BREAKTHRU

(6ª música do 13º álbum)

 

– O expediente embriagador de Breakthru que inspira Roger Taylor na ideia de um trem cruzando a planície em grande velocidade torna-se realidade no videoclipe realizado pela Torpedo Twins.

 

– John Deacon diria:

Estávamos escutando a canção, vocês sabem, os tutu tutu tutu, e Roger sugere a ideia de um trem em alta velocidade. A seguir, acredito que Freddie e eu tivemos a ideia de um trem com o nome de ‘The Miracle Express’, e assim surgiu tudo. Eu me informei sobre a possibilidade de embarcarmos nessa aventura, e era possível, então lá fomos nós!

 

– A atriz que se vê desde o início do videoclipe é a nova namorada do baterista, Deborah Leng, que apareceu em 1987 em um anúncio publicitário muito sensual para as barras de chocolate Cadbury’s Flake.

– Em todo o videoclipe de Breakthru, apreciamos os músicos interpretando o tema sobre um vagão de trem, desafiando as leis da gravidade.

– Brian May comentaria mais tarde:

Imagino que todos vocês pensem que é feito com truques. Mas, na realidade, estávamos em um trem que viajava a quase oitenta quilômetros por hora! Você tinha que ser muito confiante. Se o maquinista tivesse que mudar a velocidade, por menor que fosse, poderíamos ter caído e nos matado. Mas uma vez que nos acostumamos com o movimento do trem e o maquinista ganhou nossa confiança, começamos a nos comportar da maneira usual.

 

– Para a introdução de Breakthru, Freddie integra ao tema uma melodia que trabalhou durante as sessões de composição de The Miracle, denominada A New Life Is Born.

Ele tinha ficado na frase de demonstração e resultou ideal para a introdução de Breakthru.

Freddie Mercury, Roger Taylor, John Deacon e Brian May sobre a locomotiva The Miracle Express, para as filmagens do videoclipe de Breakthru, realizado pela Torpedo Twins.

 

 

Vídeo oficial de Breakthru

 

Deborah Leng no anúncio publicitário do chocolate Cadbury’s Flake

Veja aqui

 

A New Life Is Born [rare]

https://youtu.be/loxgzbXyZLI

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo.

Parte 4

Nesta parte, Brian fala sobre as músicas: Brighton Rock (e seus delays), Now I´m Here, Stone Cold Crazy, The Prophet´s Song, Tie Your Mother down e We Will Rock You.

E comenta também a influência do Led Zeppelin, The Beatles e The Who  no som do Queen e na influência de Rory Gallagher (multi-instrumentista, compositor e produtor de rock e blues irlandês) na sua vida.

 

Londres – Junho de 1979 : Rory Gallagher fotografado para a capa do álbum Top Priority em 11 de junho de 1979. (Foto de Brian Cooke/Redferns)

 

Brighton Rock

TG: O terceiro álbum, Sheer Heart Attack, de 1974, é amplamente visto como o primeiro clássico da banda e o primeiro álbum puro do Queen. E a faixa de abertura, Brighton Rock, é uma de suas canções mais marcantes como guitarrista. É uma explosão de emoção – e, claro, o efeito de delay está lá. Dizem que essa música foi escrita na época de Queen II, mas foi guardada para Sheer Heart Attack. Qual foi a razão para isso?

BHM: Foi uma evolução lenta, aquela música. Foi tomando forma aos poucos. E o material do solo se originou em um lugar diferente. Quando estávamos em turnê com o Mott The Hoople, toquei o começo desse solo na música Son And Daughter, que está no primeiro álbum. E construí meus próprios delays – modifiquei alguns Echoplexes (Nota do tradutor: é um tipo de pedal para produzir efeito de delay) e construí trilhas longas para eles, para poder produzir esses longos delays. Eles eram assustadoramente instáveis. Eles não eram adequados para a estrada. Então era incerto se eles iam funcionar todas as noites. E eles não funcionavam todas as noites!

Eu experimentava naquele ponto com os delays, e tive a ideia de construir harmonias e contrapontos com os delays. Tornou-se uma obsessão, que na verdade ainda está lá. Ainda acho que sou meio obcecado com esse tipo de coisa. Hoje em dia, os delays são feitos digitalmente com muita facilidade. Mas há um certo charme nos antigos delays de fita. Eles não tinham um som certo, porque comecei com um delay e depois percebi que se tivesse outro delay do mesmo comprimento, poderia obter harmonias de três partes, e foi aí que fiquei realmente animado!

 

TG: Quando você mudou para o delay duplo?

BHM: Não me lembro exatamente, mas acho que logo depois do primeiro álbum. Assim que saímos em turnê – em turnê de verdade, tive dois delays.

 

TG: Então é justo dizer que as pessoas nunca ouviram Brighton Rock sem os dois delays?

BHM: Não, provavelmente não. É apenas um na versão do álbum. Mas quando chegamos  no [Álbum de 1975] A Night At The Opera, é uma coisa costumeira. Há muito disso naquele álbum, e estamos fazendo isso com os vocais também em The Prophet’s Song – colocando Freddie lá com o mesmo tipo de equipamento e encorajando-o a experimentar também.

 

Now I´m Here

TG: Além de Brighton Rock, o álbum Sheer Heart Attack tem outra canção com a sua assinatura:  Now I’m Here – impulsionado por aqueles riffs longos e sinuosos, nos quais há um eco de Black Dog do Led Zeppelin.

 

BHM: Eu devo muito para Jimmy Page, claro que o mestre do riff, e o mestre do perder-se deliberadamente no compasso, acho que essa música foi inspirada, definitivamente, pelo espírito do Zeppelin. Todas essas coisas maravilhosas que estão acontecendo quando Bonzo (o baterista do Zeppelin, John Bonham) está lançando coisas que soam como se estivessem em um compasso diferente – essas coisas sempre me fascinaram. Esses caras não estavam muito à frente de nós em idade, mas a primeira vez que ouvimos Zeppelin, pensamos, ‘Oh, meu Deus, isso é onde estamos tentando chegar, e eles já estão lá!’ Então, de certa forma, houve momentos em que sentimos como se tivéssemos perdido o barco – como se não fôssemos conseguir fazer as nossas coisas serem ouvidas. Mas nossa visão era um pouco diferente do Zeppelin, musicalmente. É mais harmônica e melódica, suponho. Mas eu nunca teria vergonha de dizer que o Zeppelin foi uma grande influência para nós, não apenas musicalmente, mas também na forma como eles se comportaram no negócio, sem fazer concessões. A maneira como eles lidavam com sua imagem, a integridade, a maneira como construíam seu show no palco – tantas coisas. Suponho que entre Zeppelin e The Beatles e The Who, você veria de onde viemos. Esse foi o tipo de plataforma de que nós saltamos.

 

Stone Cold Crazy

TG: E ainda outra faixa marcante de Sheer Heart Attack é Stone Cold Crazy, uma música tão rápida e pesada que a versão do Metallica fazia todo o sentido. Este é o exemplo definitivo do Queen em sua forma mais pesada?

BHM: Eu penso que sim. Stone Cold Crazy remonta a um longo caminho. Foi uma das primeiras músicas que tocamos juntos, então é interessante que nunca tenha entrado em uma gravação até o terceiro álbum. Isso é bastante incomum, não é? Acho que estávamos tocando Stone Cold Crazy em nossos primeiros shows. Freddie havia escrito a letra com sua antiga banda, e o riff original era muito diferente, soava como o riff de Tear It Up [do álbum de 1984,  The Works]. Então aquela versão original de Stone Cold Crazy soava como um monte de outras coisas que existiam na época, com um riff bastante descontraído. Não tinha muito ritmo. Mas eu pensei que essa letras é meio frenética, então a música deveria ser frenética também. Então eu coloquei esse riff nela, que as pessoas estão me dizendo que é o nascimento do thrash metal ou algo assim! Eu não sei sobre isso. Mas era incomum na época tocar naquele ritmo. Essa música foi um pouco divertida, realmente. Não acho que consideramos isso tão sério, talvez por isso que nunca entrou em um álbum até o número três. Mas é bom e pesado. Ainda me lembro de ir fazer a versão definitiva, e foi mais rápido do que nunca – nós apenas fomos e tocamos! É muita adrenalina: vamos nessa! Pega fogo de verdade. E gostei dos sons que tínhamos naquela época. Stone Cold Crazy é um bom exemplo de nós gravando ao vivo, mas em estúdio. E começamos a diminuir nesse ponto. Depois de dominar esse tipo de coisa, você pode se enganar pensando que é ao vivo quando estiver no estúdio. Portanto, não soa calculado – soa real e espontâneo. E nós o capturamos, acho que é tudo num take só. Não é como ficar fazendo take após take. Simplesmente tocamos. Eu diria que foi quando começamos a dominar o estúdio.

 

The Prophet´s Song

TG: No álbum mais icônico do Queen, A Night At The Opera, há um paralelo claro entre duas canções grandiosas e com vários movimentos: a épica de Freddie, Bohemian Rhapsody, e sua épica, The Prophet’s Song. E é evidente que The Prophet’s Song é uma das suas, porque realmente tem peso.

BHM: Para ser honesto, sempre considerei uma pena que The Prophet’s Song tenha sido eclipsado – porque Bohemian Rhapsody sempre iria eclipsar tudo. Assim, com The Prophet’s Song, é uma espécie de luz que se escondeu debaixo do alqueire. Mas o positivo é que é um lado profundo do Queen, no qual as pessoas entram quando começam a explorar. É uma coisa boa para eles descobrirem e ficarem entusiasmados. Mas sim, você está certo, essas duas músicas eram meio paralelas.

 

 

Tie Your Mother down

TG: Quando se trata de músicas de rock’n’roll ousadas, não há nada no catálogo do Queen tão ousado e rock ‘n’roll quanto Tie Your Mother Down, a faixa de abertura do álbum de 1976, A Day At The Races. O que você lembra sobre escrever essa música?

BHM: Escrevi o riff no topo de uma montanha vulcânica em Tenerife (uma ilha da Espanha). Mesmo. E pensei, o que vou fazer com isso? E tudo que eu conseguia ouvir na minha cabeça era Tie Your Mother Down, que não parecia ser um título de música razoável. Lembro-me de trazê-lo de volta para os meninos e dizer: Tenho esse riff, do qual todos gostaram. Quando perguntaram sobre o que era a música, eu disse: Tudo o que tenho é este títuloTie Your Mother Downque obviamente não podemos usar. E Freddie disse: O que você quer dizer com não podemos usá-la? Sim, podemos! E comecei a pensar, ok, esta é uma música sobre crescer e ficar frustrado com seus pais. E tem senso de humor! E foi bem rápido escrever aquela letra, da qual tenho muito orgulho, porque naquela época eu ainda era um menino, não era bem um homem. E essa música é o choro da frustração de um menino.

TG: É uma música que parece muito livre na performance…

BHM: Sim, há uma influência de Rory Gallagher na maneira como estou tocando as cordas assim. E eu amava Rory. Talvez devesse tê-lo mencionado antes, porque ele foi uma influência fantástica para mim. Que cara maravilhoso ele era, em todos os sentidos.

 

We Will Rock You

TG: Em 1977, o ano do punk rock, o Queen respondeu com News Of The World, um álbum de canções mais curtas e enérgicas – We Will Rock You, a mais curta e enérgica de todas. É, inegavelmente, o maior hino do rock de todos os tempos. Como você criou algo tão simples e eficaz?

BHM: A música nasceu em uma noite em Bingley Hall, em Midlands. Éramos um grupo que estava indo muito bem, tínhamos bastante seguidores e tínhamos essa coisa onde as pessoas insistiam em cantar nossas músicas. E acho que ficamos bastante irritados com isso!

 

TG: Seriamente? Porque?

BHM: Porque pensamos Pessoas, apenas ouçam. Estamos trabalhando muito, então ouça! Mas eles eram imparáveis. E nesta noite em particular, eles cantaram cada palavra de cada música, o que era bastante novo naquela época. Quer dizer, eu fui a um show do Zeppelin e eu não me lembro de pessoas cantando Communication Breakdown ou o que quer que estivessem tocando. Quando o Zeppelin tocava, eles ouviam. Eles batiam a cabeça e ouviam. E eu pensei sobre nossos shows: por que vocês, seus idiotas, não ouvem em vez de cantar?

De qualquer forma, naquela noite no Bingley Hall, saímos do palco e nos entreolhamos maravilhados, porque todo aquele canto da plateia era tão extremo. E eu disse a Freddie: Talvez, em vez de lutar contra isso, devêssemos encorajá-los. Talvez devêssemos estar mexendo com esse tipo de energia que parece estar acontecendo. E todos concordamos que isso era algo realmente interessante que deveríamos experimentar.

 

Continua…..

A primeira parte está aqui

A segunda parte aqui

E a terceira aqui

 

Fontes: www.queenonline.com e Revista Total Guitar

Fotos de Neil Preston e Total Guitar e internet

A boa música não tem fronteiras ou limitações

– Queen foi a primeira Banda de Rock britânica à lançar disco no Irã, com aprovação oficial do governo, em 24 de Agosto de 2004, sem que a Polícia da Moral  aplicasse seus conhecidos métodos repressivos.

Bandeira do Irã

– Foi uma surpresa!

– Depois de 25 anos criminalizando e banindo a música ocidental, perseguindo e punindo quem a escutava, algumas dessas canções consideradas depravadas receberam o selo oficial de aprovação da República Islâmica do Irã.

– No Irã, a música ocidental, como em todos os países islâmicos, era estritamente proibida e a homossexualidade considerada um crime. E como todos sabemos das origens parsi de Freddie, os Álbuns piratas do Queen ainda foram importados ilegalmente por anos, o que fez do Queen uma das Bandas mais populares do Irã, até serem aprovados pelo governo da época.

– Este foi apenas um pequeno gesto num país onde, como se sabe, as mulheres ainda estão sujeitas à leis abusivas e discriminatórias.

– O Álbum, em fita cassete, contém sucessos como Bohemian Rhapsody, The Miracle e I Want To Break Free, mas há informações de que foram excluídas várias canções românticas do Queen.

– O Álbum que custava menos de US$ 1, vinha com um folheto explicativo e a tradução das letras do grupo.

– O folheto informava aos fãs do Queen que Bohemian Rhapsody fala sobre um jovem que matou alguém acidentalmente e, como Fausto, vendeu sua alma ao diabo. Na véspera de sua execução, ele chama Deus em árabe – Bismillah – e assim resgata sua alma.

– Akbar Safari, um vendedor em uma livraria que vende discos na capital iraniana, Teerã, disse na época que o Álbum já estava tendo uma boa saída.

– Outros artistas ocidentais tiveram Álbuns com coletâneas lançados oficialmente no mercado iraniano, inclusive Elton John, Julio Iglesias e Gypsy Kings.

* Notas complementares –

– Houve um tempo em que os iranianos podiam curtir a música ocidental e ouvir suas Bandas favoritas.

– Até 1979, quando a Revolução Islâmica impôs suas leis autoritárias e antiocidentais. Qualquer coisa lançada por Bandas estrangeiras foi criminalizada, suas músicas foram banidas, as lojas de discos desapareceram e os locais de shows ficaram em silêncio. Qualquer um pego tocando música considerada anti-islâmica podia ser multado, açoitado ou preso por cometer atos corruptos, de acordo com a lei iraniana.

– No entanto, muitas pessoas continuaram a ouvir discos não-islâmicos.

– Nasceu um mercado pirata que distribuía cassetes e LPs secretamente.

– Países vizinhos, como Turquia ou Iraque, favoreceram esse comércio ilegal. Fitas originais de alta qualidade eram difíceis de encontrar e geralmente apenas cópias de cópias estavam disponíveis. Mas a qualidade era o mínimo.

 

Fitas, Fitas, Fitas …

– O governo islâmico reforçou seu controle sobre a sociedade. Além das dificuldades de obtenção de música no exterior, seu custo subiu tanto que dobrou, triplicou e até quadruplicou o preço original. Com o tempo, um grande mercado negro se desenvolveu e, em 1986, os últimos sucessos ocidentais estavam disponíveis nas ruas iranianas, uma semana após seu lançamento.

Em algumas áreas da cidade, quando estávamos andando, um cara aleatório sussurrava fitas, fitas, fitas, disse Hossini à Euronews.

 

– A diligente Polícia da Moralidade perseguiu os distribuidores, prendeu-os ou impôs pesadas multas. Segundo o depoimento de um jovem iraniano à AFP, com apenas 17 anos foi detido e colocado numa cela junto com outros 30 homens –  assassinos, narcotraficantes e estupradores -, porque foi descoberto em uma lanchonete com sua namorada e algumas fitas cassete do The Doors e do Queen.

A polícia levou isso muito a sério. Fui punido e insultado. Eles disseram que era uma música maligna e que eu me tornaria um pervertido.

 

*A Revolução do Queen –

– No país da Ásia Ocidental, a homossexualidade é considerada crime. Desde o início da Revolução Islâmica, estima-se que milhares de pessoas foram executadas por sua condição sexual.

– Freddie Mercury (Farrokh Bulsara), sempre se orgulhou de sua ascendência iraniana e de sua origem zoroastriana (Religião baseada nos ensinamentos do profeta Zaratustra).

– Farrokh é um nome persa popular que significa fortuna e felicidade.  De acordo com sua irmã, sua fé no Zoroastrismo o inspirou a seguir seu sonho.

– Enquanto Freddie Mercury canta I Want To Break Free …

– Enquanto alguns dos maiores sucessos do Queen tocavam nas rádios iranianas, as leis abusivas e brutais dos Aiatolás continuam a correr soltas.

– Enquanto Bohemian Rhapsody tocava, as patrulhas da Guarda Revolucionária paravam qualquer mulher e verificavam suas roupas.

– Enquanto Freddie Mercury cantava I Want To Break Free, Nika Shakarami era presa por usar o véu incorretamente. Ela estava protestando nas ruas de Teerã … e foi brutalmente assassinada. Tinha 16 anos …

 

Via: https://los40.com/…/31/los40classic/1667239992_252215.html

Fontes –

– BBC Londres

– Queen Factory

THE INVISIBLE MAN

(5ª música do 13º álbum)

 

– Em The Invisible Man se encontra o universo fantástico que apaixona seu autor principal, Roger Taylor.

– Inspirado na novela homônima de H. G. Wells, a canção narra as andanças do homem invisível, um personagem tão aterrorizante quanto indescritível.

– Declaração de Roger:

Eu sou o responsável por este tema! Mas cada um traz suas pequenas modificações, participa na sua estrutura, etcetera. Não lembro de onde surgiu a ideia. Sem dúvida, de algum livro que li, e que combinava bem com um padrão rítmico que eu tinha em mente.

– O videoclipe de The Invisible Man, realizado pela Torpedo Twins (Dolezal e Rossacher) no Pinewood Studios de Londres, em 26 de julho de 1989 (o dia do quadragésimo aniversário de Roger), destaca-se por seus efeitos visuais.

– Nele, os músicos do Queen se convertem em personagens de videogame que ganham vida no quarto de um jovem viciado em seu computador. Uma cena particularmente bem sucedida mostra um Brian May multiplicado, realizando um solo majestoso, enquanto alguns raios lasers escapam de sua Red Special.

– Assim como quando uma banda apresenta seus músicos no palco, cada membro do Queen é nomeado durante a música:

– Roger anuncia a entrada de Freddie aos 00:17, e depois Freddie apresenta John aos 00:54, Brian aos 2:10 e Roger aos 3:12

Roger Taylor volta a usar suas referências literárias para compor The Invisible Man. Neste caso, o baterista se inspira no personagem do homem invisível, criado por H. G. Wells em 1897.

 

Vídeo oficial de The Invisible Man

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Queen The Greatest Live

A série The Greatest retorna com uma celebração de um ano com Queen Live.

Uma série de 50 semanas no YouTube que mostra os bastidores para revelar o que é necessário para criar um show do Queen, apresentando momentos de apresentações icônicas e demonstrando por que a banda é considerada a melhor apresentação ao vivo.

 

Queen The Greatest Live Episódio 1 – Ensaios – Parte 1

Este primeiro episódio apresenta uma entrevista nova e exclusiva com Brian May e Roger Taylor, enquanto eles revelam seus segredos de ensaio.

Eles chamam isso de Kaizen no Japão; você melhora pequenas coisas ao longo do caminho e de repente o todo mostra uma melhora. E é por isso que o show é tão bom, eu acho. Quero dizer, espero que seja bom. As pessoas dizem que é bom. Brian May

 

Normalmente tocamos uma música e vemos se achamos que vai funcionar ao vivo. Eles nem sempre trabalham ao vivo. Portanto, há algumas músicas que nunca tocamos ao vivo que estão em álbuns e provavelmente por um bom motivo.  Roger Taylor.

 

Desde seus primeiros shows tocando para várias centenas no famoso Marquee Club de Londres em 1973 até shows mais recentes realizados para mais de 70.000 em Sydney, Austrália, a única constante na história do Queen tem sido o compromisso da banda com o que eles consideram o aspecto mais crucial de um sucesso. Performance da Queen: os ensaios.

Agora em seu triunfante segundo ano, a popular série de vídeos do YouTube Queen The Greatest retorna nesta sexta-feira, 13 de janeiro.

Este primeiro episódio de 2023 dá início a uma programação de 50 vídeos de 12 meses que trará aos fãs imagens ao vivo de arquivo mais raras, performances contemporâneas e entrevistas nos bastidores das cinco décadas do Queen.

Complementado pelos visuais meticulosamente montados do colaborador multimídia de longa data Simon Lupton, Queen The Greatest Live promete continuar a informar e encantar o fã mais hardcore, muitos dos quais podem ficar emocionados ao perceber que o retorno da série agora apresenta uma nova música tema de abertura. – criado especialmente por Brian May de We Are The Champions.

Do Live Aid ao Rock In Rio, os lendários shows do Queen sempre foram o clímax de meses de meticulosa preparação. Como Brian e Roger explicam aqui no Episódio 1, o processo de ensaio e passagem de som é uma parte vital da mágica noturna que acontece no palco, não apenas ajudando o Queen a esculpir seu famoso som épico, mas também a fazer as complicadas mudanças musicais e até mesmo tirar o pó de músicas que raramente aparecem no setlist.

E se funcionar bem na passagem de som, você coloca na noite seguinte, observa Brian.

Intercalado com as novas entrevistas, o Episódio 1 também oferece filmagens dos bastidores das turnês do Queen no passado e no presente. Nos tempos modernos, vemos Roger colocar seu kit à prova e o vocalista Adam Lambert testando a acústica do estádio. Mas este último vídeo também mergulha fundo nos arquivos, trazendo-nos cenas da passagem de som da era do News Of The World, com Freddie Mercury cantando Tie Your Mother Down para fileiras de assentos vazios enquanto Brian mexe em sua pedaleira.

Nossa jornada começa com uma nova e exclusiva entrevista com Brian May e Roger Taylor para descobrir a importância do primeiro e crucial aspecto de qualquer turnê de sucesso do Queen. Os ensaios.

Brian May

Ensaiar antes da turnê é sempre uma surpresa, porque você não sabe o quanto vai se lembrar e não sabe se ainda vai parecer o mesmo. Mas é surpreendente como as coisas voltam para você, para suas veias quando você começa a chutar as coisas.

 

Roger Taylor:

Normalmente tocamos uma música e vemos se funciona, se achamos que vai funcionar ao vivo, e nem sempre funcionam ao vivo. Alguns deles simplesmente não são adequados para uma performance emocionante ou envolvente, envolvente, uma performance ao vivo. Então, provavelmente, há algumas músicas que nunca tocamos ao vivo que estão em álbuns e provavelmente por um bom motivo.

 

Brian May:

Vamos tentar um monte de coisas e, muitas vezes, vamos dizer: ‘Oh, bem, fizemos isso da última vez. Bem, talvez façamos isso’, e você monta um conjunto bruto muito rapidamente. É sobre muitas coisas. Trata-se também de olhar para o som e garantir que tudo está no lugar para as pessoas que estão na frente. Trata-se de olhar para o sistema de monitoramento, certificando-se de que podemos ser ouvidos entre si, como posso ouvir Rog, ele pode me ouvir, etc., etc..

 

Brian May:

É também sobre as luzes, toda a produção. Então você tem muito o que fazer nesse período de ensaio. E é fácil que as coisas, eu acho, fiquem inacabadas. Então você sabe que vai sair em turnê na primeira noite e não vai acabar. Haverá trabalho em andamento, mas essa é a natureza do jogo. Você não pode ser perfeito. Você não pode atingir o solo perfeito. Você caiu no chão, ok? E você evolui para o lugar onde espera estar. Então, quando você chega ao final da turnê, você é muito bom.

 

Para garantir que essa evolução continue ao longo de uma turnê do Queen, algumas horas preciosas em cada dia de show se tornam de vital importância.

Brian May:

A checagem de som é o verdadeiro tipo de linha de base da turnê, na verdade. Se você não fizer a passagem de som enquanto estiver em turnê, ficará estático e meio que morto. Esse é o meu sentimento. Eu sei que é o sentimento de Roger também.

Roger Taylor:

Nós simplesmente não nos sentiríamos felizes a menos que sentíssemos que sabíamos exatamente onde tudo estava – a configuração do som, mesmo que estivéssemos fazendo várias noites em um só lugar. Você quer ir no dia seguinte e certificar-se de que tudo está soando bem. Está sintonizado certo. Tudo está certo… E pode ter havido algo com o qual você não estava feliz na noite anterior. Você quer corrigi-lo, você sabe. E então podemos apenas mudar uma música, e então vamos ensaiar uma nova música para colocar e apenas experimentar as coisas, realmente. Mas acho que Brian e eu certamente não estamos felizes em passar frio. Gostamos de saber que está tudo certo e que, com sorte, nada vai dar errado.

Roger Taylor:

A passagem de som. Normalmente às 4 horas, eu vou primeiro com o conhecimento seguro de que Brian vai demorar muito, então posso fazer o meu rapidamente. E então eu vou desocupar o palco e os outros caras estarão lá, ritmo, baixo, teclas e eles estarão repassando coisas, tecnicamente, harmonias, coisas assim. E então Brian virá para obter seu som e então nos reuniremos como uma unidade e tocaremos em conjunto. Sim, é assim que funciona normalmente. Sim.

Brian May:

Chamamos isso de passagem de som, mas parte dela é verificar o som e é sempre necessário, mas o resto é apenas experimentar coisas, mesmo que sejam apenas alguns compassos. Como ‘O que aconteceu ontem à noite? Ah, isso aconteceu. E se fizermos isso? ‘ E você gradualmente, gradualmente evoluindo o show, descobrindo pequenas partes que não funcionaram tão bem quanto poderiam. Talvez eles possam ser melhorados. ‘Ah, vamos tentar. Nós não tentamos essa música por muito tempo. Talvez possamos tentar isso? ‘ E se funcionar bem na passagem de som, você coloca na noite seguinte.

Brian May:

Mas pode ser todo tipo de coisas pequenas, pequenas, minúsculas. Tipo ‘se eu fizer isso, sabe, geralmente você faz aquilo que entra em conflito, sabe, então talvez a gente… Ah sim, tudo bem, vou fazer isso’. E você ajusta essas pequenas coisas que melhoram. Eles chamam isso de Kaizen no Japão e você melhora pequenas coisas ao longo do caminho e de repente o todo mostra uma melhora. E é por isso que o show é tão bom, eu acho. Quero dizer, espero que seja bom. As pessoas dizem que é bom.

 

Veja o link da lista de reprodução no YouTube aqui

Semana que vem: Ensaios – Parte 2: Preparando-se para o maior show de todos os tempos.

 

Fonte: www.queenonline.com

Brian May em Jealousy –

– Sitar ou Cítara

– Brian também quer dar sua opinião sobre Jealousy, e sobre um instrumento que ele modificou pessoalmente para obter um som muito particular – o da Sitar ( um instrumento musical de cordas do norte da Índia ), mas obtido com uma guitarra.

– De fato, nesta balada, sua amada Red Special não está presente.

– O mesmo som também pode ser encontrado na esplêndida Withe Queen, As It Began. Em 1983, durante uma entrevista para a Guitar Player, Brian explicou como ele conseguiu obter um som muito particular de uma guitarra. À ele foi perguntado se tinha guitarras acústicas, ele respondeu -.

Sim, eu tenho uma Hairfred muito antiga e barata, que eu criei aquele som em particular em Jealousy. Eu fiz com que soasse como uma cítara removendo a ponte original e inserindo uma ponte de madeira.

Eu à esculpi até ficar plana, e coloquei tiras de cordas de piano no lugar das teclas. As cordas do descanso da guitarra foram muito delicadamente colocadas nos trastes, produzindo um som metálico semelhante ao de uma cítara “.

– E as mãos de Brian são capazes de criar maravilhas com a música !

Via Go On

– Curiosidades –

– Depois dessa entrevista, muitos fãs começaram à procurar por essa guitarra, sem encontrar. Somente em 2014, hraças ao livro The Red Special de Brian May foi descoberto porque não estava em lugar nenhum …

Eles simplesmente tinham o nome errado … Na realidade, a guitarra se chamava Hallfredh e não Hairfred …

– Sitar é um instrumento musical de origem indiana, que é da família do Alaúde. É um símbolo da música da Índia. Para esclarecer a diferença entre o sitar e a cítara, é que esta e os integrantes de sua família são classificadas como um tipo de cordofone que, suas cordas se estendem junto à caixa de ressonância.

– A cítara é um instrumento de cordas, usado sobretudo na música tradicional, mais comumente em países de língua alemã nos Alpes e na Europa do Leste.

O instrumento consiste numa série de cordas esticadas dentro ou sobre uma caixa de ressonância.

 

A Festa Oficial de Aniversário de Freddie Mercury 77 anos

02 de setembro de 2023

Casino Barriere, Montreux

19h até tarde

***

Ingressos à venda quinta-feira, 26 de janeiro de 2023, a partir das 7 horas (horário de Brasília) em www.queenonlinestore.com/Mercury-Phoenix-Trust

O entretenimento ao vivo este ano virá do LIVE KILLERS do Reino Unido, que apresentará o álbum de estreia do Queen de 1973 em sua totalidade, além de cortes profundos e sucessos clássicos.

Estamos honrados em retornar a Montreux novamente, desta vez para jogar no Cassino para a celebração oficial do aniversário de Freddie. Um enorme obrigado ao MPT por nos convidar para jogar, vamos tornar este ano realmente especial. Vai ser uma festa infernal e estamos prontos para entretê-lo!

Todos os lucros do evento vão para o The Mercury Phoenix Trust – Fighting AIDS Worldwide

www.mercuryphoenixtrust.com

 

LIVE KILLERS é uma banda britânica de tributo ao Queen.

Veja mais sobre eles aqui

 

Fonte: www.queenonline.com

I WANT IT ALL

(4ª música do 13º álbum)

 

– Apesar do álbum The Miracle ter sido composto a oito mãos, I Want It All foi a exceção. O tema, um autêntico concentrado de rock, é na realidade obra de Brian May, que admitiria que a ideia lhe ocorrera enquanto capinava o jardim de sua propriedade em Los Angeles.

– Primeira canção terminada durante as sessões de trabalho de The Miracle, o nome se deve à uma expressão atribuída à nova companheira de Brian, a atriz Anita Dobson, que frequentemente repete I want it all, and I want it now! (Quero tudo, e quero agora!)

 

Uma mulher muito ambiciosa!, segundo o guitarrista.

 

– Brian diria nessa época:

Isto recupera, de certa maneira, a nossa imagem. Não há problema em lançar algo potente, que lembre às pessoas de que somos uma banda autêntica.

– O tema seria o primeiro single extraído do álbum, depois de uma arbitragem difícil.

– Uma vez mais, Brian comentaria:

Uma vez que gravamos o álbum, o primeiro single foi, sem dúvida, a decisão mais difícil de se tomar. Sempre resulta difícil saber o que será publicado em primeiro lugar. Porém me parece que se fez de maneira democrática e também pedimos conselho aos que estavam ao nosso redor, às pessoas do escritório, aos amigos, assim como a algumas pessoas da casa discográfica com as quais trabalhávamos há muito tempo. Mas, em última análise, [com os singles] você nunca sabe se tomou a decisão certa.

– David Mallet roda um clipe no Elstree Film Studios em abril de 1989 mostrando o grupo no palco, confiante e forte diante das críticas.

– Freddie Mercury aparece bastante fraco, ocultando o rosto atrás de uma fina barba que impede de mostrar algumas feridas como resultado da doença.

– Peter Freestone, assistente pessoal do cantor, declararia:

Depois de ver [o vídeo] hoje, tenho a impressão de que Freddie não queria estar lá.

 – Norman Sheffield, proprietário do Trident Studios e antigo produtor dos primeiros álbuns do Queen, afirma que o título da canção procede de uma visita de Freddie Mercury nessa época. O cantor, ao exigir o adiantamento do dinheiro que lhe corresponde, o esperava no seu escritório:

Não estou disposto a esperar muito tempo. Eu quero tudo, agora!

A Red Special de Brian May sempre brilhou por sua versatilidade, ao adaptar-se ao rock barroco da década de 1970 e ao riff heavy de I Want It All.

 

– Vídeo oficial de I Want It All

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo.

Raridades pre-Queen Roger Taylor e John Deacon.

The Reaction / The Opposition –Complete Acetate Collection

▪️Coleção Completa de Acetato
▪️Selo – Wardour – 299
▪️Formato – CD, edição limitada, numerada, lançamento não oficial.
▪️País – Japão
▪️Lançado – 2018
▪️Gênero – Rock, Funk / Soul, Blues, Pop.

– THE REACTION ( Banda inicial de Roger Taylor)

✔ Faixas de 01 à 02 – gravação em estúdio no Wadebridge Cinema, Cornwall, UK em Outubro de 1966.

✔ Faixas de 03 à 06 – gravação em estúdio no Wadebridge Cinema, Cornwall, UK em 23 de Novembro de 1966.

✔ Faixas de 07 à 14 – gravadas ao vivo no Flamingo Club, Redruth, Reino Unido em 1967 (gravação de público).

– THE OPPOSITION ( Banda inicial de John Deacon)

✔ Faixas de 15 à 17 – gravação em estúdio nos Beck Studios, Wellingborough, Reino Unido em 1969/70.

Em algum momento de 1970, The Opposition, então conhecido como Art, gravou três faixas no Beck Studio em Wellingsborough. O engenheiro Derek Tomkins disse ao grupo que eles poderiam gravar três músicas no tempo programado. O grupo estava preparado para realizar apenas duas faixas – Sunny e Vehicle.
Uma terceira música foi improvisada rapidamente, uma faixa instrumental chamada Transit 3 (em homenagem à nova van da Banda).

Sabe-se que apenas duas cópias do disco de arte sobreviveram. Acredita-se que a família de John Deacon possui um e Nigel Bullen, o outro.

✔ Transit 3
– A única composição original gravada por The Opposition ( conhecido na época como Art ). A faixa é instrumental, com uso pesado de um teclado de órgão e gravada em mono.

✔ Vehicle –
– Um cover de uma faixa obscura de blues que mais tarde se tornou um hit do The Ides Of March. Vocais principais fornecidos por Alan Brown.

✔ Sunny –
– Cover de Bobby Hebb
É um arranjo criativo, com solos alternados, enquanto a faixa inteira é sustentada por redemoinhos do órgão Hammond e o baixo forte de John Deacon.

Eu tinha esquecido completamente desse Álbum – admite Nigel ( membro da Banda ).
“ Sabemos que uma cópia foi convertida em cinzeiro ! Nós apagamos cigarros nela no ensaio uma noite. Esta é provavelmente a primeira gravação de John Deacon.

Sunny está disponível apenas em Acetate Collection.

 

▪️I Feel Good por The Reaction
Cantada por um jovem Roger Taylor de 16 anos, em 1966.

 

Fonte –
Discogs.com

Bruce Gowers, o diretor vencedor do Emmy de American Idol: The Search for a Superstar e o vídeo original de Bohemian Rhapsody, morreu em 15 de janeiro em sua casa em Santa Monica após sofrer uma infecção respiratória aguda, de acordo com a família. Ele tinha 82 anos.

Entre 2002 e 2011, Gowers dirigiu 234 episódios de American Idol ao longo de oito temporadas, o que lhe rendeu cinco indicações ao Grammy e uma vitória por excelente direção em série de variedades, música ou comédia em 2009.

Gowers já havia sido indicado ao mesmo prêmio Emmy em 1998 por seu trabalho no especial de TV Fleetwood Mac: The Dance no ano anterior. Em 1985, ele também foi indicado aos editores do Fifth International Guinness Book of World Records por excelente edição de fita de vídeo para uma série limitada ou especial.

Nascido em New Kilbride, na Escócia, Gowers começou sua carreira no outro lado do Atlântico, onde frequentou o BBC Training College em Londres. Por fim, Gowers aceitou cargos de produção e direção em redes como Rediffusion e London Weekend Television.

Sua família observou que Gowers era mais feliz na sala de controle, que ele frequentemente ocupava como diretor de programação de televisão e videoclipes.

Em 1975, Gowers foi repentinamente aclamado pela crítica depois de atuar como diretor do lendário videoclipe de Bohemian Rhapsody do Queen.

Nas décadas que se seguiram, Gowers viu um influxo de oportunidades para trabalhar ao lado de artistas como Rolling Stones, 10cc, Rod Stewart, Bee Gees, Alice Cooper, Journey, Supertramp, Michael Jackson, Rush, Santana, Prince, REO Speedwagon, Toto , John Mellencamp e muito mais.

Mais tarde, nos anos 70, Gowers mudou-se para a Califórnia, onde continuou a dirigir e produzir grandes premiações, como o Primetime Emmy Awards, o Billboard Awards e o MTV Awards.

Gowers recebeu seu próprio MTV Award por seu trabalho em Bohemian Rhapsody e recebeu um prêmio do Director’s Guild of America em 2004 por Genius: A Night for Ray Charles. O experiente cineasta também recebeu um Grammy em 1986 por dirigir o videoclipe longo de Huey Lewis and the News, The Heart of Rock ‘n’ Roll.

Ele deixa esposa, Carol Rosenstein; sua filha, Katharine Polk; seu filho, Sean Gowers e seus quatro netos: Sean Jr., Robert, Charlotte e Layla.

Fonte: variety.com

Nesta terceira parte, Brian comenta como foi a gravação do segundo álbum, Queen II e o primeiro hit, a música Seven Seas Of Rhye.

 

Parte 3

O SEGUNDO ÁLBUM E O PRIMEIRO HIT

TG: Vocês voltaram ao Trident Studios para fazer o Queen II e contrataram os serviços de Roy Thomas Baker, que trabalhou como co-produtor do Queen em mais três álbuns nos anos 70. Após as dificuldades com o primeiro álbum, qual foi a abordagem da banda na segunda vez?

BHM: Lembro-me de dizer a Roy quando estávamos voltando:

Não queremos que soe como o primeiro álbum. Queremos soar como se estivéssemos em uma sala e fosse ao vivo e real. Temos que nos livrar de todas aquelas fitas e sair dos cubículos. E vamos colocar a bateria no meio do estúdio, para ouvirmos o estúdio.

Nesse aspecto, meu pai foi uma grande influência, ele me apresentou a palavra ambiente. Ele disse que era isso que faltava no primeiro álbum. E esse ambiente é o mundo. O barulho que você está fazendo pode parecer muito pequeno. Você ouve a bateria, é muito firme e seca. Não há nenhuma personalidade nisso, realmente. Mas você dá um passo para trás e ouve o estúdio e, de repente, ouve um universo inteiro!

 

TG: Como o primeiro álbum, Queen II foi um disco de rock pesado guiado pela guitarra.

BHM: Sim. Costumávamos fazer esses pacotes turísticos para lugares como Luxemburgo e Bélgica com grupos que eram populares na época – Showaddywaddy, Rubettes e Geordie, que obviamente tinha Brian Johnson (AC/DC) como o cantor. Também abrimos para o Slade, e éramos os novos garotos. Nós éramos a banda jovem que não tinha nenhum sucesso, e todos esses caras tinham sucessos. Então nos sentimos um pouco humildes. Mas todos aqueles caras olharam para nós e disseram:

Nós ouvimos suas coisas, e vocês não são pop, vocês não são glam – vocês são um grupo de rock. Vocês são algo que gostaríamos de ser”.

Isso foi um verdadeiro choque para nós. Não percebíamos que as pessoas já nos consideravam especiais.

 

TG: E foi uma faixa do Queen II que deu aquele primeiro hit, quando a música de Freddie, Seven Seas Of Rhye, alcançou a décima posição no Reino Unido.

BHM: Bem, você sabe, é claro, que Seven Seas Of Rhye foi a última faixa do primeiro álbum, um embrião – uma espécie de declaração de que algo está por vir. Mas sim, a versão finalizada foi o primeiro hit. Não tão grande, mas o primeiro hit.

 

TG: Seven Seas Of Rhye também é pouco convencional para um single de sucesso. Não é verso/refrão/verso, e tem aquelas pequenas mudanças de tom instrumental. Você ficou surpreso quando chegou às paradas?

BHM: Acho justo dizer que ficamos surpresos porque nunca havíamos tido um hit até aquele momento, e até então parecia impossível. Mas com Seven Seas Of Rhye, trabalhamos muito conscientemente. Pensávamos com Keep Yourself Alive: isso vai passar nas rádios, vai ser nosso primeiro hit. Mas, no geral, o pessoal do rádio não tocava. Dissemos: ‘Por que você não está tocando nosso disco? Eles disseram: “Bem, demora muito para acontecer – a introdução é muito longa. Não entramos no verso até 30 segundos ou o que quer que seja, e para um single de sucesso, tudo precisa agarrá-lo rapidamente. Então dissemos:  Certo, nosso próximo single vai entregar o que vocês estão pedindo! Em outras palavras, tudo vai acontecer nos primeiros cinco segundos, e com Seven Seas Of Rhye acontece. É como se a pia da cozinha tivesse um pequeno piano e bam, bang, harmonias, harmonias de guitarra, bateria massiva preenche tudo! Portanto, foi projetado para impressionar as pessoas nos primeiros segundos no rádio e funcionou. As pessoas disseram: Ok, sim, vamos tocar isso.

Os sucessos giravam em torno do rádio naquela época. Então, sim, foi projetado dessa forma. Mas, ao mesmo tempo, não estávamos fazendo concessões com o conteúdo da canção. É muito rock. Não é muito pop, e como você diz, há todo tipo de pequenas mudanças intrincadas lá. É uma composição e tanto, realmente. E foi bastante interativo entre nós quatro.

Freddie decidiu que não queria dizer que foi escrita por ninguém além dele, o que é justo, porque ele escreveu a letra. Mas era uma coisa muito cooperativa naqueles dias. E eu me sinto orgulhoso disso. Eu acho que é uma boa criação de rock pop. E isso nos levou ao primeiro degrau da escada. De repente, éramos uma banda que as pessoas considerariam colocar no rádio. E gostamos porque não havíamos feito concessões, porque não era apenas um tipo de música pop suave. Foi algo também que pudemos levar para a estrada e nos orgulhar.

TG: E realmente, a mágica dessa música está nessas mudanças de tom. Tem uma qualidade edificante.

BHM: Exatamente. É uma jornada. Queríamos levar as pessoas para a estratosfera. Sempre foi assim conosco. Fomos inspirados por nossos heróis para fazer isso, e coloquei o The Who no topo dessa lista. Pete Townshend é o mestre da mudança de humor, um mestre do acorde suspenso. Devo muito a ele.

 

Continua…..

 

Fontes: www.queenonline.com e Revista Total Guitar

Fotos de Neil Preston e Total Guitar e internet

 

Leia a primeira parte aqui

E a segunda parte aqui

THE MIRACLE

(3ª música do 13º álbum)

 

The Miracle é uma canção como as que a Freddie Mercury gostava de compor no início da década. Apresenta alguns devaneios idealistas: o cantor almeja um mundo melhor, sem guerras, fica extasiado defronte aos milagres da natureza e àqueles que devemos à mão do homem.

– Na lista em que apresenta, Jimi Hendrix, os jardins suspensos da Babilônia e o explorador James Cook figuram no mesmo nível.

– As sessões de gravações resultam salvadoras para o grupo, que se sente mais unido do que nunca.

– Brian May diria:

Lembro do ambiente alegre que reinava, então, no estúdio. Foi um dos momentos em que realmente trabalhamos juntos sobre as ideias, onde os quatro nos dedicávamos a construir um tema. Era como pintar um quadro em comum, cada um com um pincel na mão, contribuindo com sua própria cor à obra.

 

– A canção recebe uma acolhida desastrosa por parte da imprensa rock britânica, dizendo que os músicos são doces sonhadores com uma mensagem ingênua.

– Brian explicaria:

Na Inglaterra nos crucificaram por este tema. Todos o odiavam, por uma razão ou por outra. Imagino que nesta época era mal visto ser um idealista na Grã Bretanha, e a imprensa se perguntou: ‘Como se atrevem a falar de paz?’, e todas essas coisas… e então a China aconteceu [Praça Tiananmen] e tudo isso fez sentido para nós.

 

Roger Taylor acrescentará:

Na Inglaterra, ‘idealista’ significa ‘ingênuo’. Porém é falso, isso não tem nada a ver. Não tem nada de mal ser idealista. Nick Lowe escreveu esta magnífica canção que se chama ‘What’s So Bad About Peace, Love And Understanding’ (O que há de mal na paz, amor e compreensão). Está certo, qual é o problema?.

 

– Embora o tema seja bastante brando como um todo, é, no entanto, emocional pela qualidade de sua interpretação e pela sinceridade que exala quando Freddie canta, como um pedido de ajuda:

It’s the miracle we need/The miracle we’re all waiting for today

(É o milagre que precisamos/O milagre que todos esperamos hoje)

 

– Para ilustrar a canção, o grupo volta a chamar a Torpedo Twins (Rudi Dolezal e Hannes Rossacher), diretores dos videoclipes de One Vision e Friends Will Be Friends.

– Filmado no Elstree Studios de Londres em 23 de novembro de 1989, o videoclipe repassa a carreira do Queen no palco. As estrelas são interpretadas por meninos mostrando tour a tour os figurinos dos músicos. Seu desempenho é impressionante em termos de semelhança.

– Brian May exclamaria:

Esperávamos que desse certo, porém ficamos estupefatos ao ver até que ponto esses meninos tinham talento!

– Para o elenco, a equipe buscou em todo o país atores iniciantes que se pareciam com os membros do Queen: John Deacon é interpretado por James Currie, Roger Taylor por Adam Gladdish, Brian May por Paul Howard e Freddie Mercury por Ross McCall, que iria progredir como ator e quem encontraremos em 2001 no elenco da série de sucesso Band of Brothers, criada por Tom Hanks e Steve Spielberg.

Os membros do Queen e seus dublês (da esquerda para a direita): Paul Howard, James Currie, Ross McCall, Adam Gladdish, durante as filmagens do videoclipe de The Miracle.

 

Vídeo oficial de The Miracle

 

Ross McCall (Freddie Mercury) em uma entrevista em agosto de 2021

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Roger Taylor!

Solo destaque para sua bateria Ludwig Ringer Timpani.

– O Manual de shows ao vivo de Rock  afirma claramente que cada músico deve ter um momento solo prolongado.

– O Queen abraçou isso com Freddie, Brian (sabemos bem disso ) e Roger, todos tomando o centro do palco para solos pensativos e divertidos, uma vez que alcançaram o status de atração principal no final dos anos 70.

– Um dos destaques do show ao vivo do Queen era quando Roger Taylor deixava sua bateria principal para tocar sua bateria Ludwig Ringer Timpani.

– Ela tinha a medida de 28 “e 30” de latão reluzente que se mostrava lindamente sob os equipamentos de iluminação Queen.

– As turnês Jazz e Live Killer foram as primeiras à apresentar isso no solo de Roger e tornou-se um marco no futuro.

– Aproveite este videoclipe do show remasterizado do Queen em Montreal 81 com Roger Taylor atrás de sua bateria Ludwig Timpani.

– A energia e a paixão são visíveis !

Você pode sentir !

 

 

Postado em 08 de Março de 2021 por Tony Simerman.

 

Parte 2

– Nesta segunda parte Brian conta detalhes da gravação do primeiro álbum e diz:

Nossa maior frustração foi o som daquele primeiro álbum, com o qual nunca ficamos felizes,

mas mesmo assim, Brian tem orgulho do primeiro álbum, pois segundo ele:

Ele resume o que éramos na época e é uma declaração de para onde estávamos indo.

– Ele comenta sobre o som nos Estúdios Trident, que era o oposto do som que a banda pretendia ter.

– Brian também fala da influência de Buddy Holly (guitarrista, cantor e compositor americano, que morreu com 22 anos de idade) sobre ele.

– E termina falando sobre a música Keep Yourself Alive.

 

Segue abaixo mais um trecho da entrevista

 

O PRIMEIRO ÁLBUM (Queen)

 

TG: O álbum de estreia do Queen foi co-produzido pela banda com Roy Thomas Baker e John Anthony, e gravado no Trident Studios em Londres, com material adicional de sessões anteriores em outro estúdio de Londres, De Lane Lea. O que você aprendeu com toda essa experiência?

BM: Nossa maior frustração foi o som daquele primeiro álbum, com o qual nunca ficamos felizes. Fomos jogados no estúdio e em um sistema que se considerava o estado da arte. A Trident Studios emergiu como uma força no mundo. E eles pensaram que tinham conseguido. Mas o som do Trident estava muito morto. Era o oposto do que pretendíamos. Então a bateria de Roger ficaria em um pequeno cubículo, e todos os tambores teriam fita adesiva. Estariam todos mortos e caídos. Lembro-me de dizer a Roy Thomas Baker: Este não é realmente o som que queremos, Roy. E ele disse Não se preocupe, podemos consertar tudo na mixagem. O que obviamente não é o melhor caminho, não é mesmo? E acho que todos nós sabíamos que não ia acontecer! Estranhamente, as demos que fizemos no De Lane Lea Studios em Wembley estavam mais próximas do que sonhávamos – você sabe, bons sons de bateria aberta e ambiência na guitarra e tudo mais. Isso é muito mais do jeito que queríamos que fosse. Então essa é a maior frustração com o primeiro álbum. Mas houve outras frustrações. Roy estava fazendo um ótimo trabalho nos colocando em forma, mas isso não combinava muito com a nossa maneira de tocar. A ideia dele de entrar nos trilhos era fazer de novo e novamente. E de novo. E de novo. E de novo! Então não tem erros. Mas é claro que, ao fazer isso, você perdeu todo o entusiasmo por isso. E isso meio que fica aparente.

Muito mais tarde, desenvolvemos essas técnicas para nos manter atualizados – particularmente com o álbum The Game [1980], onde se a faixa de fundo soasse bem e você cometesse um erro, você simplesmente corrigiria ela.  Então dissemos: “Por que não fizemos isso antes?” E foi porque as pessoas nos disseram que não poderia ser feito. Mas com aquelas faixas de apoio do primeiro álbum, elas ficaram um pouco cansativas. E eu acho que você pode ouvir isso em alguns casos.

 

TG: Quão feliz você ficou com os sons de guitarra do álbum?

BM: Isso também foi um pouco complicado, porque as pessoas descobriram o gravações multipista e havia a sensação de que tudo deveria ser multipista. Então você toca um solo e a primeira coisa que as pessoas dizem é: Oh, você quer dobrar isso? E talvez você faça. Mas talvez você não saiba – porque às vezes você quer ouvir a personalidade, o ataque e o sentimento no momento em que você faz aquela faixa. Portanto, houveram muitos overdubs naquele primeiro álbum, o que eu diria agora que foi desnecessário, e talvez o tenha tornado um pouco mais rígido do que seria de outra forma. Dito isso, acho que as músicas são muito representativas de onde estávamos na época. Estávamos evoluindo. Tínhamos nossos heróis, como as pessoas sempre fazem. Quem te disser que eles criam no vácuo não está falando a verdade, porque você tem que criar de acordo com o que você cresceu. E vou mencionar Buddy Holly novamente, porque ele foi uma grande influência para mim. Isso é o que me deixou animado no começo, eu acho. Mas você pode ouvir no primeiro álbum que estamos encontrando nosso estilo.

    Buddy Holly

 

TG: Apesar de seu nascimento difícil, você está orgulhoso desse álbum?

BM: Ah, eu adoro isso! Ele resume o que éramos na época e é uma declaração de para onde estávamos indo. É muito baseado em emoções e bastante cru. Mas tem muita melodia e muitas harmonias. Estávamos começando a flexionar os músculos. Estávamos fazendo as coisas com vocais e com guitarras. Tem todo tipo de experimentação, que define o quão livres queríamos ser.

Há uma música, The Night Comes Down, onde estamos fazendo algo que as pessoas nos disseram que não poderíamos fazer. As pessoas naquela época diziam: Você não pode misturar guitarra com violão. Hoje em dia isso soa muito engraçado, mas era uma crença que as pessoas nos estúdios tinham, sabe? Eles diziam que a guitarra é muito alta para o acústico e eu disse: Vamos! É apenas uma questão de balanceamento na mixagem. Então, com The Night Comes Down, é baseado em violão, meu velho e belo acústico. Mas as harmonias de guitarra são todas elétricas. E isso foi um começo, uma espécie de demonstração: Sim, podemos fazer isso, nós podemos fazer nossas próprias regras! Então, sim, eu gosto daquele primeiro álbum, porque ele nos define. Absolutamente.

 

KEEP YOURSELF ALIVE

TG: Como a primeira faixa do primeiro álbum, Keep Yourself Alive foi efetivamente a declaração de missão da banda. Essa também foi uma declaração importante para você pessoalmente como guitarrista?

BM: Keep Yourself Alive, você poderia escrever um livro sobre ela. Tem o primeiro solo multipista que eu fiz. E estou feliz com isso. É uma música escrita por um menino que está se tornando um homem. Era para ser irônico, mas descobri que a ironia não é uma coisa fácil de colocar na música, porque as pessoas não tendem a se conectar com ela. Eles tendem a tomá-lo pelo valor do que é dito. Keep Yourself Alive não pretendia ser alegre. A mensagem era para ser: se manter-se vivo é tudo o que existe, então o que é a vida? Isso é meio que de onde eu estou vindo. Mas as pessoas levaram isso como algo muito alegre. E para ser honesto, eu não lutei contra isso, porque é legal. Parece dar às pessoas uma elevação. Todas as músicas evoluem depois de serem feitas, não apenas antes de serem feitas, e essa é uma delas, eu acho.

 

TG: Por ser uma música tão importante, você trabalhou um pouco mais na gravação e mixagem dela?

BM: Vou contar toda a história. Nós primeiro colocamos a música naquelas demos que eu falei no De Lane Lea, e eu estava muito feliz com isso. Mas é claro que precisávamos regravá-lo para o álbum, e você sabe, quando você está tentando recriar algo, nunca é exatamente o mesmo. Eu nunca senti que a versão do álbum tinha a efervescência original que obtivemos quando a escrevemos pela primeira vez. Mas trabalhamos nisso com muito afinco. Muitas das partes rítmicas de multitracking que colocamos, eu tirei, mas não conseguimos mixar. Tínhamos Roy Baker, que é um engenheiro absolutamente de primeira classe e bastante experiente na época. Ele é o cara que fez o All Right Now para o Free. Tínhamos John Anthony, que tinha ótimos ouvidos como produtor. E então tínhamos nós quatro que somos meninos muito precoces. E entre todos nós, não conseguiríamos mixar. Simplesmente nunca soou muito bem.

Mas então, uma noite, fui deixado sozinho com o cara que estava fazendo o chá, e apenas me tornando um engenheiro assistente – Mike Stone, eu disse: Devemos tentar? Porque era assim que funcionava naqueles dias. Para caras como Mike, foi um aprendizado. Eles assinariam como meninos do chá e, à noite, entrariam e trabalhariam na mesa de som e aprenderiam seu ofício. Bem, ele intensificou naquele momento! Nós dois trabalhamos a noite toda e produzimos uma mixagem de Keep Yourself Alive que de repente deixou todo mundo feliz. Essa é uma história e tanto e isso fez parte do florescimento de Mike Stone. Ele se tornou o produtor e engenheiro mais incrível. Ele trabalhou conosco em A Night At The Opera e A Day At The Races, We Will Rock You e We Are The Champions. Mike se tornou um membro muito querido de nossa família. Então eu gosto dessa mistura de Keep Yourself Alive.

Realmente, o material que tínhamos no Trident Studios era incrivelmente primitivo. Nós só tínhamos esquerda, centro e direita para começar quando você está mixando, e você pode ouvir isso. Os controles pan ainda não tinham sido inventadas, basicamente. Você está mixando para três bus e há um equipamento externo muito limitado, então o faseamento não é uma máquina, é real, você alimenta seu sinal em um Revox em um canto e alimenta a fita aqui em outro Revox. Estou falando dos atrasos. Mas todo esse faseamento é faseamento de fita real, mas fora isso, não há muito em termos de equipamento externo. Há uma câmara de eco muito primitiva, como uma placa que fica atrás da parede em algum lugar. Portanto, recursos limitados do equipamento. Mas tínhamos muito entusiasmo e muita vontade de fazer essa coisa parecer épica.

 

Continua…..

 

Fontes: www.queenonline.com e Revista Total Guitar

Fotos de Neil Preston e Total Guitar e internet

 

Leia a primeira parte aqui

KHASHOGGI’S SHIP

(2ª música do 13º álbum)

 

– Se Party destacava os aspectos menos gloriosos dos dias depois de uma festa, Freddie Mercury coloca as coisas em ordem desde a primeira frase de Khashoggi’s Ship, interpelando ao ouvinte:

 

Who said that my party was all over/I’m in pretty good shape

(Quem disse que minha festa havia acabado?/Estou totalmente em forma)

 

– Nesta canção, essencialmente composta por Brian May, o narrador relata suas férias a bordo do barco do milionário saudita Adnan Khashoggi, famoso na década de 1980 tanto pelo seu extravagante e festivo estilo de vida como pelos contratos de armamento com quem fez sua fortuna.

– Brian admite que esta descrição também era uma visão de sua vida de estrela do rock:

Nós participamos nesse tipo de coisas durante um tempo. Vivemos tudo isto.

– O barco em questão era, nessa época, o maior yate privado do mundo (85,6 metros), e contava com uma discoteca, onze luxuosas suítes e uma piscina.

– Todas as comodidades necessárias para as antológicas festas que o milionário organizava.

– Num primeiro momento batizado como Nabila, o nome da filha do empresário, o barco foi revendido ao sultão de Brunei quando Adnan Khashoggi passava por tempos econômicos ruins em 1988.

– Finalmente, a festa também se acabou para ele.

– Ao escutar o fantástico álbum Pornograffitti do Extreme (o único grupo dessa época que podia aspirar a ser o sucessor do Queen), é possível notar que músicas como He-Man Woman Hater e Get The Funk Out, lançadas em agosto de 1990, parecem totalmente inspiradas em Khashoggi’s Ship, com seu ritmo direto e sua guitarra alternando silêncios e potentes riffs.

O yate Nabila de Adnan Khashoggi, na Costa Azul, em 26 de julho de 1983.

 

Vídeo oficial de Khashoggi’s Ship

 

He-Man Woman Hater, com a banda Extreme:

 

Get The Funk Out, com a banda Extreme:

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

A Revista Total Guitar deste mês (Edição 367) publicou uma matéria de capa com Brian May.

A entrevista é grande, e nela, Brian fala sobre os 50 anos do álbum de estreia da banda, relembra os principais momentos na sua carreira.

Ele relembra também algumas músicas que ele escreveu para o Queen. No final da entrevista, há um tutorial de como tocar do jeito de Brian May.

Dividimos a entrevista em seis partes que serão publicadas ao longo da semana.

 

Parte 1

 

Queen 50 anos

Um novo ano traz mais um marco na vida de um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Cinquenta anos, diz Brian May com um sorriso e uma breve pausa enquanto ele absorve tudo.

É realmente incrível quando você pensa sobre isso.

Meio século atrás, o lançamento do álbum de estreia do Queen foi o início de uma jornada extraordinária para Brian e os outros três membros fundadores do grupo: o baterista Roger Taylor, o baixista John Deacon e o cantor Freddie Mercury. Esse primeiro álbum, intitulado simplesmente Queen, não foi um sucesso, chegando ao número 24 na parada do Reino Unido. Mas, no final de 1975, eles tiveram seu primeiro sucesso global com a obra-prima do rock lírico de Mercury, Bohemian Rhapsody, que ocupou o primeiro lugar no Reino Unido por nove semanas, com um vídeo inovador que estava anos à frente da revolução da MTV. E a partir daí, a dominação mundial logo se seguiu.

As estatísticas do Queen são surpreendentes mais de 300 milhões de discos vendidos em todo o mundo, incluindo seis milhões de sua coleção Greatest Hits de 1981, tornando-o o álbum mais vendido de todos os tempos no Reino Unido. Mais de um bilhão de streams de Bohemian Rhapsody apenas no Spotify.

Mas esses números são apenas uma parte da história. A música feita pela formação original do Queen entre 1973 e 1991 era incrivelmente criativa e tão ampla quanto abrangente, abrangendo tudo, desde rock pesado a disco, gospel, funk e synth-pop. Os grandes sucessos vieram de todos os membros da banda: Mercury com Killer Queen, We Are The Champions e Crazy Little Thing Called Love, bem como Bohemian Rhapsody, Taylor com Radio Ga Ga e A Kind of Magic, Deacon com Another One Bites The Dust e I Want To Break Free: May com We Will Rock You, Fat Bottomed Girls, Flash e I Want It All. E como show ao vivo, com Mercury como vocalista extremamente carismático, o Queen era o mestre do rock de estádio, como eles provaram em 1985, quando roubaram o show no maior evento musical da história, o Live Aid.

 

Em novembro de 1991, a morte de Freddie Mercury aos 45 anos foi o fim do Queen. Ou assim parecia. No ano seguinte, um concerto memorial realizado no Estádio de Wembley, palco do maior momento de Freddie no Live Aid, viu May, Taylor e Deacon apresentando canções clássicas do Queen com um elenco de estrelas, incluindo David Bowie, Elton John, Robert Plant, George Michael e membros do Guns N’ Roses, Def Leppard e Metallica.

Logo depois, John Deacon se aposentou. Mas para Brian May e Roger Taylor houve, ao longo do tempo, uma crença compartilhada de que o Queen era um negócio inacabado. Entre 2005 e 2009, eles trabalharam com o ex-vocalista do Free e Bad Company, Paul Rodgers, tocando ao vivo e gravando um álbum, The Cosmos Rocks, anunciado como Queen + Paul Rodgers.

E em 2011, eles recrutaram o cantor californiano Adam Lambert, vice-campeão do programa de talentos American Idol, para liderar uma primeira turnê como Queen + Adam Lambert.

Outro grande sucesso veio em 2018 com o filme Bohemian Rhapsody. Descrito como um filme de drama musical biográfico e estrelado por Rami Malek como Freddie Mercury, arrecadou mais de $ 900 milhões. shows em todo o mundo. A Turnê Rhapsody (The Rhapsody Tour), que terminou no verão passado, incluiu nada menos que 10 datas na O2 Arena de Londres.

É assim que, após 50 anos, a música do Queen continua tão popular quanto sempre foi.

Para marcar este aniversário, Brian May está falando com a Total Guitar (TG) de sua casa em Surrey, onde ele se senta em uma sala de escritório surpreendentemente pequena e com poucos móveis. Em uma longa conversa, ele fala principalmente sobre as canções que escreveu para o Queen, desde Keep Yourself Alive, a poderosa faixa de abertura do álbum de estreia da banda, até The Show Must Go on, o comovente grand finale de Innuendo, o último álbum do Queen de com Freddie Mercury vivo.

 

O equipamento de Brian está bem documentado. A guitarra caseira Red Special e o amplificador AC-30 tem sido suas ferramentas de confiança na grande maioria das gravações de sua longa carreira. Como ele disse no ano passado, em uma entrevista separada para TG:

Tenho tanta sorte que minha guitarra e meu amplificador têm uma gama tão ampla de possibilidades.

 

Portanto, nesta nova entrevista, o foco está em seu desenvolvimento como músico, as principais influências que o moldaram, sua educação nas técnicas de gravação e produção, sua abordagem para apresentações ao vivo e a arte de compor em todos os clássicos que ele criou. – canalizando Led Zeppelin em Now I’m Here, inventando o thrash metal com Stone Cold Crazy, combinando a escala épica de Bohemian Rhapsody com The Prophet’s Song e compondo a mãe de todos os hinos do rock em We Will Rock You.

E ele começa nos levando de volta ao primeiro álbum do Queen…

NO ANO DE 73…

 

TG: Enquanto os quatro membros do Queen se preparavam para entrar em estúdio para gravar o primeiro álbum da banda, que tipo de guitarrista você pretendia ser?

BM: Que ótima pergunta! Foi uma combinação de todas as coisas que estavam na minha cabeça, desde quando eu era criança e ouvindo o nascimento do rock ‘n’ roll em meus fones de ouvido – na minha cama, escondido sob as cobertas. E depois houve tudo o que veio no final dos anos 60. Portanto, é uma combinação de Buddy Holly, James Burton, Hank Marvin e, em seguida, Jimi Hendrix, Jeff Beck e Pete Townshend. Todas as pessoas que ainda são meus heróis.

Quando olho para trás, acho que não poderia ter nascido em um momento melhor. Quando crianças, tivemos muita sorte de ter crescido naquele período em que as coisas estavam explodindo e todos os limites estavam sendo quebrados. Quando ouvi Little Richard pela primeira vez, foi um momento de choque, mas também houve a alegria de perceber que as pessoas podiam realmente cantar dessa maneira, podiam gritar suas emoções, em vez de ser um cantor suavizado ou o que quer que não fosse. apenas cantando músicas mais foi cantando a sua paixão, sua raiva, seu amor e sua dor.

Era um mundo tão diferente antes do rock ‘n’ roll, e Freddie e eu tivemos muitas influências do que veio antes, coisas do jazz como Glenn Miller e The Temperance Seven. Então, quando estávamos crescendo, essas influências estavam em nós, assim como o rock ‘n’ roll emergente, e isso nos deu uma perspectiva que quase ninguém tem hoje em dia.

 

Continua…..

 

Fontes: www.queenonline.com e Revista Total Guitar

Fotos de Neil Preston e Total Guitar.

Uma inglesa decidiu espantar o ar sombrio se sua própria cerimônia de um jeito diferente. Ela organizou um flash mob ao som de Another One Bite the Dust, do Queen para a sua despedida.

Sandie Wood morreu de câncer de língua aos 65 anos em setembro do ano passado. Nas fotos inusitadas de seu funeral, alguns dançarinos aparecem fazendo a performance no meio de diversos familiares que estão chorando.

Uma das dançarinas  contou ao The Mirror que o grupo aceitou se apresentar no evento a pedido de um amigo de Sandie, Sam. Na ocasião, ele contou que cinco grupo já haviam recusado a apresentação.

 

Claire (a dançarina) disse:

Definitivamente não era o seu show normal. Foi muito estranho primeiro fingir estar lá para o funeral e depois ver a família e os amigos chorando e chateados. Então, ter que se levantar e dançar Queen. Foi muito estranho – mas tudo deu certo, era o que ela queria. Combinava com sua personalidade.

Fonte: www.virgula.com.br