Brian Harold May – Músico ou Astrofísico?

Há uma polaridade interessante entre a vida de Brian May na música e sua vida na ciência …

Aquela sensação vertiginosa de insignificância que se tem ao olhar para o espaço, e a sensação de estar em um palco diante de milhares de pessoas.

Assim explica Brian em uma entrevista em 2006

 

EntrevistadorO que é mais emocionante ? Contemplar a luz zodiacal ou tocar para uma multidão lotada em Wembley ?

Brian – Hummm, é diferente, realmente. Tocar para esse público foi maravilhoso … há momentos de terror, aos quais você se acostuma e, de certa forma, você prospera, suponho.

Mas também há semelhanças. Acho que há uma espécie de pureza em ambos. Porque você pode mergulhar em pensamentos do universo, ou na música, e você está realmente absorto. Você está à um milhão de milhas de distância de todas as suas preocupações e problemas pessoais e da poeira e fumaça, de onde você está.

Você está neste mundo onde está na sua cabeça, mas está conectado à algo maravilhoso ao seu redor.

Ambas são experiências indescritíveis. Lembro-me de pensar, quando eu era muito jovem, se tudo o que existe na vida é apenas permanecer vivo, então por que nos incomodaríamos?

A vida tem que ser mais do que apenas ser. Tem que haver algo mais alto. E para mim, as coisas mais elevadas são exatamente essas – música e arte, belas imagens e pensamentos sobre como as coisas funcionam. Eu amo isso ! Esses momentos de descoberta!

– Quando Brian May tinha 07 anos, ele escreveu para a BBC pedindo informações sobre a música tema de The Sky At Night. Ele morava em Middlesex com seus pais e naquele ano, como ele se lembra – tudo aconteceu – eu entrei na guitarra, eu entrei na Astronomia, eu entrei na fotografia. E essas continuam sendo três coisas ardentes na minha vida!

Notas –

  • The Sky At Night era um programa de Astronomia da BBC, de 1957.

 

  • A música tema de abertura e encerramento do programa era At The Castle Gate, escrita em 1905 por Jean Sibelius, interpretada pela Royal Philharmonic Orchestra e dirigida por Sir Thomas Beecham.

Via Queen Online

HAMMER TO FALL

(8ª música do 11º álbum)

Hammer To Fall é o tema da transição. Composto por Brian May, trata-se de uma peça hard rock como as que irá propor o grupo no álbum “A Kind Of Magic” dois anos mais tarde.

– Sem caixas de ritmo e nem baixos sintéticos, o Queen está ao completo, cada um com seu instrumento. E o resultado é uma canção potente, digna dos grandes hinos de rock da década de 1980.

– A letra faz referência à ameaça nuclear onipresente durante a infância de Brian. Este tema é uma válvula de escape para o atormentado guitarrista, que muitas vezes aproveita as canções para transmitir mensagens humanistas (cabe recordar The Prophet’s Song e White Man).

– O videoclipe é filmado durante o primeiro concerto do tour europeu “The Works Tour” no Forest National de Bruxelas, na Bélgica, em 24 de agosto de 1984.

– Obra do fiel David Mallet, o vídeo é uma compilação de imagens do concerto e seus ajustes, realizados algumas horas antes.

– Desde a introdução da canção, Brian toca um riff potente.

– Ele afirma divertido:

Sou como um menino com minha guitarra! Adoro obter sons intensos e poderosos com ela!.

 

– Ele alcança seu objetivo e parece estar novamente no seu lugar, fazendo rugir sua Red Special com grandes golpes de bends e furiosas harmonias. Os coros harmonizados de Brian e Roger aparecem a partir dos 00:30 no primeiro estribilho.

– Trata-se de um autêntico êxito, que seria celebrado pelos expectadores no Live Aid em julho de 1985, convencidos por este hino unificador.

– Inicialmente, a capa do single Hammer To Fall contava com uma fotografia do grupo no palco, feita durante a filmagem do videoclipe. Brian May se opôs de maneira firme à utilização dessa foto, por medo de que os compradores acreditem que contém uma versão ao vivo do tema. Assim, o 45 rpm deve ser retirado da venda in extremis, e substituído por uma versão com uma capa vermelha simples. A edição original deste single é muito apreciada pelos colecionadores!

– Em 1986, o Queen que grava várias canções para o filme Highlander, de Russell Mulcahy, desliza discretamente Hammer To Fall em uma cena do filme. Escuta-se na rádio do Pontiac Firebird que circula por New York, quando transcorreu 1h 17 min.

Hammer To Fall é um dos momentos fortes do Live Aid, a quarta canção interpretada pelo Queen no concerto.

 

Vídeo oficial de Hammer To Fall

 

Hammer To Fall, no Live Aid

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

O novo álbum de Adam Lambert, High Drama, será lançado em 24 de fevereiro e está disponível para venda.

High Drama,  é uma coleção maravilhosamente diversa de covers com um toque especial, reunida pela voz única de uma geração de Adam e pelo talento de sua marca registrada.

As canções vão desde a mais recente, My Attic39 de Pink, Getting Older de Billie Eilish, uma releitura épica do rock de West Coast de Lana Del Rey, até a bela interpretação do clássico de Noel Coward Mad About The Boy.

Duas outras faixas de destaque são a versão atmosférica de Ordinary World do Duran Duran e uma versão gloriosamente camp e glam rock de Holding Out for a Hero de Bonnie Tyler.

Clique aqui para pré-encomendar High Drama.

O último single do álbum também foi disponibilizado para streaming, confira o vídeo oficial de sua versão do clássico do Duran Duran, Ordinary World.

 

 

Fonte: www.queenonline.com

I WANT TO BREAK FREE

(6ª música do 11º álbum)

 

– É, sem dúvida, uma das canções mais emblemáticas da banda. Composta por John Deacon, a arma secreta do Queen, como denomina o tecladista Fred Mandel, constitui um êxito imediato após sua publicação no Reino Unido.

– Resulta um êxito mais para o baixista, que compõe temas que se destacam por sua eficácia e mensagem que transmitem, frequentemente ingênuo (cabe recordar o amor e amizade de You’re My Best Friend e o amor de verão de In Only Seven Days).

– John trabalha sozinho neste tema antes de propor aos outros músicos, interpretando ele mesmo as guitarras e os sintetizadores, acompanhado em algumas ocasiões pelo tecladista Fred Mandel.

– Brian participa de uma maneira muito discreta nesta canção, acompanhando sobretudo a introdução e os estribilhos com alguns acordes intensos que deixa ressoar, na mais pura tradição dos temas heavy da década de 1980.

– O elemento principal deste tema é o solo.

– Uma tarde, nos estúdios Record Plant de Los Angeles, quando Roger, Brian e Freddie haviam saído, John e Mack decidem continuar trabalhando na canção.

Mack recorda:

Estava quase tudo pronto, porém havia este vazio no meio do tema. Aproveitando a ausência de Brian, John pede a Fred Mandel que experimente algo com o sintetizador Roland Jupiter-8 que o grupo gosta tanto.

– Mandel relata:

Era arriscado, porque ninguém fazia solos, exceto Brian. Porém o grupo havia ido jantar, então eu fiz.

– Ao regressar ao estúdio, Brian descobre a parte de teclados realizada à perfeição por Mandel, com uma precisão e uma graça de tirar o fôlego:

Nesse momento, eu não estava muito contente – reconheceria o guitarrista mais tarde -. Mas eu lhes dei minha bênção.

– Vários anos depois de ter gravado o solo de I Want To Break Free no teclado, Fred Mandel experimenta um novo sintetizador Roland em uma loja de instrumentos musicais.

– Descobre então o botão May Sound (o som de Brian May) que, segundo parece, reproduz o som da guitarra do famoso solo. A marca japonesa ignora que o som procede de um de seus teclados e não da Red Special de Brian!

– A ideia do videoclipe de I Want To Break Free é de Roger Taylor.

– A ideia era fazer um retrato típico da família média londrina, onde a série britânica de sucesso Coronation Street é caricaturada.

– O diretor David Mallet recorda:

 

Francamente, estávamos sem ideias para ‘Break Free’, e não conseguíamos avançar. Roger chegou tarde, devido ao tráfico. Entrou de repente e nos disse: ‘Sei o que devemos fazer. Os Stones fizeram e agora toca a nós. Devemos aparecer no videoclipe disfarçados de mulheres!.

 

– A parte principal do vídeo é filmada em três dias no Limehouse Studios de Londres, em março de 1984.

– Todos eles estão disfarçados: Roger de jovem adolescente, Brian de mãe de família com rolos na cabeça e John como avó mal-humorada.

– Claro, Freddie não estraga o momento e aparece como uma jovem, em uma roupa muito curta, meias e cinta-liga mal escondidas sob uma saia de couro muito pequena e aspirando a sala de estar por onde os personagens estão passando.

– Mallet especifica:

Fred disse: ‘Vou raspar meu bigode, querido!’. E eu lhe disse: ‘Não! É a última coisa que você deve fazer! O seu bigode é justamente a parte divertida!’. Assim é como aparece realmente disfarçado!.

 

– As cenas domésticas são interrompidas por fragmentos do ballet L’après-midi d’un faune (A tarde de um fauno), interpretado por Freddie e os bailarinos do Royal Ballet de Londres.

– Nesta ocasião, Freddie raspa o bigode.

– O videoclipe é um sucesso e encontra seu público no Reino Unido, sobretudo graças ao humor da sequência familiar.

 

– Roger Taylor afirmaria:

Havíamos proposto vídeos mais sérios no passado. Neste caso, queríamos nos divertir. Queríamos que as pessoas soubessem que não levamos tudo tão a sério, que podíamos rir de nós mesmos. E acredito que conseguimos.

 

– Por outro lado, nos Estados Unidos, a recepção é completamente oposta. Os norte-americanos ficam desconcertados com os disfarces dos músicos. A imagem não é do agrado de um público que não tolera que seus ídolos possam caracterizarem-se desta maneira. A MTV censura o vídeo e a canção estagna na 45ª posição nas paradas americanas.

 

– Brian May explicaria em 2010:

Lembro-me de uma promoção que faziam na América mais profunda. Lembro-me de pessoas ficando pálidas, finalmente reconhecendo: ‘Não, não podemos transmitir isso. É impossível. É muito homossexual.

– Quando Want To Break Free estava a ponto de transformar-se em um êxito mundial, o mercado norte-americano se fecha para o Queen devido a um vídeo considerado escandaloso…

Freddie, na sua versão do ballet de Nijinski, L’après-midi d’un faune (A tarde de um fauno), que quis incluir no videoclipe de I Want To Break Free.

 

Vídeo oficial de I Want To Break Free

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

As músicas mais pesadas do Queen – Parte 01/03

▪️Não vamos esquecer que, apesar de todos as baladas ondulantes e diversões em funk, blues, musical hall e praticamente todos os outros gêneros já inventados, o Queen era o melhor no heavy metal.

– Abaixo, a primeira relação de 03, que virão na sequência.

 

®️ Silver Salmon (não lançado – 1972)
https://youtu.be/u61CfvvAGUA

▪️Um acetato extremamente raro de uma música originária de Brian e de Roger – Smile – escrita pelo vocalista Tim Stafell.

▪️Esta ode enigmática e sombria à uma nave espacial tem um som de demonstração de garagem subterrânea emocionante, além de um riff poderoso de bateria forte e um grito estridente de Freddie que é completamente único.

 

®️ Son And Daughter (1973)

▪️Resmungando sedutoramente em um gigantesco riff, Son And Daughter de Brian May é um rosnado de blues metal sujo com um baque apaixonado e letras incomumente diretas – O mundo espera que um homem se esforce e jogue merd@. 

▪️A versão da sessão da BBC incorpora o solo estendido cheio de ecos de Brian, mas remove a palavra merd@.

 

®️ Ogre Battle (1974)

▪️Liricamente, os dois primeiros Álbuns do Queen foram baseados na mitologia épica e fantástica de Freddie Mercury de Reis e Rainhas, mensageiros, fadas e ogros. Ele culmina neste conto emocionante com um título espetacularmente metal refletido em seu riff de galope furioso, além de uma introdução vertiginosa para trás e o som gritante e chocante de gigantes em combate.

®️ Stone Cold Crazy (1974)

▪️O vocal de Freddie no original de 1974 (a única música do Queen creditada à toda a Banda até o final dos anos 80) era bem mais brincalhão, mas aquele riff de metralhadora e ritmo rápido de bater cabeça ainda marcam isso como um clássico do metal antigo.

 

®️ Death On Two Legs (1975)

▪️Uma música incandescente de ódio da caneta venenosa de Freddie, com fragmentos farpados de guitarra malévola saindo do piano enquanto Freddie enrola sua língua ácida em linhas como Insane, should be put por dentro, você é um rato de esgoto em decomposição em uma fossa de orgulho “.
( Dedicado ao primeiro empresário da Banda ).

 

®️ White Man (1976)

▪️Uma canção de protesto sobre o massacre de nativos americanos por invasores imperialistas de rosto pálido. Como convém ao seu tema sombrio, White Man é sombrio, taciturno e desdenhoso, com uma batida percussiva poderosa, leads lamentosos e um riff simples, mas inefavelmente poderoso.

▪️Freddie uma vez apresentou ao vivo como Uma verdadeira put@ de uma música, realmente chega aos nódulos.

 

®️ Sheer Heart Attack (1977)

▪️Uma paródia artística da florescente tendência punk, que em 1977 relegou o Queen ao status de 30 anos aos olhos da mídia rock esnobe invertida.

▪️Sheer Heart Attack oferece uma perfeita realização sonora de um título de Álbum de 74, com guitarras britadeiras empolgantes, uma batida rouca frenética e letras cheias de clichês irônicos de desafeto adolescente ( Eu me sinto tão inar-inar-inar-inar-inar-inarticulado ! ).

 

®️ Dead on Time (1978)

▪️Este enérgico corte profundo do último Álbum do Queen dos anos 70 estava virtualmente abrindo caminho para o speed metal, ou uma batida de glam rock à cinco vezes mais velocidade, voltagem e adrenalina. Empilhado com os fogos de artifício heróicos de Brian, os preenchimentos elásticos rodopiantes de Roger e a entrega rápida de Freddie, o quociente metal é aumentado ainda mais pelo Você está morto !  – fim da tempestade.

 

®️ The Hitman (1991)

▪️Seqüenciado para o máximo impacto – explodindo em todas as armas em chamas após o desvanecimento suave na canção de amor alegre de Freddie para sua gata, Delilah – a rajada de abertura agressiva de Hitman de acordes insistentes e riffs carnudos e arrogantes expressam perfeitamente a violência da implacável arma de fogo.

 

®️ A Human Body (1980)

▪️Lado B do Álbum The Game, A Human Body nunca apareceu em nenhum Álbum do Queen, mas foi finalmente lançada em formato CD, no Box de 2009: Singles Queen Collection Volume 2.

 

®️ Brighton Rock (1974)

▪️A música possui um interlúdio com solo de guitarra com delay para construir harmonias e linhas melódias contrapontuais. A versão de estúdio possui apenas uma guitarra principal e uma guitarra ecoada, mas Brian May, nos shows, dividia sua guitarra em uma principal e duas ecoadas, com cada uma indo para uma aparelhagem de amplificadores separada.

 

®️ Chinese Torture (1989)

▪️A única faixa de CD que não apareceu em um único lançamento. É um instrumental sombrio que transmite o horror e o medo que a tortura da água chinesa era conhecida por evocar nas vítimas. Pela primeira vez, essa faixa surgiu durante os últimos shows da Magic Tour do Queen em 1986 como parte do solo de guitarra de Brian.

▪️Ele também a incluiu em seus solos, quando voltou à turnê com Queen + Paul Rodgers em 2005 e 2006.

 

®️ Dragon Attack (1980)

▪️Dragon Attack foi escrita por Brian May. A música foi uma das favoritas ao vivo sendo tocada de 1980 à 1985. A última vez que essa canção foi interpretada, foi na The Works Tour, sendo tocada depois de Staying Power.

 

®️ Father To Son (1974)

▪️Father To Son foi escrita por Brian e apresenta seções de heavy metal , bem como uma parte silenciosa de piano, que ele também tocou. Assim como Procession, Father To Son tem partes com Brian na guitarra tocada pelo Deacy Amp.

▪️O Queen imediatamente adicionou Father To Son às suas setlists. A música cobre uma faixa de duas oitavas – Freddie em (G3-A4), e Roger em (G4-A5).

 

Fontes –
Loundersom
Metal Hammer.

▪️Continua …

MACHINES (OR ‘BACK TO HUMANS’)

(5ª música do 11º álbum)

 

– O duo Roger Taylor-Brian May pega forte com este tema experimental, cuja introdução abre cada concerto do Works Tour.

– Como fundo, no palco existem algumas engrenagens gigantes inspirados no filme Metropolis de Fritz Lang.

– Uma vez que o palco está montado, começa a guerra entre o homem e a máquina no transcurso de The Works, como explica Brian May:

O novo álbum sintetiza ambos os gêneros, é um cara a cara entre as máquinas e os seres humanos.

– Deve-se acrescentar que, para ambos amigos, apaixonados por ficção científica desde a infância, o uso das novas tecnologias transforma o fantasma em realidade.

– A batalha se desencadeia, quando em 1:29, bateria e guitarras entram em cena, prevalecendo sobre os instrumentos eletrônicos.

– Roger comenta:

Eu tinha trabalhado até a exaustão com a bateria eletrônica. A canção começa em um ambiente totalmente eletrônico […] e, de repente, o grupo de rock humano faz uma entrada impactante. O que vocês assistem é finalmente a batalha final entre ambos.

– Os mais observadores identificarão em Machines (or ‘Back to Humans’) algumas amostras de antigas canções do Queen, como Ogre Battle e Flash. Que cada um descubra onde estão escondidos esses extratos que Mack, o alquimista-produtor, esconde neste tema.

Freddie se destaca sobre a brilhante bateria Ludwig Chrome-O-Wood de Roger, usada durante as turnês de Hot Space e The Works.

 

Vídeo oficial de Machines (or ‘Back to Humans’)

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

If I could only reach you…

No último dia 8 de dezembro, foi lançado o vídeo remasterizado em HD de Breakthru.

A remasterização foi realizada a partir da fita master original e foi realizada por Oli Maingay em Vanderquest, no Reino Unido.

A restauração do vídeo foi feita pela técnica de sais de prata.

 

 

Fonte: www.queenonline.com

 

A Day At The Races – 5° álbum de estúdio

Data de lançamento: 10/12/1976

Melhor posição nas paradas: 1° lugar nas paradas britânicas e 5° nas paradas americanas.

O título do álbum, como aconteceu no álbum anterior A Night At The Opera, se apropria do título de um filme dos Irmãos Marx.

– Após seis anos de experiência em gravações de estúdio, surge um álbum com 10 faixas e com duração de 40 minutos. A Day At The Races foi lançado com grande aclamação, mas alguns críticos apontaram que a banda estava usando uma velha fórmula que já havia dado certo no álbum anterior.

– Neste álbum podemos observar vários estilos de música como: música de salão (Good Old Fashioned Lover Boy), uma linda balada (You Take my Breath Away), música pop (You and I), e rock pesado (Tie Your Mother Down, White Man), música gospel (Somebody To Love), música em japonês (Teo Torriate – Let’s Us Cling Together) e a linda valsa The Millionaire Waltz.

– Podem ser traçados paralelos entre os dois álbuns com temas semelhantes (A Night At The Opera e A Day At The Races):

– You Take My Breath Away é uma atualização de Love Of My Life;

– The Millionaire Waltz leva as artimanhas de estúdio e a aventura de Bohemian Rhapsody, embora os críticos afirmem que Somebody To Love foi a nova Bohemian Rhapsody.

– You And I poderia ser vista como uma reescrita de You’re My Best Friend

– Good Old-Fashioned Lover Boy foi escrita na mesma linha do vaudeville de Seaside Rendezvous, Lazing On A Sunday Afternoon e Bring That Leroy Brown.

  Tour A Day At The Races

– Mas as semelhanças terminam aí. A Day At The Races possui um material mais pesado e mais trabalhado, preferindo performance e atmosfera à perfeição.

– As sessões de gravação começaram em julho de 1976 e foram gravadas em três estúdios: The Manor, Wessex Studios e Sarm Studios.

Queen em 1976

Músicas do álbum:

Tie Your Mother Down

Foi escrita em Tenerife, Espanha, enquanto Brian May estava trabalhando em seu PhD em Astronomia, durante o ano de 1968. Ele a compôs com um violão e pensou que fosse mudar seu título e o refrão, mas Mercury gostou da música como ela estava e eles a mantiveram assim.

A faixa se inicia, primeiramente, com vários canais de guitarras, reminiscentes de White Man, e em seguida inicia-se uma introdução instrumental de um minuto, criada com a escala Shepard em um harmônio, que na verdade é uma reprise do encerramento de Teo Torriatte, com o objetivo de fazer o álbum ser circular. A escala ascendente foi criada ao tocar ao contrário a gravação de uma escala descendente também em um harmônio.

A música pode ser descrita como um heavy blues rock e contém vocais agressivos de Mercury e um solo de slide guitar de May, que foi quem gravou a maior parte dos backing vocals.

O videoclipe da música, dirigido por Bruce Gowers, foi gravado durante o show da tour desse álbum no Nassau Coliseum, em Long Island, Nova York, em 1977.

 

You Take My Breath Away

De autoria de Freddie Mercury, que canta todos os vocais e toca o piano, e a tocou sozinho no Hyde Park antes de gravá-la. Há um interlúdio vocal entre essa faixa e Long Away, que começa com vocais ecoados repetindo “take my breath” (criados por multicanais). Eles evoluem gradativamente até completar o verso You Take My (Breath Away) e se reintegram aos vocais da próxima faixa.

 

 

 

 

Queen em 1976

 

Long Away

Composta e é cantada por May, que se utiliza de uma guitarra Burns Double Six de 12 cordas em vez de sua Red Special.

Seu desejo era utilizar uma Rickenbacker, a mesma que John Lennon usava, mas May não se deu bem com o braço fino da guitarra. Foi lançada como single nos Estados Unidos, no Canadá e na Nova Zelândia, mas não alcançou lugares altos nas paradas.

 

The Millionaire Waltz

The Millionaire Waltz foi escrita por Mercury e John Reid (empresário do Queen e de Elton John na época). Ela segue a linha com multi-compassos de Bohemian Rhapsody, com mudanças bruscas nos arranjos e um solo de guitarra em multicanais de May. É um bom exemplo do “baixo principal” de Deacon, que pode ser ouvido com destaque durante os dois primeiros minutos da música, quando há apenas o baixo e o piano de Mercury.

Após os dois primeiros minutos, a música deixa de ser uma valsa 3/4 e se torna um hard rock 4/4 por meio minuto, e volta de novo ao compasso 3/4 e há um solo de guitarra.

 

You and I

You and I é a única contribuição de John Deacon para o álbum. A música tem o tom Ré maior e é basicamente levada no piano. Deacon toca o violão acústico nela. A faixa nunca foi tocada ao vivo. Foi utilizada como lado B de Tie Your Mother Down.

 

Somebody to Love

Somebody to Love é o maior hit do álbum. Escrita por Mercury, foi inspirada em músicas gospel, principalmente Aretha Franklin. Mercury, May e Taylor gravaram vários canais de suas vozes para criar um coro gospel de 100 vozes.

Assim como Bohemian Rhapsody, a faixa possui complexas camadas de canais vocais, mas agora baseada num arranjo de coro gospel. A letra, especialmente combinada com a influência gospel, cria uma canção sobre fé, desespero e busca profunda. O vocalista se questiona tanto sobre a falta de experiências amorosas em sua vida quanto sobre a importância e existência de Deus.

Fiel ao estilo de guitarras do Queen, ela é composta de complexas harmonias e um solo de guitarra. A música chegou ao segundo lugar das paradas britânicas (atrás apenas de Under the Moon of Love, gravada por Showaddywaddy) e ao 13.° lugar nas paradas estadunidenses.

 

White Man

Foi escrita por May e fala do sofrimento dos ameríndios sob a mão dos colonizadores europeus, pelo ponto de vista dos nativos.

Essa música era o ponto de um solo de vocais de Freddie durante a turnê do álbum. Ela também servia para introduzir um solo de guitarra de May durante a turnê de 1977-78 do álbum News of the World. Essa é uma das faixas mais pesadas do Queen, tanto pela temática quando pela sonoridade. Durante as turnês de 2005 e 2008 com Paul Rodgers, o riff de White Man era usado como introdução para “Fat Bottomed Girls”, faixa do álbum Jazz.

 

Good Old-Fashioned Lover Boy

Freddie Mercury foi o autor desta música. Ela começa com um piano e uma introdução vocal de Mercury, e continua, com a entrada do baixo e da bateria no refrão. A segunda estrofe é cantada e seguida por outro verso. Nessa hora, a bateria, o baixo e a guitarra somem, levando a uma ponte, que é cantada por Mercury e Mike Stone. Em seguida há o solo de guitarra de May, outro refrão e a música acaba.

Os vocais em multicanais realçam a música, assim como a guitarra de May. Essa canção foi tocada ao vivo uma vez no Top of the Pops em junho de 1977, com Roger Taylor cantando a parte de Mike Stone. Ela era parte importante das turnês do A Day at the Races e do News of the World.

 

Drowse

Drowse é a única faixa de Roger Taylor no álbum. Ela tem compasso 6/8, assim como I’m in Love with My Car (música do baterista para o álbum A Night at the Opera) e Taylor toca a guitarra rítmica e os tímpanos, além de ser o vocalista dela. É a única música além de Tie Your Mother Down a contar com o slide guitar de May.

Taylor canta oitavas no vocal principal durante os versos, (exceto no terceiro verso e no final).

 

Teo Torriatte (Let Us Cling Together)

Teo Torriatte (Let Us Cling Together) foi escrita por May em tributo aos fãs japoneses. Ela foi tocada ao vivo em Tóquio nas turnês do Jazz (1979), The Game (1981), Hot Space (1982) e The Works (1984).

A parte mais notável da música são os dois refrões cantados em japonês. É uma das únicas três músicas do Queen (junto com Las Palabras de Amor, do Hot Space, e Mustapha, do Jazz) a ter uma estrofe ou refrão cantado em uma língua que não seja inglês. O instrumental possui um piano e um harmônio, tocados por May.

A melodia de encerramento da faixa é igual à melodia de abertura do álbum, e portanto ligada ao começo de Tie Your Mother Down. May descreveu isso como uma escadaria sem fim, ou, como conhecida musicalmente, uma escala Shepard.

 

Livros:

Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc

Queen: Complete Works: (edição revisada e atualizada) por Georg Purvis

Queen em discos e canções – Marcelo Facundo Severo

Site:

www.queenvault.com

www.queenpedia.com.br

queenphotos.wordpress.com

– Brian e Roger receberam propostas para deixar o Queen nos anos 70.

Poderia ter sido tudo diferente?

-Brian May e Roger Taylor relembraram as oportunidades que ambos tiveram de deixar o Queen antes que a Banda encontrasse sucesso global, sendo assediados, respectivamente, pelas Bandas The Sparks e Genesis.

– Mas a feroz lealdade de ambos fez com que todos voltassem ao que chamavam de Nave-Mãe, independentemente de quaisquer outros projetos.

                                         

 

Brian May

– Era o ano de 1974, após o lançamento do segundo Álbum Queen II, e a Banda estava em turnê na Austrália, Reino Unido e Estados Unidos da América.

– Durante a turnê nos EUA, Brian adoeceu, contraindo hepatite, em seguida, úlcera estomacal, e o restante da turnê pela América foi cancelada, com a Banda voltando para Londres.

– Nesse interím, Freddie, Roger e John começaram à escrever novas músicas para o próximo Álbum Sheer Heart Attack, informando à Brian que ele acrescentaria as partes da guitarra posteriormente.

 

– Brian conta

 The Sparks – Ron e Russell Mael – se aproximaram de mim. Foi depois que eles tiveram seu grande sucesso – This Town Ain’t Big Enough for the Both of Us – e nós tínhamos acabado de lançar Killer Queen. Os dois irmãos vieram ao meu apartamento. Eles disseram

 Olha, Brian, o Queen não vai à lugar nenhum … vocês não vão ter mais hits, mas nós vamos conquistar o mundo

E eu disse – Obrigado, mas não, obrigado. Acho que estou bem.

 

 

 

 

 

 

 

 

The Sparks – Ron e Russell Mael

 

 

Roger Taylor

 Bem, o Genesis me convidou para o estúdio para ouvi-los, em 1970, então fomos ao Pub. Eles não disseram – ‘ Você quer se juntar ao grupo? ‘ Mas tenho a impressão de que era isso que eles queriam, porque o baterista havia saído … Eles são todos pessoas adoráveis, mas eu realmente não entendia a música deles, para ser honesto. Era um pouco Prog demais para mim.

  Banda Gênseis

 

E também recebi uma oferta maravilhosa de Mick Ronson (famoso por seus trabalhos com David Bowie) e Ian Hunter (Mott The Hoople), na verdade.

Ia se chamar – Hunter – Ronson & Taylor.

Foi por volta de 1974, eu acho, depois que o Queen saiu em turnê com o Mott The Hoople.

Eu amo Ian – que atitude!

Eu também amava Mick, obviamente.

Mas minha lealdade ao Queen significava que estava fora de questão, mas fiquei muito lisonjeado !

Roger Taylor, em 2021.

         

 

Notas

– Mick Ronson atuou junto ao Mott The Hoople como guitarrista.

– Pouco tempo depois, Phil Collins entrou no Genesis como o novo baterista da Banda.

 

Curiosidades

– John Lennon achava Russell Mael parecido com Freddie, por conta dos longos cabelos, na década de 70.

         

Russell Mael                                      Freddie Mercury

 

E Freddie ?

Freddie também teve suas propostas para deixar a Banda. Assim diz Peter Freestone:

Foi através do milionário produtor musical David Geffen, quando nos encontramos em um voo da Trans America.

No meio do voo, Geffen virou-se para Freddie de uma maneira realmente chamativa, abriu o talão de cheques e disse à Freddie  

Quero que você cante para a minha gravadora. Escreva a quantia que você precisa!

 Freddie nem pegou a caneta porque ele já tinha ideias muito claras. Ele nunca traiu a Rainha, seus amigos, sua Banda e o que eles representavam para milhões de fãs.

Era irrepreensível … tanto que ele lhe deu as costas e continuou a ler o jornal.

Peter Freestone

Fontes:

Ultimate Classic Rock

Mott The Hoople, lan Hunter, Mick Ronson, Mott And British Lions

MAN ON THE PROWL

(4ª música do 11º álbum)

 

Man On The Prowl, uma nova incursão no estilo rockabilly, que significou sucesso e um bom momento para o Queen com Crazy Little Thing Called Love a partir de 1980, por desgraça, apenas consegue seduzir, já que provoca uma forte sensação de déja vu [já visto].

– Esta canção é uma cópia ruim do estilo dos Stray Cats de Brian Setzer, então muito em voga. Uma qualificação muito injusta, já que o Queen entrou no gênero com grande vigor muito antes deles.

– Este tema é produzido com um baixo ambulante de John Deacon, uma rítmica de bateria muito swing e um piano onipresente, próximo a Jerry Lee Lewis. O antológico solo de piano executado no final da canção não é obra de Freddie Mercury, quem toca no resto da música. Trata-se de Fred Mandel, o tecladista que se une ao Queen durante o tour de 1982 nos Estados Unidos, quem se encarrega da parte final.

 

– Fred Mandel relata:

Fred me disse: ‘Por que você não cuida do final e toca aquele rock’n’roll? Você faz muito melhor do que eu. Além disso, todo mundo vai pensar que sou eu quem está fazendo isso, querido!’ Isso importava muito pouco para mim, porque eu era pago para isso!

 

– Brian May, como que possuído pelo espírito de The Game, acrescenta ao tema um solo de guitarra muito inspirado em Crazy Little Thing Called Love, enquanto que Freddie faz sua voz tremer nos estribilhos como Elvis Presley na sua época de All Shook Up.

É claramente o espírito de Jerry Lee Lewis aquele que paira sobre o solo de piano de Man On The Prowl, interpretado por Fred Mandel no final da música.

 

Vídeo oficial de Man on the Prowl

 

All Shook Up, com Elvis Presley

 

Brian Setzer em Stray Cat Strut

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

◾Como o filme biográfico Bohemian Rhapsody está transformando adolescentes em fãs do Queen, e a sua relação com os fãs antigos.
▪️Alguns meses atrás, em Palm Bay, Flórida, uma professora de matemática do ensino médio deixou um de seus alunos mexer em seu computador para escolher uma música do YouTube, enquanto a turma trabalhava em uma tarefa.
▪️Em vez de escolher um hit pop contemporâneo para a trilha sonora da sessão de estudo, o estudante fez uma escolha inesperadamente antiga – Bohemian Rhapsody.
▪️Rapidamente, a cena do carro de Wayne’s World ganhou vida na sala de aula.
Não pensei em nada, explica a professora,,  até que olhei e vi todos os alunos do 9º e 10º anos dublando a música inteira !
▪️Claramente, a febre do Queen tomou conta da nação !
▪️Enquanto a maioria dos alunos da professora da Flórida ouve o que ela descreve como trap-rap terrível, muitos deles se voltaram para o trabalho da Banda de rock londrina, do filme biográfico megapopular Bohemian Rhapsody.
◾Então, o que é que atrai os fãs jovens do Queen ?
▪️A música, principalmente.
▪️Alex, um jovem de 15 anos da Europa que postou no reddit sobre a descoberta da Banda depois de ver o filme, e pediu para usar um pseudônimo para este artigo, nem sempre foi obcecado pelo Queen.
▪️Ele gostava do cover do Pentatonix de Bohemian Rhapsody e estava familiarizado com algumas músicas do Queen no rádio, mas não sabia que a Banda as escreveu.
 Percebi quantas músicas do Queen eu realmente conhecia, assistindo ao filme. Comecei à ouvir o resto e fiquei viciado desde então. 
▪️Jake, um americano de 15 anos com gosto musical louco  diz que seus artistas favoritos são Queen, Britney Spears e Frank Sinatra, e ficou animado depois de assistir ao trailer.
▪️Ele viu o filme pela primeira vez com seu pai, fã do Queen. Mais tarde, ele o viu novamente com seus amigos.
◾Como os jovens fãs foram recebidos pelos mais antigos ?
▪️Mas para estudantes do ensino médio, o fandom de música pode ser notoriamente territorial.
▪️Embora Alex tenha achado a comunidade online de fãs do Queen acolhedora e prestativa, eles têm alguns amigos que se identificam como entusiastas de longa data do Queen que não acham que as pessoas atraídas pelo hype do filme são fãs de verdade.
▪️Uma pesquisa superficial no Twitter revela algumas pessoas reclamando sobre os ” novos ” fãs que descobriram recentemente a Banda. Os novatos podem ser ridicularizados.
 Eu acho isso meio ridículo, mas eu ouço muito, diz Alex. Um dos meus amigos, ele é grande conhecedor do AC/DC e coisas assim, então se você é como – ‘ Oh, eu gosto deles também e acabei de começar à ouvi-los ‘ – ele diria – ‘ Ah, mas você está apenas ouvindo porque eles são populares. Eu os ouço desde que nasci. ‘
▪️Embora os adolescentes possam desconfiar dos fãs de bom tempo, os fãs mais velhos geralmente ficam empolgados em compartilhar seu entusiasmo com uma geração mais jovem.
◾ O que diz Jacky Smith –
▪️Jacky Smith, que dirige o Queen Fan Club desde 1982, relata que viu um aumento no número de novos membros desde que o filme estreou, incluindo um aumento de fãs adolescentes e mais jovens  que acabaram de descobrir o grupo.
▪️Ela considera a comunidade de fãs um lugar acolhedor e acha que os die hards geralmente estão dispostos à compartilhar seus conhecimentos.
 Às vezes temos que mencionar aos ‘ fãs mais velhos ‘ que nem todos são especialistas, escreve Smith quando perguntada sobre a divisão entre gerações.
 A música do Queen é nova para essas crianças – isso é algo emocionante !
▪️É claro que um adolescente que descobre a música do Queen em 2019 enfrenta um ambiente de mídia e um ecossistema de fãs incrivelmente diferente do que um adolescente que pegou um Álbum em uma loja de discos na década de 1970.
▪️Além do fácil acesso às plataformas de streaming, a Universal Music Group anunciou que a música Bohemian Rhapsody foi a faixa mais transmitida do século 20 com mais de 1,6 bilhão de streams globais.
◾O que a Banda acha disso ?
▪️Quando perguntado à Roger Taylor sobre o assunto, ele disse –
 É um fenômeno, é ótimo. Acho fantástico ter um novo público para nós. Somos uma Banda antiga e tivemos ótimos momentos nos anos 70, 80 e 90.
Mas pensar agora, 50 anos depois, muitos jovens realmente descobrindo nossa música pela primeira vez, é fantástico, me dá uma sensação muito boa.
Eu pessoalmente acho que o que os atrai é que é boa música, tem qualidade. E acho que a musicalidade é boa, acho que o canto é bom e a composição é boa. Pode não ser a xícara de chá de todos, não somos o estilo favorito de todos.
Mas algumas das músicas têm uma sensação de hino, e acho que isso se traduz para as pessoas.
▪️Acho que Freddie, de certa forma, nos uniu de onde quer que ele esteja, assim como fez com seu público.
Fonte – Thrillist

Em um ano em que tivemos a morte trágica do baterista do Foo Fighters Taylor Hawkins, Roger Taylor foi escolhido pelos leitores da revista Music Radar o Melhor Baterista de Rock, seguido por Taylor Hawkins em segundo lugar e Rufus Taylor, baterista da banda The Darkness e filho de Roger, em terceiro lugar.

 

Vejam uma performance de cada um:

  1. Roger Taylor

https://youtu.be/GrSajFceKUo

 

2) Taylor Hawkins

 

3) Rufus Taylor

 

Fonte: www.musicradar.com

21 anos depois de explodir pela primeira vez no West End, o sensacional show de sucesso do Queen e Ben Elton, We Will Rock You, retorna a Londres no próximo ano para uma residência histórica e estritamente limitada de 12 semanas no London Coliseum – o mesmo palco icônico que viu a apresentação de gala do Royal Ballet de Freddie Mercury em 1979.

Com 24 dos maiores sucessos do Queen e um roteiro hilário de Ben Elton – que retorna à cadeira de diretor para esta volta para casa em Londres – We Will Rock You rivaliza com a escala e o espetáculo das lendárias performances ao vivo da banda. As estrelas do Queen, Brian May e Roger Taylor, estão encantadas com o fato de o show em breve estar impressionando os fãs de Londres mais uma vez.

Brian May disse:

Estou emocionado por finalmente termos esta oportunidade de colocar We Will Rock You de volta ao palco em Londres, onde nasceu. A mensagem original da série da luta para restabelecer a individualidade em um mundo corporativo distópico é ainda mais relevante agora do que quando começamos. Será uma produção completamente nova que explodirá no prestigiado palco do London Coliseum – mas a história, o humor e, claro, a música do Queen vão atingi-lo mais do que nunca. Nós vamos te embalar – de novo!!

Roger Taylor disse: 

Maior, melhor, mais rápido, mais engraçado! Lá vamos nós de novo… yeaaaaaaaah!

Ben Elton disse:

Espero que alguém tenha enquadrado isso com o English Heritage, porque o fabuloso London Coliseum é um teatro listado como Grau II e We Will Rock You vai explodir o telhado.

Estreando no Dominion Theatre de Londres em 2002, We Will Rock You foi visto por seis milhões de pessoas ao longo de 4600 apresentações durante uma surpreendente corrida de 12 anos, tornando-se um dos musicais de maior sucesso na história do West End e o corredor mais longo do Dominion por uma margem de nove anos. Ele também encontrou uma popularidade sem precedentes em todo o mundo, tocando para uma audiência global de 20 milhões em 28 países.

We Will Rock You conta a história de um futuro globalizado sem instrumentos musicais. Um punhado de rebeldes do rock, os boêmios, lutam contra a todo-poderosa empresa Globalsoft e seu chefe, a Killer Queen; lutam pela liberdade, pela individualidade e pelo renascimento da era do rock. Scaramouche e Galileu, dois jovens forasteiros, não conseguem chegar a um acordo com a sombria realidade conformista. Eles se juntam aos boêmios e embarcam na busca para encontrar o poder ilimitado da liberdade, do amor e do rock!

We Will Rock You é produzido por Phil McIntyre Live Ltd, Queen Theatrical Productions e Tribeca Theatrical Productions.

Sítio Web: wewillrockyoulondon.co.uk

Twitter: @WWRYMusical

Instagram: @WWRYMusical

 

Fonte: www.queenonline.com

IT’S A HARD LIFE

(3ª música do 11º álbum)

 

– Farto de relatar suas proezas sexuais nas entrevistas que concedeu durante a promoção de Hot Space ou nas letras para este novo álbum, Freddie compõe nesta ocasião um tema mais profundo.

– Trabalha em estreita colaboração com Brian, que recupera aquele Freddie que ama, sensível e carinhoso, longe das loucuras de Munique:

Hoje em dia, ‘It’s A Hard Life’ é um dos meus temas preferidos de Freddie – diria mais tarde o guitarrista -. Na verdade, eu intervi na composição da letra. […] Buscávamos o sentido profundo da canção, e éramos conscientes de que pouco importa a sexualidade ou o tipo de amor que falamos, se trata de expressar o sentimento de abandono e de solidão […].

 

– O videoclipe foi gravado durante dois dias em junho de 1984, em Munique. Ele captura a imagem de Freddie naquele momento: dividido entre a exuberância e a melancolia.

– Os músicos, em collants e fantasias coloridas (John leva uma cabeça de unicórnio embaixo do braço!) em meio a um set barroco que recorda o carnaval de Veneza, parecem perdidos na extravagância da situação.

– Quanto a Brian, está equipado com uma guitarra com um crânio, que empunha com força, como se tratasse da espada Excalibur recém tirada da rocha.

– Freddie está tocante, mesmo vestido com uma peruca estranhamente longa que cai até suas nádeg@s: ele é facilmente convincente, pois as letras que ele canta são muito sinceras.

It’s A Hard Life é uma balada de muito sucesso, como tão somente Freddie sabe fazê-las. A introdução é, sem nenhuma dúvida, a parte mais majestosa. Construída em torno de um coro intenso que apoia a voz de Freddie, esta entrada é um grande êxito.

– A estrela parece chorar a sua desesperança:

I don’t want my freedom/There’s no reason for living with a broken heart

(Eu não quero minha liberdade/Não há razão alguma para viver com um coração quebrado)

 

– Para este fragmento, Freddie cobriu uma das linhas melódicas da famosa ária Vesti la giubba [mais conhecida como Ridi, pagliaccio], composta pelo compositor italiano Ruggero Leoncavallo em 1892 para sua ópera Pagliacci [Palhaços].

– O resto do tema é mais clássico, e o piano de Freddie apoia sua linha de voz, muito melancólica. A guitarra não está longe, pontuando os estribilhos com alguns acordes potentes típicos das baladas da década de 1980 e alguns coros que lembram os melhores momentos do Queen na época de A Day At The Races.

– Brian May reconhece, em 1997, que utilizou a famosa guitarra-esqueleto do videoclipe:

Sim, eu a toquei, mas temo que vocês não a encontrem em nenhum disco!.

Roger Taylor admitiria que ficou chateado como nunca ao gravar este videoclipe, que é quase grotesco.

 

Vídeo oficial de It’s a Hard Life

 

Vesti la Giubba, com Luciano Pavarotti

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

 

Ainda temos músicas inéditas do Queen à serem lançadas?

– Após o lançamento das faixas inéditas Face It Alone e The Miracle Collector’s Edition, o Queen mais uma vez voltou às paradas mundiais.

-Apesar da descoberta de material inédito, os fãs ainda continuam esperando a publicação de outras canções inéditas guardadas nos arquivos.

– Sendo assim, listamos abaixo algumas músicas não lançadas do Queen que podem sair nos próximos anos -–

 

1) Hangman (1973)

-Acredita-se que tenha sido escrita por Freddie durante seu tempo com a Banda Wreckage, e foi tocada nos primeiros concertos do Queen, entre 1970 -1973 e ocasionalmente em 1975 e 1976.

– Também foi gravada no estúdio, possivelmente em 1972, e pressionada em um acetato, embora esta versão de estúdio seja de propriedade privada e não tenha circulado.

– É uma faixa muito pesada e é dominada por bateria e guitarra.

– Freddie diz no início da versão de 73 – ” Nós vamos fazer um número que não fazíamos há muito, muito tempo, mas como esse é nosso último show na turnê mundial, é muito bom estar em Tóquio, faremos especialmente para você. Você pode bater palmas lentamente, isso é chamado de Hangman. ”

 

2) Woe (1975 – 1976)

– Há rumores de que esta faixa se originou das sessões A Night At The Opera ou A Day At The Races. Nada mais se sabe sobre, se ela ainda existe ou se evoluiu para outra música.

 

3) Batteries Not Included (1977)

– Há rumores de que essa faixa seja das sessões do News Of The World e foi escrita por John Deacon ou Brian May. Nenhuma gravação da faixa apareceu, então se ela existiu, ou ainda existe, é duvidoso. Também é possível que este seja apenas um título provisório de outra faixa, mas provavelmente nunca saberemos.

 

4) The Dark (1980)

– Esta faixa, lançada no Álbum de Brian de 1992 – Back To The Light – apresenta música orquestral gravada durante as sessões de Flash Gordon em 1980. Como tal, há rumores de que existe uma versão Queen completa da faixa, embora quanto é apenas música orquestral e o quanto genuinamente apresenta os outros membros da Banda é desconhecido.

 

5) Rock It (Prime Jive) (1980)

Só com os vocais de Freddie Mercury.

 

6) I’m Scared (1980)

– Uma demo escrita por Brian May, que diz que trabalhou em várias versões diferentes da música ao longo dos anos.

 

7) Play The Game – com participação de Andy Gibb (1980)

 

8) My Boy (1980 – 1982)

– Acredita-se que esta faixa, que mais tarde foi lançada em um Álbum de compilação de vários artistas chamado – ” Lullabies With A Difference ” – tenha sido gravada por Brian durante as sessões de Hot Space em 1982. Algumas fontes sugerem que a versão lançada é idêntica à versão de 1982, sem nenhuma alteração, mas como a versão original não foi divulgada, é tudo suposição, realmente.

 

9) Sex Show (1981)

 

10) All This Is Love (1981)

– Abaixo, você poderá ver a letra manuscrita no The Queen Studio Experience Inc. para uma música que nunca chegou ao Álbum Hot Space – All This Is Love.

 

11) Whipping Boy (1982 – 1983)

– Escrita por Brian May. Aparentemente, as idéias para esta faixa se originaram da sessão de gravação de 1981 com David Bowie, e o título provisório da faixa pode ser Whipping Boy. Partes dela foram tocadas por Brian durante seu solo de guitarra na turnê Hot Space de 1982.

 

12) Victory – com Michael Jackson (1983)

 

13) State Of Shock – com Michael Jackson (1983)

 

14) Let Me Live – com Rod Stewart (1983)

 

15) Man On Fire (1983)

– Aparece na lista de faixas do cassete promocional The Works.

 

16) Love Makin Love (1985 – 1986)

– Gravada no Musicland Studios, em Munique, em 09 de Dezembro de 1984, durante as sessões de Mr. Bad Guy. Freddie mais tarde a apresentou como uma faixa de Álbum em potencial para A Kind Of Magic, e as versões foram gravadas pelo Queen, mas acabou sendo considerada excedente para os requisitos e permanece inédita.

 

17) Friends In Pain (1985 – 1986)

– Há rumores de que esta é uma faixa de John Deacon que se origina das sessões de A Kind Of Magic. No entanto, muito pouco se sabe sobre a música, já que infelizmente nenhuma cópia da faixa apareceu em qualquer lugar.

 

18) Affairs (1989)

– Acredita-se que esta faixa tenha se originado das primeiras sessões de Innuendo em 1989, embora algumas pessoas acreditem que venha das sessões de The Miracle.

– A faixa apresenta toda a Banda, com cerca de metade das letras no lugar e cerca de metade dos improvisos tipicos de Freddie. A música soa como se tivesse se encaixado bem no Album Made In Heaven, o que pode sugerir que a faixa não foi mais desenvolvida e a Banda não pôde completá-la.

 

19) New Dark Ages (1990)

– Acredita-se que esta faixa tenha sido gravada durante as sessões do Queen para Inneundo em 1990, antes de ser gravada pelo The Cross para seu Álbum de 1991 – Blue Rock. Quanta verdade há neste boato é desconhecido.

 

20) Assassin (1990) –

– Esta é facilmente a gravação relacionada ao Queen mais procurada. É uma saída de Innuendo, e algumas fontes sugerem que é uma versão inicial ou muito semelhante à faixa-título. Isso pode explicar por que não foi usado em Made In Heaven ou, alternativamente, não está completa ou não é muito boa. Muito pouco se sabe sobre ela.

 

21) Freedom Train (1990 – 1991) –

– Esta faixa, que mais tarde apareceu em Happiness?, Álbum de Roger, foi originalmente trabalhada durante as sessões de Innuendo em 1990. No entanto, nenhum outro detalhe é conhecido sobre esta versão do Queen. Uma suposta demo está disponível no Youtube, mas é apenas um trecho de péssima qualidade da versão solo de Roger, com alguma manipulação.

– O que nos resta então, é simplesmente esperar !

 

Fontes –

– Queen Ultimate

– Queen Story – em 29 de Novembro de 2022 – às 19h42.

 

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Fonte: www.queenonline.com

TEAR IT UP

(2ª música do 11º álbum)

 

– Brian May volta ao trabalho com este tema mordaz!

– A canção anuncia a sua cor: o Queen abandonou o som das discotecas de Munique para voltar a deixar que a bela Red Special se expresse da melhor maneira, depois de um tempo um pouco abandonada.

– Em 12 de maio de 1984, o grupo participa no festival Rose d’Or em Montreux. Criado em 1961 pelo fundador do festival Eurovision, Marcel Bezençon.

– O ano de 1984 tratava-se de um acontecimento importante, seguido pelas televisões do mundo inteiro e, o Queen interpreta quatro temas, entre eles o furioso Tear It Up (também cantam Radio Ga Ga, It’s A Hard Life e I Want To Break Free).

– Porém o curioso do dia é que o grupo usa o playback em todo o concerto. Freddie parece perdido, esquece algumas palavras e não canta na frente do microfone. A única razão pela qual a banda aceita participar nesta farsa imposta pelos organizadores é a transmissão em massa do concerto para quarenta países, uma oportunidade que o grupo não pode deixar passar, já que ia perdendo impulso na primavera de 1984.

– O vídeo do concerto oferece um belo momento televisivo ao gosto da década de 1980, onde os artistas montam um espetáculo sejam quais forem as condições.

O Queen no palco do festival La Rose d’Or em Montreux em 12 de maio de 1984, prestando-se ao jogo do playback em frente às câmeras do mundo inteiro.

 

Vídeo oficial de Tear It Up

 

O Queen no festival Rose d’Or em Montreux, 1984

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Entrevista com Barry Mitchell

2° baixista do Queen, de Agosto de 70 à Janeiro de 71.

– Em 31 de Janeiro de 2014 – Entrevista n° 8995

Por Queen Heaven

1) Introdução 

▪️Barry Mitchell foi por alguns meses o baixista do Queen. Um membro, embora brevemente, do Queen.

Ele nos contou, em detalhes, às vezes inéditos, através de uma série de perguntas preparadas pelos caras do Fórum e através de sua história autobiográfica, sua versão dos acontecimentos, sua vida com o Queen, o que lembra aqueles meses distantes de 1970.

2) A reunião e a audiência 

▪️No verão de 1970 eu estava saindo com Bandas, tendo passado os três anos anteriores tentando ganhar a vida tocando baixo e com muita experiência agora.

Eu havia gravado um Álbum, no que era conhecido como – Ronnie Scotts Jazz Club – um refúgio para a música Blues.

Eu estava pronto para um novo capítulo na minha carreira como músico.

Era Agosto de 1970 e um amigo meu havia retornado de um verão hippie no West Country, tendo conhecido um baterista chamado Roger Meddows – Taylor, cuja Banda precisava de um baixista experiente.

Então chamei o Roger para uma conversa e combinamos de fazer um teste para a vaga de baixista disponível.

▪️Meu primeiro encontro com os meninos aconteceu no apartamento de Roger em Kensington.

Brian estava trabalhando em algumas de suas músicas e nos preparamos para tocar juntos.

Este primeiro encontro não revelou planos de batalha para a conquista do mundo, já que a maior parte do nosso material consistia em covers, com algumas músicas originais no meio.

Nos dirigimos para a sala de ensaio em cinco minutos, que descobri ser uma sala de aula no Imperial College. Naquela época, o luxo de qualquer sala de ensaio não tinha preço.

Mas esses caras tinham o equipamento ideal.

Toda a parafernália da Banda estava guardada em uma sala ao lado do corredor. Só tínhamos que dar uma volta e levar o material para fora da sala.

Essa Banda não precisava assumir o fardo de mover material para dentro e para fora das vans e depois subir as escadas.

O fato de poderem usufruir dessa comodidade, sem nenhum gasto, deveu-se à estima de Brian, que ali estudava.

▪️Vamos à música – acho que tocamos alguns blues clássicos e algumas músicas de Hendrix primeiro, depois tentamos Doing Alright. Nós imediatamente nos encontramos afinados como músicos e achamos a bateria de Roger fácil para eu acompanhar.

Então a audição terminou – eu fui escolhido!

 

3) Preparativos para as primeiras apresentações 

▪️Nos encontramos no apartamento de Roger para discutir nossos planos imediatos.

Eles queriam organizar uma apresentação privada, para convidados, em nossa sala de ensaio.

Era um ótimo lugar para isso, com assentos confortáveis ​​e ótima acústica.

O que não era o ideal, no entanto, era o fato de tudo acontecer em apenas duas semanas e sem muito tempo para ensaiar, pois cada um de nós tinha trabalhos diários para fazer ou aulas da Faculdade para assistir.

Assim, os ensaios tiveram que ser limitados às noites.

Lembro que fizemos três ou quatro sessões para poder refinar nosso desempenho.

Haviam poucas dicas do grande talento de composição, que surgiriam mais tarde.

A maioria das músicas originais eram do período Smile e eram obra de Brian.

▪️Freddie não era tão extravagante e extrovertido como se tornaria mais tarde. Na verdade, ele era tímido … e muito tímido. Roger era o extrovertido, como um baterista de verdade. Brian surgiu inicialmente como a força motriz. Ele era obviamente um guitarrista incrível, e também um cara legal em todos os aspectos.

Fiquei intrigado com a guitarra de Brian, nunca tinha visto uma igual antes, nem nunca tinha ouvido um som parecido.

Esta, é claro, era a agora famosa Red Special. Brian explicou como ele mesmo a construiu, com a madeira que cobria a lareira de seus pais.

Eu já tinha visto outras guitarras feitas à mão antes, a maioria com o núcleo feito em casa, e comprados braços, trastes e partes elétricas.

Mas isso era diferente! Brian tinha feito o bumbo, braço, trastes, captadores … tudo ! Fiquei impressionado.

 

4️) Os primeiros concertos e as ideias de Freddie Mercury 

▪️As reuniões com a Banda se limitavam à ensaios apenas nessas primeiras semanas.

Todos os meninos moravam perto de Kensington, enquanto eu morava em Kingsbury, no norte de Londres. Longe dos subúrbios, então socializar não estava na agenda. Tínhamos trabalho à fazer !

Logo refinamos nosso desempenho o suficiente para nos apresentarmos diante de uma plateia.

▪️O primeiro show do Queen foi no auditório do Imperial College que usamos para os ensaios. Era início de Setembro de 1970 e eu havia entrado apenas algumas semanas antes. Então tivemos que trabalhar duro para estarmos prontos.

Nosso público eram convidados, amigos e familiares. Tudo muito Rock`n´Roll !

Eu me lembro de Freddie sendo muito particular sobre sua aparência, ele levou uma eternidade para fazer o cabelo. Todos nós vestimos roupas pretas e nos arrumamos no apartamento deles ao virar da esquina.

No dia do primeiro show nos encontramos na casa do Roger. Alguém teve a ideia, acho que foi o Brian, de preparar um pequeno refresco, um suco de laranja e um pouco de pipoca. Eu estava destinado à produção de pipoca. Acho que o baterista tinha a insidiosa missão de preparar o suco de laranja.

Todos concordamos que iríamos nos vestir de preto. Calças largas de veludo, botas de salto cubano e camisas de renda estavam na ordem do dia.

▪️O concerto correu bem, o nosso público ficou impressionado. Então, encorajados por um bom começo, colocamos nossas energias em aumentar nosso repertório o suficiente para podermos começar à fazer shows sérios.

Uma série de apresentações se seguiram, principalmente na área de Londres, mas com algumas viagens à Liverpool.

Isto foi memorável para mim, devido à um concerto no famoso Cavern Club. Lembro que estávamos todos com um pouco de medo de tocar no mesmo palco onde os Beatles começaram sua incrível aventura. Eles dominaram o mundo por um tempo, enquanto nós éramos pouco mais que uma Banda cover na época.

Era realmente um lugar excitante, com tetos baixos e paredes de tijolos pingando de condensação. Exalava atmosfera !

Como nota pessoal, gostaria de pedir desculpas ao dono do amplificador que acabei usando. Durante nossa passagem de som meu amplificador quebrou. Então eu usei um amplificador que já estava no palco e quebrei ele também ! Peço desculpas …

▪️Acho que ensaiamos duas noites por semana ao longo de um mês, antes de nos sentirmos prontos para entrar no palco.

Durante esses ensaios ficou claro que Freddie estava se tornando a força dominante no grupo, porque a Banda que eu entrei era uma espécie de Smile, Versão 2, e em dois meses nos tornamos Queen, Versão 1.

Freddie estava exercitando seu talento como autor, mas havia poucas pistas do que estava por vir.

A evidência deu origem à longas discussões entre nós e Freddie sobre suas ideias.

Muitas vezes era como se estivéssemos andando em círculos, indo à lugar nenhum, causando a exaustão de John, nosso assistente, que tentou com todas as suas forças mediar, sem sucesso.

▪️Freddie estava determinado à seguir seu próprio caminho. Agora reconheço que este foi um sinal revelador de onde esse fenômeno foi direcionado.

Freddie teve uma visão de onde ele queria ir !

 

5️) Kensington Market e meu adeus 

▪️Apesar disso, pouco material novo foi desenvolvido, pois estávamos comprometidos em obter uma performance tecnicamente limpa para que pudéssemos fazer shows.

Nosso repertório agora incluía mais músicas originais, abrangendo muito do que se tornaria o primeiro Álbum do Queen.

Freddie também tinha uma paixão por clássicos do Rock ‘N’ Roll e adorava  Big Spender, um cavalo de batalha de Shirley Bassey. Ela era o tipo de artista extravagante que Freddie acabou sendo. Foram, penso eu, os primeiros sinais do desenvolvimento da sua forma de estar no palco.

▪️Nós nos reuníamos para planejar nossos shows no Kensington Market, onde Roger tinha um pequeno estande vendendo roupas vintage e estilo hippie. Acho que ele nunca fez muitos negócios. Não era muito mais do que um simples ponto de encontro. Sempre havia muitas garotas bonitas por perto.

A maioria de nossas oportunidades de socialização ocorreu enquanto estávamos fora de casa para shows. Particularmente durante nossas duas visitas à Liverpool. Parece que me lembro que todos nós nos encontramos desmaiando na casa de alguém …

No final de uma tarde selvagem de Sábado, todos nós decidimos ir à um cinema para ver o que estava sendo transmitido como um filme sexy naqueles dias. Foi tão ruim que não conseguíamos parar de rir. E como estávamos obviamente incomodando as poucas pessoas que talvez estivessem gostando do filme, eles nos pediram para sair.

▪️E assim, depois de estar com essa Banda por cerca de sete meses, decidi seguir em frente.

Assim que minha decisão foi comunicada aos meninos, lembro-me de Mary Austin tentando fazer com que eu mudasse de ideia. Mas enquanto eu concordava que o grupo sempre soava melhor em cada show, eu não tinha intenção de mudar de ideia.

▪️Estou honrado por ter desempenhado meu pequeno papel no nascimento da Rainha.

®️ Complementos

6️) A música Polar Bear 

▪️Não sou eu quem está tocando nesta demo do Polar Bear. Eu nunca ouvi essa música, então deve ter surgido depois da minha saída da Banda. Infelizmente, nós nunca gravamos nada juntos, então a menos que haja algum bootleg por aí, nosso som está perdido para sempre.

https://youtu.be/6f7lxpEhB8o

 

7️) Amigos

▪️No primeiro mês ou dois, nós nos encontramos apenas para os ensaios, então as amizades ficaram em segundo plano.

Mas uma vez que começamos a tour em uma van emprestada da Transit Studios, começamos à nos conhecer um pouco melhor.

Todos os três caras eram fáceis de lidar, embora eu provavelmente fosse mais próximo de Roger.

 

8️) Paul Rodgers

▪️O Free era popular entre todos nós em 1970, a voz de Paul sempre foi impressionante.

Não sei se Freddie realmente conhecia Paul naquela época. Freddie não era amigo pessoal de Paul quando eu tocava na Banda.

Eu não diria que Paul Rodgers teve uma grande influência na Banda naquela época. Nunca houve qualquer sensação de blues em qualquer música que tocávamos naqueles dias. Neste ponto Freddie foi influenciado principalmente pelo Rock and Roll (A Velha Escola).

 

9️) Entrada 

▪️O material em que trabalhamos quando entrei, era principalmente músicas dos dias do Smile, além de satisfazer as necessidades de Freddie.

No entanto, logo começamos com um novo material, como eu diria, uma divisão equilibrada de grandes contribuições de Brian e Freddie.

 

1️0) Meu equipamento 

▪️Toquei um baixo Gibson EB-O (preto re-pulverizado) através de um amplificador valvulado Simms-Watt de 100 watts e alto-falante Sound-City 4×12.

 

11) Barry, você ainda está tocando ?

▪️Desisti de tocar baixo talvez no final de 72, e pensei que era tudo para mim. Até 92, quando comprei um baixo e um amp set-up, e me juntei à uma Banda local. Eu tenho praticamente tocando em pubs e clubes locais desde então.

 

12) O que achava da voz de Freddie ?

▪️Na minha opinião, a voz de Freddie ainda não tinha amadurecido naqueles dias. O poder e o alcance, eu acho, ainda precisavam se desenvolver.

 

13) Ocasionalmente encontra a Banda, após sua saída ?

▪️Eu costumava parar no Kensington Market para dizer oi para Fred, onde ele tinha uma barraca vendendo botas de salto cubano. Devo tê-lo visto talvez três vezes lá e, de fato, essa foi a última vez que falamos um com o outro.

Perdi contato com todos eles depois disso, concentrando-me em construir minha vida, sabe … esposa, trabalho, filhos e responsabilidades …

Em meados dos anos 90, Roger estava em turnê com The Cross em Cambridge, então deixei meu nome com os seguranças e fui convidado para os bastidores depois do show.

▪️Foi ótimo ver Roger de novo, e apesar da minha cabeleira ter desaparecido há muito tempo, ele ainda me reconheceu.

Brian e eu trocamos e-mails ocasionais.

14) O que eu fiz depois que deixei o Queen ?

▪️Entrei para uma Banda chamada Crushed Butler. Fomos talvez um precursor do movimento Punk e criamos um pouco de agitação com uma apresentação no Lyceum em Londres. Tanto que nos ofereceram alguns bons shows de suporte para alguns grandes nomes, mas infelizmente desmoronou.

Neste ponto eu decidi desligar meu baixo e sossegar.

Alguns meses depois dessa decisão, um baterista com quem eu já havia tocado, me pediu para entrar em uma nova Banda que ele tinha acabado de entrar. Esta acabou por ser The Gary Glitter Band.

Acho que foi uma decisão sábia.

 

15) O que estou fazendo agora ?

▪️Eu comprei um baixo novamente por volta de 1992, e depois de alguns meses tocando em casa, eu me juntei à uma Banda local e comecei à tocar em bares e clubes locais. Eu tenho feito isso praticamente desde então.

Eu não achava que iria me apresentar novamente, mas desde então percebi que isso faz parte de mim. Eu estive em ensaios com uma nova Banda até recentemente, porém o baterista decidiu sair e o projeto estagnou. Tenho certeza que não vai demorar muito para eu estar tocando novamente.

▪️Obrigado, Barry, e boa sorte !

O site oficial do Queen anunciou que a banda atingiu 2,3 bilhões de streams na plataforma Spotify.

E eles agradeceram o apoio dos fãs!

 

Fonte: www.queenonline.com