reproduzi-la facilmente durante os concertos.

– Num primeiro momento, Stone instala aquelas plataformas retangulares de altura variável e usadas para aprimorar os instrumentos no palco.
– Mercury, May, Deacon e Taylor sentam-se em banquetas de piano e começam a bater o ritmo com as mãos e os pés no assoalho.

– Mike Stone convida a todos nos corredores do estúdio a participarem da base rítmica da música.

– Andy Turner, na época um jovem assistente do engenheiro de som, lembra:

Uma tarde eles vieram me buscar, e também […] Betty, a senhora que nos servia o chá e que morava bem ao lado do estúdio. Eles nos colocaram na área da bateria. Ficamos lá fazendo o pum pum chac repetidas vezes.

– Para fazer o vídeo, os músicos, seus técnicos e o diretor do Rock Flicks se reúnem no jardim da casa de campo que Roger Taylor comprou em Surrey, sul de Londres. Os músicos aparecem quase congelados no meio da neve, alguns deles usando botas e luvas de borracha, de pé sobre as tábuas da bateria montadas para a ocasião.
Por que essa encenação? Ainda é um mistério…

– John carrega o baixo por cima do ombro e a bateria de Roger é visível no vídeo de We Will Rock You (apesar desses dois instrumentos estarem praticamente ausentes desta música), porque naquele mesmo dia eles gravaram o clipe do single Spread Your Wings, composta por Deacon.

– Para alguns observadores, We Will Rock You é a primeira música de rap, muito antes do surgimento desse movimento e das primeiras músicas de seus pioneiros, Grandmaster Flash ou The Sugarhill Gang.

 Freddie Mercury logo se tornaria um personagem tão famoso quanto o Superman de Jerry Siegel e Joe Shuster.

 

Vídeo oficial de We Will Rock You

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

▪️Em meados dos anos 70, Top Of The Pops era uma vitrine tremenda e incomparável para a indústria da música.

▪️O programa veiculava às 5as. feiras à noite, com a finalidade de gerar vendas aos Sábados, o dia em que as lojas vendiam tantos discos quanto em todos os outros dias da semana somados.

▪️O Queen, através de seu Álbum de estreia e da turnê Mott The Hoople, já havia se estabelecido como um grupo de Rock louvável, mas Top Of The Pops foi o veículo final para sua vantagem comercial.

▪️E em 21 de Fevereiro de 1974, o Queen aparece pela primeira vez no famoso programa musical com a música Seven Seas Of Rhye.

▪️E foi por mero acaso, já que o vídeo com uma performance pré-gravada de David Bowie cantando seu último hit Rebel Rebel  não chegaria à tempo, e um substituto era necessário com urgência.

▪️Então, uma Banda jovem e desconhecida chamada Queen, formada por quatro jovens de Londres, foi sugerida como alternativa e os meninos aproveitaram o momento de ouro.

 

Foi uma experiência emocionante, porque aqui você está no Top Of Rhe Pops, e tudo está acontecendo.

(Brian May)

 

Houve uma greve na BBC, então gravamos no estúdio meteorológico. Era lixo, ninguém realmente tocava, apenas alguns Disc Jockeys envelhecidos. E os tambores eram de plástico, então eles faziam esse barulho de dook quando você os batia.

(Roger Taylor)

Quando nos apresentamos no Top Of The Pops pela primeira vez, ainda não tínhamos motoristas ou dinheiro algum, e eu queria nos assistir no show, então peguei um táxi em busca de algum lugar para nos ver. Acabei encontrando um lugarzinho com uma TV com o programa ligado e entrei. Felizmente, ninguém me reconheceu lá !

(Freddie Mercury).

▪️O Queen impressionou o mundo, e nem estava tocando seus próprios instrumentos para a performance que os tornou famosos, só para mostrar o carisma e presença de palco que os quatro músicos de Londres naturalmente possuíam.

▪️O single foi lançado em vinil apenas dois dias após a apresentação e os entusiasmados membros do Queen conseguiram sua primeira música na parada de singles do Reino Unido, chegando ao número 10.

▪️Freddie poderia então desistir de seu emprego de fim de semana em sua barraca de roupas e se concentrar nos grandes momentos que estavam por vir.

 

▪️Aqui está o clipe de estreia TOTP

https://youtu.be/B6n2FBcd5n0

 

Nota – À título de curiosidade, as datas e canções apresentadas pelo Queen no Top Of The Pops seguem abaixo, junto com o vídeo de algumas das apresentações.

 

. Apresentações do Queen no Top Of The Pops

▪️Seven Seas Of Rhye – 21 de Fevereiro de 74

▪️Seven Seas Of Rhye – 14 de Março de 74

▪️Seven Seas Of Rhye – 28 de Março de 74

▪️Killer Queen – 11 de Outubro de 74

▪️Killer Queen – 11 de Outubro de 74 – Take 2

▪️Killer Queen – 07 de Novembro de 74

▪️Killer Queen – 21 de Novembro de 74

▪️Now I’m Here – 16 de Janeiro de 75

https://youtu.be/PT7wkXPq_J8

 

▪️Now I’m Here – 16 de Janeiro de 75 – Take 2

▪️Now I’m Here – 30 de Janeiro de 75

▪️Bohemian Rhapsody –  10 de Novembro de 75 – Promo Video

https://youtu.be/TnxBH4UoIL0

 

▪️Somebody To Love – (Legs & Co.) – 02 de Dezembro de 76

▪️Good Old Fashioned Lover Boy -16 de Junho de 77

▪️We Are The Champions – Promo Video – 03 de Novembro de 77

▪️We Are The Champions – 03 de Novembro de 77 ( colorizado)

 

▪️Another One Bites The Dust – 02 de Outubro de 80 – (Legs & Co.)

https://youtu.be/xSn8hqw_k08

 

▪️Under Pressure – 19 de Novembro de 81

▪️Las Palabras De Amor – 17 de Junho de 82

 

Fontes –

▪️Mark Hodkinson – Queen – The Early Years.

▪️lostmediawiki

 

Queen + Adam Lambert anunciam Rhapsody Over London

Show espetacular para transmitir ao vivo e sob demanda em julho deste ano, alimentado por Kiswe, oferecendo aos fãs do Queen + Adam Lambert global, acesso exclusivo para experimentar a turnê mais quente do ano, ao lado de um Q & A ao vivo com a banda

Queen + Adam Lambert anunciaram detalhes do Rhapsody Over London, um show exclusivo espetacular, que será filmado ao vivo no The 02 London durante sua atual turnê europeia esgotada, que estreará ao vivo em 24 de julho pela plataforma global de streaming de Kiswe.

O exclusivo Live Concert Film contará com um Q & A (perguntas e respostas) ao vivo com Brian, Roger e Adam, falando nos bastidores do penúltimo show de sua turnê europeia. Fãs de todo o mundo terão uma oportunidade única na vida de comprar ingressos e enviar suas perguntas via vídeo até 19 de julho, para a banda ver e responder ao vivo durante o Q & A.

O concerto só estará disponível até o dia 31 de Julho na plataforma e acompanhado por pacotes especiais, onde os fãs terão acesso a shows adicionais e entrevistas. O aclamado documentário The Show Must Go On, The Queen + Adam Lambert Story estará disponível exclusivamente para portadores de ingressos por dois dias antes do livestream.

O show foi filmado durante a 10 dias de duração da banda na O2 Arena, em Londres, no início de junho. Tendo sido assistido por mais de meio milhão de concertistas durante a turnê europeia de 2022, o filme ao vivo Rhapsody Over London do Queen + Adam Lambert está programado para atingir uma audiência mundial de milhões a mais quando na  estreia online em 24 de julho.

A transmissão dará aos fãs de todo o mundo mais uma chance de experimentar a magia da Turnê Rhapsody. Um empreendimento maciço, utilizando 26 câmeras e uma equipe de mais de 100 técnicos de cinema, a produção apresenta o show de duas horas e meia da banda em sua totalidade. O público também poderá interagir com outros fãs durante todo o show usando os recursos de engajamento dos fãs de Kiswe, incluindo feed de bate-papo de fãs e botões de torcida, vídeos de reação dos fãs que permitem aos espectadores carregar selfies em vídeo, comprar adesivos digitais personalizados e a capacidade de comprar mercadorias exclusivas no concerto.

Em uma performance deslumbrante de 28 músicas, o show ao vivo do Queen + Adam Lambert homenageia o ditado de Freddie Mercury de que nunca é longe demais com conteúdo de vídeo de última geração, lasers e pirotecnia.

A proeza vocal e o showmanship de Adam Lambert é um efeito especial em si mesmo, subindo para as notas altas em êxtase de Somebody to Love, e aparecendo em uma bicicleta Harley Davidson para Bicycle Race.

Mas em seu coração o show de Rhapsody continua sendo uma honra muito humana do trabalho da banda principal, já que Brian May simplesmente dedilha sua guitarra acústica para 20.000 pessoas por sua ’39, e duetos com filme de Freddie em um comovente Love Of My Life. Roger Taylor realiza um majestoso These Are The Days Of Our Lives como momentos da história do Queen pungentemente acontece nas telas expansivas.

Um arsenal completo de hits são atualizados pelo virtuosismo ao vivo da banda, a guitarra Red Special de May encontrando nova feitiçaria em A Kind of Magic, bem como alcançando alturas estratosféricas em um solo de guitarra imponente. Taylor e Lambert imitam Bowie e Mercury em um estrondoso Under Pressure.

Bohemian Rhapsody ressuscita as gloriosas harmonias do Queen em 1975 antes de um solo de May mascarado de ciborgue, e a corrida de Lambert para a frente para o final.

Quatro (4) pacotes de ingressos estarão disponíveis da seguinte forma:

 

US$20 – Rhapsody

– Rhapsody Over London Concert Film Ticket em 1080p HD

– Q & A pré-show ao vivo de Tampere, Finlândia

– 2 dias de pré-show para o documentário ‘The Show Must Go On’ The Queen + Adam Lambert Story (22 + 23 de julho apenas)

 

US$30 – RhapsodyPlus

– Rhapsody Over London Concert Film Ticket em 1080p HD

– Q & A pré-show ao vivo de Tampere, Finlândia

– 2 dias de pré-show passam para o documentário ‘The Show Must Go On’ The Queen + Adam Lambert Story (22 + 23 de julho apenas)

– Pacote VOD (disponível até 31 de Julho) inclui:

Summersonic – Ao vivo em Tóquio

Viva ao redor do mundo

‘Queen + Adam Lambert – Conheça a Imprensa’

‘Live Around The World’ lança Q & A

 

$40 – RhapsodyPlus 4k

– Rhapsody Over London Concert Film Ticket em 4K Ultra HD

– Q & A pré-show ao vivo de Tampere, Finlândia

– 2 dias de pré-show passam para o documentário ‘The Show Must Go On’ The Queen + Adam Lambert Story (22 + 23 de julho apenas)

– Pacote VOD (disponível até 31 de Julho) inclui:

Summersonic – Ao vivo em Tóquio

Viva ao redor do mundo

‘Queen + Adam Lambert – Conheça a Imprensa’

‘Live Around The World’ lança Q & A

 

$75 – I Want It All Package

– Rhapsody Over London Concert Film Ticket em 4K Ultra HD

– Q & A pré-show ao vivo de Tampere, Finlândia

– 2 dias de pré-show passam para o documentário ‘The Show Must Go On’ The Queen + Adam Lambert Story (22 + 23 de julho apenas)

– Pacote VOD (disponível até 31 de Julho) inclui:

Summersonic – Ao vivo em Tóquio

Viva ao redor do mundo

‘Queen + Adam Lambert – Conheça a Imprensa’

‘Live Around The World’ lança Q & A

– Mais camiseta exclusiva da Rhapsody Over London

Ingressos disponíveis em: livestream.queenonline.com

 

Fonte: www.queenonline.com

TEO TORRIATTE (LET US CLING TOGETHER)
(10ª música do 5º álbum)



– Pouco conhecida do grande público, Teo Torriatte (Let Us Cling Together) é uma das canções mais bonitas do Queen. Em 1976, quando o grupo tinha o mundo a seus pés, ele envia seus pensamentos mais ternos para o Japão com esta emocionante música assinada por Brian May.

– A canção é dirigida para os fãs japoneses que, antes do sucesso no Reino Unido, abriram os braços para o grupo.

Freddie Mercury é o responsável pela voz, e canta parte da letra em japonês, traduzida do inglês por Chika Kujiraoka, intérprete e amiga de Brian, que conheceram durante uma das turnês no país do sol nascente:

手を取り合って このままでいこう 愛する人よ
静かな宵に 光を灯し 愛しき教えを抱き

(Tradução do Google: Vamos dar as mãos e ficar assim, querido
Acenda uma noite tranquila e abrace seus amados ensinamentos)

– É a primeira vez que a banda canta em outro idioma, desde que as palavras francesas usadas em Seaside Rendezvous sejam consideradas algo excepcional. O Queen repetirá a experiência em 1982 cantando em espanhol em Las Palabras de Amor (The Words Of Love).

– Freddie canta essa música com uma voz delicada que literalmente decola aos 3:27 e termina com um coral emocionante, do qual participam todos os membros da banda e alguns de seus parentes presentes naquele dia.

 

Em 25 de março de 1977, Teo Torriatte (Let Us Cling Together) é lançado como single, exclusivamente no Japão. Good Old-Fashioned Lover Boy aparece no lado B. Essa música nunca seria tocada no palco, exceto no Japão durante as turnês de 1979, 1981 e 1982.

 

Vídeo oficial de Teo Torriatte (Let Us Cling together)

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Montreal Fórum, 24 e 25 de Novembro de 1981.

 

– Exatamente 10 anos antes da sua morte, 24 de Novembro de 1981, Freddie subiu ao palco em Montreal, no Canadá, para um concerto cujo principal objetivo era captar imagens e som que permitissem à Banda ter um registo fiel daquilo que era capaz de fazer ao vivo.

 

– Freddie diz ao público –

Deixe-me dizer o que estamos fazendo aqui. Parece um jogo de televisão. Vamos filmar como vocês sabem, mas vocês podem esquecer as câmeras, seremos só vocês e nós, certo ?

 

– Montreal foi escolhida por ter um público particularmente efusivo e uma opção mais barata.

– Nesta época, o Queen estava em plena forma e eram gigantes certificados do circuito Rock internacional – no ano anterior – 1980 – tinham lançado o Álbum The Game (mais um número 1 dos tops) e a trilha sonora para o Álbum Flash Gordon, e preparavam-se para lançar, em Maio de 1982 – Hot Space, o Álbum de Under Pressure.

– Este concerto, filmado inicialmente em um rolo de 35 mm, teve várias edições ao longo dos anos, começando com as versões de Saul Swimmer, que a Banda reprovou durante anos devido à determinadas opções estéticas. Em 2007, o grupo adquiriu os direitos deste material e lançou o DVD Queen Rock Montreal & Live Aid com o som devidamente tratado.

– Brian May, no seu site oficial, explica que não guarda muito boas memórias do realizador (Saul Swimmer), mas descreve o concerto como real e cru , deixando claro que mesmo àquela escala grandiosa, nada no concerto do Queen era ensaiado ou coreografado.

 

– O Queen era, afinal, um grupo de Rock autêntico, ainda suficientemente perto dos anos 70 para que tudo ali fosse aparentemente genuíno.

– Under Pressure é realizado na primeira noite, mostrando Freddie com uma voz fenomenal. Nesta canção é que temos a imagem icônica da fã Sarah Bernard, flagrada admirando a Banda na sua melhor performance, com sua câmera fotográfica esquecida nas mãos. Ela ficou conhecida como A Garota Na Platéia.

– As duas datas são os únicos exemplos conhecidos em que Freddie cantava o segundo verso em falsete como no Álbum, lançado como single cerca de um mês antes deste show.

– O diretor Saul Swimmer queria que a Banda vestisse as mesmas roupas e fizesse na segunda noite os mesmos movimentos que haviam feito na primeira. Como o show deles não era coreografado, o último foi naturalmente impossível.

– Assim, para irritar o diretor, Freddie usou shorts no primeiro bis na segunda noite (ele usou calças na primeira noite).

– Estas são as últimas apresentações ao vivo do Queen como uma Banda de quatro integrantes. Todas as turnês subsequentes teriam alguém nos teclados, o que mudaria muito o som da Banda e a abordagem musical geral no show.

– Por outro lado, Freddie estaria livre para vagar pelo palco por mais tempo, dando à ele mais tempo e espaço para se conectar com o público.

– Nesse ponto de sua carreira, o Queen era indiscutivelmente a maior Banda do Reino Unido, tornando-se os primeiros artistas à liderar simultaneamente as paradas de Álbuns ( com Greatest Hits ), paradas de singles ( com Under Pressure ) e paradas de vídeo ( com Greatest Flix ).

– A Allmusic, uma base de dados sobre música, descreveu o desempenho do Queen em Montreal como sendo ” deliberadamente teatral e muitas vezes majestoso. ”

– Para mim, Queen na sua melhor forma. Under Pressure, Somebody To Love e Love Of My Life estão excepcionais na voz de Freddie.

 

 

– Under Pressure

 

 

– Love Of My Life

 

 

– Somebody To Love

 

Fontes –

– Blitz

– Queen Live Ca

DROWSE
(9ª música do 5º álbum)

– O baterista, que nos habituou a canções intensas e viris (I’m In Love With My Car, Modern Times Rock’n’Roll), propõe uma balada de cunho folk, baseada numa melodia estimulante e num produção muito cuidadosa.

– O mesmo Roger diria à apresentadora Sally James:

É minha canção anual. Suponho que eu tenha a tendência de encaminhar-me até o rock’n’roll. Porém, também tenho meus momentos tranquilos e este é um deles.

-A letra descreve o dia-a-dia monótono de um jovem que duvida de seu futuro, e cujo único propósito é incitar o narrador à preguiça nas tardes de domingo.

– George Purvis definiria com perfeição essa melancolia adolescente em seu livro Queen – Complete Works:

O narrador é muito jovem para apreciar a vida adulta, porém já superou as fronteiras de uma infância de inocência.

– Vale ressaltar que, já naquela época, a bateria de Roger é enorme.
O instrumento é composto por doze caixas, bumbo, pratos splash, címbalos, crash e china para completar o conjunto. Um verdadeiro quebra-cabeça!

– Porém os estúdios The Manor, onde o Queen está gravando, têm um complexo residencial que a banda usa como lhes convém. E é assim que os técnicos instalam o volumoso instrumento na sala de sinuca, segundo o mantenedor Rod Duggan, que deve lidar com os danos colaterais causados ​​pelas vibrações da bateria:

Roger Taylor tinha colocado sua bateria aqui […]. Os cabos dos microfones passavam pelas janelas, pelo gramado e pela porta da sala de gravação. Toda manhã havia pelo menos uma lâmpada quebrada sobre a mesa de sinuca […]. Uma a uma, as lâmpadas caíam do teto e quebravam na tapeçaria verde da mesa de sinuca.

Roger Taylor, baterista e brincalhão, aposta no bom humor dentro do Queen.

Vídeo oficial de Drowse:

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 A Fome Na Etiópia – Band Aid – O Queen e o Apartheid

 

▪️Band Aid era um supergrupo de caridade que contava principalmente com músicos e artistas britânicos e irlandeses. Foi fundado em 1984 por Bob Geldof e Midge Ure para arrecadar dinheiro para esforços anti-fome na Etiópia lançando a música Do They Know It’s Christmas ? para o mercado de Natal daquele ano.

▪️O nome do grupo surgiu da ideia de que os músicos estavam prestando ajuda aos menos afortunados e sugeria que seu projeto era comparado à colocar um band-aid em uma ferida. (a fome).

▪️Paula Yates, parceira de Bob Geldof, é considerada o cérebro por trás do Band Aid original. Após ver uma reportagem da BBC News em Outubro de 1984 sobre a fome na Etiópia ela meteu mãos a obra. Foi ela que se tornou a força motriz que inspirou (e ajudou) Geldof à reunir as estrelas pop mais famosas da década de 1980.

▪️Em 25 de Novembro de 1984, a música foi gravada no Sarm West Studios em Notting Hill, Londres, e foi lançada no Reino Unido na Segunda-Feira, 03 de Dezembro. O single superou as esperanças dos produtores de se tornar o número um de Natal nesse lançamento.

 

▪️A letra da música incluía uma descrição do país dizendo

onde nada cresce, não há chuva ou rios não fluem, eles sabem que é época de Natal ?

▪️Bob Geldof contou com a ajuda de Midge Ure, do grupo Ultravox, para produzir um registro de caridade. Ure pegou as letras de Geldof e criou a melodia e a faixa de apoio para o disco. Geldof ligou para muitos dos artistas britânicos e irlandeses mais populares da época, persuadindo-os à doar seu tempo. Seu único critério para a seleção era o quão famosos eles eram, para maximizar as vendas do disco.

▪️Boy George foi outro artista à participar ativamente da organização, gravação e popularização da canção.

▪️O estúdio de gravação deu ao Band Aid não mais do que 24 horas livres para gravar e mixar o disco, em 25 de Novembro de 1984. A gravação ocorreu no SARM Studios em Notting Hill entre 11 da manhã e 07 da noite.

▪️O Queen queria fazer parte de Do They Know It’s Christmas do Band Aid, mas há uma razão principal para não terem sido cogitados.

▪️Porém, menos de um ano depois, eles participaram do projeto de Bob Geldof – Live Aid – e roubaram a cena com seu set épico de 20 minutos cheio de sucessos.

 

.              Mas porque o Queen não participou do Band Aid ?

▪️Em uma entrevista realizada logo antes do Live Aid, o Queen falou sobre participar do show e como eles ficaram desapontados por não aparecerem no Band Aid.

▪️Quando perguntados se eles se inscreveriam no Band Aid pela causa ou pelo espetáculo, a Banda disse que era um pouco dos dois.

Acho que é uma causa muito boa, e inicialmente gostaríamos de ter participado do single Band Aid, mas acho que estávamos em partes separadas do mundo, disse Freddie Mercury.

E então veio o Live Aid em seguida e foi essa coisa, e também o fato de que os maiores e mais conhecidos grupos estão participando, então por que não nós ?

▪️Ele acrescentou –

Isso me deixa pessoalmente orgulhoso de fazer parte disso.

▪️Na verdade, o motivo era um – O Queen tocando na África do Sul durante o Apartheid  em 84.

▪️Apartheid foi o regime de segregação racial que foi adotado pelos governos da África do Sul de 1948 à 1994, favorecendo a minoria branca no poder.

▪️Durante a turnê The Works, o Queen realizou um total de nove shows em Sun City, na África do Sul, entre os dias 05 e 20 de Outubro de 1984.

▪️A Banda tocou no Casino Resort Sun City, frequentado apenas pela elite. A ação gerou uma avalanche de críticas.

▪️O Queen chegou à exigir em contrato que não houvesse discriminação racial na plateia. Como os preços dos ingressos eram inviáveis à qualquer pessoa fora do minúsculo nicho elitista, mil ingressos por apresentação foram distribuídos à população carente.

▪️Mesmo assim, não foi o suficiente – para aplacar o criticismo após voltar à Inglaterra, o quarteto doou o valor do cachê para Escolas Especiais, mas mesmo assim, as sanções das Nações Unidas os colocou na Lista Negra, onde permaneceram até o Apartheid ser desmantelado.

▪️O grupo ainda teve que pagar uma multa de 100 mil Libras imposta pelo Sindicato dos Músicos Britânicos, como penalidade.

▪️A Banda foi acusada de racismo e de ter legitimado o Apartheid, um paraíso para os brancos que viviam em luxo, enquanto a população negra vivia guetizada em poucos quilômetros.

▪️Por anos, o grupo se defendeu das críticas, alegando não se envolver com questões políticas, além de não ter conhecimento da realidade do país. Porém, hoje, reconhecem não ter sido apropriado.

▪️Sendo assim, e voltando ao Band Aid, depois de Sun City eles eram vistos como colocando o ganho financeiro acima da causa anti-apartheid.

▪️Porém, isso não impediu Roger Taylor de participar do Band Aid 30, em Novembro de 2014. A missão – desta vez – financiar a pesquisa do Ebola, em vez de aliviar a fome na Etiópia, e a maioria dos rostos eram diferentes.

▪️Um grupo de músicos recriou o espírito do Band Aid, cerca de três décadas depois no mesmo estúdio, gravando uma nova versão de Do They Know It’s Christmas ?

▪️Por Freddie mais tarde –

Eu adoraria estar no disco do Band Aid, mas só ouvi falar quando estava na Alemanha. Eu não sei se eles teriam me registrado de qualquer maneira, porque eu sou um pouco velho. Eu sou apenas uma velha escória que se levanta todas as manhãs, coça a cabeça e se pergunta com quem eu vou dormir hoje ! 

▪️É uma pena, o Queen teria roubado o show, assim como fizeram em menos de 01 ano depois, no evento inspirador do Band Aid  – o Live Aid.

 

▪️Do They Know It’s Christmas – versão estúdio

 

 

▪️Roger Taylor no Band Aid em 2014.

 

 

Fonte – The Sound

 

GOOD  OLD-FASHIONED  LOVER  BOY

(8ª música do 5º álbum)

 

– O tema é dedicado a David Minns, por quem Freddie está apaixonado há vários meses. Descreve sua elegância, seu estilo antiquado e seus valores tradicionais. David especificaria mais tarde que, embora a música fosse dedicada a ele, na verdade era um auto-retrato:

Freddie […] escreveu essa canção […] por ocasião do nosso relacionamento. Escreveu este tópico sobre se vestir e ser organizado. Ele estava me cortejando e queria colocar um anel no meu dedo. Isso era parte da imagem que ele queria oferecer de si mesmo.

 

– Em 4 de janeiro de 1977, o Queen voou para os Estados Unidos para iniciar uma turnê de quarenta e um concertos. A do Madison Square Garden, em Nova York, em 5 de fevereiro, marca o auge de uma recepção triunfante. Nessa época, Freddie se apaixona por Joe Fanelli, um jovem chef de 27 anos que ele convence a ir com ele para Londres em abril, assim que a turnê americana terminar.

– Assim, com o lançamento do single Good Old-Fashioned Lover Boy em 20 de maio de 1977, Freddie terminou seu relacionamento com David Minns: com uma homenagem agridoce ao namorado rejeitado.

– No final da ponte da música, aos 1:43, é o engenheiro de som Mike Stone quem questiona o narrador cantado:

Hey boy! Where do you get it from?/Hey boy! Where did you go?

(Ei, cara! Onde você conseguiu isso?/Ei, cara! Onde você está indo?).

 

– A partir de 1978, a música não será tocada em nenhum concerto. O Queen prefere uma abordagem mais rock, deixando de lado seus parênteses de music hall.

 

? O dandy Freddie, famoso por suas loucas viagens de compras no Japão durante as turnês da banda. São seus amigos japoneses que chamam assim suas idas às lojas de Tóquio!

 

 

Vídeo oficial de Good Old-Fashioned Lover Boy

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

 

 ®️ O Queen e as suas sessões na BBC –

 

▪️Entre 1973 e 1977 foram feitas seis sessões da BBC gravadas pelo Queen no estúdio de rádio. No total, 24 gravações foram feitas durante estas sessões.

 

1a sessão

 

▪️A primeira delas data de Fevereiro de 1973, 05 meses antes do lançamento do primeiro Álbum e single de estreia da Banda.

▪️Imagine que você está ouvindo rádio no início de 1973 ….. ninguém no mundo ouviu nenhuma gravação do Queen …   NUNCA !

▪️Na rádio, John Peel toca My Fairy King, a primeira música do Queen à ser transmitida por rádio em qualquer lugar ..  e a história começa …

 

My Fairy King

 

▪️Ele segue com Keep Yourself Alive (a música que mais tarde se tornou seu primeiro single), a descontraída Doing All Right e a épica opereta de Rock – Liar – todas elas anunciam a chegada de uma grande nova força musical.

 

Keep Yourself Alive

https://youtu.be/rsBCTi51SZw

 

– Doing All Right

 

– Liar

 

 

2a sessão

 

▪️A Banda retornou à BBC para sua segunda sessão em Julho de 1973, mesmo mês em que seu Álbum de estreia – Queen – foi lançado.

▪️Revisitando Keep Yourself Alive e Liar, desta vez eles também cobriram a pesada Son And Daughter e o blues See What A Fool I’ve Been.

 

– Keep Yourself Alive

 

– See What A Fool I’ve Been

https://youtu.be/aGdnO7F_XZ8

 

▪️Esta última, que nunca apareceu em nenhum Álbum de estúdio do Queen, mais tarde seria regravada e se tornaria o lado B de seu single de sucesso – Seven Seas Of Rhye – em 1974.

 

3a sessão

 

▪️Quando o Queen gravou sua terceira sessão na BBC, em Dezembro de 1973, eles já haviam começado à trabalhar em seu segundo Álbum – Queen II – (eventualmente lançado em Março de 1974).

▪️A Banda estreou uma nova música que faria parte desse Álbum – Ogre Battle – ao lado de três clássicos de seu antecessor, o galopante Great King Rat, o Modern Times Rock’n’Roll cantado por Roger Taylor e uma nova versão de Son And Daughter.

 

– Ogre Battle

 

– Great King Rat

 

 

– Modern Times Rock’n’Roll

 

– Son And Daughter

 

4a sessão

 

▪️Mais duas músicas do Queen II foram gravadas durante uma sessão subsequente em Abril de 1974 – a épica White Queen (As It Began) e a delicada balada Nevermore, ao lado de um Modern Times Rock’n’Roll regravado.

 

– White Queen

 

– Nevermore

 

– Modern Times Rock’n’Roll

 

5a sessão

 

▪️A penúltima e 5a sessão do Queen para a BBC aconteceu em Outubro de 1974, um mês antes do lançamento de seu terceiro Álbum clássico – Sheer Heart Attack.

▪️A sessão viu a estreia de quatro músicas desse disco – a deslumbrante Now I’m Here, o ataque heavy metal de Stone Cold Crazy, a cáustica Flick Of The Wrist e Tenement Funster, sua celebração do Rock’N’Roll como estilo de vida.

 

– Now I’m Here

 

– Stone Cold Crazy

 

– Flick Of The Wrist

 

– Tenement Funster

 

6a sessão

 

▪️Levaria mais três anos até que o Queen retornasse à BBC para sua 6a e última sessão, quando o sucesso de Bohemian Rhapsody os transformou em um fenômeno global.

 

– We Will Rock You

 

 

QUEEN ON AIR

 

▪️Para o lançamento do Queen On Air (compilação das apresentações) em Novembro de 2016, as fitas originais foram restauradas pelo engenheiro do Queen – Kris Fredriksson, e masterizadas pelo vencedor do Grammy – Adam Ayan.

▪️Em 28 de Outubro de 1977, o Queen gravou algumas versões radicalmente diferentes de quatro músicas do novíssimo Álbum News Of The World, no mesmo dia em que foi lançado no Reino Unido –

 

– A épica balada Spread Your Wings.

– O roqueiro banhado à aço It’s Late.

– A sombria música de jazz My Melancholy Blues.

– E duas interpretações significativamente contrastantes do sucesso global We Will Rock You – a versão regular e a versão rápida, uma versão cheia de guitarras pesadas da música.

▪️A versão acelerada de Queen On Air é a única gravação de estúdio conhecida deste favorito ao vivo.

We Will Rock You – profundidade ou apenas mais um hino adolescente !?

– comenta John Peel ao tocar a faixa.

 

▪️Peel é a pessoa famosa que uma vez disse (no ar) sobre a Banda –

 Eu nunca os vi ao vivo. Devo admitir que gostaria – uma Banda que soa como maluca, na verdade, e gosto disso porque gosto que o Rock soe um pouco fora de controle !

 

Fonte –

www.music-news.com

 

Nota –

 

▪️Essas 24 sessões marcantes serão lançadas em 04 de Novembro como Queen On Air na Hollywood Records na América do Norte (e Virgin EMI em outros lugares) como um conjunto de 2 CDs, uma edição vinil 3 LPs e um 6 -CD Deluxe Edition que incluía três discos de entrevistas de rádio, takes únicos de faixas clássicas de Álbuns e uma releitura radicalmente reformulada de um de seus hinos mais conhecidos que nunca apareceu em nenhum lançamento de estúdio do Queen – We Will Rock You.

 

 

▪️Ouça aqui a edição completa das sessões

https://youtu.be/aHwh6at11Ws

 

®️ Abaixo, a edição Deluxe 6-CD.

 

Brian May, compartilhou sua opinião honesta sobre a lenda do Nirvana Kurt Cobain e disse que gostaria de conhecê-lo.

Kurt Cobain formou o Nirvana em 1987, quando tinha 20 anos. Na época, Cobain estabeleceu o Nirvana como parte da cena musical de Seattle que mais tarde ficou conhecida como grunge. A banda alcançou o sucesso mundial com seu clássico Smells Like Teen Spirit, música que foi retirada de seu segundo álbum de estúdio Nevermind.

Em sua recente entrevista com o Ultimate Classic Rock, Brian May falou sobre a lenda do Nirvana, Kurt Cobain, enquanto discutia as partes de gravação de seu álbum de estreia, Back To The Light. Ele também disse que Kurt parecia uma alma gêmea dele.

 

Bem, eu amei aquele [grunge]”, disse May. Achei ótimo. Eu amo as pessoas com paixão. E não tem a ver com quanta destreza eles têm em seus instrumentos, é o que vem da alma.

 

Kurt Cobain, para mim, parecia uma alma gêmea. Eu gostaria de tê-lo conhecido. Eu nunca fiz. E, claro, Dave Grohl estava nessa banda. Foi fantástico.

 

O resto, provavelmente menos. Alice in Chains, eu sabia, mas provavelmente não poderia cantar suas músicas. Lembro-me de visitar Seattle naquela época e meio que bebi. Eu estava percebendo que algo grande estava acontecendo – e de um jeito bom.

 

Ele menciona sua paixão pelo grafite que surgiu mais tarde

Concluindo suas palavras, May relembrou sua visita a Seattle. Ele disse que se apaixonou pelo grafite quando viu as paredes em Seattle, embora até então odiasse.

Lembro-me de ficar meio imerso no grafite. Eu sempre odiei grafite até aquela época porque na Grã-Bretanha é uma bagunça. Quando fui para Seattle, vi todas essas lindas coisas coloridas nas paredes em todos os lugares.

 

Isso meio que me lembrou a psicodelia e os dias em que eu era menino. Foi legal pintar tudo com tinta fluorescente ou qualquer outra coisa. Eu apenas senti que era uma grande comunidade. Havia um movimento acontecendo lá.

 

Fonte: https://news.infodigitalcamera.com/

WHITE  MAN

(7ª música do 5º álbum)

 

White Man é uma música muito blues. Ele me ofereceu a oportunidade de cantar furiosamente. Será perfeito para o palco!

Tudo se resume na descrição de Freddie Mercury sobre essa música composta por Brian May.

 

– Brian aqui compõe um apelo incendiário contra os colonos que se estabeleceram no Novo Mundo no século XVI. Sua letra ressalta particularmente as atrocidades infligidas ao povo ameríndio.

– O guitarrista propõe White Man à banda, que constrói com ele um tema poderoso: sem dúvida um dos mais agressivos do Queen.

– Embora apareça no lado B de Somebody To Love, White Man continua sendo uma música pouco conhecida até hoje.

– O título provisório de White Man era Simple Man, uma expressão usada nas frases de abertura da música.

 Os concertos do Queen contam com um jogo de iluminação incrível, que melhora a cada turnê da banda.

 

Vídeo oficial de White Man

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

 

– Freddie nem sempre falava publicamente sobre sua educação e primeiros anos de vida em Zanzibar, mas isso não impediu o crescimento do comércio turístico lucrativo, à sua volta, no arquipélago.

– Hoje, os fās do Queen podem fazer passeios pelos lugares mais encantadores de sua infância  incluindo sua casa, sua Escola Missionária do Convento de São José em Zanzibar, onde aprendeu a ler e escrever, o local de culto de sua família e a corte onde seu pai trabalhava.

– Há também um Restaurante e um Café Freddie Mercury, além do Museu Freddie Mercury.

 

          

– A família viveu uma vida bastante rica, considerando o salário de Bomi. Além dos trabalhadores domésticos, Freddie tinha uma babá de nome Sabine.

– O jovem Farrokh Bulsara cresceu nas ruas estreitas de Stone Town.

– Eles moravam em um apartamento confortável com vista para o mar, na parte histórica da cidade de Zanzibar, com seu labirinto de becos estreitos repletos de lojas, casas, bazares e Mesquitas.

         

 

– Os primeiros anos de escolaridade de Freddie foram na St. Joseph’s Convent Missionary School, onde ele foi ensinado por freiras anglicanas.

Ele estava sempre bem vestido.

lembra um amigo.

 

– Mas os bons tempos foram de curta duração. Em 1964, uma revolução derrubou a elite árabe dominante e cerca de 17.000 pessoas foram mortas. Uma República foi então estabelecida com os presidentes de Zanzibar e Tanganyika, no continente, assinando um ato de união.

– A família Bulsara, juntamente com muitos outros, fugiram das ilhas.

 

     O complexo relacionamento de Freddie com Zanzibar….

– Mas uma problemática para muitos de Zanzibar – e para os zoroastrianos – é a sexualidade de Freddie. O Islā é a religião predominante no arquipélago e o sexo gay foi ilegal em 2.004.

                      

 

                       

– Em 2006, houveram protestos contra festividades marcadas para celebrar os 60 anos que Freddie faria. A Associação para a Mobilização e Propagação Islâmica (Uamsho) ameaçou realizar uma manifestação, após ouvir rumores de que turistas gays estavam à caminho da Ilha, especificamente para comemorar o aniversário de Freddie.

– Por outro lado, há excursões dedicadas à  ele e existe, em determinados setores da sociedade, muito orgulho do cantor.

– Aboubakar Famau, da BBC na Tanzânia, diz que, embora alguns aspectos do estilo de vida do cantor sejam controversos em uma sociedade islâmica conservadora, ainda há um sentimento de orgulho nele. Ele disse:

Eles têm orgulho dele, sentem que têm alguém da ilha que tocou o nivel internacional na indústria da música 

 

Nota – Bohemian Rhapsody chegou a filmar cenas de Freddie em Zanzibar, quando criança, porém foram deletadas… inclusive de um jovem ator fazendo o papel de Freddie de nome Adam Rauf……. elas seguem abaixo.

                 

 

 

Fonte – BBC News Outubro 2018