A Revista Total Guitar deste mês (Edição 367) publicou uma matéria de capa com Brian May.

A entrevista é grande, e nela, Brian fala sobre os 50 anos do álbum de estreia da banda, relembra os principais momentos na sua carreira.

Ele relembra também algumas músicas que ele escreveu para o Queen. No final da entrevista, há um tutorial de como tocar do jeito de Brian May.

Dividimos a entrevista em seis partes que serão publicadas ao longo da semana.

 

Parte 1

 

Queen 50 anos

Um novo ano traz mais um marco na vida de um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Cinquenta anos, diz Brian May com um sorriso e uma breve pausa enquanto ele absorve tudo.

É realmente incrível quando você pensa sobre isso.

Meio século atrás, o lançamento do álbum de estreia do Queen foi o início de uma jornada extraordinária para Brian e os outros três membros fundadores do grupo: o baterista Roger Taylor, o baixista John Deacon e o cantor Freddie Mercury. Esse primeiro álbum, intitulado simplesmente Queen, não foi um sucesso, chegando ao número 24 na parada do Reino Unido. Mas, no final de 1975, eles tiveram seu primeiro sucesso global com a obra-prima do rock lírico de Mercury, Bohemian Rhapsody, que ocupou o primeiro lugar no Reino Unido por nove semanas, com um vídeo inovador que estava anos à frente da revolução da MTV. E a partir daí, a dominação mundial logo se seguiu.

As estatísticas do Queen são surpreendentes mais de 300 milhões de discos vendidos em todo o mundo, incluindo seis milhões de sua coleção Greatest Hits de 1981, tornando-o o álbum mais vendido de todos os tempos no Reino Unido. Mais de um bilhão de streams de Bohemian Rhapsody apenas no Spotify.

Mas esses números são apenas uma parte da história. A música feita pela formação original do Queen entre 1973 e 1991 era incrivelmente criativa e tão ampla quanto abrangente, abrangendo tudo, desde rock pesado a disco, gospel, funk e synth-pop. Os grandes sucessos vieram de todos os membros da banda: Mercury com Killer Queen, We Are The Champions e Crazy Little Thing Called Love, bem como Bohemian Rhapsody, Taylor com Radio Ga Ga e A Kind of Magic, Deacon com Another One Bites The Dust e I Want To Break Free: May com We Will Rock You, Fat Bottomed Girls, Flash e I Want It All. E como show ao vivo, com Mercury como vocalista extremamente carismático, o Queen era o mestre do rock de estádio, como eles provaram em 1985, quando roubaram o show no maior evento musical da história, o Live Aid.

 

Em novembro de 1991, a morte de Freddie Mercury aos 45 anos foi o fim do Queen. Ou assim parecia. No ano seguinte, um concerto memorial realizado no Estádio de Wembley, palco do maior momento de Freddie no Live Aid, viu May, Taylor e Deacon apresentando canções clássicas do Queen com um elenco de estrelas, incluindo David Bowie, Elton John, Robert Plant, George Michael e membros do Guns N’ Roses, Def Leppard e Metallica.

Logo depois, John Deacon se aposentou. Mas para Brian May e Roger Taylor houve, ao longo do tempo, uma crença compartilhada de que o Queen era um negócio inacabado. Entre 2005 e 2009, eles trabalharam com o ex-vocalista do Free e Bad Company, Paul Rodgers, tocando ao vivo e gravando um álbum, The Cosmos Rocks, anunciado como Queen + Paul Rodgers.

E em 2011, eles recrutaram o cantor californiano Adam Lambert, vice-campeão do programa de talentos American Idol, para liderar uma primeira turnê como Queen + Adam Lambert.

Outro grande sucesso veio em 2018 com o filme Bohemian Rhapsody. Descrito como um filme de drama musical biográfico e estrelado por Rami Malek como Freddie Mercury, arrecadou mais de $ 900 milhões. shows em todo o mundo. A Turnê Rhapsody (The Rhapsody Tour), que terminou no verão passado, incluiu nada menos que 10 datas na O2 Arena de Londres.

É assim que, após 50 anos, a música do Queen continua tão popular quanto sempre foi.

Para marcar este aniversário, Brian May está falando com a Total Guitar (TG) de sua casa em Surrey, onde ele se senta em uma sala de escritório surpreendentemente pequena e com poucos móveis. Em uma longa conversa, ele fala principalmente sobre as canções que escreveu para o Queen, desde Keep Yourself Alive, a poderosa faixa de abertura do álbum de estreia da banda, até The Show Must Go on, o comovente grand finale de Innuendo, o último álbum do Queen de com Freddie Mercury vivo.

 

O equipamento de Brian está bem documentado. A guitarra caseira Red Special e o amplificador AC-30 tem sido suas ferramentas de confiança na grande maioria das gravações de sua longa carreira. Como ele disse no ano passado, em uma entrevista separada para TG:

Tenho tanta sorte que minha guitarra e meu amplificador têm uma gama tão ampla de possibilidades.

 

Portanto, nesta nova entrevista, o foco está em seu desenvolvimento como músico, as principais influências que o moldaram, sua educação nas técnicas de gravação e produção, sua abordagem para apresentações ao vivo e a arte de compor em todos os clássicos que ele criou. – canalizando Led Zeppelin em Now I’m Here, inventando o thrash metal com Stone Cold Crazy, combinando a escala épica de Bohemian Rhapsody com The Prophet’s Song e compondo a mãe de todos os hinos do rock em We Will Rock You.

E ele começa nos levando de volta ao primeiro álbum do Queen…

NO ANO DE 73…

 

TG: Enquanto os quatro membros do Queen se preparavam para entrar em estúdio para gravar o primeiro álbum da banda, que tipo de guitarrista você pretendia ser?

BM: Que ótima pergunta! Foi uma combinação de todas as coisas que estavam na minha cabeça, desde quando eu era criança e ouvindo o nascimento do rock ‘n’ roll em meus fones de ouvido – na minha cama, escondido sob as cobertas. E depois houve tudo o que veio no final dos anos 60. Portanto, é uma combinação de Buddy Holly, James Burton, Hank Marvin e, em seguida, Jimi Hendrix, Jeff Beck e Pete Townshend. Todas as pessoas que ainda são meus heróis.

Quando olho para trás, acho que não poderia ter nascido em um momento melhor. Quando crianças, tivemos muita sorte de ter crescido naquele período em que as coisas estavam explodindo e todos os limites estavam sendo quebrados. Quando ouvi Little Richard pela primeira vez, foi um momento de choque, mas também houve a alegria de perceber que as pessoas podiam realmente cantar dessa maneira, podiam gritar suas emoções, em vez de ser um cantor suavizado ou o que quer que não fosse. apenas cantando músicas mais foi cantando a sua paixão, sua raiva, seu amor e sua dor.

Era um mundo tão diferente antes do rock ‘n’ roll, e Freddie e eu tivemos muitas influências do que veio antes, coisas do jazz como Glenn Miller e The Temperance Seven. Então, quando estávamos crescendo, essas influências estavam em nós, assim como o rock ‘n’ roll emergente, e isso nos deu uma perspectiva que quase ninguém tem hoje em dia.

 

Continua…..

 

Fontes: www.queenonline.com e Revista Total Guitar

Fotos de Neil Preston e Total Guitar.

Uma inglesa decidiu espantar o ar sombrio se sua própria cerimônia de um jeito diferente. Ela organizou um flash mob ao som de Another One Bite the Dust, do Queen para a sua despedida.

Sandie Wood morreu de câncer de língua aos 65 anos em setembro do ano passado. Nas fotos inusitadas de seu funeral, alguns dançarinos aparecem fazendo a performance no meio de diversos familiares que estão chorando.

Uma das dançarinas  contou ao The Mirror que o grupo aceitou se apresentar no evento a pedido de um amigo de Sandie, Sam. Na ocasião, ele contou que cinco grupo já haviam recusado a apresentação.

 

Claire (a dançarina) disse:

Definitivamente não era o seu show normal. Foi muito estranho primeiro fingir estar lá para o funeral e depois ver a família e os amigos chorando e chateados. Então, ter que se levantar e dançar Queen. Foi muito estranho – mas tudo deu certo, era o que ela queria. Combinava com sua personalidade.

Fonte: www.virgula.com.br

Innuendo (single)

Data de lançamento: 14 de janeiro de 1991

Melhor posição  nas paradas: primeiro lugar na parada britânica.

O single não foi lançado nos Estados Unidos.

Lado A: Innuendo

Lado B: Bijou

– Mesmo já tendo se reinventado várias vezes e explorado várias vertentes musicais, o Queen sabia que precisava lançar um álbum que superasse todas as expectativas.

– Essa necessidade vinha do fato de que eles estavam ficando sem tempo por conta da doença de Freddie e precisavam lançar um álbum que superasse os anteriores.

– Algumas músicas foram calculadas, e outras não, como a faixa-título INNUENDO, que foi composta durante uma jam session no Mountain Studios entre os integrantes da banda e o produtor David Richards, que participou improvisando letras.

– Com a ideia básica da música em mãos, Roger assumiu o controle da letra e Freddie foi o arranjador, e influenciado pelo seu trabalho com a soprano espanhola Montserrat Caballé, ele resolveu que a música teria um som espanhol.

– Sua estrutura lembra um pouco The March of The Black Queen ou Bohemian Rhapsody.

– A capa e a parte interna do álbum apresentavam uma ilustração do cartunista Grandville que tinha sido colorida por Richard Grey, intitulada Melody for Two Hundred Trombones.

Em uma entrevista em 2002, Roger falou sobre a letra:

Uma colaboração  em grupo, mas eu escrevi a letra.

Brian disse à revista Guitarist em 1994 que a música

 

começou como a maioria das coisas, com a gente apenas brincando e encontrando um groove que soava bem. Todos nós trabalhamos no arranjo. Freddie começou o tema das palavras enquanto cantava, então Roger trabalhou no resto delas. Eu trabalhei em alguns arranjos, particularmente na parte do meio, então havia uma parte extra que Freddie fez para o meio também. Basicamente se juntou como um quebra-cabeça.

 

Em uma entrevista de 1991 ao Guitar World, Brian disse: 

Tem o ritmo do tipo bolero, uma faixa muito estranha. Esse vai ser o primeiro single aqui. É um pouco arriscado, mas é diferente, e você ganha tudo ou perde tudo. Tinha um bom som e sensação, e ficamos com isso. O motivo espanhol é sugerido desde o início: aqueles pequenos riffs no início são uma espécie de Bolero. Parecia a coisa natural explorar essas ideias em um violão, e isso foi evoluindo gradualmente. Steve Howe ajudou e fez um trabalho fantástico. Adoramos todas essas coisas – é como uma pequena aventura na terra da fantasia.

– Steve Howe, guitarrista do Yes estava no Mountain Studios, produzindo o álbum Voyagers de Paul Sutin, na mesma época que o Queen estava lá gravando a música.

– Freddie reconheceu Steve nos corredores e o convidou para ouvir, antes de Brian pedir que ele contribuísse com um pouco de guitarra flamenca para a faixa.

Steve Howe e Brian May

Steve disse em seu site sobre a ocasião:

 

Eles me tocaram Innuendo e eu disse, ‘Sim, heavy metal flamenco!’”. E então Brian diz: ‘Olha, eu gostaria que você tocasse nisso’, e eu disse: ‘Você está brincando, parece ótimo, deixe como está’, e ele disse: ‘Não, não, não, eu quero que você toque nele, eu quero que você toque muito rápido, eu quero que você corra muito com a  guitarra.’ Depois fomos jantar. Então voltamos ao estúdio e eles disseram que realmente gostaram disso e eu disse tudo bem, vamos com isso. Então eu saí muito feliz… Uma coisa engraçada aconteceu um pouco depois, eu estava em uma balsa indo para a Holanda e nessa balsa, que demora muito, cinco horas, estavam membros do fã-clube do Queen, todos indo para Rotterdam para um evento do Queen, e alguns deles me viram e vieram correndo e disseram: ‘Você é Steve Howe! Você está no ‘Innuendo’!’ … Minhas lembranças do Queen sempre serão emocionantes porque eles eram uma ótima banda e foi ótimo, foi realmente uma emoção fazer parte disso, e obrigado por me perguntar.

– Innuendo  foi lançada como o primeiro single do álbum de mesmo nome em janeiro de 1991, quando recebeu críticas mistas, mas ficou nas paradas em primeiro lugar, embora por apenas uma semana, tornando-se o terceiro single nº 1 do Queen em sua carreira.

– Apoiado com Bijou, o single foi comparado a Bohemian Rhapsody, mas quebrou o recorde anterior do Queen de marcar um single número 1 com uma música que durou pouco menos de seis minutos: Innuendo tem 6’31 minutos, tornando-se assim o single número um mais longo da história do Queen.

– Uma versão estendida do single apareceu nas versões de 12” e  no CD: somando meros 17 segundos ao tamanho da música original, a música termina não como um fade-out, mas com uma explosão que se transforma em um vendaval com força total (apropriadamente, isso foi apelidado de Versão Explosiva).

 

Em 1991 Brian disse à Vox:

Acho que Innuendo foi uma daquelas coisas que podem ser grandes – ou nada. Tínhamos os mesmos sentimentos sobre Bohemian Rhapsody. É um risco, porque muitas pessoas dizem: ‘É muito longo, é muito envolvente e não queremos tocá-lo no rádio’. Ou pode acontecer que as pessoas digam: ‘Isso é interessante, novo e diferente e vamos arriscar’

 

Roger concordou com o sentimento de Brian, dizendo na revista Rip:

Grande, longo e pretensioso! Passa por muitas mudanças.

 

Vídeo

– O vídeo da música ficou a cargo dos Torpedo Twins e do animador da Disney Jerry Hibbert e ganhou o prêmio de melhor vídeo de animação em 1991.

– No final o grupo precisou fazer duas versões para o vídeo: uma para adultos, com imagens da intervenção americana no Kwait (Guerra do Golfo) e outra mais adequada para os mais jovens, onde as imagens da guerra foram removidas.

– O vídeo usa fotos pré-existentes da banda, redesenhadas no estilo de diferentes artistas: Roger ganhou a imagem de Jacson Pollock, Freddie foi retratado como Leonardo da Vinci, John como Pablo Picasso e Brian foi retratado como um artesão do império Vitoriano.

A música foi cantada no Concert For Life em 20 de abril de 1992, (Tributo à Freddie Mercury) com o ex-vocalista do Led Zeppelin, Robert Plant, nos vocais principais.

 

 

Vídeo com as imagens da Guerra do Golfo

 

 

 

Em 2002, Robert Plant disse sobre a letra:

Freddie me disse que eles escreveram a letra como uma homenagem ao Led Zeppelin.

 

 

 

Bijou

– É um dueto de guitarra e teclado entre Brian e Freddie. É uma canção de amor comovente, e é uma linda introdução ao triste encerramento do álbum Innuendo, que se encerra com The Show Must Go On.

– Posteriormente, Brian disse que a música Where Were You de Jeff Beck, de 1989 foi uma influência para Bijou.

– A guitarra Red Special de Brian canta os versos e  Freddie fornece um vocal curto.

– Foi lançado em vinil e  a versão completa também apareceu como o lado B do Reino Unido de Innuendo em janeiro de 1991 e depois o lado B dos EUA de These Are The Days Of Our Lives mais tarde.

– Mais notavelmente, a música recebeu sua estreia ao vivo em 2008 na turnê Queen + Paul Rodgers (The Cosmos Rock), vindo logo após o solo de guitarra  de Brian.

– Para adicionar mais pungência a este momento já pesado, imagens de Freddie e John passaram nas telas atrás do palco, provocando aplausos da plateia.

 

 

A música de Jeff Beck que inspirou Bijou:

 

Bijou ao vivo na turnê The Cosmos Rock

 

Fontes:

Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc

Complete Works. George Purvis
Queen em discos e canções – Marcelo Facundo Severo

Site: Queen Vault

 

Músicos convidados para músicas do Queen e carreiras solo –

Os músicos à seguir apareceram no Queen ou em discos solo, e são membros bem conhecidos de outros grupos, fora do mundo Queen.

1) Chad Smith – baterista do Red Hot Chilli Peppers –

– Bateria em We Will Rock You, no remix de Rick Rubin.

 

2) Flea – baixista do Red Hot Chilli Peppers –

– Baixo em We Will Rock You, no remix de Rick Rubin.

 

3) David Garrett –

– Violino em How Can I Go On no Álbum Barcelona – Special Edition.

 

4) Alan Gratzer –

– Bateria em Star Fleet Project de Brian May.

 

5) Fred Mandel –

– Arranjo de sintetizador e programação em Radio Ga Ga.

– Final de piano em Man On The Prowl.

– Sintetizadores em I Want To Break Free e Hammer To Fall.

– Piano em Let Me In Your Heart Again e em Star Fleet Project.

– Piano, guitarras e sintetizadores no Álbum Mr. Bad Guy.

 

6) Arif Mardin – baterista do REO Speedwagon –

– Trompa ( instrumento de sopro) em Staying Power.

 

7) Neil Murray – entre outras, baixista da Brian May Band –

– Baixo em várias músicas, principalmente com Brian.

William Orbit – produtor da Madonna –

– Programação em There Must Be More To Life Than This.

 

9) Cozy Powell – baterista Black Sabbath –

– Bateria em várias canções, principalmente com Brian.

 

10) Eddie Van Halen – guitarrista da Banda Van Halen –

– Guitarra em Star Fleet Project.

11) Helmut Vonlichten – compositor britânico –

– Partes orquestrais e mixagem de We Will Rock You Vonlichten.

 

Além disso, todos os quatro membros do Queen também se apresentaram em faixas solo de outros membros:

John Deacon

– Baixo em It’s An Illusion do Álbum Strange Frontier de Roger Taylor.

– Baixo em How Can I Go On.

– Baixo em Nothin’ But Blue – faixa do álbum Back to the Light de Brian May.

– Guitarra em Love Kills – primeiro single solo de Freddie Mercury.

– Remixagem de I Cry For You de Roger Taylor.

 

Brian May

– Guitarra em Love Lies Bleeding da Banda The Cross de Roger Taylor.

– A versão alternativa de She Blows Hot And Cold – single de Freddie Mercury.

– Guitarra e baixo em Love Kills.

 

Freddie Mercury

– Possivelmente vocais de apoio em Killing Time – de Roger Taylor – Álbum Strange Frontier.

– Vocais principais em Heaven For Everyone do Álbum Made In Heaven.

 

Roger Taylor

– Vocais de apoio em Star Fleet Project.

– Vocais de apoio em The Great Pretender.

– Bateria em Love Kills.

 

Fonte – ultimatequeen

PARTY

(1ª música do 13º álbum)

 

– Eleger a lista das faixas de um álbum é uma tarefa difícil. Tem que saber jogar com o ritmo: atrair desde a introdução, colocar as melodias a partir do segundo tema para, finalmente, desenvolver a obra como se fosse um filme: com ação, suspense, ternura e um bom final.

– Para o início deste álbum, que os fãs esperavam há três anos, o Queen escolhe um tema muito enérgico, ao qual Freddie dá voz para cantar as lembranças da festa que ele foi na noite anterior:

 

We had a good night jamming away/There was a full moon showing/And we started to play

(Tivemos uma boa noite improvisando/Havia uma lua cheia aparecendo/E começamos a tocar)

 

– Mas depois de seu aspecto despreocupado, Party oculta uma mensagem mais crítica, já que cada estrofe termina com uma lembrança melancólica ao dia posterior à festa:

 But in the cold light of day next morning/Party was over

(Mas na luz fria do dia na manhã seguinte/A festa acabou)

 

E até mesmo:

Everybody’s gone away(Todos foram embora)

 – A música anuncia a sua cor: a festa acabou. Esse é todo o paradoxo do álbum The Miracle: o grupo apresenta uma unidade reencontrada, os temas são mesmo excepcionais, porém é a hora do equilíbrio para Freddie, quem responderá precisamente à letra de Party na última música do álbum Was It All Worth It (Isso tudo valeu à pena).

Freddie nos braços do excêntrico bailarino e coreógrafo Wayne Sleep, na festa do musical “2nd Street, em Londres.

 

Vídeo oficial de Party

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Brian May gravou um vídeo para homenagear o falecido Jeff Beck, considerado um dos maiores nomes da história da guitarra.

Beck morreu na última quarta-feira (11 de janeiro), aos 78 anos.

 

Não estou com vontade de falar com a imprensa e a mídia sobre isso. Acho que eu não me sinto pronto. Esta é uma perda tão extraordinária e ele era uma pessoa tão extraordinária, é difícil processar o fato de que ele não está aqui, além de processar o que eu gostaria de dizer, disse Brian.

 

Jeff era completa e totalmente único, e o tipo de músico impossível de definir. Eu fiquei absolutamente maravilhado com ele. Ele era apenas alguns anos mais velho que eu e veio da mesma área de onde eu vim, mas sempre foi um herói para mim, fazendo coisas que eu meio que sonhava em fazer. Quando eu estava na escola, inclusive, ele já estava lá em cima, no The Tridents e depois no The Yardbirds, fazendo coisas extraordinárias (…).

 

Ele era selvagem, não quantificável e extraordinariamente difícil de entender, mas um dos maiores gênios da guitarra que o mundo já viu e verá.

Deus te abençoe, Jeff. Sinto sua falta, acrescentou Brian.

 

 

Fonte: whiplash.net

Innuendo – Cai o pano …

– Uma noite, o Queen estava jantando em Montreux, quando Freddie Mercury mostrou seu pé lesionado à Brian.

– Foi nesse momento que Brian percebeu o pouco tempo que restava ao amigo.

– Nem Brian, nem Roger Taylor conversaram com a imprensa quando Freddie os informou que tinha AIDS. Ambos adivinharam a verdade, mas Freddie optou por não divulgar sua condição por algum tempo.

– Os médicos de Freddie aparentemente sugeriram que ele não viveria para ver o lançamento do décimo terceiro Álbum do Queen – The Miracle – em Maio de 1989, então ele pediu à Banda que continuassem fazendo música pelo tempo que pudessem.

– O Queen começou seu Álbum seguinte – Innuendo – antes mesmo de seu antecessor ser lançado.

– O Queen se escondeu no Mountain Studios, de Montreux, no início de 1989 com o co-produtor David Richards. Eles estavam longe de olhares indiscretos e da imprensa britânica. A Banda trabalhou por três semanas de cada vez, com uma pausa de quinze dias no meio. Várias músicas das sessões de The Miracle foram revisitadas, outras saíram de longas jams no estúdio.

– Tudo foi mais uma vez creditado ao Queen. Depois de anos discutindo sobre os créditos da escrita, eles alcançaram um estado de democracia harmoniosa, pelos padrões do Queen.

Eu sei que é difícil para as pessoas acreditarem, mas na verdade foi uma época feliz. Freddie estava em estado terminal, mas não afetou seu senso de humor, disse Brian.

 Ele estava rindo e brincando !  Ele não queria pena, não queria que ninguém sentisse pena dele, confirmou Roger.

 

– Havia algo de libertador em Innuendo. Era como se todas as apostas tivessem dado errado, embora o senso de negócios do Queen não os tivesse abandonado e o Álbum incluísse cinco sucessos futuros.

– A faixa-título e o primeiro single do Álbum foram originalmente uma criação de Freddie e Roger.

– Em Innuendo, o Queen fundiu elementos da grande sonoridade de Kashmir do Led Zeppelin com o Bolero de Ravel e a Quinta de Beethoven.

 

Kashmir – Led Zeppelin

 

– Até mesmo os ooh, ooh’s de abertura de Freddie foram direto do guia vocal do vocalista do Led Zeppelin – Robert Plant – embora Plant mais tarde tenha cantado a música no Freddie Mercury Tribute Concert e combinou.

– Innuendo também interrompe no meio para um interlúdio de guitarra flamenca que lembra o intervalo instrumental de Oh Well  do Fleetwood Mac. (Banda de Rock dos anos 60).

 

 

– O envolvimento de Steve Howe do Yes na música foi outro aceno para o passado. Smile e Queen abriram para o Yes em uma vida anterior.

– Enquanto Innuendo sugeria pestilência bíblica e continentes inteiros sendo engolidos pelo oceano, o Queen imediatamente difundiu o drama com seu single seguinte – I’m Going Slightly Mad.

– O vídeo que acompanhava mostrava a Banda brincando em chapéus e máscaras de comédia, com um extra pesado em um traje de gorila. Freddie usava uma peruca e várias camadas de enchimento para disfarçar o quão magro ele havia se tornado.

– Ele e seu amigo, o cantor e ator Peter Straker, ficaram acordados a noite toda compondo letras espirituosas como:  Estou tricotando com apenas uma agulha.

– Mas havia algo melancólico nisso tudo. As faculdades mentais de Freddie estavam se deteriorando e ele agora estava tendo apagões. Sua performance vocal foi inigualável, porém.

– Brian compôs Headlong para seu próximo Álbum solo, mas se tornou o terceiro single de Innuendo.

Às vezes é doloroso entregar o bebê , ele admitiu.

– Foi vendido com um vídeo de performance em que o Queen tentou voltar no tempo. Quase funcionou …. Em uma cena, Freddie tocou seu suporte de microfone serrado como uma guitarra. Em outra, ele caiu de joelhos prestes à fazer uma flexão, aparentemente desafiando qualquer um que ousasse questionar sua saúde.

– Os dois últimos singles do Innuendo abordaram a situação do Queen indiretamente. These Are the Days of Our Lives, de Roger, era uma música pop delicada. The Show Must Go On, de Brian, uma balada arrasadora.

– Como na maioria dos Álbuns do Queen após 1980, os singles superaram o resto do Álbum. Isso foi uma benção no caso de Delilah – a canção de amor de Freddie para sua gata favorita. A faixa incluía um solo de guitarra no qual Brian imitava um miaow ‘felino, presumivelmente sob grande pressão.

Não é o melhor trabalho de Freddie – disse Roger.

– As outras contribuições de Freddie foram da balada contemplativa Don’t Try So Hard, ao dueto Bijou, em que Brian tocou os versos e Freddie cantou no lugar de onde normalmente estaria o solo de guitarra.

– Freddie também forneceu os curiosos versos valsa gospel de All God’s People e o Heavy Metal uivante de The Hitman.

– Innuendo foi completado por Ride the Wild Wind de Roger e I Can’t Live with You de Brian.

– A música de Roger sugeria filme de perseguição de carro. Pense: um homem mal-humorado e bonito conduz seu carro por uma longa faixa de estrada deserta.

( Inspiração em James Dean ).

– Embora a música não tenha chegado à grandes paradas, foi redimida por um solo de guitarra animado.

– I Can’t Live with You foi outro das canções de amor torturadas de Brian. A Red Special ajudou à transmitir sua angústia, e sugeriu que a vida com a ex-estrela de novelas Anita Dobson não era corações e flores o tempo todo.

– Innuendo foi precedido por sua faixa-título em Janeiro de 1991.

É um pouco arriscado, mas você ganha tudo ou perde tudo ! , disse Brian.

 – Innuendo, o single menos comercial do Queen desde Bohemian Rhapsody, foi o número um no Reino Unido.

– O Álbum também se tornaria o terceiro consecutivo do Queen no Reino Unido. Mas a Banda não pôde fazer uma turnê.

Freddie acha difícil, física e mentalmente “, disse Brian na época. ” Um frontman suporta muita pressão.

– Enquanto isso, a administração do Queen os negociou de seu acordo americano com a Capitol Records para uma nova gravadora. Há rumores de que a Hollywood Records pagou 10 milhões de libras pelo Queen, uma quantia extraordinária para um grupo que não tinha um Álbum entre os vinte primeiros ou um single entre os dez primeiros desde 1980, e cujo vocalista se recusou à dar entrevistas ou fazer turnê.

– Quando Innuendo chegou ao número trinta na parada dos EUA, a decisão de negócios da Hollywood Records parecia falha.

No entanto, a gravadora também adquiriu os direitos do catálogo antigo do Queen, o que, com a crescente popularidade do CD, permitiria à Hollywood reembalar a música do Queen em um novo formato.

– Anos depois, o Presidente da Hollywood Records – Peter Paterno – discutiu o acordo com mais detalhes, alegando que o chefe executivo da gravadora – , Michael Eisner – se opôs à contratação do Queen com base em suas baixas vendas nos EUA e rumores sobre a saúde de Freddie.

– Eisner até queria incluir uma cláusula no contrato sobre o que aconteceria se Freddie morresse, ao que Paterno respondeu –

Se ele morrer, por mais mórbido que pareça, isso também vende discos … 

– A morte de Freddie Mercury estava se aproximando rapidamente, mas sua vida comercial, após a morte, estava prestes à começar …

 

 

– Fonte – Magnífico ! – The A To Z Of Queen – Mark Blake

 

PRINCE OF THE UNIVERSE

(9ª música do 12º álbum)

 

Princes Of The Universe, uma das contribuições mais importantes na trilha sonora de Highlander, aparece durante os créditos do início do filme.

– Com a esperança de voltar ao público norte-americano com este tema muito heavy, numa década na qual o mais importante é o hard rock FM, o Queen publica a canção em single nos Estados Unidos em 12 de março de 1986, justamente quando o filme goza de enorme sucesso.

– Com este motivo, o diretor Russell Mulcahy realiza também um vídeo excepcional em New York nos estúdios Silvercup. O cineasta situa a ação do videoclipe no mesmo lugar em que se desenvolve a película Highlander, ao pé do rótulo Silvercup, e apresenta um combate muito particular entre Freddie Mercury, armado com sua famosa haste de microfone, e Christopher Lambert, com sua espada katana entre as mãos.

– Os efeitos pirotécnicos são tão impressionantes que Brian May, temendo pela sua Red Special, interpreta o playback com uma guitarra Washburn RR11V, deixando sua preciosa guitarra em um lugar seguro dentro de sua caixa.

– O Queen não poderia oferecer para o álbum A Kind Of Magic um final mais magistral. Sem caixa de ritmos, nem pads Simmons e nem qualquer outro artifício de estudo, o grupo está bem presente, em carne e osso, pronto para enfrentar Highlander.

– Mack e seu fiel engenheiro de som assistente, Stephan Wissnet, estão excessivamente envolvidos no tema, indo mais além de suas atribuições e aventurando-se em um terreno arriscado…

– O mais imprudente é Wissnet que, aproveitando a ausência de Brian, grava uma parte de guitarra.

 

– Mack explica:

Há um declínio de guitarra na canção. Para esta passagem [entre 38 e 44 segundos], Stephan, meu assistente, interpreta o “eedly-eedly-eedly”, que eu desci progressivamente com o harmonizador. Freddie escutou e me disse: ‘É genial! É absolutamente impactante!’.  Eles gostaram da ideia e nós a mantivemos.

– No 1:58 de Princes Of The Universe, em um momento de grande nostalgia, Freddie faz uma piscadela aos fãs de seus primeiros tempos. Durante esta ponte de quatro tempos, tão rápido quanto malicioso, ele nos projeta diretamente ao universo de The March Of The Black Queen.

Freddie e Christopher Lambert, o Highlander, no videoclipe de Princes Of The Universe.

 

– Vídeo oficial de Princes Of The Universe

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Há 38 anos, no dia 11 de janeiro de 1985, ocorreram as duas apresentações do Queen  no Rock in rio, ainda com Freddie Mercury nos vocais.

Segue aqui um breve relato sobre o que eu senti ao assisti-los ao vivo.

Eu me considero uma pessoa privilegiada e agradeço muito à Deus por isso, pois tive a oportunidade de ver por duas vezes ao vivo, o Queen se apresentando com a sua formação original. E na época pensei que esses shows seriam os primeiros de vários shows que veria deles…. Pura ilusão….

 

Como a minha paixão começou….

Minha paixão pelo Queen começou um ano antes com o lançamento do álbum The Works, em 1984.  Na época, a música Radio Gaga era muito tocada nas rádios e rivalizava com Jump do Van Halen, que haviam lançado na mesma época o álbum 1984, ainda com o David Lee Roth como vocalista. Eu já havia escutado anos antes o Greatest Hits 1 e tinha gostado muito.

O começo de tudo…. O LP “The Works”

Um belo dia, foi anunciado que seria realizado em um terreno no bairro da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, quase divisa com o bairro vizinho de Jacarepaguá, um festival de música que duraria 10 dias e uma das atrações principais seria o Queen.

Na época, como éramos menores de idade (eu tinha 15 anos), eu e a minha amiga tivemos que  convencer nossos pais a irem conosco.

Não foi difícil para mim porque minha mãe é roqueira e gosta muito dos Beatles. Com esse obstáculo superado, compramos os ingressos para os dois dias do Queen (11/01 e 18/01), mas não esperávamos nem de longe o que nos aguardava…..

Ingresso da época

 

 

Então o grande dia chegou e lá fomos nós! Uma longa viagem de ônibus da Tijuca até a cidade do Rock. Chegando lá nos deparamos com um gramado ENORME e no fim desse gramado havia um palco gigante. Tudo era novo, não só para nós, mas para todos que estavam ali, pois esse era o primeiro show de rock com atrações internacionais. E era também o meu primeiro show de rock.

 

A abertura do Rock in Rio, no dia 11/01, ficou a cargo de Ney Matogrosso, que fez um ótimo show por sinal (sou suspeita para falar…), seguido de Erasmo Carlos (o “tremendão”), Baby Consuelo e Pepeu Gomes – um grande guitarrista nacional na minha opinião – e depois as atrações internacionais: Whitesnake, Iron Maiden (que fizeram ótimos shows, o que me fez tornar fã destas duas bandas) e finalmente Queen. Já era madrugada do dia 12 quando o show começou. O início foi com a introdução da música “Machines”, do recém-lançado álbum “The Works”. O cenário era inspirado no filme “Metrópolis”, com engrenagens enormes girando ao som da música e das luzes. E de repente o grupo entra e começa a tocar Tie Your Mother Down, deixando todos extasiados, não só pela música, mas também pela presença de palco da banda e a qualidade do som e do jogo de luzes. No final dessa música Freddie arrisca umas palavras em português, conquistando definitivamente a plateia. E o show continuou.

E eu estava amando cada minuto do show e chegando à conclusão de que seria fã do Queen para sempre…Não havia mais retorno! Como realmente não houve. E o amor pela banda cresce mais e mais, tanto que estou aqui dando o meu relato sobre esses dois dias mágicos.

Após a quinta música, que foi It´s a Hard Life, Freddie brinca com a plateia falando o seu famoso êeeeeôoooooo. O ponto alto da noite foi Love of My Life, uma das músicas mais conhecidas da banda. A plateia cantou a música toda em uníssono. Confesso que nessa hora fiquei muito emocionada, porque todas as 250 mil pessoas presentes cantaram a música toda, e sem errar a letra (o que é muito importante!). No vídeo do show, dá para se notar que tanto Brian como Freddie ficaram emocionados com a receptividade do público ao cantar a música. Antes de começar essa música, Brian também arriscou umas palavras em português. Na hora do solo de Love of My Life, o nome do Brian é gritado por algumas pessoas e o nosso querido guitarrista se emociona novamente. A música seguinte, Hammer to fall, levantou a plateia de novo. Escutar Bohemian Rhapsody ao vivo, foi uma experiência única, porque até aquele momento eu não imaginava que aquela música enorme pudesse ser cantada ao vivo. E essa, claro, foi outra música que a plateia cantou junto com a banda. Na hora do Galileo, foi impressionante ver o palco todo escuro, só com o jogo de luzes e a música de fundo. Foi algo espetacular. Não tenho como descrever o que senti. Uma mistura de alegria e surpresa.

Radio Gaga foi outra música que a plateia cantou o refrão e fez o movimento com as mãos automaticamente.

Quando começou We Will Rock You, fomos surpreendidos com Freddie entrando em cena com uma bandeira que de um lado era a do Brasil e do outro a do Reino Unido.

Após essa música, foi tocada We Are the Champions e God Save the Queen, que é o hino nacional britânico. Na hora do hino, com a ajuda de Roger, Freddie esticou a bandeira e o que se viu foram as duas bandeiras (Reino Unido e Brasil) unidas, para delírio da plateia.

E assim o show acabou…..

E ainda tínhamos um longo caminho pela frente…. a volta para casa. Estávamos exaustas, mas felizes.

No dia 18/01, os shows começaram com Kid Abelha, seguido de Eduardo Dusek e Lulu Santos na parte nacional e Gogo´s, B´52 e finalmente Queen na parte internacional.

O show não foi muito diferente do primeiro dia, exceto pelo fato de que havia chovido bastante e o que no dia 11 era grama, não passava agora de um lamaçal. Então não houve jeito, tivemos que tirar nossos sapatos e pisar diretamente na lama. Uma coisa que me recordo deste segundo dia, é que havia uma pessoa perto da gente que havia conhecido o Queen no início da carreira deles e estava extasiada também com a grandiosidade do show. O que nos deixou muito felizes.

E assim essa maravilhosa experiência terminou.

Uma experiência que vou levar por toda a minha vida!

Eu pensava na época que – como disse anteriormente – esse seria o primeiro de muitos shows ao vivo que veria deles. Mas infelizmente em 24 de novembro de 1991, aconteceu o que todos já sabem e a banda não é mais a mesma desde então.

Mas o meu amor por eles continua o mesmo. Tanto que em 2015 fui ao rock In Rio novamente somente para rever Brian e Roger ao vivo. Esse show começou no dia do meu aniversário…. Foi um presente e tanto também!

 

Show do Queen no rock In Rio

Queen Forever!

Doing All Right – Escrita por Brian May e Tim Staffell em 1970.

 

– Foi regravada em 1972 no Trident Studios, SoHo, Londres, Reino Unido.

– Lançada em Julho de 1973 no Álbum Queen.

– Uma música muito interessante e complexa, que começa como uma balada maravilhosa e se transforma em uma furiosa peça de heavy metal. É muito bem produzida e contém um excelente trabalho de guitarra acústica.

– Era originalmente uma canção do Smile (o precursor do Queen) e é por isso que o baixista e vocalista principal do Smile, Tim Staffell, recebe o crédito de co-escritor.

– A versão Queen é muito mais pesada e completamente reorganizada.

 

* Bateria –

– Os tambores foram cobertos com fita adesiva e microfonados para torná-los mortos. O kit de Roger consistia em bumbo, caixa, chimbau, três tons e dois pratos de passeio.

 

* Baixo –

– John tem um som muito bom nesta versão. Ele usou um Fender Precision Bass.

 

* Piano –

– O piano foi tocado por Brian. O piano em questão era o famoso Hey Jude Bechstein, Serial No 44064, Bracing No 11870. Feito em Berlim em 1897.

 

* Guitarras –

– Tudo é feito por Brian, novamente.

Há um violão que toca muitas coisas. Foi gravado com vários microfones que foram colocados juntos. Os violões foram todos tocados com a Red Special, que passou por um reforço de agudos.

 

* Vocais –

– Os vocais principais são de Freddie. Os backing vocals são feitos pelos três membros fundadores e consistem em três partes distintas.

– Experimentação dos primeiros dias, tudo em tudo …

– Em 2018, o Smile se reuniu mais uma vez no Abbey Road para regravar Doing All Right. Esse lançamento foi usado no filme do Queen – Bohemian Rhapsody.

  Smile

 

*A propósito –

– Essa música é muito especial para Tim Staffell, e os royalties (por causa da inclusão no primeiro Álbum do Queen) o ajudaram muito.

 

– Versão Tim Staffell e Brian May.

 

– Versão Queen 1973.

 

Fonte – queensongs.info

 

DON’T LOSE YOUR HEAD

(8ª música do 12º álbum)

 

– Embora o título da música, Don’t Lose Your Head (Não perca a cabeça) sem dúvida, se refira à única maneira pela qual os protagonistas de Highlander podem perder a vida (a decapitação em combate), Roger Taylor se inspira em uma anedota muito menos gloriosa para compor essa música.

– Em 1985, John Deacon, que estava acostumado a conduzir um modesto Volvo por toda a vida, decide que merece presentear-se com um modelo superior e compra um Porsche. Depois de um concerto de Phil Collins, o baterista do Genesis e o baixista do Queen compartilham alguns copos antes de atravessar a cidade no automóvel.

– Ao ser submetido a um teste de bafômetro durante um controle policial, John perde sua carteira de motorista durante um ano, e vende o Porsche rapidamente.

– Roger faz referência a este incidente na canção:

Don’t drink and drive my car/Don’t get breathalyzed

(Não beba e dirija meu carro/Não faça bafômetro)

 

– Poucos dias após o teste de Deacon, Brian também pisca sobre o evento durante uma entrevista de rádio, dedicando uma música ao amigo: a música que foi ao ar foi Don’t Drive Drunk (Não dirija embriagado), de Stevie Wonder!

– Um fenômeno estranho no repertório do Queen é que um artista externo tenha deixado uma marca discreta no tema. Trata-se da cantora Joan Armatrading, muito próxima a Roger, quem é ouvida pronunciando a frase Don’t Lose Your Head em numerosas ocasiões.

– A cantora britânica recorda:

Eu estava no Townhouse Studios […] e o Queen estava no estúdio ao lado. Roger Taylor veio me perguntar se eu queria ir vê-los e adicionar minha voz à música, o que eu fiz. Assim que terminei, lembro de ver Roger chegando com um enorme buquê de flores!

– No lado B dos singles A Kind Of Magic e Princes Of The Universe, se propõe um remix instrumental de Don’t Lose Your Head com o título A Dozen Red Roses For My Darling.

– É uma homenagem ao buquê de flores oferecido a Joan Armatrading?

Joan Armatrading faz parte do reduzido grupo de artistas que colocaram sua voz em uma canção do Queen.

 

Vídeo oficial de Don’t Lose Your Head

 

Already There, um sucesso de Joan Armatrading

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Freddie e seus nódulos na garganta –

Washington, EUA – Fevereiro de 1975

Turnê Sheer Heart Attack

A voz de Freddie estava causando problemas em alguns shows nesta turnê, principalmente na Filadélfia.

Isso o levou à consultar um especialista em garganta, enquanto estava lá, apenas para ser diagnosticado com nódulos. Foi fortemente recomendado que ele se abstivesse de cantar ou mesmo falar por 03 meses.

No entanto, o resto da Banda já estava à caminho de Washington para o próximo show, e Freddie não queria decepcionar os fãs, cancelando uma apresentação em tão pouco tempo.

No dia seguinte ao show, ele conseguiu uma segunda opinião de outro especialista que concluiu que sua garganta não estava sofrendo de nódulos, mas sim de inchaço. Foi sugerido que ele tirasse algumas semanas de folga.

   Nódulos nas cordas vocais

 

Um terceiro diagnóstico ( de um especialista que já havia tratado Tom Jones e Barbara Streisand ) também insistiu que era apenas um caso de inchaço, mas era, de fato, o diagnóstico original que estava correto. A Banda tiraria uma semana de folga para permitir que Freddie descansasse.

– 25/02/1975 – Pittsburgh – EUA

– 26/02/1975 – Kutztown – EUA

– 27/02/1975 – Buffalo – EUA – próximo à fronteira do Canadá.

– 28/02/1975 – Toronto – Canadá

– 01/03/1975 – Kitchener – Canadá

– 02/03/1975 – London – Canadá

Assim, 03 datas nos EUA e 03 no Canadá seriam canceladas ( má sorte para as pessoas de Toronto e London / Canadá, pois seus shows também foram cancelados em 1974 – Brian estava doente ) e a turnê seria retomada somente em 05 de Março, em La Crosse, Wisconsin/EUA.

Deste ponto em diante, as turnês seriam agendadas com dias de folga entre os shows, conforme necessário, para que Freddie pudesse descansar sua voz.

O problema do nódulo se repetiria ao longo dos anos, mas ele se recusaria à se submeter à qualquer cirurgia, pois temia que alterasse sua voz de forma irreversível.

Comparação entre corda vocal sadia e lesionada

Nota

Nódulos nas pregas vocais, popularmente conhecidos como calos nas cordas vocais, são lesões de massa, benignas, bilaterais e simétricas que acometem as pregas vocais e cuja formação está relacionada à um comportamento vocal alterado e inadequado, principalmente o abuso vocal.

 

Fontes: Queen Live Ca, Go On

GIMME THE PRIZE (KURGAN’S THEME)

(7ª música do 12º álbum)

 – O personagem de Kurgan, inimigo declarado de Connor MacLeod através dos séculos, serve de inspiração a Brian May para criar esta canção.

– Kurgan e o protagonista combatem no final do filme Highlander para obter o prêmio (The Prize na versão original) que corresponde ao sobrevivente do combate final, ser o último dos Highlanders.

– Parece que esta ideia inspirou Brian a compor este tema muito heavy, quase violento.

– Esta canção é o oposto de Who Wants To Live Forever, a outra participação do guitarrista na trilha sonora, e fornece uma tensão complementar ao espectador, enquanto Kurgan, dirigindo para New York aos 24:00 do filme, insere uma fita cassete no player do carro e ouve Gimme The Prize (Kurgan’s Theme) no volume máximo.

– Tudo está dito, e o confronto entre o bem e o mal é iminente.

– Os diálogos do filme são acrescentados aqui e ali, e lembram o trabalho realizado em Flash Gordon.

– A passagem mais interessante do tema é o solo de guitarra aos 2:36, durante o qual Brian deseja render homenagem às origens escocesas de Highlander, transformando uma partitura de guitarra clássica em um autêntico solo de gaita. Executado, é claro, com a Red Special, este trabalho incrível é o melhor do tema.

– Para conseguir dar às suas notas esta sonoridade estranha, Brian utiliza um efeito de coro bastante intenso, muito em voga na década de 1980, porém que ele raras vezes havia usado.

– Em novembro de 1998, durante um concerto no DK Lensoveta de Saint Petersburg para promover seu álbum Another World, Brian May introduz o solo escocês de Gimme The Prize (Kurgan’s Theme) em plena interpretação de Fat Bottomed Girls, proporcionando um momento antológico aos expectadores russos.

No final do filme Highlander, cuja trilha sonora original contém cinco canções do Queen, Connor MacLeod (Christopher Lambert) combate com a espada contra seu eterno inimigo, Kurgan, interpretado por Clancy Brown.

 

Vídeo oficial de Gimme the Prize (Kurgan’s Theme)

 

Highlander x Kurgan (cena do filme)

https://youtu.be/kf6JcMBg6fI

 

Brian May – Fat Bottomed Girls (Solo Gimme The Prize)

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

No One But You (Only The Good Die Young)

Data de lançamentos: 5 de janeiro de 1998

Melhor posição nas paradas: 13° lugar na parada britânica.

Músicas (Versão Vinil de 7 polegadas)

 

Lado A: 1) No One But You (Only The Good Die Young)

2) We Will Rock You (Remix de Rick Rubin)

Lado B: 1) Tie Your Mother Down

2) Gimme the Prize (Remix Instrumental do The Eye)

 

Surgimento do single

– Em 17 de janeiro de 1997, os membros remanescentes do Queen se apresentaram junto com Elton John, na premiere do Ballet de Maurice Béjart em Paris cantando The Show Must Go On.

– Inspirado neste evento, May mandou para Roger uma fita demo de No one but you, que ficou esquecida em uma gaveta por meses. Tempos depois, Roger telefona para May e diz que a música é incrível e que deveria ser uma canção do Queen.

– Dedicada à Freddie Mercury, ela evoca o frontman do Queen em cada linha.

– No primeiro parágrafo, há uma referência à estátua do cantor no Lago Geneva em Montreaux:

a hand above the water (Uma mão acima da água)

an angel reaching for the sky (Um anjo alcançando o céu).

 

                   

 

– Mas a música era direcionada também a qualquer pessoa que é tirada de nós muito cedo.

– Sobre a capa do single No One But You, Brian comentou em novembro de 1997:

Eu meio que pensei que todo mundo conhecesse essa história, mas talvez eu devesse mencioná-la, porque realmente foi parte da inspiração da música. É um mito grego em que Dédalo e Ícaro, seu filho, estão presos em um castelo, e a única saída é para cima, pois eles estão no meio do mar. Então eles fazem asas de penas, penas de pássaros e cera, e as prendem a si mesmas, e voam para fora e escapam do castelo. Acho que está ligado Creta, e a lenda diz que Ícaro ficou tão excitado e exultante, que voou muito alto, muito perto do sol, e sua cera derreteu e ele caiu no mar. Portanto, é um conto simbólico muito interessante que tem muito a ver com a música, como você vai perceber ao ouvi-la.

 

Produção

– John Deacon já havia dito que não tocaria mais com a banda, mas nesta música ele tocou uma discreta linha de baixo.

– A canção foi escrita por Brian, que cantou o primeiro e terceiro versos.

– O segundo verso foi cantado por Roger.

– A música é muito apreciada pela sua mensagem e ternura.

– É a última música gravada pelos três membros remanescentes da banda.

– Foi incluída no lançamento Queen Rocks em novembro de 1997.

– Originalmente planejado para um lançamento de single no final de 1997, foi vetada pela Parlophone (subsidiária da EMI).

– Os fãs então criaram uma petição on-line para que o single fosse lançado, sucedendo para um lançamento em janeiro de 1998.

 

Curiosidade:

A música foi cantada ao vivo como Queen no Queensday 2002, na Holanda.

 

Vídeo Oficial da música:

 

Making of de No One But You

 

Letra da Música e tradução: 

No-One But You (Only The Good Die Young)  Ninguém além de você (apenas os bons morrem jovens)

A hand above the water / Uma mão acima da água

An angel reaching for the sky / Um anjo alcançando o céu

Is it raining in heaven / Está chovendo no céu

Do you want us to cry? / Você quer que a gente chore?

And everywhere the broken-hearted / E em todos os lugares o coração partido

On every lonely avenue / Em cada avenida solitária

No-one could reach them / Ninguém poderia alcançá-los

No-one but you / Ninguém além de você

 

One by one / Um por um

Only the good die Young / Apenas os bons morrem jovens

They’re only flying / Eles estão apenas voando

too close to the sun / muito perto do sol

And life goes on / E a vida continua

Without you / Sem você

 

Another tricky situation / Outra situação complicada

I get the drowin’ in the blues / Eu me afogo nas tristezas

And I find myself thinkin’ / E eu me pego pensando

Well, what would you do? /  Bem, o que você faria?

Yes, it was such an operation / Sim, foi a tal operação

Forever paying every due / Para sempre pagando todas as dívidas

Hell, you made a sensation / Diabos, você fez uma sensação

You found a way through / Você achou a passagem

 

One by one / Um por um

Only the good die Young / Apenas os bons morrem jovens

They’re only flyin’ / Eles estão apenas voando

too close to the sun / muito perto do sol

We’ll remember / Vamos lembrar

Forever / Para sempre

 

And now the party must be over / Agora que a festa acabou

I guess we’ll never understand / Eu acho que nunca vamos entender

The sense of your leaving / O motivo de sua partida

Was it the way it was planned? / Foi do jeito que planejou?

And so we grace another table / Então nós enfeitamos outra mesa

And raise our glasses one more time / E levantaremos nossos copos mais uma vez

There’s a face at the window / Há um rosto na janela

And I ain’t never, never sayin’ goodbye / E eu nunca, nunca vou dizer adeus

 

One by one / Um por um

Only the good die Young / Só os bons morrem jovens

They’re only flyin’ too close to the Sun / Eles só estão voando em direção ao sol

Cryin’ for nothing / Chorar por nada

Cryin’ for no-one / Chorar por ninguém

No-one but you / Ninguém, além de você

Quer saber mais sobre a música? Veja aqui

 

Fontes:

– Livros: Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc
Queen em discos e canções – Marcelo Facundo Severo

– Sites: Queen Vault

Queenpedia

 

Agradecimento especial para Arnaldo Silveira pelas críticas e excelentes sugestões

Tour Queen cancelada na América do Sul – Novembro e Dezembro de 1983

– Na primavera de 1983, foi anunciado que o Queen pretendia retornar à América do Sul para tocar em Estádios maiores, incluindo o Maracanã no Rio de Janeiro, que podia acomodar 206.000 pessoas e era um dos maiores do mundo.

– Foi traçado um roteiro para uma série de 05 datas no Brasil em Dezembro de 1983, e uma data em Montevidéu / Uruguai – 22 ou 23 de Novembro.

– Infelizmente, em uma repetição da primeira jornada da Banda em 1981, a turnê planejada foi atormentada por problemas desde o início – promotores inescrupulosos, gastos enormes de dinheiro e dificuldades de equipamentos – contribuíram para um incômodo sem fim e, após discussões com Jim Beach e Gerry Stickells, a Banda decidiu por cancelar a turnê de uma vez, e focar na continuação de Hot Space.

– Alguns shows na Argentina também estavam planejados para 1983, inicialmente em Janeiro e depois em Outubro, mas nada deu certo porque a moeda argentina continuou à cair sob a ditadura militar, tornando impossível para a Banda ter lucro.

– A Banda não faria uma turnê na América do Sul novamente, embora tocasse no Rock In Rio em Janeiro de 1985.

– O Queen acabaria por nunca visitar o Uruguai, embora em 1992 os uruguaios tiveram um consolo quando Brian May, tocou no Estádio Centenário durante o Montevidéu Rock IV.

 

– 22 de Novembro (talvez 23) – Estadio Centenário – Montevidéu / Uruguai

– 26.11.83 – Porto Alegre / Brasil

– Curitiba / Brasil – sem data conhecida

– 03.12.83 – Morumbi – São Paulo / Brasil

– 07.12.83 – Estádio do Maracanã – Rio de Janeiro / Brasil

– 09.12.83 – Belo Horizonte / Brasil

 

Notas –

O ingresso anexo parece ser somente um teste para divulgação e há em algum lugar um vídeo do Queen chamando para a turnê.

Infelizmente não achei tal material.

Se alguém puder contribuir, agradeço.

Abaixo, uma carta de Jacky Smith, presidente do Fã Clube Queen, falando sobre a turnê.

 

Fonte –

Queen Live Ca

Georg Purvis – “Queen – Complete Works”

 

WHO WANTS TO LIVE FOREVER

(6ª música do 12º álbum)

 

– Sem dúvida alguma, a canção mais emblemática do álbum A Kind Of Magic, Who Wants To Live Forever, ilustra de maneira excepcional a cena mais comovente de Highlander, quando Connor MacLeod (Christopher Lambert), imortal, assiste à sua esposa, prestes a exalar seu último suspiro.

– Brian May relataria em 2003 a origem surpreendente do tema:

Estávamos voltando de ver alguns fragmentos de ‘Highlander’ com Russell Mulcahy, e era nosso primeiro contato com o filme. Eu não havia lido o roteiro (não creio que nenhum de nós tenha lido) e era muito emocional. Realmente me chocou, porque então eu passava por uma época muito triste: a morte de meu pai, o fim do meu matrimônio… ‘Who Wants To Live Forever’ me ocorreu de repente, e quase a teria terminado durante o trajeto no carro. Lembro que cantarolei para meu empresário quando me levava para casa.

– David Mallet realiza um videoclipe em 16 de setembro de 1986 nos armazéns da Tobacco Wharf de Londres, com a National Philharmonic Orchestra e um coro de quarenta crianças.

– A atmosfera do vídeo é solene, e os músicos do Queen interpretam o tema em playback rodeados por milhares de velas.

– Os coros interpretados por Brian e Roger, apoiam a voz de Freddie, muito emotiva. Como em Sail Away Sweet Sister (To The Sister I Never Had), Freddie e Brian compartilham a interpretação vocal principal. O guitarrista canta a primeira estrofe, as duas primeiras frases do break e o final:

Who waits forever anyway?(Quem espera para sempre de qualquer maneira?)

 – Também gravam uma versão alternativa para o filme, na qual Freddie canta todo o tema, privando-o da voz tão particular de Brian, menos potente, porém mais adaptada à doçura de sua composição.

– Em 2014, os fãs são presenteados com uma versão inédita da canção, intitulada simplesmente Forever, incluída na compilação Forever.

– Interpretada com grande delicadeza ao piano por Brian May e sem nenhum arranjo, conserva somente a melodia do tema original.

 

Brian May, solene e elegante durante as filmagens do videoclipe Who Wants To Live Forever, em 16 de setembro de 1986.

 

Vídeo oficial de Who Wants To Live Forever

 

Who Wants To Live Forever, cena do filme Highlander:

https://youtu.be/TqFoiM0zxdY

 

Forever, com Brian May ao piano:

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Ninguém tocou sintetizador!

 

O Queen quebrando suas próprias regras.

Sintetizador é um instrumento musical eletrônico que gera sinais de áudio. Ele pode fazer maravilhas para a expansão do som já sofisticado e com multicamadas.

 

Mas para o Queen, evitar os sintetizadores era algo que eles pareciam usar como uma medalha de honra… até 1980.

 

Em algum ponto nos primeiros dias do Queen, as críticas de alguns shows ou de suas primeiras sessões na BBC elogiaram seu toque de sintetizador, apesar pela aversão da Banda por tal equipamento na época.

– Como resultado, a frase Ninguém Usou Sintetizador  foi inserida nos primeiros Álbuns para indicar que todos os sons foram feitos por instrumentos reais (embora também houvessem truques de fita – retrocesso, aceleração, desaceleração, etc, ao longo da história de gravação).

E chegou a hora em que valia a pena usar sintetizadores devido aos avanços na tecnologia – Álbum The Game.

Abaixo, uma citação de Roger

No começo, os sintetizadores eram o que chamamos de monofônicos, você só conseguia tocar uma nota por vez. Mas então, de repente, eles começaram à fazer aqueles nos quais você poderia tocar acordes e eles se tornaram muito mais úteis como instrumentos musicais, ferramentas e coisas assim. Eu comprei um, levei para o estúdio e Freddie disse – ‘ Isso é bom, vamos lá !

The Game certamente tira vantagem do Oberheim OBX – mais flagrantemente logo de cara na faixa de abertura – Play the Game.

Ninguém tocou sintetizador !

Embora muitas pessoas pensem que a declaração foi uma resposta aos muitos grupos dos anos 70 que incorporaram sintetizadores em suas músicas, o verdadeiro motivo é um esclarecimento, e não uma condenação.

Enquanto gravava no estúdio, Brian gostava de colocar em camadas suas partes de guitarra para criar um som sinfônico exuberante. Muitas pessoas erroneamente presumiram que estavam ouvindo um sintetizador, para desgosto de Brian.

Então, para esclarecer as coisas, a declaração Ninguém tocou sintetizador  foi incluída em cada Álbum do Queen lançado nos anos 70. The Game, dos anos 80, foi o primeiro Álbum à incluir sintetizadores.

E The Game é um Álbum altamente agradável que não é apenas preenchido com músicas incríveis e performances animadas, ele preenche a lacuna entre as tendências teatrais celebradas do Queen.

É demais, é funky, mostra sua alma e você pode dançar. É um Álbum raro que evoca uma era específica, mas ainda soa novo como sempre.

Nota – Devo dizer que não é tão verdade que eles não usaram sintetizador até The Game. Em Queen II, em Seven Seas of Rhye, houve a utilização discreta de um pequeno sintetizador chamado Dubreq Stylophone. Semelhante à um mini órgão, embora não tenha sido creditado.

 

Fonte para base e composição de texto – Queenpedia

Já está disponível para compra no site da Amazon na versão em eBook o livro: Queen no Brasil: A magia continua de autoria de William Nilsen.

Este livro é a segunda edição em formato E-book, a partir da primeira edição luxo impressa e publicada em 2021. Na obra, o autor conta em detalhes e fotos exclusivas e cedidas, sua atuação como Presidente do 1º Fã-clube brasileiro da Banda Queen, durante os períodos em que se apresentou no Brasil, em 1981 (Morumbi, São Paulo) e 1985 (Rock in Rio). Neste período, William Nilsen e Paula Prado, entre outros fãs membros do Fã-clube We Will Rock You acompanharam o grupo de perto, desde sua chegada ao Brasil, aos shows épicos de Freddie Mercury, Bryan May, Roger Taylor e John Deacon.

 

Compre o livro aqui

 

Fonte: www.amazon.com.br

Não faz muito tempo, Adam Lambert, que se apresenta com o Queen, revelou que está se preparando para lançar um álbum de covers, intitulado High Drama, no dia 24 de fevereiro.

E, claro, alguns singles já foram liberados para dar a todos uma boa ideia sobre aquilo que está por vir.

Neste último fim de semana, o músico resolveu atacar novamente e liberou mais uma amostra grátis.

Dessa vez, ele apostou em uma releitura da clássica Holding Out For a Hero, que foi gravada originalmente pela cantora Bonnie Tyler, em 1984…

O álbum High Drama vai ser lançado no dia 24 de fevereiro e Adam Lambert já apresentou algumas releituras bem interessantes.

Nessa nova amostra grátis, o músico fez uso de alguns recursos que marcam as suas apresentações com o Queen. Confira…

Cabe destacar que o cantor já confirmou que o álbum ainda vai contar com versões cover de canções assinadas por artistas como Billie Eilish, Sia, Lana Del Rey, Kings of Leon e muitos outros, ou seja, tudo indica que teremos um tracklist cheio de surpresas.

 

Fonte: purepop.com.br

 

Dica de Roberto Mercury do Grupo de WhatsApp Queen Net

 

FRIENDS WILL BE FRIENDS

(5ª música do 12º álbum)

 

– Composta por Freddie Mercury e John Deacon, esta canção nasce da vontade do cantor de propor ao seu público um hino atemporal, assim como We Are The Champions e Radio Ga Ga. E consegue seu objetivo em parte, graças à melodia do estribilho que é eficaz e fácil de memorizar.

– A canção tem o potencial para converter-se em um êxito quando é publicada em 45 rpm no dia 9 de junho de 1986, porém recebe uma tímida acolhida no Reino Unido e sem alcançar A Kind Of Magic. O grupo a considera um fracasso, já que haviam esperado secretamente que ela se tornasse a dança lenta do verão.

– O vídeo é assinado pela Torpedo Twins (Rudi Dolezal e Hannes Rossacher), que já haviam gravado a banda durante as sessões de One Vision.

– Filmado em 15 de maio de 1986 no JVC Studios de Wembley, onde o grupo prepara seu próximo tour, o videoclipe é clássico, e mostra os músicos no palco frente a um público entusiasta. Os membros do club de fãs do Queen participaram no dia das filmagens, como havia ocorrido com We Are The Champions em 1977.

– No videoclipe se observa John Deacon com um instrumento de forma estranha. Trata-se de um baixo de Warwick, modelo Buzzard, que também tinha sido utilizado no palco do Rose d’Or de Montreux em 11 de maio de 1986, um festival que valeria à pena esquecer. É um instrumento pensado para o playback, já que assim foi realizada a atuação.

 

Freddie em meio aos membros do fã clube do Queen durante as filmagens do videoclipe Friends Will Be Friends.

 

Vídeo oficial de Friends Will Be Friends

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo