Peter Freestone e a história da roupa de Freddie na Magic Tour

 

P.S.: Qual é a história das roupas de Freddie na Magic Tour?

P.F.: As roupas para ao Magic Tour foram desenhadas por Diana Mosley. O primeiro vídeo solo de Freddie, I was born to love you, foi onde eles se conheceram e Freddie disse a ela você está me vendo, você sabe qual é a história do vídeo, que você  então cria algo, e ela simplesmente sentiu que Freddie combinaria com uma roupa estilo militar e ela criou aquele uniforme militar branco para o vídeo e Freddie se sentiu confortável com essa roupa.

 

Ele sentiu que isso combinava com ele. Quando Freddie pediu a Diana para desenhar as roupas da turnê para ele, ele disse a ela para tentar manter aquele visual militar. Não é a mesma roupa, mas é o mesmo estilo. E foi isso que ela fez: a jaqueta amarela, a vermelha com linhas brancas e uma branca com linhas vermelhas. A amarela foi vendida em leilão, a vermelha foi dada pela Queen Productions (QP) como um presente para Irena Sedlecká, a escultora que criou a estátua de Freddie. 

 

                           

 

A QP (Queen Productions) deixou que ela usasse a jaqueta vermelha para ajudá-la na confecção da estátua,  para ela ver como a jaqueta se movia em Freddie enquanto ele se apresentava. E como a QP ficou muito feliz com a estátua que ela fez de Freddie, eles deram a ela a jaqueta, que Irena deu para seu sobrinho. E ele sabia que não tinha mais muito tempo de vida, então colocou-a em leilão.

Irena Sedlecká

Estátua de Freddie em Montreaux

 

Fontes: QueenChat

Agradecimentos especiais à Arnaldo Silveira pela grande ajuda com a revisão do texto e pelo compartilhamento de informações.

 

Perdeu a primeira e a segunda matéria desta série? Veja abaixo.

 

Peter Freestone e o início do trabalho com o Queen

 

Peter Freestone e as memórias do DC10

 

 

 

Algumas demos de Freddie Mercury !

 

▪️Nota –

Demo tape ou fita demo é uma gravação musical demonstrativa amadora, feita em estúdio ou não, sem vínculo com gravadoras, para estudos musicais, ou primeiras propostas do que futuramente pode vir a ser um Álbum de música.

 

1️) Gazelle

 

19 de Abril de 1984 –

▪️Freddie grava a Demo Gazelle  no Musicland Studios em Munique, Alemanha.

▪️Esta é uma Demo do Álbum Mr Bad Guy, porém não lançada, mas aproveitada no The Freddie Mercury Solo Collection, de 2000 – The Rarities Disc 1.

▪️Esta Demo foi gravada no início das sessões de Mr. Bad Guy. É uma faixa simples, escrita por Freddie. Uma divertida e única experimentação de bateria eletrônica com “ Freddie’s ” multi-track engajados em vocalizações e gritos repetidos da faixa-título.

▪️A faixa Gazelle mostra Freddie experimentando ideias para uma música que não passou dessa Demo. É curta e doce ( apenas 1:18 min. ) com uma boa faixa de apoio que é inteiramente camadas de percussão e baixo.

▪️Freddie está com a voz muito boa também, em uma faixa muito boa.

▪️Ele fornece os vocais, toca piano e opera a bateria eletrônica. Foi produzida por Reinhold Mack.

 

 

2️) Barcelona – Freddie’s Demo Vocal

▪️Em 28 de Abril de 1987, Freddie e Mike Moran estão no Town House Studios em Londres, onde começam à trabalhar numa música de excelência, o que para Freddie será o desafio de toda a sua carreira artística – Barcelona – Freddie’s Demo Vocal.

▪️Descrever essa Demo é difícil, gera todo tipo de emoção.

▪️Ela contém todos os vocais de Freddie, as letras ainda eram incompletas e o falsete, mesmo que fosse apenas uma faixa guia para Montserrat, é emocionante, podemos ouvir todo o seu poder musical e ao mesmo tempo a delicadeza e controle que Freddie tinha em sua voz.

▪️Ninguém jamais diria, ao ouvi-la, que foi cantada por um roqueiro, um homem, aliás, não em sua plena forma física.

 

 

3️) Barcelona – Freddie’s Vocal Slave

▪️Nesse mesmo dia, Freddie e Mike gravaram uma segunda versão, uma mistura mais refinada –  Freddie’s Vocal Slave – omitindo o falsete e focando nos vocais reais, e nesta versão podemos ouvir a bela voz de Freddie no início da música conversando com Mike.

 

 

▪️São 02 pequenas obras-primas criadas com paixão, amor, sentimento, criadas por um homem que colocou toda a sua reputação musical em risco, ao cantar em nível operístico.

 

4) When This Old Tired Body Wants to Sing !

Quando este velho corpo cansado quer cantar !

 

 

▪️A demo foi gravada no Mountain Studios, Montreux, em 22 de Junho de 1987, com Mike Moran ao piano, durante uma jam session, tarde da noite para o Álbum Barcelona.

▪️Esta foi uma jam improvisada e, como tal, muitas palavras são improvisadas e indecifráveis.

▪️Partes do riff de piano mais tarde seríam trabalhadas na faixa – Overture Piccante.

 

Curiosidades –

 

▪️Os vocais ‘let’s gogo baby  e when this old tired body wants to sing  foram usados mais tarde para a faixa de 2015 – Little Freddie Goes To School – de Stuart Leathem, com Esther Trousdale. 👇

 

▪️Na demo, você pode ouvir ao fundo Mike Moran rindo da extrema explosão de poder e energia de Freddie.

▪️Provavelmente, Freddie estava um pouco bêbado, tornando isso muito divertido.

▪️A faixa está disponível apenas na caixa Solo 10CD/2DVD, como faixa 18 do CD Rarities 2 – The Barcelona Sessions.

 

Overture Piccante

 

5) La Marcha Del Otoño – 1988 – Demo rara

 

▪️Freddie com Mike Moran ao piano, brincando no estúdio com uma ideia para o Álbum Barcelona.

▪️Eles tentaram isso muitas vezes, mas abandonaram …

▪️A Demo se chamou La Marcha Del Otoño.

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://m.bilibili.com/video/BV1iA411V7zG&ved=2ahUKEwj_3YSPnMn6AhWWRLgEHT1DAsMQo7QBegQICBAB&usg=AOvVaw0DeMUKVqBC14kvG47K5Sgt

 

Fontes –

– Queen Romênia

– Queenpedia

– Queen Online

– Queen Vault

– How Can I Go On

– Ultimate Queen

– Queen Concerts

Esta é a segunda parte de uma entrevista concedida a Mercury Roadrunner (Queen Chat) por Peter Freestone sobre Freddie Mercury.

 

Peter Freestone e as memórias do DC10

 P.S.: Suas memórias das histórias do DC10?

P.F.:  Aquela vez no Japão foi quando Freddie deveria ter pegado um voo bem cedo pela manhã. Era um DC10 e ele se recusou a viajar nele porque naquela época três DC10 se acidentaram e então ele disse que nunca viajaria em um DC10 e foi isso que aconteceu. Ele entrou no avião e foi conduzido ao seu assento e disse que parecia muito estranho. Eu nunca estive em um avião como este antes. Então olhamos no encosto do banco e haviam as instruções de segurança para o DC10 e ele diz bem, não vou fazer isso e ele pega sua mala e nós saímos do avião e tivemos que esperar no aeroporto pelo próximo voo que era um voo Pan Am para Nova York mas a primeira classe estava totalmente esgotada então ele teve que viajar na classe econômica. Então Freddie foi para o lado da janela e eu sentei ao lado dele de vez em quando ele se levantava porque naquela época você podia fumar em aviões, mas só na parte de trás da cabine, então de vez em quando ele se levantava e ia fumar e a maior parte da equipe estava naquele voo, então havia pelo menos algumas pessoas que ele conhecia lá e eles ficaram tão chocados ao vê-lo lá que simplesmente não acharam que ele confiaria na classe econômica.  

DC-10

 

P.S.: Quais técnicas Freddie usou para manter sua voz forte nos shows?

P.F.: Ele realmente não fez muito porque ele realmente não precisava. Se eles não estivessem em turnê, eles estavam gravando, então, ele estava usando sua voz, se não todos os dias, então em dias alternados. Nos primeiros shows da turnê ele fazia três shows seguidos, depois tinha alguns dias de folga, depois fazia dois shows, depois dois dias de folga, três shows, dois dias de folga, um dia de folga… Ele estava realmente usando a voz o tempo todo porque eles passavam de seis a oito meses gravando. Ele realmente não esquentava a voz para shows ao vivo, então ele tinha sua rotina, ele subia e descia a escala de tom para ver onde estava sua voz, se ele ia fazer as notas altas, e se a voz não estava à altura, então Roger cantava as notas altas e Freddie cantava uma oitava abaixo, mas mais do que qualquer outra coisa ele apenas confiava em Strepsils e a versão líquida de Strepsils era limão quente e mel.

 

Notas:

1)       DC10 – McDonnell Douglas DC-10 é um avião trijato comercial que foi desenvolvido e fabricado pela McDonnell Douglas como sucessor do McDonnell Douglas DC-8. Possuía um par de motores localizados nas asas e um terceiro na base da cauda. O DC-10 foi inicialmente planejado para voos transcontinentais. Na década de 1970, ocorreram três acidentes com o DC-10, vitimando alguns passageiros e tripulantes.

 

2)       Strepsils – é uma pastilha muito utilizada para aliviar os sintomas de inflamação na garganta.  

 

Fontes: QueenChat e Wikipedia

Agradecimentos especiais à Arnaldo Silveira pela grande ajuda com a revisão do texto e pelo compartilhamento de informações.

 

Perdeu a primeira matéria desta série? Veja abaixo.

 

Peter Freestone e o início do trabalho com o Queen

O Queen e William Shakespeare

A cultura dos 4 membros da Banda!

 

O Queen nos deu canções cheias de citações literárias, entre suas letras melodramaticamente cultas e coesas.

E a personalidade mais citada pelos nossos meninos é certamente William Shakespeare …

 

A Winter’s Tale

Uma famosa faixa do Álbum Made In Heaven, mas também uma comédia tragicômica publicada por Shakespeare em 1623

Conto de Inverno em português e The Winter’s Tale em inglês.

 

 

Was It All Worth It

Contém no final a frase muito clara de Macbeth

Quando o tumulto estiver feito

When the hurly burly’s done

Macbeth é uma tragédia de William Shakespeare. Acredita-se que tenha sido realizada pela primeira vez em 1606.

Na verdade, uma bruxa em Macbeth de Shakespeare diz: Quando o tumulto terminar, quando a batalha for perdida e ganha.

 

 

 

The Fairy Feller’s Master-Stroke

A canção leva o nome homônimo de uma pintura de Richard Dadd.

Ela também contém referências à Oberon e Titânia, personagens da peça teatral de William Shakespeare – Sonho de uma Noite de Verão.

Oberon and Titania watched by a harridan

Mab is the Queen

Oberon e Titania vigiados por uma megera

Mab é a Rainha

Oberon – Rei dos elfos e esposo de Titania, a Rainha das Fadas.

Mab também é a Rainha em Romeu e Julieta …

Rainha Mab

 

 

 

Lily Of The Valley

Aqui encontramos a famosa frase meu reino por um cavalo (a trágica oferenda de Ricardo III à Henrique Tudor VII na batalha de campo de Bosworth em 1485), na peça de Shakespeare – Ricardo III.

I follow every course my kingdom for a horse.

Eu sigo todos os cursos do meu reino por um cavalo.

 

 

 

All Dead, All Dead

A triste balada contém uma frase típica em inglês do século XVI, agora fora de uso, que significa muito barulho por nada.

Também uma peça-comedia de Shakespeare muito famosa – Much Ado About Nothing, que se acredita ter sido escrita em 1598 e 1599.

                               

 

 

Fonte – Queen by Recension

Nota – estão são algumas delas, porque o acervo é grande.

Esta é a primeira de 5 partes de uma entrevista concedida a Mercury Roadrunner (Queen Chat) por Peter Freestone sobre Freddie Mercury.

 

Uma pequena biografia de Peter Freestone

Peter Freestone nasceu em Surrey, ao sul de Londres, em 8 de janeiro de 1955.  Trabalhou em tempo integral no Royal Ballet, no guarda-roupa. Depois de um encontro casual com Freddie Mercury, ele começou a trabalhar para o Queen cuidando dos figurinos da turnê e depois se tornou assistente pessoal do astro do rock pelos onze anos seguintes.

Após a morte de Freddie, ele se escondeu por alguns anos antes de começar a trabalhar no Guy’s Hospital, em Londres, após o qual se envolveu em vários projetos, incluindo uma companhia de ópera e um pequeno hotel.

Mudou-se para a República Checa em 2001, onde se envolveu em ópera, educação e escolas itinerantes num projecto de sensibilização para a SIDA. Durante este tempo ele tem viajado regularmente para Montreux, na Suíça, para participar de vários eventos orientados a Freddie.

Ele lançou recentemente sua autobiografia que contém todos os detalhes desta curta biografia.

Peter Freestone
Peter Freestone

 

A entrevista

P.S.: Falando sobre o início da sua vida com Freddie e Queen, como você se lembra de seu relacionamento, primeiro com Brian?

PF:  Na primeira vez estava tudo bem, mas ele se perguntou se eu sabia o que estava fazendo logo no primeiro ensaio, quando comecei a trabalhar. Porque quando abri o armário que vinha da última turnê (eles fizeram uma turnê europeia antes de fazerem essa turnê inglesa), todas as roupas foram jogadas ali dentro, e elas estavam molhadas de suor, estavam uma bagunça, estava nojento.

Roupa de Brian da Zandra Rhodes. E então decidi que iria limpá-las.

Tirei e levei especificamente para uma lavanderia específica que usamos para a ópera real, que usamos para todos os figurinos porque sabíamos que eram feitos à mão, tudo foi feito corretamente, então não foi levado para a loja mais próxima e simplesmente jogado ali , onde você paga e volta em uma hora. Não foi nada disso.  Mas o Brian veio e não encontrou essa roupa e começou a perguntar: O que aconteceu? Onde está? Onde está? Onde está?

Eu disse bem, está sendo limpo.

Brian: ‘Você sabe o que é? Você sabe quanto vale a roupa?

Porque ele imaginou que eu tinha acabado de pegar e colocar na loja local e aí eu expliquei para ele onde estava e ele ficou muito, muito bem, ele ficou bem e sempre nos demos bem.

P.S. E como foi o primeiro contato com o John?

PF: Ele veio dar uma olhada no que eu estava fazendo porque tinha tudo a ver com roupas, para todos eles. E ele viu a bagunça que algumas de suas coisas estavam e eu perguntei ‘olhe, você quer que eu substitua’ e ele disse ‘não, não, não, não, vou fazer compras. Eu vou encontrar algumas coisas, não se preocupe com isso, vou trazer comigo, vou trazer em um dia. Você pode resolver tudo’. 

Ele era muito reservado, ele queria fazer isso sozinho.

Então ele acabou comprando suas próprias roupas novas

P.S. E como foi o seu primeiro contato com Roger? 

PF: Ele era divertido. Ele estava sempre pronto para rir. Sempre havia algo para rir, o que era legal.

 

Fontes: QueenChat e www.peterfreestone.com

New West Hollywood Bar The Wild

O novo Bar/Restaurante de Roger Taylor e Adam Lambert.

The Wild é o antigo St. Felix WeHo Bar, em Santa Monica Boulevard, condado de Los Angeles, Califórnia, distrito de Boystown, em West Hollywood.

 

Os proprietários do antigo St. Felix – John e Chris – entregaram as chaves em 17 de Novembro de 2023 para os novos donos – Adam Lambert, Roger Taylor, sua esposa Sarina, e o sócio Bryan Patrick Franklin.

O empreendimento queer contribuirá para a crescente popularidade das celebridades gays no distrito de Santa Monica Boulevard Boystown  – LGBTQ+.

Inspirado nas exuberantes selvas tropicais de Tulum ( México ), o The Wild tem como objetivo criar experiências inesquecíveis por meio de coquetéis especiais, culinária regional e um ambiente audiovisual sensual.

 

 

Sobre o novo empreendimento, os novos sócios disseram –

Estamos entusiasmados com a parceria neste novo empreendimento emocionante. Estamos ansiosos para ver você liberar seu lado selvagem !

 

Ao abraçar o espírito vibrante da comunidade Queer de West Hollywood, The Wild pretende criar um refúgio seguro para expressão, diversidade, conexão e seus impulsos mais primitivos.

 

Liberte-se na natureza !

 

Curiosidades!

Oliver Gliese, o parceiro de Adam Lambert, tem participação especial na área de entretenimento do estabelecimento.

 

Às sextas feiras são divulgados menus  e eventos temáticos chamados Venom. Cada evento tem um tema diferente (renda, couro, etc ) e o interessado em participar tem que enviar o seu nome para uma lista de aprovação.

 

O nome na lista pode ser aprovado ou não. Só assim permite sua entrada.

Também se faz necessário o uso da roupa do tema especificado no descritivo.

 

Endereço:

The Wild

8945 Santa Mônica Blvd.

West Hollywood, CA 90069

 

Horários de funcionamento:

Quinta à domingo, das 17h até tarde.

Instagram: THE WILD (@thewildweho) • Fotos e vídeos do Instagram

 

A segurança do local:

O programa de Embaixadores de Segurança Bloco à Bloco da cidade aproveita a eficácia da aplicação da lei local e trabalha em colaboração com a Delegacia do Xerife para atender chamadas violentas de serviço.

A Linha Direta do Embaixador de Segurança Block by Block fornece acesso à suporte gratuito 24 horas por dia, 7 dias por semana, ligando para (833) WEHO-BBB ou (833) 934-6222, ou ligando/enviando mensagem de texto para (323) 821-8604.

 

▪️Nota: Bryan Patrick Franklin GRADE CEO, um dos sócios, desenvolveu sua visão empreendedora ao longo de muitos anos. Desde que começou como gerente de negócios de alguns dos melhores de Hollywood, Bryan cultivou sua marca para incluir profissionais que trabalham em moda, arte, cinema, fotografia e outras facetas do entretenimento.

 

Fontes –

Queen Online

Instagram Sarina Taylor

https://www.instagram.com/sarinarosetaylor?igsh=dW8yM2ozemExaGV3

 

Weho Ville.

Colaboração especial da amiga Denise Scaglione.

LILY OF THE VALLEY

A canção e suas ligações no mundo da fantasia, mitologia, história e poesia.

Ao longo dos dois primeiros Álbuns experimentais do Queen, haviam muitas ideias medievais e indicações da mitologia grega no trabalho da Banda, especialmente no material de Freddie.

Tão curta quanto pungente, a canção de ninar Lily Of The Valley nos remete à esses insights, que eram uma fonte recorrente de inspiração para Freddie.

Acredita-se que a canção seja sobre o romance de 1835, Lírio do Vale, de Honoré de Balzac. Mas as ligações abaixo também estão presentes.

Freddie não hesita em referenciar seu assunto favorito novamente aqui, escrevendo

 

Netuno dos mares, uma resposta para mim, por favor

Neptune of the seas, Have you an answer for me, please

 

Netuno corresponde, na mitologia grega, à Poseidon. Netuno representava os mares, oceanos e as correntes d’água e controlava o universo, fornecendo assim todas as respostas.

Netuno / Poseidon

 

Seguindo com

Meu reino por um cavalo

 

Aqui encontramos a famosa frase meu reino por um cavalo (a trágica oferenda de Ricardo III à Henrique Tudor VII na batalha de campo de Bosworth em 1485), na peça de Shakespeare – Ricardo III.

 

I follow every course my kingdom for a horse.

Eu sigo todos os cursos do meu reino por um cavalo.

 

 

Em seguida, na frase

Serpente do Nilo

Liberte-me por um tempo

E livre-me do seu feitiço e me deixe ir

 Serpent of the Nile

Relieve me for a while

And cast me from your spell and let me go

 

Aqui entra Cleópatra, a Serpente do Nilo.

O encanto da sua presença era irresistível e havia uma atração na sua pessoa e na sua conversa que deixava todos os que se relacionavam com ela sob o seu feitiço.

– Via Lives – Antony and Cleopatra – capitulo 08.

 

 

Na continuação, Freddie canta –

Mensageiro dos sete mares voou

Para dizer ao rei de Rhye que ele perdeu seu trono

Messenger from seven seas has flown

To tell the king of Rhye he’s lost his throne

 

 

O mensageiro dos 7 mares seria Poseidon, o deus grego do mar, dos terremotos, das tempestades e dos cavalos. Dono de um temperamento instável e violento, foi considerado um deus vingativo, de comportamento explosivo e humor difícil.

 

 

E finalizando com o próprio título da canção, uma curiosidade –

Lily Of The Valley

 

A flor Lirio do Vale

O nome científico da flor – Convallaria majalis – está sob o domínio do planeta Mercúrio, astrologicamente.

 

Mercúrio (ou Hermes, na mitologia grega) era o deus da eloquência, do comércio e dos ladrões. Além disso, era o mensageiro dos deuses, em especial de Júpiter, que lhe pôs asas na cabeça e nos calcanhares, para poder executar as suas ordens com maior rapidez.

 

E era grande conhecedor de música !

 

Lily Of The Valley

Letra e tradução da música

Lírio do Vale – Lily of The Valley

Estou sempre procurando para cima e para baixo
I am forever searching high and low

Mas por que todo mundo me diz não?
But why does everybody tell me no

Netuno dos mares
Neptune of the seas

Tens uma resposta para mim, por favor?
Have you an answer for me, please

E o lírio do vale não sabe
And the lily of the valley doesn’t know

Eu deito à espera com os olhos abertos
I lie in wait with open eyes

Eu continuo através do céu tempestuoso
I carry on through stormy skies

Eu sigo cada curso
I follow every course

Em meu reino por um cavalo
My kingdom for a horse

Mas eu estou envelhecendo
But each time I grow old

Serpente do Nilo
Serpent of the Nile

Liberte-me por um tempo
Relieve me for a while

E livre-me do seu feitiço e me deixe ir
And cast me from your spell and let me go

Mensageiro dos sete mares voou
Messenger from seven seas has flown

Para dizer ao rei de Rhye que ele perdeu seu trono
To tell the king of Rhye he’s lost his throne

Guerras nunca cessarão
Wars will never cease

Há tempo suficiente para a paz
Is there time enough for peace

Mas o lírio do vale não sabe
But the lily of the valley doesn’t know

 

Fontes –

Queen All the Songs: The Story Behind Every Track – Benoît Clerc

Site fantasias e mitologias

 

Três anos se passaram desde o nascimento do Queen em 1970 até o lançamento de seu primeiro álbum autointitulado Queen, em 1973. Um período de treinamento para a banda criada por Brian May e Roger Taylor, que mudou de nome com a chegada de Freddie Mercury e depois John Deacon.

Na formação do Queen queríamos o melhor. Não teríamos ficado satisfeitos com nada menos, disse Freddie.

 

E ele continua…

Dissemos a nós mesmos: ok, vamos nos ocupar com o rock’n’roll, e levamos isso a sério. Todos nós tínhamos carreiras em potencial pela frente, mas as abandonamos.

A qualidade da escrita das peças, a técnica de Brian May, o poder do rock de Roger Taylor e a grandeza de Freddie no palco colocaram o Queen em outro patamar desde o primeiro show em 27 de junho de 1970 na prefeitura de Truro, na cidade de Taylor, na Cornualha (onde ainda são chamados de Smile como a primeira banda formada por Taylor e May, mas já são Queen).

O verdadeiro problema, de acordo com o que Brian May disse em um post no Instagram relembrando os primeiros shows da banda, era encontrar um baixista.

O primeiro é Mike Grose, amigo de Roger Taylor que faz três shows com a banda e depois decide voltar à Cornualha em busca de trabalho.

Roger Taylor e Mike Grose

 

O segundo é Barry Mitchell que estreia no dia 23 de agosto no palco do Imperial College e sai em 1970  (Achei que eles não iriam muito longe, mas Brian era um ótimo guitarrista e Freddie sabia exatamente o que queria, disse ele mais tarde).

  Barry Mitchell

 

Então vem Doug Bogie Ewood, cuja carreira na banda estava destinada a se tornar o mais famoso da Inglaterra durando apenas três dias. Em 19 e 20 de fevereiro de 1971, o Queen teve duas datas importantes no Hornsey Town Hall e na Kingston Polytechnic como o banda de apoio do Yes, cujo álbum de estreia The Yes Album alcançou o quarto lugar nas paradas na Inglaterra. Doug lembrou que os dois shows foram muito bem, mas ele esqueceu que cometeu um erro: ele tentou roubar o show de Freddie:

Ele começou a pular no palco sem critérios, disse Brian diplomaticamente.

Freddie não aceita bem, e no dia seguinte Doug é afastado da banda.

 

Após três tentativas infrutíferas, a escolha do baixista começa a se tornar um problema sério. É preciso alguém que esteja no seu nível musical, mas também seja capaz de se adaptar às suas personalidades fortes e diferentes.

Dez dias depois, em uma festa de estudantes, um amigo apresenta um menino chamado John Deacon a Roger e Brian.

E então John Deacon é escolhido…. e a história do Queen começa….

 

Um pouco sobre John Richard Deacon

John Deacon é o membro tranquilo do Queen. Ele raramente faz entrevistas, nunca aparece realmente nas notícias, e quando no palco, começou a tocar baixo enquanto os outros eram os showmen. Na verdade, esta é a razão pela qual John foi escolhido para ser o quarto e último membro da banda. Queen tinha passado por muitos baixistas, mas nenhum tinha funcionado. Roger, Freddie e Brian estavam bastante extrovertidos no palco, e eles sentiram porque John estava quieto ele se encaixaria conosco sem muita agitação, segundo Roger Taylor.

 

 

Seu interesse pela música começou muito cedo. Ele era muito adepto de  eletrônica, e modificou um velho gravador de fita de bobina para gravar música fora do rádio – de preferência os Beatles. Aos onze anos, em 1962, ele comprou uma guitarra acústica barata e aprendeu a tocá-la, e logo tocou com amigos. Aos catorze anos (1965), ele estava em sua primeira banda – The Opposition, e tocou uma guitarra rítmica emprestada. Eles tendiam a tocar pop e soul. Em dezembro eles fizeram seu primeiro grande show, e receberam duas libras. Em abril de 1966, John tornou-se o baixista quando o baixista original deixou a banda.

 

 

Tornaram-se a New Opposition em maio, para que as pessoas soubessem que não eram bem o mesmo grupo de antes. Em setembro de 1966 John começou na Beauchamp Grammar School em Leicester. Em outubro a banda entrou em um campeonato de música Midlands, e chegou às semifinais (por padrão – outra banda não apareceu).

Durante o ano de 1967 eles fizeram muitos shows. Então eles ganharam duas dançarinas go-go (Jenny e Charmain) e começaram a usar camisas de seda de cores diferentes.

Em março eles passaram por outra mudança de nome, para Art, e eles se saíram bem.

Mas em 1969 John deixou Leicester para ir para Londres para estudar eletrônica no Chelsea College (parte da Universidade de Londres), terminando assim o seu tempo com Art. John fez pouco em relação à música para o seu primeiro ano, embora tenha ido a alguns shows – incluindo um grupo chamado Queen.

Eles estavam todos vestidos de preto, e as luzes também estavam muito escuras, então tudo o que eu conseguia ver eram quatro figuras sombrias. Eles não causaram uma impressão duradoura em mim na época, lembra John.

No seu segundo ano, ele começou a trabalhar o seu caminho de volta à música, improvisando com amigos.

Mas em 1971 John foi apresentado por um amigo, a  Roger Taylor e Brian May – que lhe convidaram para fazer uma audição para o Queen, pois não tinham um baixista. Eles tinham passado por vários baixistas, mas nenhum tinha impressionado a banda.

John concordou, e trouxe consigo o seu baixo confiável e o seu próprio amplificador adaptado, agora conhecido como o lendário Deacy Amp para a sala de conferências no Imperial College onde a banda estava ensaiando. Ele começou a aprender Son & Daughter e algumas outras canções que a banda estava tocando. Eles terminaram com um improviso, John impressionou os meninos. Não só por causa da sua personalidade tranquila, mas também porque ele era bom em eletrônica, e um baixista brilhante!

Poucos dias depois, em 1 de março de 1971, John Richard Deacon tornou-se o quarto membro do Queen e aos 19 anos de idade, o mais novo integrante da banda.

Queen está agora completo, um alinhamento fenomenal para os próximos 20 anos que só terminou com a morte de Freddie Mercury.

 

 

Esses quatro gênios extraordinários que escreveram a trilha sonora das nossas vidas!

Queen, o melhor dos melhores, uma das bandas mais influentes e diversificadas de sempre!

A estreia do Queen com John Deacon no baixo foi em 2 de julho de 1971 no Surrey College.

Diz-se que Freddie não gostou da blusa de John e por isso emprestou-lhe outra, mas naquele dia nascia a formação definitiva do Queen.

 

Fonte: www.virginradio.it

e Freddie Mercury & Queen Daily (Facebook)

Brian May acredita que este será o último ano em que uma música será escrita por uma pessoa …

 

Brian reflete sobre o impacto atual e futuro da inteligência artificial na indústria musical, em entrevista à Rosie Bennet para o podcast Fret Not.

 

 A ascensão explosiva da Inteligência Artificial (IA) na produção musical este ano é apenas o começo de uma mudança sísmica na indústria ‘ – disse Brian May – que afirmou que a partir de agora tudo “ vai ser muito estranho.

A IA terá a capacidade de aproveitar o talento de todos os outros, e criar algo à partir dele, o que é um pouco assustador, porque acho que 2023 será o último ano em que você terá certeza de que algo foi escrito por um humano… 

 

A música gerada por IA Heart On My Sleeve, criada por um usuário do TikTok chamado Ghostwriter, foi o exemplo. A faixa viral usou IA generativa para recriar o estilo vocal de Drake e The Weeknd. A música era tão atraente que as pessoas se perguntaram se ela poderia ser considerada para um Grammy.

 

Isso desencadeou recentes greves de escritores e atores de Hollywood.

 

Muitos escritores chamaram a IA de máquina de plágio, devido ao uso controverso de trabalhos publicados para treinar modelos de IA.

Brian reconheceu o receio entre escritores e artistas de que a IA pudesse ser usada para fabricar trabalhos semelhantes, mas também disse que o processo criativo não ocorre sem inspiração de fontes externas.

 De alguma forma, somos todos plagiadores … nenhum de nós acredita mais no vácuo. Está afetando à todos nós. Toda vez que estou criando algo agora, penso – ‘ De onde vem isso ? Isso é algo que ouvi ? É algo que senti espontaneamente ? De onde vem isso ?

 

Olhando para o futuro, Brian May vê um momento em que a IA deixa de ser usada para criar música e passa a criar e executar sua própria música.

 

E então você se esquece dos humanos, os humanos não importam mais … Vai ser estranho, mais rápido do que as pessoas imaginam. Vai ficar muito, muito estranho. 

 

Em Junho deste ano, a Recording Academy atualizou suas regras para o Grammy Awards de 2024 para incluir músicas criadas com a ajuda de ferramentas de IA. No entanto, ela enfatizou que a IA só pode desempenhar um papel no processo – músicas criadas principalmente ou inteiramente por IA, como Heart On My Sleeve, não serão elegíveis para indicação de prêmios.

Pensamos entao que é mais rápido e fácil … Estamos participando da erosão da alma do mundo e do espírito humano..

 

Será o fim do compositor?

 

Via

A Queen Of Magic – 15/12/2023

Você conhece a história do Filme Metrópolis, de 1927, que serviu de fundo de pano para Radio Ga Ga ( The Works Tour)?

 

Metrópolis trata da urbanização acelerada e da mecanização do trabalho com acirramento das desigualdades sociais dentro de uma cidade opressora. Hoje, visto à distância, é considerado clássico precursor do cinema mundial, mas causou polêmicas na agora longínqua década de 1920.

Sinopse –

Em um futuro distante na época (2026), a industrialização e a tecnologia se desenvolveram tanto que os seres humanos passaram a ser vítimas deste processo, sendo a sociedade dividida entre trabalhadores explorados e tecnocratas que vivem no ” Paraíso “.

▪️Metrópolis – ano 2026.

A cidade se divide rigidamente entre os poderosos no plano superior e os operários, em regime de escravidão, vivendo num local subterrâneo com suas famílias. Tudo é governado por Joh Fredersen, um insensível capitalista, cujo único filho, Freder, leva uma vida idílica, desfrutando de suas riquezas. Mas tudo muda quando o jovem conhece Maria, a líder espiritual dos operários, e se apaixona perdidamente.

Versões –

Uma curiosidade que deve ser compartilhada com cinéfilos sobre este filme é que ele possui algumas versões:

▪️A primeira versão de Metrópolis tinha mais de três horas de duração, mas se perdeu.

▪️Existem ainda as versões com 119 minutos (DVD) e 87 minutos (1984), que foram colorizadas e musicadas por Giorgio Moroder.

Custo na época –

 

Fritz Lang, o cineasta e diretor austríaco conta que foi um dos filmes mais caros da história do cinema, tendo custado na época cinco milhões de Marcos Alemães ( moeda oficial na República Federal da Alemanha de 1949 à 2002 ), e quase levou a Universum Film S.A. à falência. Teve pelo menos 37 mil extras.

 

Entendimentos –

Este filme é cercado de teorias e interpretações de todas as formas, isso sem falar em simbolismos, mensagens subliminares e no antissemitismo que rondava a época, refletido aqui claramente.

Pela fé, temos Maria que prega a vinda do Salvador. Tem aspectos do gnosticismo, hermetismo, passando ao aforismo, a revolta dos trabalhadores em péssimas condições de sobrevivência, causas e consequências que são lideradas por uma falsa Maria.

 

Curiosidades –

O longa caiu no gosto de Hitler, chegando a chamar o diretor austríaco para ser o chefe do Cinema Nazista. Fritz Lang rejeitou e foi embora para os Estados Unidos. Lang vem de família judia e foi casado com uma famosa escritora/roteirista, a autora do livro que deu origem ao filme – Thea von Harbou – porém quando ela decidiu apoiar o Nazismo ele se separou dela.

Assistindo à este filme e pensando que ele foi criado em 1927, percebemos o quanto ele é grandioso e profundo. A direção nos leva à uma viagem sem precedentes, visionário, com elementos como os cenários futurísticos da cidade que serviram de inspiração décadas depois para Blade Runner, e Gotham em Batman Begins.

 

A ginoide (robô que se parece uma mulher) que serviu de inspiração também para George Lucas ao criar o querido C3PO, a falsa mulher que possui uma alegoria na cabeça muito próxima à que a Rainha Amidala usa em Star Wars – Episódio I. Essas são só algumas das referências fantásticas que podemos pontuar, certamente, você também encontrará semelhanças com diferentes gêneros e influencias para filmes sci-fi, cinema noir, assim como moda, música (Queen, Madonna), livros e diversas formas de artes, enquanto assiste Metrópolis.

 

▪️O Filme Metrópolis já foi exibido ao ar livre, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 24 de Outubro de 2010.

▪️Na recente turnê do Queen – Bohemian Rhapsody – a canção Machines (or ‘Back to Humans’ ), junto com Radio Ga Ga, iniciava o show, como uma referência à Metrópolis –

Quando as máquinas assumirem, não haverá lugar para o Rock And Roll …!

 

A mensagem –

▪️Uma análise de Thea von Harbou, a ex esposa de Fritz Lang, e autora do livro que deu origem ao filme –

 

➡️ ” Este filme não é de hoje, e nem do futuro. Ele fala de lugar nenhum. Ele não serve à nenhuma tendência, partido ou classe. Ele tem uma moral que cresce quando há compreensão.

 

O mediador entre o cérebro e as mãos deve ser o coração … ”

 

– Thea Von Harbou, 1925.

 

Metrópolis (Metropolis) – Alemanha, 1927 Direção: Fritz Lang

Roteiro: Thea von Harbou, Fritz Lang

Elenco: Alfred Abel, Gustav Fröhlich, Rudolf Klein-Rogge, Fritz Rasp, Theodor Loos, Erwin Biswanger, Heinrich George, Brigitte Helm Duração: 153 min.

 

Sem dúvida, é um filme de ficção científica à frente do seu tempo.

 

Via

danycostacine.blogspot.com

Álbum: The Works

Data de lançamento: 27 de fevereiro de 1984

Melhor posição nas paradas: 2° lugar na parada britânica; 23° lugar nos Estados Unidos

 

Ficha técnica

Freddie Mercury: vocais, vocais de apoio, piano

Brian May: guitarra

John Deacon: baixo, violão

Roger Taylor: bateria

Produtores: Queen, Reinhold Mack

Engenheiro de som: Reinhold Mack

Engenheiro de som assistente: David Richards

Estúdio de gravação: Musicland Studios, Munique

O álbum The Works foi precedido pelo tão comentado, amado e odiado Hot Space que não teve o sucesso esperado.

Por isso, após mais uma turnê cansativa, a banda resolveu dar um tempo e trabalhar em projetos fora do Queen. Brian, Freddie e Roger estavam trabalhando em álbuns solo.

Brian trabalhava no que viria a ser o Star Fleet Project; Roger, seu segundo álbum solo, Strange Frontier, e Freddie trabalhava no seu primeiro álbum solo, Mr. Bad Guy.

John também fez alguns trabalhos leves, mas foi o que menos teve contato com música nesse período.

Por conta disso, começaram os rumores de que a banda iria se separar.

A banda foi sondada para fazer a trilha sonora do filme Um Hotel Muito Louco, mas como também estava gravando o novo álbum, não pode levar o projeto adiante.

A música Keep Passing the Open Windows foi escrita e gravada para o filme, antes deles desistirem do projeto.

Ao invés de seguir o tipo de som do álbum anterior, Hot Space, que não foi muito bem recebido, eles voltaram a usar o tipo de som que funcionava melhor.

E o que foi visto no álbum foi um retorno à época ilustre da banda, com mistura de canções pop, rock pesado e baladas.

Tear It Up lembra muito a batida de We Will Rock YouMan On The Prowl foi escrita para se parecer com Crazy Little Thing Called Love.

Infelizmente, as canções de rock (as já mencionadas Tear It Up e Hammer To Fall, ambas as faixas, aliás, escritas por Brian) ficaram em segundo plano em relação a materiais mais pop como Radio Ga Gaga de Roger, e I Want To Break Free de John, ambos com envolvimento extensivo de Freddie em arranjos.

Sintetizadores e baterias eletrônicas foram finalmente integrados com sucesso na música do Queen.

Os fãs puristas torceram um pouco o nariz para isso, mas deve-se lembrar que na época (1984), os sintetizadores e as baterias eletrônicas eram a última tendência.

 

O álbum alcançou o segundo lugar na parada britânica. Todos os singles do álbum alcançaram os Top 20 na Grã-Bretanha:

– Radio Gaga alcançou 2ª posição;

– I Want To Break Free, 3ª posição;

– It’s A Hard Life, 6ª posição;

– Hammer To Fall, 13ª posição.

Contudo, nos Estados Unidos, o desempenho não foi bom.

Um dos fatores foi que eles tinham acabado de mudar para a gravadora Capitol e a gravadora se meteu em um escândalo envolvendo artistas independentes, e em represália, houve meio que um boicote aos artistas da gravadora por parte das redes de rádio.

Por outro lado, o empresário pessoal de Freddie, Paul Prenter, ajudou a prejudicar a reputação da banda ao ser desagradável com os meios de comunicação que queriam falar com eles.

O álbum foi remasterizado e relançado em 1991 pela Hollywood Records , com três faixas bônus: o B-side I Go Crazy, e remixes estendidos de Radio Ga Ga e I Want To Break Free. Remixes estendidos de It’s A Hard Life, Man On The Prowl, Keep Passing The Open Windows e Hammer To Fall também foram criados, enquanto um remix instrumental de Machines (ou ‘Back To Humans’) também foi criado para o mercado americano. Essas faixas apareceram na coleção The 12”, em 1991.

 

Músicas do álbum

1. Radio Gaga

 

 2. Tear It Up

 

3. It’s A Hard life

 

4. Man On The Prowl

 

5. Machines (Or Back to Humans)

 

6. I Want To Break Free

 

7. Keep Passing The Open Windows

 

8. Hammer To Fall

 

9. Is ThisThe World We Created…?

 

Fontes:

– Queen All the Songs: The Story Behind Every Track. Benoît Clerc.  (Edição em inglês).

– www.queenpedia.com

– www.queenvault.com

 

Tem sido divulgado nas mídias que a ex-namorada de Freddie Mercury, Mary Austin, resolveu vender a mansão que herdou dele, conhecida como “Garden Lodge”, por £30 milhões (cerca de R$ 187 milhões).

O que levou ela a tomar tal decisão, talvez nunca saberemos.

Existem fãs que concordam e os que discordam, mas temos que ter em mente que a casa é dela, apesar de tudo o que a casa representa para nós, fãs do Queen e de Freddie Mercury.

Em uma entrevista publicada na Bloomberg News ela comenta sobre as primeiras impressões de Freddie sobre a casa, quando ela o estava ajudando a procurar uma casa em 1980, na cidade de Londres….

Era um dia de verão, as crianças brincavam no jardim e eu estava atrás de Freddie quando entramos. Estava tão quieto e pacífico, e isso continuou pela casa.

Mary disse ele decidiu comprar a casa naquele mesmo dia.

Freddie saiu e disse: ‘Diga a eles para tirarem isso do mercado. Vou dar-lhes o preço pedido agora’, disse ela.

Mary disse que Freddie estava procurando um refúgio em Londres, um lugar onde pudesse criar e trabalhar em sua música em paz, sem ser perseguido pela mídia, e Garden Lodge era o lugar para ele.

A imprensa estava perseguindo-o para se assumir, e ele não quis, e por que deveria? E isso deu a ele a sensação maravilhosa de que ele poderia criar, viver e ter privacidade aqui, disse ela.

 

Após a morte de Freddie em 1991, Mary herdou a propriedade e mora lá desde então. Nó início ela diz que não tinha certeza se seria saudável morar na casa com tantas lembranças que remeteriam ao Freddie. Mas ela percebeu que poderia viver lá e não precisava desistir por alguns anos.

Na verdade, era apenas minha casa apenas no nome.  Trabalhei na casa com ele e para ele, e sempre será dele. Era o sonho dele, era a visão dele, disse ela, com a voz cheia de emoção.

A venda sucede o leilão ocorrido em setembro passado e realizado pela Sotheby’s, no qual mais de 50 milhões de dólares foram angariados com a venda dos pertences de Mercury, com uma parte dos lucros a beneficiar o Mercury Phoenix Trust e a Elton John Aids Foundation.

O plano era fazer o leilão e depois pensar em vender a casa, disse Austin.

O leilão foi enorme. E eu não tinha certeza de como me sentiria naquele momento. Mas percebi que havia chegado a hora.

Austin disse que agora está sozinha em casa, seus filhos cresceram e moram em outro lugar e ela sente que é hora de começar um novo capítulo em sua vida e seguir em frente. Depois de um ano turbulento, ela disse que esta seria sua última entrevista.

 

Visitando a casa

Garden Lodge fica logo depois da Cromwell Road, no coração da luxuosa Kensington, mas é completamente privado, afastado da tranquila estrada residencial e protegido por um muro de segurança eduardiano de tijolos de 2,4 metros encimado por uma cerca pontiaguda ainda mais alta, com câmeras ao redor.  A famosa porta verde da parede, que funcionava como um santuário para os fãs de Mercury que rabiscavam mensagens nela, foi vendida no leilão da Sotheby’s por £ 412.750 (R$ 2,5 milhões). Há outra porta agora protegida por uma caixa transparente.

Logo após a porta encontra-se um jardim de inspiração japonesa com magnólias floridas, uma pérgula de madeira e um lago de carpas. Todo o efeito, uma vez dentro dos muros fechados, parece um retiro rural, com os muros altos bloqueando o barulho das ruas. Você não se sentiria como se estivesse a apenas 10 minutos a pé da popular Kensington High Street, no meio do centro nobre de Londres.

Freddie teve uma visão absoluta para o jardim. Os jardins de Kyoto foi o que me veio à mente – ele queria recriar aquele ambiente tranquilo, disse Austin, relembrando algumas “memórias muito especiais” de almoçar com Mercury ao ar livre em dias ensolarados à beira do lago.

 

A propriedade oferece oito quartos, e o estúdio de Mercury tem um impressionante exterior de tijolos. Uma vez dentro da entrada principal, à esquerda fica o que o cantor chamou de quarto japonês, um dos dois principais espaços de convivência. Tem portas duplas que dão para o jardim e foi o seu espaço de reflexão pessoal, disse Austin. Sabíamos que não deveríamos incomodá-lo quando ele estivesse lá.

O térreo conta ainda com uma sala de jantar onde Mercury dava jantares, com cardápios planejados e planta de assentos manuscrita, inclusive espaço para seu gato Oscar. Mercury esteve incrivelmente envolvido no design da sala; ele mesmo pintou os desenhos na parede.

Ele não conseguiu que o decorador combinasse com as ideias que tinha em cabeça, então teve que fazer isso sozinho, disse Austin, acrescentando que Mercury fez um desenho com rosa, verdes e amarelos na parede.

 

Ocupando a maior parte do piso térreo está a sala de estar do estúdio, com piso de madeira, paredes amarelas e lareira de pedra ornamentada. Esta sala abrigava o piano de cauda Yamaha de Mercury, no qual ele escreveu Bohemian Rhapsody; foi vendido por £ 1,7 milhão na Sotheby’s. Austin se lembra de ter empurrado o piano para diferentes pontos da sala com Mercury, tentando encontrar o posicionamento ideal ao se mudar.

 

Aqui ficava a sala principal de entretenimento, e há uma escada na extremidade da sala que leva a uma área de bar no andar de cima, onde alguém que tomasse uma bebida poderia observar a festa acontecendo lá embaixo. Suas janelas de dois andares enchem a sala de luz e dão para o amplo jardim e sua série de árvores topiárias.

Há um vestiário e uma cozinha com eletrodomésticos modernos afastada da sala de jantar. Ao lado há uma despensa discreta.

No andar de cima, a suíte principal de quatro partes de Mercury fica no final de um corredor acarpetado. Ao entrar, você será cercado por espelhos do chão ao teto em um camarim art déco. As portas espelhadas escondem artisticamente os armários onde ele guardava suas roupas, incluindo seus famosos figurinos de palco. Na lateral do camarim encontram-se dois banheiros, uma das quais com FM gravado no mármore.

 

Logo à frente, portas deslizantes espelhadas abrem para o espaço do quarto, com um terraço com vista para o jardim e para os espaços tranquilos de Kensington.

Há um forte senso de personalidade e de tempo em toda a casa, como o mármore rosa claro e a banheira verde no banheiro de hóspedes ou o toque teatral da sala de estar. Não é uma tela em branco e isso é parte do que o torna tão especial.

 

Antes de Freddie

Freddie Mercury foi o ocupante mais famoso do Garden Lodge, mas não foi a única pessoa criativa a morar lá. A propriedade neo-georgiana foi construída na virada do século 20 como casa e estúdio combinados para o pintor Cecil Rea e a escultora Constance Halford.

Outros proprietários incluíam Peter Wilson, ex-presidente da casa de leilões Sotheby’s, e Tomas Harris, agente da inteligência britânica que se tornou negociante de arte. É fácil imaginar suas próprias festas no Garden Lodge, com artistas e espiões se misturando na sala do estúdio e as celebrações se espalhando pelo jardim.

Quando Mercury comprou a casa, ela pertencia a um membro da prestigiada família de banqueiros Hoare. Antes de sua reforma amarelo-cítrica, a sala de jantar era onde eles guardavam o cofre.

O Sr. Hoare estava nos levando para passear e eu fiquei simplesmente fascinado”, disse Austin. “Ele disse: ‘Oh, este é o cofre. Meu pai sempre dorme no banco e, quando não consegue dormir no banco, traz todo o dinheiro para cá.

Agora que a propriedade foi esvaziada da maioria dos pertences de Mercury, estar na casa lembra Austin de como era em meados dos anos 80, quando Mercury estava trabalhando com o arquiteto e designer Robin Moore Ede para tornar a casa sua.

Na verdade, revitalizamos o lugar quase ao que era antes de ele mudar seu piano e seus pertences para cá. Foi concluído pelo menos um ano antes de ele se mudar”, disse Austin. “Eu vinha aqui para trabalhar, vinha aqui para fiscalizar, ficava aqui a maior parte do tempo. E de repente me encontro de volta a 1985.

 

O futuro do Garden Lodge

Austin procurou Knight Frank pela primeira vez e explorou a venda da casa há 25 anos, embora ela ainda não estivesse pronta para se desfazer dela e, disse ela, gostou que o agente com quem ela falou tenha feito questão de perguntar se ela tinha certeza sobre a venda. Ela está agora, disse ela, e está aceitando o fato de que um futuro comprador provavelmente fará alterações na propriedade.

A última coisa que você quer é que alguém diga: ‘Sim, vou comprá-lo’, explorá-lo e demoli-lo”, disse ela. “Isso é único e tem sua beleza, e eu sei que tem um propósito para alguém – teve para Freddie.

Os possíveis compradores devem entrar em contato com Paddy Dring ou James Pace da Knight Frank para obter detalhes exatos da propriedade. A disposição, a metragem quadrada e o tamanho do lote não foram divulgados pela agência e não estão sendo disponibilizados ao público por questões de privacidade, disseram. A listagem em si não está sendo colocada online.

Dring disse que a propriedade em si é um pedaço de história cultural, mas seria notável mesmo sem o seu famoso proprietário. É incrivelmente raro ver uma casa tão grande e não modernizada no centro de Londres com uma área de jardim madura, disse ele. “É inacreditavelmente especial e único.”

Quanto a quem Austin vê comprando a casa, ela tem a sensação de que será outro artista.

Se não é outro criativo, deveria ser, porque… tem aquela atmosfera”, disse ela. “Pode haver um comprador com um modus operandi semelhante ao de Freddie.

Mas, ela continuou, gesticulando em torno da grande sala de estar, agora sem piano, “

Depois de vender, você vendeu. Você não pode se apegar ao passado para sempre, suponho. Vou embora com isso bem quentinho no coração.

 

Fonte: www.businesstimes.com.sg

Quer saber mais sobre Garden Lodge?

Garden Lodge

 

Locações do filme “Bohemian Rhapsody” – The Garden Lodge

 

Garden Lodge, a casa de Freddie Mercury

 

 

 

 

Especula-se que pode acontecer um show do Queen com o holograma de Freddie Mercury.

A especulação ocorreu porque supostamente, a Mercury Songs Limited que detém os direitos sobre a carreira solo de Freddie Mercury entrou com pedido de marca de realidade virtual e 3D.

A notícia foi compartilhada pela coluna Bizarre do jornal The Sun, que obteve o arquivo e informou que cobre experiências imersivas de realidade virtual, aumentada e mista em 3D para ambientes virtuais.

Assim, parece possível que Freddie retorne aos palcos como um avatar digital, semelhante ao visto com o ABBA Voyage em Londres.

Também não seria a primeira vez que Mercury seria retratado no palco, após a sua morte em 24 de novembro de 1991.

Há dois anos, uma ilusão de ótica do vocalista foi mostrada durante a apresentação a Rhapsody Tour do Queen + Adam Lambert. A ilusão levou o guitarrista Brian May às lágrimas durante o show.

 

No entanto, embora pareça provável que o pedido possa significar que um holograma da formação original está a caminho, Brian May já compartilhou sua relutância em levar a ideia adiante.

Aparecendo em um podcast para o The Graham Norton Radio Show no ano passado, o guitarrista confirmou que, embora a banda tenha cogitado a ideia, eles só gostariam que o show ganhasse vida quando todos tivessem morrido.

Conversamos e analisamos os hologramas de Freddie, [mas] adoramos ser vivos e perigosos, é isso, essa é a nossa ênfase. Agora, quando todos nós tivermos ido embora, sim, claro, façam uma coisa do ABBA sobre nós, mas enquanto estivermos aqui eu quero tocar ao vivo,disse ele.

 

Ele continuou: Temos algumas coisas com Freddie… Eu geralmente toco ‘Love of My Life’ e Freddie chega e se junta a mim no final, quando fazemos nossos shows ao vivo. Mas não é um holograma, é apenas uma espécie de tecnologia da velha escola da qual gostamos.

 

Em outras notícias do Queen, na semana passada Brian May fez uma aparição na primeira prévia do novo Gibson Garage em Londres, onde se juntou a Tony Iommi do Black Sabbath e Jimmy Page do Led Zeppelin para cortar a fita de abertura.

Fonte: www.nme.com

LAZING ON A SUNDAY AFTERNOON

 

Músicos

– Freddie Mercury: vocal principal, backing vocal, piano.

– Brian May: guitarra elétrica.

– John Deacon: baixo.

– Roger Taylor: bateria.

Álbum – A Night At The Opera.

 

Gravações

– Rockfield Studios, Monmouth, Wales: Agosto – início de Setembro de 1975.

– Sarm East Studios, Londres: Setembro – Novembro de 1975.

Produtores – Queen e Roy Thomas Baker.

Engenheiro de som – Mike Stone.

Engenheiros de som assistentes – Gary Langan (Sarm), Gary Lyons (Sarm).

 

Como uma continuação do poder bruto e da raiva que ricocheteiam na faixa de abertura do Álbum (Death On Two Legs), o Queen escolheu uma música menos perturbadora para o segundo lugar do disco.

Pode-se imaginar prontamente a surpresa de um fã de heavy metal que correu para comprar A Night At The Opera em sua loja de discos favorita, colocando o vinil de 33⅓ rpm em seu toca-discos, apenas para descobrir a segunda música –

Lazing On A Sunday Afternoon !

A música é uma clara descendente de Bring Back That Leroy Brown, que apareceu no 3° Álbum do grupo – Sheer Heart Attack. Essa justaposição de músicas é apenas mais um exemplo de como o Queen não é uma Banda de rock tradicional.

Trata-se de um grupo que não impõe limitações artísticas à si próprio, e que recorre à múltiplas fontes de inspiração para criar um rico catálogo musical.

A letra de Lazing On A Sunday Afternoon descreve uma semana típica na vida de um londrino tradicional – trabalhar na 2a, lua de mel na 3a e andar de bicicleta na 4a. O narrador, que dança uma valsa no zoológico na 5a feira, também afirma, não sem um toque de ironia –

 

Eu venho de Londres

Eu sou apenas um cara comum

Às 6as, eu vou pintar no Louvre

Em sua forma fantástica, a faixa retrata uma fatia suave da vida, acompanhada pelo estilo de jazz que Mercury tanto amava.

 

Produção

Como grande admirador do som do music hall, essa faixa permite que Freddie Mercury mostre toda sua destreza no piano.

Um piano Bechstein IV foi usado para as sessões de gravação de A Night At The Opera, pois era mais fácil para o cantor tocar e tinha um som mais flexível do que o famoso piano Hey Jude do antigo Trident Studios, que havia sido usado para gravar as faixas dos três primeiros Álbuns do grupo.

A música é uma das mais curtas do repertório do Queen, embora consiga deixar espaço para uma introdução de piano brilhante e saltitante e um majestoso solo de guitarra aos 0:59 segundos.

Como é possível incorporar tantos elementos, com tanta precisão, em uma peça que dura apenas 67 segundos ?

Aí reside a magia e o gênio por trás de tantas faixas do Queen !

Desde os primeiros segundos, o estranho efeito que cobre a voz de Freddie prende o ouvinte pelos ouvidos. Soa quase como se um megafone fosse usado na gravação dos vocais. O produtor desta faixa, juntamente com tantas outras, foi Roy Thomas Baker, que revelou que o efeito na voz de Freddie foi criado por ele cantando em um estúdio e depois transmitindo sua voz em um par de fones de ouvido, que foram então colocados em uma grande lata de geleia que também continha um microfone estático com um amplo espectro de captação de som.

Essa improvisação DIY dá à voz de Freddie Mercury sua sonoridade lo-fi ( low fidelity, ou seja, baixa fidelidade ), como se estivesse passando por um telefone antigo, com um som desprovido de todas as suas frequências graves.

Aos 0:30 segundos é implantado um efeito sonoro que será usado novamente no Álbum Jazz em 1978. Este som é de um sino de bicicleta, que ecoa a frase andar de bicicleta todas as 4as feiras à noite.

 

 

Nota – Abaixo, a versão de estúdio e uma ao vivo, onde se é perceptível o truque de voz de Freddie no estúdio.

Making off de Lazing On A Sunday Afternoon

 

Lazing On A Sunday Afternoon (Live in Boston 30/01/1976)

 

Versão Oficial

( A 1a foto é de Shinko Music Japan. )

 

 

– Fonte – Queen All The Songs – The Story Behind Every Track – Por Benoìt Clerc

Seven Seas Of Rhye (Freddie Mercury)

Data de lançamento: 23 de fevereiro de 1974 (Grã-Bretanha)

20 de junho de 1974 (Estados Unidos)

Álbum: Queen II

Melhor posição nas paradas: 10° lugar na parada britânica; não chegou nas paradas dos Estados Unidos

Lado A: Seven Seas Of Rhye (Freddie Mercury)

Lado B: See What a Fool I´ve Been (Brian May)

 

Músicos

Freddie Mercury: vocal principal, piano

Brian May: guitarras, backing vocals

John Deacon: baixo

Roger Taylor: bateria, pandeiro, vocal de apoio

Roy Thomas Baker: Stylophone em I Do Like to Be Beside the Seaside

Ken Testi: vocal de apoio em I Do Like to Be Beside the Seaside

Gravado no Trident Studios, Londres: agosto de 1973

 

Com uma introdução de piano hipnotizante, acelerada para efeito, a banda dá à música tudo o que tem.

O que acabou sendo provado, é claro, foi o domínio das palavras de Freddie e a dificuldade de todos os outros em interpretá-las e analisá-las.

As palavras para Seven Seas Of Rhye são ambíguas e desafiam qualquer explicação.

O próprio Roger disse a Mojo em 1999:

Nunca entendi uma palavra disso e acho que Freddie também não, mas eram apenas gestos, na verdade, mas era uma boa música.

 

 

As palavras funcionam bem juntas e criam uma pintura aural da mitologia, algo que fascinou Freddie nessa época (considere suas outras composições, especialmente dos três primeiros álbuns).

 

Em 1977, em um  documentário da BBC Radio One, o próprio Freddie disse

Minhas letras são basicamente para a interpretação das pessoas, na verdade. Eu esqueci o que elas eram. É realmente fictício, eu sei que é como desistir ou o caminho mais fácil, mas é isso. É apenas uma invenção da sua imaginação. Tudo depende de que tipo de música realmente. Naquela época, eu estava aprendendo muitas coisas. Como a estrutura da música e até onde as letras vão, elas são muito difíceis no que me diz respeito. Eu os considero uma tarefa e tanto e meu ponto mais forte é, na verdade, o conteúdo da melodia. Concentro-me nisso primeiro; melodia, então a estrutura da música, então a letra vem depois, na verdade.

 

A música foi gravada durante as sessões do Queen II em agosto de 1973 no Trident Studios, mas não foi incluída no set list até se tornar um sucesso genuíno no ano seguinte.

Para finalizar a música, a banda chamou alguns amigos para cantarem uma melodia tradicional I Do Like to Be Beside the Seaside (Eu gosto de estar à beira-mar) popularizada por Mark Sheridan em 1909.

 

Foi utilizado um Dubreq Stylophone para acompanhar as vozes.

Brian May afirma que foi Roy Thomas Baker quem o tocou, sublinhando a melodia cantada pelo coro.

Este instrumento de bolso, equipado com um pequeno teclado e uma caneta, teve o seu apogeu quando Brian Jarvis o introduziu no mercado em 1968.

 

Um remix dance da música foi incluído como faixa bônus na remasterização de Queen II de 1991.

 

Seven Seas Of Rhye também é conhecida por ser a primeira aparição do Queen no Top Of The Pops em 21 de fevereiro de 1974.

Quando David Bowie, aproveitando o sucesso de Rebel, Rebel, teve que desistir de uma aparição, o Queen foi abordado, mesmo que tecnicamente ainda não tivessem um single de sucesso.

Por muito tempo, acreditou-se que essa filmagem havia sido destruída, até que cópias de segunda geração apareceram em 2007, aparecendo no YouTube e sites de vídeo relacionados.

 

Vídeo de Seven Seas Of Rhye

 

Para saber sobre See What A Fool I´ve Been, clique aqui

 

Fontes:

Livros: 

Queen: Complete Works: (edição revisada e atualizada) por Georg Purvis

Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc

Sites:

www.queenpedia.com

www.queenvault

www.ultimatequeen.co.uk

www.queenonlie.com

 

Três grandes lendas da guitarra, Jimmy Page, do Led Zeppelin, Brian May, do Queen, e Tony Iommi, do Black Sabbath, se uniram para lançar a Gibson Garage, nova loja conceito da Gibson Guitars, em Londres, na Inglaterra.

A loja está localizada no centro de Londres, e será aberta oficialmente aberta ao público no sábado, dia 24 de fevereiro.

Na última quinta-feira, dia 22 de fevereiro, ocorreu um evento chamado In Conversation com Jimmy Page que firmou uma parceria colaborativa com a marca de guitarras.

 

Jimmy Page merece um capítulo muito importante na história da Gibson. Pensamos nele como um embaixador emérito das guitarras e um pioneiro da música no nascimento e evolução do rock, disse o CEO/presidente da Gibson, Cesar Gueikian.

Tony Iommi e Brian May marcaram presença no evento como convidados especiais e assistiram a uma apresentação improvisada de James Bay na loja, que receberá apresentações semanais ao vivo, showcases e painéis de discussão de músicos e artistas.

Não é uma loja de guitarras comum, é um lugar onde os músicos podem ir para se inspirar. Seja qual for o estilo que você seja, há uma grande variedade de guitarras para escolher, disse Iommi.

Brian May acrescentou:

A novo Gibson Garage London será exatamente o que todos nós costumávamos sonhar que uma loja de guitarras deveria ser – um lugar onde um jovem músico pode se sentir bem-vindo e se misturar com os melhores instrumentos, amplificadores e equipamentos… É uma nova era no Rock.

Veja um vídeo da inauguração da loja no player abaixo

 

 

Fontes: www.radiorock.com.br e www.queenonline.com

Queen – Pianos usados nos Estúdios.

Desvendando 01 lenda urbana!

 

Pianos Bechstein –

Bechstein é a marca de piano mais associada aos primeiros Álbuns do Queen, e com razão. Haviam pelo menos três pianos de cauda Bechstein importantes que eles usavam.

 

Mas existe uma lenda urbana frequentemente repetida sobre Queen/Freddie e pianos –

 

– Bohemian Rhapsody foi gravada usando o mesmo piano de Hey Jude –

 

Isso não é verdade. Tanto Hey Jude quanto Bohemian Rhapsody apresentavam pianos Bechstein de tamanhos semelhantes e alugados de Jaques Samuel em Edgware Road, Londres.

 

A principal diferença era que o Hey Jude era preto e o Bohemian Rhapsody era branco. Freddie (e Brian) usaram o piano de Hey Jude várias vezes, mas não em Bohemian Rhapsody.

 

Há um terceiro Bechstein que o Queen usou muito – um marrom em Wessex (pode ser visto no vídeo de Somebody To Love).

 

O transporte de pianos nas turnês –

Ao contrário de guitarras, baixo, bateria ou instrumentos de sopro, não se espera que os pianistas levem seus instrumentos com eles, em vez disso, dependem de qualquer coisa que o local tenha.

 

O Queen também fez isso no período de 1974 à 1976, usando o que os organizadores do show conseguiam, ou o que quer que o local já tivesse, ou em alguns casos especiais alugando um (por exemplo, Hammersmith e Hyde Park apresentam o famoso Bechstein branco).

 

A primeira vez que eles fizeram uma turnê com um piano foi A Day At The Races em 1977. Eles pegaram emprestado um Steinway de Elton John, e posteriormente ele sofreu um acidente, então eles tiveram que alugar um rapidamente.

 

Freddie comprou outro Steinway (um modelo de NY de 1972) em novembro de 1977 e esse é o piano usado à partir de então em todos os shows do Queen.

 

Fazer turnês com o próprio piano faz sentido, especialmente em locais grandes, pois isso diminui as chances de problemas de afinação ou tonificação para o(s) artista(s).

 

Pessoas como Elton John e Frederick Mercury eram ricos o suficiente para pagar o transporte de seus pianos, pois já havia toneladas de equipamentos que exigiam cerca de uma dúzia de caminhões, e mais um não faria uma grande diferença.

 

Quando o Queen trazia seu piano ?

O Queen traria, portanto, seu próprio piano (ou um que eles alugaram em outro lugar) nas seguintes situações –

 

➖ ️O estúdio não tinha piano de cauda. Algumas instalações de gravação não fariam tal investimento e, em vez disso, simplesmente alugariam um sempre que fosse necessário.

➖️ O estúdio era imensamente grande e o Queen ficaria lá por um tempo –

➖️ O estúdio tinha um piano, mas a Banda não gostou do som –

 

Isso não seria uma opção no início, pois eles não teriam dinheiro, mas mais tarde sim.

 

▪️Abaixo, o piano preto Hey Jude Bechstein no Trident, retratado aqui na capa interna do Álbum Fool’s Mate de Peter Hammill, de 1971. Os livros e sites dos Beatles frequentemente afirmam que seu número de série era 44064 e seu número de apoio era 11870, o que significaria que foi feito em 1898.

 

 

▪️Em seguida, o segundo Bechstein – o famoso branco de Bohemian Rhapsody. Também foi alugado de Jaques Samuel em Londres.

 

 

▪️Por último, o piano Fazioli em Somebody To Love.

 

 

Fonte –

queenchat.boards.net

Queen Discussion Forum

19/09/2020

Bicycle Race e uma lenda urbana

▪️Em 17 de Setembro de 1978, 65 mulheres nuas protagonizaram um dos clipes mais polêmicos do Queen.

▪️Hoje seria impensável, ou muito improvável, organizar uma corrida de bicicleta com 65 mulheres nuas pedalando ao ritmo de Bicycle Race.

▪️Mas há 44 anos coisas assim aconteceram, e o escândalo foi enorme.

E nada a ver com ciclismo !

▪️Embora não seja um dos singles mais vendidos da carreira do Queen, Bicycle Race está entre as músicas mais conhecidas da Banda. Foi incluída em seu 7° Álbum, intitulado Jazz (1978), e foi escrita por Freddie Mercury.

 

▪️Supostamente, depois de ver uma das etapas do Tour de France de seu quarto de Hotel em Montreux, onde gravavam naqueles dias. Outros fatos relatam que a inspiração veio na França, assistindo o Tour local.

▪️A letra de Bicycle Race contém temas da época, com referências políticas, sociais, religiosas e culturais. Menciona a Guerra do Vietnã, Watergate e personagens como Peter Pan, Frankenstein e Superman. Na verdade, embora a palavra bicicleta seja constantemente mencionada, ela não tem nada a ver com o mundo do ciclismo.

O mito – a troca dos selins das bicicletas –
65 mulheres e 65 bicicletas

▪️Para promover o single Bicycle Race, o Queen teve a idéia de encenar sua própria Corrida de Bicicletas entre 65 mulheres nuas, no Wimbledon Greyhound Stadium, em Londres.

▪️Eles alugaram 65 bicicletas da Halfords (empresa líder de produtos de ciclismo do Reino Unido) para o dia. E também para aquele dia contrataram 65 modelos profissionais ( foram angariadas em várias agências de modelo ) que pedalaram pelo estádio e deram várias voltas antes do diretor Dennis De Vallance e sua equipe de filmagem chegarem.

▪️A Banda, infelizmente, não estava presente no momento.

▪️Reza a lenda que quando a Banda devolveu as bicicletas que haviam alugado para gravar o vídeo, a Halfords exigiu novos selins para substituir os usados ​​pelas meninas.

Mas não foi assim …

▪️Terry Harris, então trabalhando no escritório de vendas e produção da Halfords, explicou no site BikeBiz.com –

As bicicletas usadas eram do modelo Halfords International. Aí fui ao estádio para deixá-las. Encontrei todas aquelas modelos em roupões de banho, depois os tiraram e montaram em suas bicicletas.

 

▪️Ao contrário do mito urbano difundido, ele esclarece – As bicicletas chegaram de volta à fábrica, foram verificadas e repostas novamente em estoque.

 

▪️A história também foi confirmada em várias ocasiões, pelo falecido David Duffield, que trabalhou por muitos anos como comentarista do Eurosport e em 1978 foi gerente de marketing da Halfords. Também foi uma anedota favorita dele durante os comentários na TV.

▪️Foi ele quem forneceu as 65 bicicletas para a filmagem.

▪️Enquanto isso, nas lojas de bicicletas das cidades em que o Queen atuava, os fãs esgotavam o estoque de sinos. Eles os compraram para levar ao show, e fazê-los soar durante a música.

 

Link do vídeo

 

▪️Abaixo, o modelo da bicicleta usada – Halfords International.

 

Fontes – Bikebiz e Los40

Brian participa do novo single de Ian Hunter, Precious, com seus amigos Joe Elliot e o falecido Taylor Hawkins. A faixa é retirada do próximo álbum de Ian, Defiance Part 2: Fiction, que será lançado em 19 de abril pela Sun Records. Ouça ‘Precioso’ abaixo.

Clique aqui para pré-encomendar ‘Defiance Parte 2: Ficção’.

O álbum – que apresenta uma capa original de Johnny Depp – inclui o eletrizante primeiro single, Precious, com Taylor Hawkins na bateria e a guitarra instantaneamente identificável do amigo de longa data Brian May (que começou seu próprio caminho para o estrelato quando o Queen apoiou Mott the Hoople em sua turnê de sucesso de 1974 pelo Reino Unido e América do Norte).

 

Nós nos demos muito bem com o Queen. Quando você está em uma banda, você pode ficar muito entediado um com o outro, mas eles eram apenas caras normais, era como estar na estrada com nove caras em vez de apenas cinco. Freddie era hilário e eu acompanho Brian até hoje, diz Hunter.

 

Precious

Taylor Hawkins: Bateria

Brian May: Guitarra e baixo

Joe Elliott: Vocais de apoio

James Mastro: Saxofone

Ian Hunter: Piano

 

Fonte: www.queenonline.com